Segundo refere o El Pais, o custo de cada BAM é de de € 85 milhões.
O NPO, deverá ficar ente os € 25 e os € 35 milhões. Ou seja, em termos médios, o NPO2000 custa um terço desse BAM.
O engraçado, é que o projecto espanhol tem uma
velocidade máxima quase igual, uma
autonomia pouco superior, leva a
mesma tripulação e tem basicamente a
mesma função, ou seja: patrulhar as águas. No entanto,
os espanhóis vão fabricar um navio que faz quase a mesma coisa, mas que custa 3 vezes mais caro.
Peço desculpa, mas não posso deixar de dizer isto:
Se fosse ao contrário teríamos comentários neste fórum a dizer que
os espanhóis é que eram inteligentes porque sendo um país mais rico estavam a construir um barco que fazia a mesma coisa mas que é três vezes mais barato. Estariamos a opuvir criticas e acusações de megalomanía e despesismo.
Mas como até somos nós que estamos a pensar de forma racional, não despesista, então tem que se encontrar forma de criticar de outra maneira qualquer.
Tomara Portugal, que nas Forças Armadas em geral, os gastos e os custos fossem tão lógicos e tão razoáveis como no caso dos patrulhas de mar alto que estão em construção.
Infelizmente, ficamos a fazer elogios à tecnologia espanhola, quando na prática os sistemas motrizes são praticamente iguais, e salvo as proporções os navios são idênticos. A unica coisa que é diferente são as linhas, que no caso do navio dos espanhois, inspirado numa corveta, são obviamente mais bonitas.
MAS AS LINHAS NÃO SÃO EM SI UM OBJECTIVO!!!Os navios STEALTH existem para numa situação de guerra não serem detectados.
Um NPO não precisa de linhas STEALTH da mesma maneira que uma navio de cruzeiros, um cacilheiro um petroleiro ou um graneleiro, não precisam de linhas STEALTH para
ABSOLUTAMENTE NADA!!!!!!Um NPO não é um navio de guerra!!!!!!
Até ao momento ainda não vi nenhuma referência às criticas construtivas que se deveriam fazer ao NPO. É que ao contrario de este projecto espanhol (que é apenas projecto) o NPO-2000 já tem, dez anos. Em termos de Patrulhas Oceânicos, Portugal apresentou há dez anos uma solução que faz sentido e antes que se falasse em Guerra Assimétrica, e na possibilidade de patrulhas maiores poderem ser adaptados para outras missões.
Ainda não vi criticas aos ENVC, por ainda não terem sido capazes de produzir uma porcaria de uma imagem virtual de jeito do NPO-2000, que mostrasse o navio de vários ângulos.
E essa é uma crítica que se deve fazer.
Ainda não vi criticas aos ENVC ou à Marinha, por um projecto com mais de 10 anos de idade, ainda não ter resultado em nenhuma versão adicional baseada nesta mesma plataforma.
E essa é uma crítica que se deve fazer.
O problema que detecto, é que temos tendência a fazer comparações entre navios, como se fossem concursos de beleza estética, em vez de analisar friamente os dados que estão em cima da mesa.
O que eu lamento não é o NPO, que é uma plataforma absolutamente realista, que dará à Marinha de Portugal, o que ela precisa. Um Patrulha capaz de operar em Alto Mar.
O que eu lamento, é que noutros ramos das Forças Armadas não sejamos capazes de fazer qualquer coisa que se veja, que funcione, e que mexa.
Infelizmente, à boa e tradicional antiga portuguesa, gostamos de criticar o que é nosso mesmo que lá no fundo saibamos perfeitamente que não sendo super sofisticado, o NPO-2000 é perfeitamente lógico e razoável. Deve ser genético. Nós gostamos de cantar a canção da desgraçadinha e o fado da coitadinha.
Se corremos o risco de dizer que em Portugal há coisas que funcionam, ficamos sem tema para a cançãozinha de autocomiseração.
E nós não gostamos de ir contra a tradição. Não se pode perder um fadinho.
Os velhos do Restelo, hão de continuar sempre a falar.
No fim, como sempre, acabam por se calar perante as evidências.
Mas nessa altura, claro, já escolheram outra vítima para criticar Portugal e os portugueses, e para justificar a sua eterna cantilena o eterno fado da coitadinha.
Cumprimentos
Como é evidente os comentários não dizem respeito a ninguém, e sim a uma maneira de ser e de raciocinar colectiva, que também é genericamente minha.