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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Marinha Portuguesa => Tópico iniciado por: tenente em Fevereiro 24, 2020, 11:11:48 am

Título: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Fevereiro 24, 2020, 11:11:48 am
Bons dias a todos,

Aqui vai a lista de navios que a nossa Armada possui no dia 24FEV20, com os respectivos anos de inicio de serviço :

Tridente (S160)                                 2009
Arpão (S161)                                     2010
Vasco da Gama (F330)                     1991
Álvares Cabral (F331)                       1991
Corte-Real (F332)                             1991
Bartolomeu Dias (F333)                    1994
Dom Francisco de Almeida (F334)   1994
António Enes (F471)                         1971
João Roby (F487)                             1975
Viana do Castelo (P360)                   2010
Figueira da Foz (P361)                     2013
Sines (P362)                                     2018
Setúbal ( P363)                                2018
Tejo (P590)                                       1996
Douro (P591)                                   1994
Mondego (P592)                              1992
Cuanza (P1144)                               1970
Zaire (P1146)                                   1969
Argos (P1150)                                  1991
Dragão (P1151)                                1991
Escorpião (P1152)                            1991
Cassiopeia (P1153)                          1991
Hidra (P1154)                                   1991
Centauro (P1155)                             2000
Orion (P1156)                                   2001
Pégaso (P1157)                               2001
Sagitário (P1158)                             2001
Rio Minho (P370)                            1991
Sagres (A520)                                 1937
Dom Carlos I (A522)                        1985
Almirante Gago Coutinho (A523)     1985
Andrómeda (A5203)                         1988
Polar (A5204)                                   1977
Auriga (A5205)                                 1988
Bérrio (A5208)                               1969 Navio Desactivado em FEV2020
Creoula (UAM201)                              1937

Abraços

Dos 36 Navios aqui listados, apenas 03 Navios, ou seja cerca de 9%, tem menos de dez anos.
Com idades compreendidas entre os dez e os vinte anos a Armada tem ao serviço apenas 07 Unidades, 19,4% da frota.
Com idades compreendidas entre os vinte e os trinta anos existem 15 Navios no activo que representam 41,5% do total naval.
Com mais de trinta anos de idade e até aos quarenta anos marinha possui 04 Navios ou 11% do total das unidades.
Para terminar com idades acima dos quarenta anos de serviço a Marinha possui 07 Navios sendo os dois decanos o NRP Bérrio e o NRP Zaire ambos com cinquenta e um anos de serviço, se bem que o NRP Bérrio deu o Berro este ano sem se prever quando vai haver substituto, ( em termos de decanos, não estou a contar com a Sagres nem com o Creoula ).

Parece-me que não são apenas os navios da classe Cacine que necessitam de substituição urgente, olhem para as idades das Corvetas, do único Reabastecedor da frota já com 51 anos, das lanchas classe Argos, e até das fragatas já com idades entre os vinte e seis e os vinte e nove anos, fragatas estas em várias fases de modernização !!

Será que é em 2020, cinco anos após terem chegado a Portugal, que os dois últimos Patrulhas da classe Tejo, irão entrar ao serviço ??

A cadência de entrada ao serviço de Navios Novos, está a ser feita mais lentamente do que o desejado, o que provocará ainda um maior envelhecimento da actual frota, ou a sua redução devido ao abate dos Navios mais antigos ( já este ano o caso do NRP Bérrio ), unidades com cinquenta ou mais anos !!

Em 2021 apenas dois navios de combate de superfície, as fragatas Bartolomeu Dias e Francisco de Almeida terão menos de trinta anos. Quanto á força submarina as duas unidades terão já doze e onze anos de serviço !

Daqui a um ano, a Armada terá dezoito navios com trinta ou mais anos, ou seja mais de 50% da frota, mais comentários para quê, o ZERO NAVAL aproxima-se a toda a velocidade !!


Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Fevereiro 24, 2020, 11:37:11 am
Para Guarda Costeira até tem um tamanho considerável
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Red Baron em Fevereiro 24, 2020, 12:00:33 pm
Acho que o Zaire já não volta.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Fevereiro 24, 2020, 01:16:17 pm
Acho que o Zaire já não volta.

Supostamente iria ser entregue a São Tomé.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Stalker79 em Fevereiro 26, 2020, 06:12:22 pm
Mais uma vez volto á idea de as as corvetas dos anos 70 deviam de ser substituidas por pelo menos 3 navios equivalentes... (não NPO´s)
Mas o que sei eu.
 :-P
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Fevereiro 26, 2020, 10:23:38 pm
Mais uma vez volto á idea de as as corvetas dos anos 70 deviam de ser substituidas por pelo menos 3 navios equivalentes... (não NPO´s)
Mas o que sei eu.
 :-P

Acho que já vais com sorte, tendo em conta que pelo menos têm substituto, ao contrário dos antigos draga-minas, das LDGs e mais recentemente, o Bérrio.  ::)
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 29, 2020, 10:39:42 am
Depois da confirmação do abate do Bérrio agora é a vez da João Roby.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Fevereiro 29, 2020, 10:49:33 am

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado

Mais um navio da Marinha em fim de vida. Corveta 'João Roby' vai ser abatida
Depois do reabastecedor Bérrio, agora é a corveta João Roby na lista de navios a abater. O Estado-Maior da Armada diz que "é urgente" a construção dos novos patrulhas oceânicos

Epá acordaram para a vida estes fulanos do EMA !!!!

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Red Baron em Fevereiro 29, 2020, 11:04:19 am
Depois da confirmação do abate do Bérrio agora é a vez da João Roby.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado

Eu pensava que ainda ia parar a Moçambique. Deve mesmo estar nas ultimas.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Fevereiro 29, 2020, 01:18:43 pm
E em Viana não há meio de arrancar a construção do 3º par, certo?

Vai de mal a pior. Mas a culpa já é própria, tanto das chefias como governantes.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Stalker79 em Fevereiro 29, 2020, 01:22:37 pm
Por urgente devem querer dizer 2 ou 3 anos que demora a colocar um navio no activo. Até lá, nicles.
Continuem assim que estamos a ir bem, o importante é não falte mais um BILIÃO pró Novo Banco, ai é que já nem conseguia dormir....
 :crit:
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Fevereiro 29, 2020, 01:59:57 pm
Por urgente devem querer dizer 2 ou 3 anos que demora a colocar um navio no activo. Até lá, nicles.
Continuem assim que estamos a ir bem, o importante é não falte mais um BILIÃO pró Novo Banco, ai é que já nem conseguia dormir....
 :crit:

pois, desta vez p'ro Novo Banco vão ser 850 milhões, ou seja cinco KC's, mais uns trocos !!!

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Fevereiro 29, 2020, 03:10:46 pm
Por urgente devem querer dizer 2 ou 3 anos que demora a colocar um navio no activo. Até lá, nicles.
Continuem assim que estamos a ir bem, o importante é não falte mais um BILIÃO pró Novo Banco, ai é que já nem conseguia dormir....
 :crit:

pois, desta vez p'ro Novo Banco vão ser 850 milhões, ou seja cinco KC's, mais uns trocos !!!

Abraços

Então não são 1037 milhões de euros? Isso já dava para 6 KC acho eu.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Fevereiro 29, 2020, 04:19:53 pm
Por urgente devem querer dizer 2 ou 3 anos que demora a colocar um navio no activo. Até lá, nicles.
Continuem assim que estamos a ir bem, o importante é não falte mais um BILIÃO pró Novo Banco, ai é que já nem conseguia dormir....
 :crit:

pois, desta vez p'ro Novo Banco vão ser 850 milhões, ou seja cinco KC's, mais uns trocos !!!

Abraços

Então não são 1037 milhões de euros? Isso já dava para 6 KC acho eu.

Isso era o que o novo banco precisa mas o PM só avança com 850 milhões palavras dele.

Abraço
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Fevereiro 29, 2020, 09:22:09 pm
Por urgente devem querer dizer 2 ou 3 anos que demora a colocar um navio no activo. Até lá, nicles.
Continuem assim que estamos a ir bem, o importante é não falte mais um BILIÃO pró Novo Banco, ai é que já nem conseguia dormir....
 :crit:

pois, desta vez p'ro Novo Banco vão ser 850 milhões, ou seja cinco KC's, mais uns trocos !!!

Abraços

Então não são 1037 milhões de euros? Isso já dava para 6 KC acho eu.

Isso era o que o novo banco precisa mas o PM só avança com 850 milhões palavras dele.

Abraço

O costa a mostrar quem manda! Grande costa!
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Fevereiro 29, 2020, 09:25:21 pm
Quem tiver jeito para o Photoshop que atualize isto

https://1.bp.blogspot.com/-z3rz5QAofgU/WQIGmAXTInI/AAAAAAAAJh4/l7mFvmhRj3ExpWgNE4yZWMc4Nt5IDar6gCLcB/s1600/Portuguese%2BNavy%2B2017.jpg
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Red Baron em Fevereiro 29, 2020, 10:09:22 pm
E em Viana não há meio de arrancar a construção do 3º par, certo?

Vai de mal a pior. Mas a culpa já é própria, tanto das chefias como governantes.

O próximo contrato vai ser de 6 NPO.  Por isso não deve haver dinheiro para avançar com a assinatura do contrato.

Mas também se estão a usar o Sines para testar novas tecnologias para os futuros NPO, mais vale esperar para ver os resultados desses testes, para se for preciso fazer alterações ao projeto dos próximos NPO.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 01, 2020, 10:47:49 am
Uma adaptação às 3 pancadas, seguindo a lista do tenente:

(https://i.ibb.co/VMYLndJ/MP-2020.png) (https://ibb.co/j3k80db)
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: nelson38899 em Março 01, 2020, 11:17:49 am
da classe cacine só o zaire é que ainda está no activo
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: nelson38899 em Março 01, 2020, 11:48:07 am
Eu diria que neste momento a capacidade defensiva tuga está nas mãos de:

1 ou 2 fragatas
2 submarinos
meia duzia de carros de combate e meia duzia de m109a5
e cerca de uma duzia de F16.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 01, 2020, 01:09:05 pm
da classe cacine só o zaire é que ainda está no activo
Tenente, andas-me a enganar
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: typhonman em Março 01, 2020, 02:25:58 pm
Eu diria que neste momento a capacidade defensiva tuga está nas mãos de:

1 ou 2 fragatas
2 submarinos
meia duzia de carros de combate e meia duzia de m109a5
e cerca de uma duzia de F16.

E as centenas de blindados M-113 dotados da ultima tecnologia alien.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Março 01, 2020, 02:42:06 pm
da classe cacine só o zaire é que ainda está no activo
Tenente, andas-me a enganar

porra mas olha que não caso contigo, deves ser feio como eu. :mrgreen:
Enganei-me o Quanza está a mais, o que ainda agrava mais a limitação de meios com que a marinha se está a deparar nestes últimos cinco seis anos !!

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Março 01, 2020, 02:42:47 pm
CORVER o numero de navios da Frota era em JAN20 de 35 e não de 36 !!!

Bons dias a todos,

Aqui vai a lista de navios que a nossa Armada possui no dia 24FEV20, com os respectivos anos de inicio de serviço :

Tridente (S160)                                 2009
Arpão (S161)                                     2010
Vasco da Gama (F330)                     1991
Álvares Cabral (F331)                       1991
Corte-Real (F332)                             1991
Bartolomeu Dias (F333)                    1994
Dom Francisco de Almeida (F334)   1994
António Enes (F471)                         1971
João Roby (F487)                             1975 Corveta a ser desativada em 2020.
Viana do Castelo (P360)                   2010
Figueira da Foz (P361)                     2013
Sines (P362)                                     2018
Setúbal ( P363)                                2018
Tejo (P590)                                       1996
Douro (P591)                                   1994
Mondego (P592)                              1992
Zaire (P1146)                                   1969
Argos (P1150)                                  1991
Dragão (P1151)                                1991
Escorpião (P1152)                            1991
Cassiopeia (P1153)                          1991
Hidra (P1154)                                   1991
Centauro (P1155)                             2000
Orion (P1156)                                   2001
Pégaso (P1157)                               2001
Sagitário (P1158)                             2001
Rio Minho (P370)                            1991
Sagres (A520)                                 1937
Dom Carlos I (A522)                        1985
Almirante Gago Coutinho (A523)     1985
Andrómeda (A5203)                         1988
Polar (A5204)                                   1977
Auriga (A5205)                                 1988
Bérrio (A5208)                              1969 Navio Desactivado em FEV2020
Creoula (UAM201)                             1937

Abraços

Dos 35 Navios aqui listados, apenas 03 Navios, ou seja cerca de 8,6%, tem menos de dez anos.
Com idades compreendidas entre os dez e os vinte anos a Armada tem ao serviço apenas 07 Unidades, 20% da frota.
Com idades compreendidas entre os vinte e os trinta anos existem 15 Navios no activo que representam 42,8% do total naval.
Com mais de trinta anos de idade e até aos quarenta anos marinha possui 04 Navios ou 11,4% do total das unidades.
Para terminar com idades acima dos quarenta anos de serviço a Marinha possui 06 Navios, 17,2% da Frota, sendo os dois decanos o NRP Bérrio e o NRP Zaire ambos com cinquenta e um anos de serviço, se bem que o NRP Bérrio deu o Berro este ano sem se prever quando vai haver substituto, ( em termos de decanos, não estou a contar com a Sagres nem com o Creoula ).

Parece-me que não são apenas os navios da classe Cacine que necessitam de substituição urgente, olhem para as idades das Corvetas, do único Reabastecedor da frota já com 51 anos, das lanchas classe Argos, e até das fragatas já com idades entre os vinte e seis e os vinte e nove anos, fragatas estas em várias fases de modernização !!

Será que é em 2020, cinco anos após terem chegado a Portugal, que os dois últimos Patrulhas da classe Tejo, irão entrar ao serviço ??

A cadência de entrada ao serviço de Navios Novos, está a ser feita mais lentamente do que o desejado, o que provocará ainda um maior envelhecimento da actual frota, ou a sua redução devido ao abate dos Navios mais antigos ( já este ano o caso do NRP Bérrio ), unidades com cinquenta ou mais anos !!

Em 2021 apenas dois navios de combate de superfície, as fragatas Bartolomeu Dias e Francisco de Almeida terão menos de trinta anos. Quanto á força submarina as duas unidades terão já doze e onze anos de serviço !

Daqui a um ano, a Armada terá dezoito navios com trinta ou mais anos, ou seja mais de 50% da frota, mais comentários para quê, o ZERO NAVAL aproxima-se a toda a velocidade !!


Abraços

Agradeço ao P44, o ter checkado a presença do NRP Quanza na lista, erradamente !!

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 01, 2020, 05:46:24 pm
A pergunta que se impõe:

E quantos zebros????

Cuanza riscado:
(https://i.ibb.co/9492VBY/MP-2020.png) (https://ibb.co/M1DpGKN)
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 01, 2020, 07:56:47 pm
Por falar em patrulhas riscados, então e o quinto SF300/Tejo sempre irá avançar ou não? É que se o Mondego e Guadiana estão difíceis, esse então lá continua a um canto no Arsenal nas cores dinamarquesas tendo só o número sido pintado por cima.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: typhonman em Março 01, 2020, 08:25:56 pm
A pergunta que se impõe:

E quantos zebros????

Cuanza riscado:
(https://i.ibb.co/9492VBY/MP-2020.png) (https://ibb.co/M1DpGKN)

Mandem para o EMA e MDN.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: nelson38899 em Março 01, 2020, 08:54:30 pm
Por falar em patrulhas riscados, então e o quinto SF300/Tejo sempre irá avançar ou não? É que se o Mondego e Guadiana estão difíceis, esse então lá continua a um canto no Arsenal nas cores dinamarquesas tendo só o número sido pintado por cima.

O mondego está ON.

Citar
O NRP Mondego é o terceiro navio da classe Tejo e foi aumentado ao efetivo dos navios da Marinha Portuguesa em 5 de maio de 2016. Integra um conjunto de cinco navios adquiridos à Marinha Real Dinamarquesa substituindo os navios de patrulha costeira da classe Cacine, que operam há mais de 45 anos ao serviço de Portugal.
marinha,pt
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Stalker79 em Março 01, 2020, 09:04:30 pm
Devia por-se um asterisco nas BD visto que até ao final de 2020 não está nenhuma ao serviço.
E só voltam as duas em 2023.
(E só duas das Meko por falar nisso)
 :-P
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 01, 2020, 09:23:45 pm
Por falar em patrulhas riscados, então e o quinto SF300/Tejo sempre irá avançar ou não? É que se o Mondego e Guadiana estão difíceis, esse então lá continua a um canto no Arsenal nas cores dinamarquesas tendo só o número sido pintado por cima.

O mondego está ON.

Citar
O NRP Mondego é o terceiro navio da classe Tejo e foi aumentado ao efetivo dos navios da Marinha Portuguesa em 5 de maio de 2016. Integra um conjunto de cinco navios adquiridos à Marinha Real Dinamarquesa substituindo os navios de patrulha costeira da classe Cacine, que operam há mais de 45 anos ao serviço de Portugal.
marinha,pt

Posso-te adiantar que o Mondego pouco tem saído do Arsenal, e que ainda há duas semanas lá se encontrava com andaimes até à ponte.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Março 02, 2020, 01:42:08 am
Devia por-se um asterisco nas BD visto que até ao final de 2020 não está nenhuma ao serviço.
E só voltam as duas em 2023.
(E só duas das Meko por falar nisso)
 :-P

E os Lynx!
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 02, 2020, 07:29:37 am
A pergunta que se impõe:

E quantos zebros????

Cuanza riscado:
(https://i.ibb.co/9492VBY/MP-2020.png) (https://ibb.co/M1DpGKN)

Mandem para o EMA e MDN.
para eles comentarem, "ena ainda têm tantos!" ?
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: nelson38899 em Março 02, 2020, 09:38:40 am
Pelo que me apercebi, as Centauro também vão começar a ser retiradas ainda este ano por falta de manutenção.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Março 02, 2020, 09:46:07 am
Pelo que me apercebi, as Centauro também vão começar a ser retiradas ainda este ano por falta de manutenção.

O Zero Naval é uma realidade estamos quase a alcançar o momento por qual tantos políticos anseiam. O passo seguinte é pagar a outra Nação para que patrulhem a nossa enorme extensao oceanica, tao bem defendido pelas palavras dos nossos Politicozecos da treta e Almirantes coniventes, porque acções em prol dos meios da Armada, isso é  que não. 

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 02, 2020, 10:15:32 am
A entrega da ZEE e da "plantaforma continental" aos nossos amigos estrangeiros...

Já nem disfarçam.
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Miguel em Março 02, 2020, 10:56:48 am
o Fim do Berrio é grave.

Espero que nao se lembram de fazer o NavPol, senao era o fim da Armada !
Para manter o NPL encostavam as Fragatas.

Desde o inicio que eu defendia a nossa Armada com
2 SSK
3 Fragatas
1 AOR
4/6 NPO VdC
4/6 LFC Tejo
10/12 PB

O pessoal aqui no forum andou me a gozar quando eu era contra a vinda das 2 Fragatas e do NPL,
Agora podem ver o resultado.

 :N-icon-Axe:
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Março 02, 2020, 11:25:31 am
o Fim do Berrio é grave.

Espero que nao se lembram de fazer o NavPol, senao era o fim da Armada !
Para manter o NPL encostavam as Fragatas.

Desde o inicio que eu defendia a nossa Armada com
2 SSK
3 Fragatas
1 AOR
4/6 NPO VdC
4/6 LFC Tejo
10/12 PB

O pessoal aqui no forum andou me a gozar quando eu era contra a vinda das 2 Fragatas e do NPL,
Agora podem ver o resultado.

 :N-icon-Axe:

Miguel, não é uma questão de gozo mas sim de vermos o problema de falta de meios por um prisma racional e não emotivo !!!
Tú defendes termos apenas cinco Navios de combate, desculpa que te diga mas deves estar a brincar, a Marinha devia ser o Ramo das FFAA mais bem equipado, para se conseguir fiscalizar a nossa extensão marítima e cumprirmos os nossos compromissos militares, com os nossos aliados e não só eficazmente, participando com meios Navais actuais e em numero suficiente !!
Se actualmente com sete são escassos, já estamos abaixo dos mínimos, quanto mais com apenas cinco !!!!
Nos períodos das manutenções/Upgrades de uma fragata se estivesse outra INOP,  ficavas com o quê uma fragata e um SSK ???
se agora com cinco fragatas é o que é para termos Unidades disponíveis para os compromissos NATO e não só, quanto mais com apenas três fragatas.

No Mínimo a Marinha deveria ter três ou mesmo quatro SSK e seis fragatas!!
Com nove/dez navios de combate já conseguíamos ter em qq altura dois submarinos e três fragatas sempre disponiveis, o que nunca seria atingível com o numero de navios de combate que tú defendes como suficientes para a Armada.

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 02, 2020, 11:34:53 am
Depois da confirmação do abate do Bérrio agora é a vez da João Roby.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado

Fica aqui o artigo na íntegra caso haja alguém que não o tenha conseguido ler na totalidade. E como adiantou o Nélson, parece que a curto/médio-prazo há mais navios de outras classes que poderão estar prestes a ser abatidos.

Citar
Mais um navio da Marinha em fim de vida. Corveta João Roby vai ser abatida
Depois do reabastecedor Bérrio, agora é a corveta João Roby na lista de navios a abater. O Estado-Maior da Armada diz que "é urgente" a construção dos novos patrulhas oceânicos

29 FEV 2020
Nº55101

Este ano é a segunda vez que o Estado-Maior da Armada confirma o abate de um navio. No final de janeiro, foi o grande navio reabastecedor Bérrio , agora é uma das duas únicas corvetas, ainda em missões de segurança e busca e salvamento, a ter os dias contados. Trata-se da NRP João Roby, ao serviço da Marinha desde 1975. O porta-voz oficial do chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) adiantou ao DN que em relação a esta corveta se "prevê o início do processo de abate a curto prazo". A outra corveta ainda a navegar, a NRP António Enes, ao serviço desde 1971, está também "no limite do ciclo de vida", de acordo com a mesma fonte. A "esperança" de vida dos navios, acrescenta, "está nos 30/35 anos e estas corvetas já se aproximam dos 50".

Esta situação vem dar razão aos alertas dos generais, ex-chefes de Estado-Maior dos Ramos - descritos numa carta enviada ao Presidente da República - sobre a situação de "pré-falência" das Forças Armadas e declínio das capacidades operacionais. Apesar de os responsáveis dos Ramos não terem querido facultar ao DN dados que pudessem corroborar a preocupação dos generais na reserva, a situação da Marinha é ilustrativa. Inicialmente a Marinha tinha dez corvetas e atualmente são apenas estas duas."À medida que eram abatidas, as corvetas deviam ter sido substituídas pelos navios-patrulha oceânicos (NPO), mas acabou por não ser ao mesmo ritmo. A reposição não tem sido cumprida", diz este porta-voz. Neste momento apenas existem quatro NPO e não foi ainda assinado o contrato com os Estaleiros de Viana do Castelo para se avançar com novos navios. Em junho do ano passado, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou que iria "começar a trabalhar nos contratos e na adjudicação" de seis NPO, uma vez que já tinha sido publicada a Lei de Programação Militar (LPM).

Este tipo de navio - batizado com o nome do 1º tenente da Marinha João Borges de Faria Machado Pinto Roby, que morreu ao serviço do país em África - é usado em missões de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar - patrulha e vigilância no espaço marítimo sob jurisdição nacional, ZEE (Capacidade Oceânica), missões de Busca e Salvamento (SAR - Search and Rescue), proteção e fiscalização da pesca e dos seus recursos, execução de ações de socorro e assistência em situações de calamidade ou acidente, participação em exercícios nacionais e internacionais, conjuntos e combinados e missões e exercícios de combate à poluição. No ano passado, a João Roby esteve em alto mar com a Polícia Judiciária, numa operação em que foram apreendidas 2,5 toneladas de cocaína (avaliadas em 125 milhões de euros), da qual resultaram 11 detidos apanhados num rebocador do Panamá, em águas internacionais.


Prazos de manutenção em derrapagem

"Torna-se urgente a construção dos novos navios-patrulha oceânicos, previstos na LPM e cuja missão é a busca e o salvamento, assim como a vigilância e a patrulha nas águas sob soberania, jurisdição e responsabilidade nacional", sublinha esta fonte oficial do gabinete do CEMA, almirante Mendes Calado. De acordo com a Marinha, além das duas corvetas, "adicionalmente, alguns navios de menor dimensão, como lanchas de fiscalização rápidas e lanchas hidrográficas costeiras, também se aproximam do fim do ciclo de vida". Os sucessivos atrasos nos prazos para a manutenção dos meios ainda operacionais é motivo de grande apreensão."A manutenção dos navios da Marinha constitui uma das nossas preocupações centrais, procurando inverter a tendência dos últimos 15 anos de acumulação de défice de manutenção dos meios navais. Tem sido desenvolvida uma linha de ação que garanta que os novos meios cumprem na íntegra os ciclos de manutenção previstos", diz o porta-voz do ramo.

Relativamente às corvetas, por exemplo, "os atrasos de manutenção variam entre um a três anos". A Marinha explica que "em virtude de se encontrarem no limite do seu ciclo de vida, não se considera economicamente viável continuar o ciclo de manutenção completo, optando por intervenções de média duração que permitam o cumprimento do planeamento operacional aprovado". Quanto às lanchas de fiscalização costeira e hidrográfica, a situação é ainda mais grave: "Face ao défice de manutenção acumulado, que varia entre dois e nove anos, têm sido efetuadas avaliações de condição periódicas, de forma a manter a sua operacionalidade através de pequenas e médias intervenções, dentro dos recursos financeiros disponíveis."


Ainda à espera do Polivalente Logístico

Segundo a mesma fonte oficial, o reabastecedor Bérrio, "já entrou em processo de abate", não tendo ainda sido encontrada solução a curto prazo para a sua substituição. A LPM só prevê a aquisição de um novo navio reabastecedor em 2027. Sem este navio, fundamental para a sustentação e apoio logístico das forças navais portuguesas, a Marinha ficou com a sua capacidade de projeção drasticamente limitada, pois não será possível apoiar navios a longas distâncias no mar - por exemplo, em casos de emergência civil, como o que aconteceu em outubro na ilha das Flores. Presentemente, há apenas quatro navios fora de Portugal. Além de duas fragatas em reparação na Holanda, o veleiro Sagres está a fazer a circum-navegação nas comemorações dos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães e o navio-patrulha Zaire, envolvido num programa de cooperação com a guarda costeira de São Tomé e Príncipe, a reforçar a segurança marítima na região.

De acordo com os dados oficiais do Estado-Maior da Armada, estão neste momento ao serviço um total de 34 embarcações: descontando já o Bérrio e a João Roby, há 10 lanchas de fiscalização rápida, nove das quais, a entrar em fim de vida; 2 lanchas hidrográficas, também a atingir limite de idade operacional; 5 fragatas; 4 veleiros; 4 patrulhas oceânicos; 3 patrulhas costeiro da classe Tejo cacine (mais um em reativação); 1 patrulha costeiro classe Cacine (eram 10); 2 submarinos; 2 navios hidro-oceanográficos; 1 corveta (já foram 10) a atingir final de vida. Outra decisão que também tarda é como será feita a aquisição daquele que será o porta-aviões da Armada - o Navio Polivalente Logístico (NPO). Na Lei de Programação Militar está prevista a sua compra a partir de 2024, mas tendo em conta a redução drástica do investimento (passou de 310 milhões para 150) ainda não está decidida a estratégia de compra. Em maio de 2019, João Gomes Cravinho afirmou que este navio "será adquirido a partir de 2022" e que havia tempo para ponderar se será melhor comprá-lo "em segunda mão" ou "construí-lo, de preferência, aqui em Portugal". Segundo o porta-voz oficial da Marinha, este navio "é autossuficiente" e pode navegar para águas internacionais sem necessidade de um reabastecedor.

O DN questionou nesta semana o Ministério da Defesa sobre o navio polivalente logístico e o atraso na substituição das corvetas para busca e salvamento. "Quanto à aquisição do navio polivalente logístico, a mesma está contemplada na Lei de Programação Militar em vigor. A dotação prevista é de 150 milhões de euros e esta verba encontra-se englobada na rubrica das capacidades conjuntas, no anexo da referida lei", respondeu o gabinete do ministro Gomes Cravinho. Não respondeu em relação às outras questões.


Melo Gomes: "Não há coerência política"

O ex-CEMA, almirante Melo Gomes, que já tinha classificado de "catastrófico" a perda do único reabastecedor, reforça agora o seu alerta face ao desfalque de meios da Marinha. "É a morte, tantas vezes anunciada, da Marinha e do próprio país conforme sempre o conhecemos", dramatiza Melo Gomes, que foi um dos subscritores da missiva enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, Chefe Supremo das Forças Armadas. Este oficial, que chegou a comandar a João Roby, não esconde a sua "tristeza". "Num momento em que Portugal está a discutir da ONU o alargamento da sua plataforma continental muito para além das atuais 200 milhas, ao mesmo tempo não se atua a tempo para ter os meios necessários para exercer a soberania sobre esse novo espaço marítimo. Não há qualquer coerência política. Alarga-se a plataforma continental e deixa-se morrer os navios", assevera. Na mesma intervenção de maio do ano passado, o ministro João Cravinho mostrou que também tinha essa preocupação. "Nós temos responsabilidades tremendas em termos de vigilância do nosso espaço marítimo, vamos ter um alargamento da plataforma continental que resultará numa plataforma continental 44 vezes o tamanho de Portugal, e isto significa que precisamos de ter meios navais adequados", afirmou.


Carta a Belém. Ramos em silêncio

Nem Exército, nem Força Aérea nem a Marinha mostram factos que confirmem ou neguem a denúncia de "pré-falência" das Forças Armadas (FFAA) descrita numa carta que um grupo de generais, ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos, enviou ao Presidente da República."Processo de desconstrução e pré-falência", "dificuldades inéditas", "mínimos" de efetivo "nunca verificados", "situação em geral grave, mas no caso do Exército é de emergência institucional", "dificuldades de sustentação e manutenção" - são alguns dos factos elencados. Questionados nesta semana pelo DN sobre essa situação e solicitados dados sobre a evolução do efetivo na última década, bem como o estado das capacidades operacionais, a resposta foi unânime: "não vamos facultar esses elementos", respondeu a porta-voz do Exército; "não conseguiremos disponibilizar a informação que solicita", disse o porta-voz da Força Aérea; "não conte com contributos da Marinha", assinalou o porta-voz deste Ramo. No caso do Estado-Maior da Armada, a informação cedida ao DN sobre a corveta João Roby e o estado geral dos navios, foi enviada antes de ser noticiada a carta dos generais.

Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa, Comandante Supremo das Forças Armadas, respondeu aos generais, também numa carta onde lamentou que a "prioridade política" de valorização das Forças Armadas tivesse deixado "de existir há décadas" e se tenha "enraizado na sociedade portuguesa". "Perante este panorama, o que importa é não renunciar, não desistir", sublinhou.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: tenente em Março 02, 2020, 11:40:35 am
Pelo que me apercebi, as Centauro também vão começar a ser retiradas ainda este ano por falta de manutenção.

Também? Qualquer dia a "Marinha" tem +/- 20 navios e já é bom... ::)

Aqui está a razão mais que óbvia, falta de verba, do porquê :
A) dos upgrades falaciosos das BD e dos Lynx;
B) da não aquisição dos Pandur para os Fuzos;
C) da não substituição da G3;
D) da falta de armamento/sensores dos Tejo e dos VdC;
E) do Upgrade para Inglês ver das VdG;
F) da não construção de mais NPO's;
G) da perda do NRP Bérrio por puro desleixo
, enfim são exemplos atrás de exemplos que revelam a incompetência não só de políticos mas e também das altas chefias da Marinha que apadrinham estas decisões, e navegam para o Zero Naval !!

Abraços
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: LM em Março 02, 2020, 12:28:23 pm
Eu já começo a não ter esperança em "mínimos aceitáveis", porque esses começam a parecer impossíveis - se vir 2 + 2 fragatas já penso "de mal o menos"; 2 fragatas decentes ("novas M ou "Belharra" ou FREMM / DZP usadas...) + 2 fragatas "ligeiras" (as nossas Bartolomeu Dias sem mastro oco ou Type 31 ou...). LPD é acabar com o pouco que resta, é arranjar 1 AOR "polivalente", manter os 2 submarinos, arranjar 2 NPO "tipo River II" para as missões de segurança marítima em África (e não só, se tiver ALTESSE -C + Vigile).       
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 02, 2020, 01:13:48 pm
Depois da confirmação do abate do Bérrio agora é a vez da João Roby.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado

Fica aqui o artigo na íntegra caso haja alguém que não o tenha conseguido ler na totalidade. E como adiantou o Nélson, parece que a curto/médio-prazo há mais navios de outras classes que poderão estar prestes a ser abatidos.

Citar
Mais um navio da Marinha em fim de vida. Corveta João Roby vai ser abatida
Depois do reabastecedor Bérrio, agora é a corveta João Roby na lista de navios a abater. O Estado-Maior da Armada diz que "é urgente" a construção dos novos patrulhas oceânicos

29 FEV 2020
Nº55101

Este ano é a segunda vez que o Estado-Maior da Armada confirma o abate de um navio. No final de janeiro, foi o grande navio reabastecedor Bérrio , agora é uma das duas únicas corvetas, ainda em missões de segurança e busca e salvamento, a ter os dias contados. Trata-se da NRP João Roby, ao serviço da Marinha desde 1975. O porta-voz oficial do chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) adiantou ao DN que em relação a esta corveta se "prevê o início do processo de abate a curto prazo". A outra corveta ainda a navegar, a NRP António Enes, ao serviço desde 1971, está também "no limite do ciclo de vida", de acordo com a mesma fonte. A "esperança" de vida dos navios, acrescenta, "está nos 30/35 anos e estas corvetas já se aproximam dos 50".

Esta situação vem dar razão aos alertas dos generais, ex-chefes de Estado-Maior dos Ramos - descritos numa carta enviada ao Presidente da República - sobre a situação de "pré-falência" das Forças Armadas e declínio das capacidades operacionais. Apesar de os responsáveis dos Ramos não terem querido facultar ao DN dados que pudessem corroborar a preocupação dos generais na reserva, a situação da Marinha é ilustrativa. Inicialmente a Marinha tinha dez corvetas e atualmente são apenas estas duas."À medida que eram abatidas, as corvetas deviam ter sido substituídas pelos navios-patrulha oceânicos (NPO), mas acabou por não ser ao mesmo ritmo. A reposição não tem sido cumprida", diz este porta-voz. Neste momento apenas existem quatro NPO e não foi ainda assinado o contrato com os Estaleiros de Viana do Castelo para se avançar com novos navios. Em junho do ano passado, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou que iria "começar a trabalhar nos contratos e na adjudicação" de seis NPO, uma vez que já tinha sido publicada a Lei de Programação Militar (LPM).

Este tipo de navio - batizado com o nome do 1º tenente da Marinha João Borges de Faria Machado Pinto Roby, que morreu ao serviço do país em África - é usado em missões de segurança marítima e salvaguarda da vida humana no mar - patrulha e vigilância no espaço marítimo sob jurisdição nacional, ZEE (Capacidade Oceânica), missões de Busca e Salvamento (SAR - Search and Rescue), proteção e fiscalização da pesca e dos seus recursos, execução de ações de socorro e assistência em situações de calamidade ou acidente, participação em exercícios nacionais e internacionais, conjuntos e combinados e missões e exercícios de combate à poluição. No ano passado, a João Roby esteve em alto mar com a Polícia Judiciária, numa operação em que foram apreendidas 2,5 toneladas de cocaína (avaliadas em 125 milhões de euros), da qual resultaram 11 detidos apanhados num rebocador do Panamá, em águas internacionais.


Prazos de manutenção em derrapagem

"Torna-se urgente a construção dos novos navios-patrulha oceânicos, previstos na LPM e cuja missão é a busca e o salvamento, assim como a vigilância e a patrulha nas águas sob soberania, jurisdição e responsabilidade nacional", sublinha esta fonte oficial do gabinete do CEMA, almirante Mendes Calado. De acordo com a Marinha, além das duas corvetas, "adicionalmente, alguns navios de menor dimensão, como lanchas de fiscalização rápidas e lanchas hidrográficas costeiras, também se aproximam do fim do ciclo de vida". Os sucessivos atrasos nos prazos para a manutenção dos meios ainda operacionais é motivo de grande apreensão."A manutenção dos navios da Marinha constitui uma das nossas preocupações centrais, procurando inverter a tendência dos últimos 15 anos de acumulação de défice de manutenção dos meios navais. Tem sido desenvolvida uma linha de ação que garanta que os novos meios cumprem na íntegra os ciclos de manutenção previstos", diz o porta-voz do ramo.

Relativamente às corvetas, por exemplo, "os atrasos de manutenção variam entre um a três anos". A Marinha explica que "em virtude de se encontrarem no limite do seu ciclo de vida, não se considera economicamente viável continuar o ciclo de manutenção completo, optando por intervenções de média duração que permitam o cumprimento do planeamento operacional aprovado". Quanto às lanchas de fiscalização costeira e hidrográfica, a situação é ainda mais grave: "Face ao défice de manutenção acumulado, que varia entre dois e nove anos, têm sido efetuadas avaliações de condição periódicas, de forma a manter a sua operacionalidade através de pequenas e médias intervenções, dentro dos recursos financeiros disponíveis."


Ainda à espera do Polivalente Logístico

Segundo a mesma fonte oficial, o reabastecedor Bérrio, "já entrou em processo de abate", não tendo ainda sido encontrada solução a curto prazo para a sua substituição. A LPM só prevê a aquisição de um novo navio reabastecedor em 2027. Sem este navio, fundamental para a sustentação e apoio logístico das forças navais portuguesas, a Marinha ficou com a sua capacidade de projeção drasticamente limitada, pois não será possível apoiar navios a longas distâncias no mar - por exemplo, em casos de emergência civil, como o que aconteceu em outubro na ilha das Flores. Presentemente, há apenas quatro navios fora de Portugal. Além de duas fragatas em reparação na Holanda, o veleiro Sagres está a fazer a circum-navegação nas comemorações dos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães e o navio-patrulha Zaire, envolvido num programa de cooperação com a guarda costeira de São Tomé e Príncipe, a reforçar a segurança marítima na região.

De acordo com os dados oficiais do Estado-Maior da Armada, estão neste momento ao serviço um total de 34 embarcações: descontando já o Bérrio e a João Roby, há 10 lanchas de fiscalização rápida, nove das quais, a entrar em fim de vida; 2 lanchas hidrográficas, também a atingir limite de idade operacional; 5 fragatas; 4 veleiros; 4 patrulhas oceânicos; 3 patrulhas costeiro da classe Tejo cacine (mais um em reativação); 1 patrulha costeiro classe Cacine (eram 10); 2 submarinos; 2 navios hidro-oceanográficos; 1 corveta (já foram 10) a atingir final de vida. Outra decisão que também tarda é como será feita a aquisição daquele que será o porta-aviões da Armada - o Navio Polivalente Logístico (NPO). Na Lei de Programação Militar está prevista a sua compra a partir de 2024, mas tendo em conta a redução drástica do investimento (passou de 310 milhões para 150) ainda não está decidida a estratégia de compra. Em maio de 2019, João Gomes Cravinho afirmou que este navio "será adquirido a partir de 2022" e que havia tempo para ponderar se será melhor comprá-lo "em segunda mão" ou "construí-lo, de preferência, aqui em Portugal". Segundo o porta-voz oficial da Marinha, este navio "é autossuficiente" e pode navegar para águas internacionais sem necessidade de um reabastecedor.

O DN questionou nesta semana o Ministério da Defesa sobre o navio polivalente logístico e o atraso na substituição das corvetas para busca e salvamento. "Quanto à aquisição do navio polivalente logístico, a mesma está contemplada na Lei de Programação Militar em vigor. A dotação prevista é de 150 milhões de euros e esta verba encontra-se englobada na rubrica das capacidades conjuntas, no anexo da referida lei", respondeu o gabinete do ministro Gomes Cravinho. Não respondeu em relação às outras questões.


Melo Gomes: "Não há coerência política"

O ex-CEMA, almirante Melo Gomes, que já tinha classificado de "catastrófico" a perda do único reabastecedor, reforça agora o seu alerta face ao desfalque de meios da Marinha. "É a morte, tantas vezes anunciada, da Marinha e do próprio país conforme sempre o conhecemos", dramatiza Melo Gomes, que foi um dos subscritores da missiva enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, Chefe Supremo das Forças Armadas. Este oficial, que chegou a comandar a João Roby, não esconde a sua "tristeza". "Num momento em que Portugal está a discutir da ONU o alargamento da sua plataforma continental muito para além das atuais 200 milhas, ao mesmo tempo não se atua a tempo para ter os meios necessários para exercer a soberania sobre esse novo espaço marítimo. Não há qualquer coerência política. Alarga-se a plataforma continental e deixa-se morrer os navios", assevera. Na mesma intervenção de maio do ano passado, o ministro João Cravinho mostrou que também tinha essa preocupação. "Nós temos responsabilidades tremendas em termos de vigilância do nosso espaço marítimo, vamos ter um alargamento da plataforma continental que resultará numa plataforma continental 44 vezes o tamanho de Portugal, e isto significa que precisamos de ter meios navais adequados", afirmou.


Carta a Belém. Ramos em silêncio

Nem Exército, nem Força Aérea nem a Marinha mostram factos que confirmem ou neguem a denúncia de "pré-falência" das Forças Armadas (FFAA) descrita numa carta que um grupo de generais, ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos, enviou ao Presidente da República."Processo de desconstrução e pré-falência", "dificuldades inéditas", "mínimos" de efetivo "nunca verificados", "situação em geral grave, mas no caso do Exército é de emergência institucional", "dificuldades de sustentação e manutenção" - são alguns dos factos elencados. Questionados nesta semana pelo DN sobre essa situação e solicitados dados sobre a evolução do efetivo na última década, bem como o estado das capacidades operacionais, a resposta foi unânime: "não vamos facultar esses elementos", respondeu a porta-voz do Exército; "não conseguiremos disponibilizar a informação que solicita", disse o porta-voz da Força Aérea; "não conte com contributos da Marinha", assinalou o porta-voz deste Ramo. No caso do Estado-Maior da Armada, a informação cedida ao DN sobre a corveta João Roby e o estado geral dos navios, foi enviada antes de ser noticiada a carta dos generais.

Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa, Comandante Supremo das Forças Armadas, respondeu aos generais, também numa carta onde lamentou que a "prioridade política" de valorização das Forças Armadas tivesse deixado "de existir há décadas" e se tenha "enraizado na sociedade portuguesa". "Perante este panorama, o que importa é não renunciar, não desistir", sublinhou.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/29-fev-2020/mais-um-navio-da-marinha-em-fim-de-vida-corveta-joao-roby-vai-ser-abatida-11870151.html?target=conteudo_fechado

Obrigado por partilhares Charlie,

Para que todos possam ler a VERGONHA!!!!
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: NVF em Março 02, 2020, 01:23:11 pm
Manutenção adiada nove anos? Mas estes filhos da puta só podem estar a gozar!
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 02, 2020, 02:07:07 pm
Manutenção adiada nove anos? Mas estes filhos da puta só podem estar a gozar!

As contas batem certo: 9 anos faz-nos remontar a 2011, ou seja, desde o chumbo do PEC IV do Sócrates e consequente queda do Governo, à vitória nas legislativas de Junho desse ano do PSD e coligação com o CDS-PP, seguida da brutal austeridade de Passos-Gaspar-Portas/FMI, a "geringonça" do Costa e o Governo das contas certas do Centeno. Fechou-se a torneira em 2011 e nunca mais foi aberta.

Agora começam-se a colher os frutos do que se plantou com resultados óbvios (enfraquecimento, envelhecimento, exiguidade de meios e pessoal, perda de 10 mil efectivos, etc, etc), e daqui a 10 anos quando for necessário dar o pontapé de saída a vários programas importantes como vamos estar nessa altura e como iremos fazer?
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: mafets em Março 02, 2020, 02:19:20 pm
o Fim do Berrio é grave.

Espero que nao se lembram de fazer o NavPol, senao era o fim da Armada !
Para manter o NPL encostavam as Fragatas.

Desde o inicio que eu defendia a nossa Armada com
2 SSK
3 Fragatas
1 AOR
4/6 NPO VdC
4/6 LFC Tejo
10/12 PB

O pessoal aqui no forum andou me a gozar quando eu era contra a vinda das 2 Fragatas e do NPL,
Agora podem ver o resultado.

 :N-icon-Axe:

Sim Miguel, o problema da Armada é a malta do forum defesa e as tuas convicções. Já agora vês algum investimento digno de esse nome na MGP que justifique o abate de navios atrás de navios, ou sabes de alguma fragata ou LPD comprado às escondidas?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fproducts.damen.com%2F-%2Fmedia%2FProducts%2FImages%2FClusters-groups%2FNaval%2FEnforcer%2FEnforcer-LPD-8000%2F3D-render%2FDamen_LPD_Enforcer_8000.png%3Fmw%3D1300&hash=421c0be1800bb2aeb9bb2b8a0f280fbb)

Três Fragatas? Só se forem Fremm, porque as VDG vão ficar na mesma praticamente e as BD é o upgrade de "mastro oco", pelo que servira para o que?

(https://defesaglobal.files.wordpress.com/2013/03/sam_2795b.jpg)

Já agora, 6 Tejo (nem 4 ou 5 quanto mais adquirir mais um), 1 AOR (qual AOR, é que o Berrio só se for rebocado) e 6 NPO? Isso tudo é para patrulhar até as Berlengas porque a ZEE é bem mais extensa...

(https://www.marinha.pt/pt/os_meios/reabastecedor/Lists/PM_Imagens/110405-PRTN-4A30004-34.jpg) 

Dez a doze PB? Traz o pai Natal... ::) Desde quanto, exceptuando o MLU às BD e a mudança de motores dos Lynx está previsto um investimento para a Marinha (nem uma lancha de desembarque quanto mais, a não ser que conte os zebros. E os fuzos é G3 e "jeep descapotável") ?  Mas podemos continuar a fazer de conta que o problema da MGP são os investimentos "milionários" e não o desinvestimento") ???

(https://scontent.flis5-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-0/p640x640/65201552_2839213926105853_8884328516804411392_o.jpg?_nc_cat=108&_nc_sid=8024bb&_nc_oc=AQltZ0tHq2uj3iIz4rT5wefFZ_88RbZ5dnsKiIcbE4tYucqWvjA8-UBYIRwtO3Pr9p8l6mxkW6NOeIy8P3lAW9zg&_nc_ht=scontent.flis5-1.fna&_nc_tp=6&oh=63debc3cb7815751c5d1035e453a2ada&oe=5F00F143)


Saudações
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Stalker79 em Março 02, 2020, 02:41:28 pm
Eu muito sinceramente custa-me a perceber porque é que não se faz a substituição da G3 na Marinha por ajuste directo á FN visto que ganharam o concurso principal, e ainda puseram mais umas unidades em cima.
Custaria assim tanto equipar a marinha/fuzos que fosse um gasto do outro mundo!?
 :-\
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: zawevo em Março 02, 2020, 02:41:56 pm
Há uns optimistas aqui no Forum que dizem que estamos a atingir o zero naval.
Eu digo que já atingimos.
Neste momento já atingimos o zero naval e estamos a transformar-mos num estado falhado com bem tem descrito o Prof. Adriano Moreira.
E digo isto porque não temos esquadra para socorrer os nossos compatriotas que por alguma convulsão politica fiquem em perigo quer em África quer na América Latina.
Os nossos meios mais modernos são os submarinos, muito poucos, e estes não servem para socorrer ninguém. Quanto às fragatas em número de 5 e com duas no estaleiro a fazerem um upgrade de meia tigela, não dão para tudo e elas não esticam. O NPO subarmados e com sensores civis do mais rasca e baratinhos também não servem para serem empregues em cenários de média intensidade. Helicópteros neste momento nem vê-los. E sem reabastecedor a Marinha fica com as pernas cortadas.
Se este país fosse a sério já devia de haver uma série de irresponsáveis a contas com a justiça. Mas o que interessa é falar de futebol e dos direitos dos paneleiros e o  resto é paisagem.
 
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: LM em Março 02, 2020, 02:42:35 pm

Sim Miguel, o problema da Armada é a malta do forum defesa e as tuas convicções. Já agora vês algum investimento digno de esse nome na MGP que justifique o abate de navios atrás de navios, ou sabes de alguma fragata ou LPD comprado às escondidas?

Vou meter-me onde não sou chamado, mas parece-me que o Miguel não diz que a culpa é "nossa"... simplesmente está a recordar que enquanto nós (ainda?) sonhávamos com um país decente já ele era realista e percebia que 3 fragatas (etc) era, infelizmente, um futuro bastante possível. Eu, por exemplo, também à algum tempo que considero 2+2 fragatas e nem quero ouvir falar em NPL... mas vai vir (nem que tenhamos de ficar apenas com 2 BD "mastro oco" e 1 Meko "NPO"), porque é fácil de "vender" aos eleitores e a Marinha quer um navio grande, com tripulação e vistoso.   
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Março 02, 2020, 02:52:02 pm
Vou só pegar nuns pontos importantes da notícia e ser má-língua:

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Em junho do ano passado, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, anunciou que iria "começar a trabalhar nos contratos e na adjudicação" de seis NPO, uma vez que já tinha sido publicada a Lei de Programação Militar (LPM).

Desde Junho... faltou a tinta em todas as canetas para assinar o contrato? É que 8 meses não é propriamente pouco tempo. Felizmente há sempre tempo e dinheiro para passeios no Brasil à Embraer.

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Face ao défice de manutenção acumulado, que varia entre dois e nove anos

9 anos é "só" praticamente 1/3 da "esperança de vida" dos navios, especialmente numa Armada ocidental. Se para umas meras lanchas é esta situação, que são meios relativamente simples e baratos de manter, nem quero imaginar qualquer coisa mais complexa, estilo LPD/LHD ou fragatas topo de gama.

*Gostava de saber, quantas vezes foi renovada a frota de carros do Estado nos últimos 9 anos. Só por curiosidade.  ::)

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estão neste momento ao serviço um total de 34 embarcações: 5 fragatas;

Esqueceram-se de colocar a nota de que estão obsoletas mesmo após os MLUs (especialmente as VdG).

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Outra decisão que também tarda é como será feita a aquisição daquele que será o porta-aviões da Armada - o Navio Polivalente Logístico (NPO)

NPL querem eles dizer, e espero que a comparação com um porta-aviões tenha sido sarcasmo.  :o

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Na Lei de Programação Militar está prevista a sua compra a partir de 2024, mas tendo em conta a redução drástica do investimento (passou de 310 milhões para 150) ainda não está decidida a estratégia de compra. Em maio de 2019, João Gomes Cravinho afirmou que este navio "será adquirido a partir de 2022" e que havia tempo para ponderar se será melhor comprá-lo "em segunda mão" ou "construí-lo, de preferência, aqui em Portugal". Segundo o porta-voz oficial da Marinha, este navio "é autossuficiente" e pode navegar para águas internacionais sem necessidade de um reabastecedor.

Aqui nada de novo, tirando que há uns tempos estava mais que decidido que ia ser um navio novo, e agora é "não está decidida a estratégia de compra". Mas se for a julgar pelo substituto do Bérrio, em que ignoram prontamente uma opção em segunda-mão, não há grande esperança que seja diferente com o LPD.

Interessante, é que o navio será adquirido a partir de 2022, e segundo o ministro, "há tempo" para ponderar qual das opções se vai tomar, esquecendo-se que, se demorarem até 2022 para decidir, a opção por algo novo implica a sua entrada ao serviço nunca antes de 2025, a julgar pelo tempo de construção e afins. Mas é como dizem, "empurrar com a barriga".

Melhor mesmo, só a afirmação no fim, que o LPD é auto-suficiente e não precisa de AOR. Aqui está a razão de não quererem saber do Wave, que dada a escolha entre ter um AOR que permita utilizar as fragatas e NPOs fora das águas nacionais, ou ter apenas um LPD com esta capacidade que iria para fora sem escolta absolutamente nenhuma, preferem o LPD.
Felizmente o LPD é auto-suficiente, caso falte comida, metem terra no convés de voo e plantam alfaces, tomates, couves... purificam água do mar e se faltar combustível, os Fuzileiros embarcados remam. Numa situação em que o navio possa ser atacada, certamente também será auto-suficiente.

Citar
Segundo a mesma fonte oficial, o reabastecedor Bérrio, "já entrou em processo de abate", não tendo ainda sido encontrada solução a curto prazo para a sua substituição.

Já agora... realmente aqui ninguém viu um navio que se adeqúe às nossas necessidades... se ao menos houvesse algum AOR, padrão NATO, usado mas com poucos anos e que estivesse neste momento atracado à espera de decidirem o que fazer com ele....  ::)

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Nem Exército, nem Força Aérea nem a Marinha mostram factos que confirmem ou neguem a denúncia de "pré-falência" das Forças Armadas (FFAA) descrita numa carta que um grupo de generais, ex-chefes de Estado-Maior dos três ramos......... Questionados nesta semana pelo DN sobre essa situação e solicitados dados sobre a evolução do efetivo na última década, bem como o estado das capacidades operacionais, a resposta foi unânime: "não vamos facultar esses elementos", respondeu a porta-voz do Exército; "não conseguiremos disponibilizar a informação que solicita", disse o porta-voz da Força Aérea; "não conte com contributos da Marinha", assinalou o porta-voz deste Ramo.

Realmente é com este tipo de respostas que a situação vai evoluir. Nada melhor que os porta-vozes de cada ramo a cruzarem os braços e não piarem. Se ao menos este tipo de unanimidade estivesse presente na hora de escolher o modelo dos Hawk que deveriam ter sido adquiridos.  ::)
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: mafets em Março 02, 2020, 03:00:38 pm

Sim Miguel, o problema da Armada é a malta do forum defesa e as tuas convicções. Já agora vês algum investimento digno de esse nome na MGP que justifique o abate de navios atrás de navios, ou sabes de alguma fragata ou LPD comprado às escondidas?

Vou meter-me onde não sou chamado, mas parece-me que o Miguel não diz que a culpa é "nossa"... simplesmente está a recordar que enquanto nós (ainda?) sonhávamos com um país decente já ele era realista e percebia que 3 fragatas (etc) era, infelizmente, um futuro bastante possível. Eu, por exemplo, também à algum tempo que considero 2+2 fragatas e nem quero ouvir falar em NPL... mas vai vir (nem que tenhamos de ficar apenas com 2 BD "mastro oco" e 1 Meko "NPO"), porque é fácil de "vender" aos eleitores e a Marinha quer um navio grande, com tripulação e vistoso.   

Vai vir um NPL de onde???  :o :o Nem 2 Marlin para os NPO, os Tejo estão 3 em serviço e o AOR, pasme-se, não existe a curto prazo e vai vir um investimento de 150 Milhões num NPL?  :mrgreen: Epá, nem as G3, nem os Uro, quanto mais (nem zebros, que os últimos veiram à uma década)...  :bang: :bang:

(https://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2019/10/Ex%C3%A9rcito-Portugu%C3%AAs-inicia-processo-de-recep%C3%A7%C3%A3o-de-novos-ve%C3%ADculos-t%C3%A1ticos-blindados-VAMTAC-ST5.jpg) 

Saudações  :bang: :bang:
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Charlie Jaguar em Março 02, 2020, 03:39:49 pm
Quando isto é o que acontece de facto também não podem haver milagres.

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Portugal é o quinto país da União Europeia que menos gasta com a Defesa
Catarina Melo

2020-03-02

Gastos nacionais com Defesa totalizaram 1,68 mil milhões de euros, em 2018. Correspondeu a 0,8% do PIB gerado naquele ano em Portugal, sendo o quinto peso mais baixo da UE.

Portugal foi um dos países da União Europeia que, em 2018, menos investiu em Defesa. Naquele ano, os gastos nacionais com Defesa corresponderam a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), revela o Eurostat nesta segunda-feira. Trata-se do quinto valor mais baixo da União Europeia, onde a média foi de 1,2%. Segundo o gabinete de estatísticas europeu, em 2018, os governos dos 27 Estados membros gastaram um total de 162 mil milhões de euros na Defesa. Este montante corresponde a 2,6% do total dos gastos públicos e a 1,2% da riqueza gerada na União Europeia naquele ano.

O peso dos gastos com defesa face ao PIB variou substancialmente entre os diferentes países europeus, indo do mínimo de 0,3%, na Irlanda, e de 0,5% no Luxemburgo e Malta, até aos máximos de 2% tanto na Estónia e Grécia, e de 2,1% na Letónia. Portugal destacou-se entre os países que menos investiram, sendo que dados provisórios apontam para um gasto de 1,68 mil milhões de euros em despesas com a Defesa, em 2018. Ou seja, 1,9% das despesas totais do Estado e 0,8% do PIB nacional daquele ano. No histórico dos últimos dez anos disponibilizado pelo Eurostat, nunca se assistiu a uma proporção das despesas com Defesa em função da riqueza gerada tão baixa em Portugal como em 2018.

Portugal estava assim bastante longe das metas acordadas entre os membros da NATO em matéria de investimento em gastos militares. Estas definem que as despesas com defesa convirjam para os 2% do PIB em cada país. Dados recentemente divulgados apontam para que em 2019, os gastos militares já correspondessem a 1,52% do PIB. Até 2024, o Executivo de António Costa pretende chegar aos 1,66% do PIB nas despesas com defesa.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2020/03/defesa.png)
https://eco.sapo.pt/2020/03/02/portugal-e-o-quinto-pais-da-uniao-europeia-que-menos-gasta-com-a-defesa/?fbclid=IwAR1i1epGhoTgUGA3t_R0B_az1YBfPXNrhhrMGIGnC56Z5CjtFMjofxZvccE
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Stalker79 em Março 02, 2020, 04:02:59 pm
E isso são os numeros oficiais sem contar com "cativações" pelo meio....
 :-P
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: Viajante em Março 02, 2020, 04:24:14 pm
E isso são os numeros oficiais sem contar com "cativações" pelo meio....
 :-P

Ou as rendas a pagar ao Estado, que é uma forma de reduzir ainda mais o orçamento real e inflacionar com os valores das rendas para mostrar à NATO.

Já para não falar que os outros países com indústria militar, aproveitam para comunicarem investimentos baixos, mas que são na realidade inflacionados com os subsídios comunitários e do próprio estado a essa indústria (Espanha, França, .......
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 02, 2020, 05:06:12 pm
Caros

O ZERO NAVAL É PERMANENTE,

Vejam esta notícia que encontrei de maio de 2001, portanto muito anterior a crises e troikas

https://www.google.com/amp/s/www.publico.pt/2001/05/20/politica/noticia/castro-caldas-admite-zero-naval-23828/amp
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Março 02, 2020, 05:10:22 pm
Citar
Portugal estava assim bastante longe das metas acordadas entre os membros da NATO em matéria de investimento em gastos militares. Estas definem que as despesas com defesa convirjam para os 2% do PIB em cada país. Dados recentemente divulgados apontam para que em 2019, os gastos militares já correspondessem a 1,52% do PIB. Até 2024, o Executivo de António Costa pretende chegar aos 1,66% do PIB nas despesas com defesa.

Tal é o valor que se dá a acordos internacionais, neste caso com outros países da NATO. Quando "prometem" que até 2024 os gastos subam para 1,66%, face aos 2% acordados, é mesmo coisa de gente doida. Se acordaram 2%, gastam 2% e pronto, será assim tão difícil? Ainda para mais quando parte desse dinheiro pode ter influência directa na indústria nacional, como o sector da construção naval.

E isso são os numeros oficiais sem contar com "cativações" pelo meio....
 :-P

Ou as rendas a pagar ao Estado, que é uma forma de reduzir ainda mais o orçamento real e inflacionar com os valores das rendas para mostrar à NATO.

Já para não falar que os outros países com indústria militar, aproveitam para comunicarem investimentos baixos, mas que são na realidade inflacionados com os subsídios comunitários e do próprio estado a essa indústria (Espanha, França, .......

Exacto, como se não bastasse o já curto orçamento, que nem dá para fazer a manutenção a meras lanchas de fiscalização, ainda usam estas artimanhas para dar a volta, como essas rendas.

Já agora, estou curioso para ver onde se gastou "tanto" em 2019. Não me recordo de nenhum programa de aquisições com valor assim tão avultado, para se ter gasto o dobro do ano anterior, mesmo com a redução de efectivos (menos salários a pagar, em teoria).
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: typhonman em Março 02, 2020, 10:24:37 pm
Caros

O ZERO NAVAL É PERMANENTE,

Vejam esta notícia que encontrei de maio de 2001, portanto muito anterior a crises e troikas

https://www.google.com/amp/s/www.publico.pt/2001/05/20/politica/noticia/castro-caldas-admite-zero-naval-23828/amp

Lembro-me em 2001 haver grande polémica com o "zero naval".

Até houve uma reportagem na RTP que se chamava o "Adeus armas", onde falava dos vetustos equipamentos das FA.

Grosso modo, são em 70 % iguais aos da altura, só que com mais idade e em menor numero.

Andamos a brincar com coisas muito sérias!

Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: P44 em Março 03, 2020, 06:45:27 am
Caros

O ZERO NAVAL É PERMANENTE,

Vejam esta notícia que encontrei de maio de 2001, portanto muito anterior a crises e troikas

https://www.google.com/amp/s/www.publico.pt/2001/05/20/politica/noticia/castro-caldas-admite-zero-naval-23828/amp

Lembro-me em 2001 haver grande polémica com o "zero naval".

Até houve uma reportagem na RTP que se chamava o "Adeus armas", onde falava dos vetustos equipamentos das FA.

Grosso modo, são em 70 % iguais aos da altura, só que com mais idade e em menor numero.

Andamos a brincar com coisas muito sérias!

Não te lembras que foi preciso um M60 começar a deitar fumo no 10 de junho, para então pensarem nos Léo?  :snip:
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: NVF em Março 04, 2020, 12:13:17 am
Quando isto é o que acontece de facto também não podem haver milagres.

Citar
Portugal é o quinto país da União Europeia que menos gasta com a Defesa
Catarina Melo

2020-03-02

Gastos nacionais com Defesa totalizaram 1,68 mil milhões de euros, em 2018. Correspondeu a 0,8% do PIB gerado naquele ano em Portugal, sendo o quinto peso mais baixo da UE.

Portugal foi um dos países da União Europeia que, em 2018, menos investiu em Defesa. Naquele ano, os gastos nacionais com Defesa corresponderam a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), revela o Eurostat nesta segunda-feira. Trata-se do quinto valor mais baixo da União Europeia, onde a média foi de 1,2%. Segundo o gabinete de estatísticas europeu, em 2018, os governos dos 27 Estados membros gastaram um total de 162 mil milhões de euros na Defesa. Este montante corresponde a 2,6% do total dos gastos públicos e a 1,2% da riqueza gerada na União Europeia naquele ano.

O peso dos gastos com defesa face ao PIB variou substancialmente entre os diferentes países europeus, indo do mínimo de 0,3%, na Irlanda, e de 0,5% no Luxemburgo e Malta, até aos máximos de 2% tanto na Estónia e Grécia, e de 2,1% na Letónia. Portugal destacou-se entre os países que menos investiram, sendo que dados provisórios apontam para um gasto de 1,68 mil milhões de euros em despesas com a Defesa, em 2018. Ou seja, 1,9% das despesas totais do Estado e 0,8% do PIB nacional daquele ano. No histórico dos últimos dez anos disponibilizado pelo Eurostat, nunca se assistiu a uma proporção das despesas com Defesa em função da riqueza gerada tão baixa em Portugal como em 2018.

Portugal estava assim bastante longe das metas acordadas entre os membros da NATO em matéria de investimento em gastos militares. Estas definem que as despesas com defesa convirjam para os 2% do PIB em cada país. Dados recentemente divulgados apontam para que em 2019, os gastos militares já correspondessem a 1,52% do PIB. Até 2024, o Executivo de António Costa pretende chegar aos 1,66% do PIB nas despesas com defesa.

(https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2020/03/defesa.png)
https://eco.sapo.pt/2020/03/02/portugal-e-o-quinto-pais-da-uniao-europeia-que-menos-gasta-com-a-defesa/?fbclid=IwAR1i1epGhoTgUGA3t_R0B_az1YBfPXNrhhrMGIGnC56Z5CjtFMjofxZvccE

O pessoal anda muito esquecido. No tópico em baixo é referido o valor de 2.151 milhões de euros como orçamento de defesa de 2018 (mas somente 1.991 milhões gastos, de acordo com o Victor Barreira). Segundo o Costinha, em 2018, gastaram-se 1,35% do PIB em defesa e este valor iria aumentar para 1,41% em 2019. Mas nenhum FDP no parlamento interpela o governo sobre a discrepância entres esses números e os agora divulgados pelo Eurostat? Mais, como o tenente e outros referem, os números orçamentados são inferiores aos apresentados à NATO (já para não falar nos efectivamente gastos).

Segundo o Pordata, o PIB de 2018 foi 203.896,2 milhões de euros, pelo que 1,35% seriam 2.752 milhões de euros. O valor que o Victor menciona de 1.991 milhões equivale a 0,97% do PIB. Mas depois vem o Eurostat fazer as contas e a verdade é exposta, sendo a percentagem 0,8%. Palhaçada!

Em tempos recordo ter lido que o orçamento da GNR é contabilizado na defesa para efeitos NATO. Alguém ouviu falar em algo assim?

https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=10546.30 (https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=10546.30)
Título: Re: A Armada Portuguesa em 2020
Enviado por: dc em Março 04, 2020, 12:52:30 pm
Isto realmente torna-se ridículo. Se houvesse uma discrepância destas noutro sector qualquer era só greves e protestos e toda a gente a apontar o dedo à corrupção. Mas como é nas forças armadas, "no pasa nada". Depois temos cenários como o Bérrio e tantos outros. Para um governo que gosta de contas certas, aqui as contas não acertam, mas também ninguém se queixa, não vi nenhum Chefe de Estado Maior a queixar-se desta situação. E foi preciso ex-chefes dos respectivos ramos para vir ao de cima este assunto, para se apurar esta verdade sobre o orçamento de 2018.

Quando assim é, quando lidamos com orçamentos fantasma, torna-se uma autêntica fantochada tentar ter bom-senso a discutir estes temas. Se gastassem pouco e ao menos admitissem à NATO/UE que assim é, sem palhaçada pelo meio, era ao menos, mas se dizer que se gasta menos 0,6% na defesa do que os 2% acordados com os aliados já é grave, então imaginem gastar menos de metade desse mesmo acordo, os tais 0,8%.