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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: P44 em Junho 12, 2006, 03:18:57 pm

Título: Encerramento da Opel na Azambuja pode ser anunciado 4ª feira
Enviado por: P44 em Junho 12, 2006, 03:18:57 pm
Mais um "SUCESSO" :?:  :?: EXPLIQUEM-ME PORQUE EU SOU MUITO ESTÚPIDO :evil:  :x
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 12, 2006, 04:05:41 pm
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PUBLICO.PT
A plataforma do Combo é comum ao Corsa e ao Meriva, modelos que a fábrica espanhola directamente concorrente (Saragoça) produz, o que permite à fábrica não ...
jornal.publico.clix.pt/magoo/noticias.asp?a=2006& m=05&d=31&uid=&id=81714&sid=8891 - 5k - Em cache - Páginas semelhantes


de:
http://www.google.com/search?hl=pt-PT&q ... +Combo&lr= (http://www.google.com/search?hl=pt-PT&q=Fabrica+Sarago%C3%A7a+Combo&lr=)

Como não tenho o "Publico Plus" não consigo aceder à noticia...se alguém tiver que a meta sff.

Aparentemene é explicado pela partilha da mesma plataforma, logo baixa o preço não só dos Combos que já são produzidos lá, mas também dos Corsa e Meriva....economias de escala...

Como a ideia de produzir o Sharan e o Galaxy na Auto-europa..mesma plataforma...sinergias que resultam em custos mais baixos  c34x

A resposta entretanto...

Azambuja: GM Portugal garante que ainda não há decisão
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=68285 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=68285)

Cumprimentos..

PS: Porqué fazer um quando é muito melhor fazer dois ou três?? Se querem potencializar a fábrica devem conseguir no mínimo dois modelos que possibilitem sinergias também..senão a fábrica irá continuar a sofrer de falta de competitividade..
Título:
Enviado por: Shar[K] em Junho 12, 2006, 04:23:24 pm
O que eu acho é que é má gestão!
Querem apostar como se os trabalhadores e GESTORES estiverem sempre na corda banba a fabrica até produz carros 500€ mais baratos que os outros?

O problema é que as pessoas so começam a trabalhar quando veem que tem o emprego em risco, e regra geral já é tarde demais. No entanto sem duvida que a grande culpada disto é a gestão de fabrica.

Veja-se o caso da AutoEuropa, era o que era tava para fechar e agora é considerada umas das melhores da europa.
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 23, 2006, 10:53:09 am
Aparentemente ...
GM terá de devolver incentivos se fechar Opel Azambuja
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68698 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=68698)

visto que..
Azambuja: GM avisa trabalhadores que fecha 31 Outubro
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68708 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=68708)

Shar[k]..existem coisas que não são assim tão simples...o processo de tornar a produção mais barata com o tempo existe em todas as fábricas, a chamada experience ou learning curve. Porque motivo pensas que os espanhóis também não estão a reduzir os custos enquanto falamos?

No final, o facto de partilharem a mesma plataforma para 3 diferentes modelos penso que é decisivo. Esta é a minha ideia..sem ter mais info de "insiders" é claro..

Cumprimentos

Mais uns "comments"...desta vez da API
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68718 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=68718)
Título:
Enviado por: TOMKAT em Junho 23, 2006, 02:05:19 pm
Um dos problemas da Opel, comparativamente à Autoeuropa que passou por problemas identicos, é que enquanto a Autoeuropa, segundo afirmou o António Peres Metello ontem na TVI, para reduzir custos aumentou a incorporação de componentes fabricados em Portugal, reduzindo dessa forma os custos de logistica com consequências positivas no preço final do produto.
Não fixei o número, mas creio estar próximo dos 60% na Autoeuropa.

Na Opel esse índice de incorporação fica-se pelos 20%, com o consequente agravamento dos custos da logistica no produto final. Os tais 500 euros que a administração aponta como custos penalizadores seriam facilmente eliminados se fosse aumentada a incorporação de productos manufacturados em Portugal.
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 23, 2006, 03:03:25 pm
60% é muito bom....já os 47% de 2004 eram considerados um bom valor.

Relativamente à Opel, não consegui encontrar dados relativos à incorporação nacional...mas realmente se forem da ordem dos 20% é mau.

Importar componentes não quer dizer que estes sejam mais caros que produzi-los cá....ora então..lá para o leste o custo operacional é mais baixo....por alguma coisa a propria industria dos componentes sofre da deslocalização..

Aliás não faria sentido então deslocalizar..se no final o fornecedor x pedisse mais cheta por isso..

É claro que...se os componentes que "alimentam" a Opel proveem de países "caros"...provavelmente é sim possivel reduzir custos se houver incorporação nacional..

Entretanto..descobri este pdf..que um prof. meu já nos tinha mostrado 1 vez..
http://paginas.fe.up.pt/demegi/Nortinov ... luster.pdf (http://paginas.fe.up.pt/demegi/NortinovATICE_cluster.pdf)
E este também não parece ser mau..
http://www.dpp.pt/gestao/ficheiros/clus ... omovel.pdf (http://www.dpp.pt/gestao/ficheiros/cluster_automovel.pdf)

Curiosamente nenhum fala de hipotéticos riscos de fecho da Opel..mas e daí..muita gente não previu esta crise da GM...
Título:
Enviado por: pedro em Junho 23, 2006, 04:43:21 pm
Entao se a opel fechar eles ja tem um sitio onde possam producir o proximo carro portugues/pinifarina o nao?
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 23, 2006, 06:21:24 pm
Citação de: "pedro"
Entao se a opel fechar eles ja tem um sitio onde possam producir o proximo carro portugues/pinifarina o nao?
Cumprimentos


Eles quem?

A questão é a seguinte...esse carro para ser produzido precisa de investimento. Das duas uma, ou recebe investimento com a criação de um grupo, exemplo a ONI ou Optimus, que foram criadas por empresas nacionais por trás, ou o "projecto" é vendido a um dos fabricantes automóveis.

A 1ª ideia não deve ter pernas para pegar, investimento nacional está de chuva, tal projecto apresenta muito risco...não é todos os dias que se lança uma marca de automóveis nova e tem-se sucesso....exemplo recente..SMART. Investimento estrangeiro...hum..capitais de risco talvez, não tou a ver empresas a investir muito nisso.

A 2ª ideia....vender o projecto. A Opel seria um óptimo receptor do projecto para fabricar na Azambuja...se não fosse a grande crise que se abateu sobre a GM. Vender a outro fabricante...é possivel sim..tal como é possivel que se for a ser fabricado possa não o ser em Portugal, embora isto o governo português com uma operação de charme e etc podia resolver.

Para concluir...a probabilidade de o projecto "sair do papel" é....bem..Boavista campeão???

Cumprimentos
Título:
Enviado por: pedro em Junho 23, 2006, 07:47:20 pm
Talvez tenha razao mas eu acho que com o investimento bem posto ate podem ter sucesso.
Cumprimentos
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 26, 2006, 10:13:19 am
TOMKAT..tens razão...o problema é mesmo a nível da logística..

Citar
Custos logísticos condenaram Opel Azambuja, diz jornal

Uma gestão logística pouco eficiente é o principal factor para que a General Motors abandone Portugal, segundo refere o Diário Económico na edição de segunda-feira.


Os custos com a logística foram a principal razão para que a GM Europe decidisse encerrar a fábrica da Azambuja a 31 de Outubro próximo, sugere a análise do diário explicando que a estratégia de concentrar a produção do grupo no Centro da Europa tem como objectivo eliminar esses custos logísticos.

Segundo explica o DE, 90% dos fornecedores da Azambuja são de Espanha e da Alemanha e esta condicionante encarece o aprovisionamento. Estabelecendo um paralelismo com a o caso da Autoeuropa, o jornal refere que, em Palmela a indústria criou um cluster.

Por outro lado, além da fárbica da Azambuja ter sido sempre considerada como uma extensão da unidade localizada em Saragoça, os incentivos dados pelo Estado português deixaram de ser interessantes para o construtor norte-americano.

26-06-2006 8:33:36

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68772 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=68772)

Pois...90% de fornecedores estrangeiros...agora sim concordo com o Shar[k]...a culpa é dos gestores da empresa que não viram o potencial "problema"...e também do governo..que também não viu o problema..

Era uma vez...
Título:
Enviado por: JoseMFernandes em Junho 26, 2006, 01:44:13 pm
Os problemas devem continuar...sem querer ser apenas mais um  pessimista, mas na sequência  do que ja tem sido discutido por aqui,  julgo devermos  reconhecer  que estamos realmente perante uma transformaçao total da economia mundial...e Portugal dificilmente poderia escapar a essas consequencias... que óbviamente se deverão intensificar nos anos próximos.

Do PUBLICO de 26/6/06:

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Peritos alertam
Fábrica de Mangualde pode ser nova Azambuja
Lurdes Ferreira


A fábrica da PSA deve ser acompanhada "com particular atenção", diz o centro de inovação Inteli. Para evitar os riscos que se tornaram realidade na Azambuja

A PSA de Mangualde deve "ser uma empresa a acompanhar com particular atenção", aconselha o centro de inovação Inteli, no momento das lições que se devem tirar sobre o que correu mal com a GM da Azambuja.
Tal como a GM da Azambuja tem funcionado como uma extensão da fábrica de Saragoça, também a unidade de Mangualde tem sido uma extensão da fábrica de Vigo, do grupo francês Peugeot Citroen. "A estratégia da PSA com a unidade de Mangualde não é muito diferente da da GM com a Azambuja", sublinha a Inteli, com a agravante de não montar nenhum modelo em exclusivo, como é o caso do Combo, mas sim versões de veículos produzidos em Vigo. Uma relação a que se aplicará a velha expressão: se Vigo se "constipar", Mangualde apanha uma "pneumonia".
O momento não é de risco, segundo a entidade que tem desenvolvido a maior parte do seu trabalho à volta do sector automóvel, mas é crítico ao nível do acompanhamento deste investimento estrangeiro, já que a fábrica de Vigo está também numa "fase de mudança de ciclo de produtos". Está a preparar-se para novas versões do Xsara Picasso, a lançar no salão de Paris em Setembro, e para um investimento de 200 milhões de euros.
Para vários industriais portugueses do sector automóvel, há actualmente motivos para questionar a competitividade do país. Não apenas pelo caso da GM da Azambuja, mas também por outros desinvestimentos, como o recente da Yazaki Saltano. O grupo japonês vai deslocalizar a sua produção para a Galiza, para o perímetro da fábrica de Vigo, ou seja, para pouco mais de 200 quilómetros para norte.
Quanto a Mangualde, hoje unidade satélite de Vigo, a mudança de ciclo de produto pode representar uma oportunidade para melhoria de processo - não há nenhuma redução de produção em vista nem nenhum modelo em fim de vida. No entanto, exibe mais um e determinante factor de vulnerabilidade idêntico ao da GM da Azambuja e que já "vitimara" a velha Renault de Setúbal, ou seja, a ausência de uma unidade de estampagem.
A PSA de Mangualde, que garante um quarto da produção automóvel nacional, montou, no ano passado, 53.426 Citroen Berlingos e Peugeot Partners, seis unidades a menos do que em 2004, sendo dois dos modelos que a unidade de Vigo também produz. Toda a estampagem (grande metalomecânica) é feita em Vigo e a maioria dos componentes vem de lá também.
A unidade portuguesa, enquanto linha de montagem com os seus 1230 trabalhadores, tem funcionado como ponto de apoio a Vigo, para onde esta transfere mais ou menos produção, sobretudo séries especiais, consoante o ritmo a que está a trabalhar. Vários fornecedores portugueses distinguem, no entanto, esta fábrica do grupo francês da da GM da Azambuja, afirmando que tem progredido em termos de actividade. A fábrica tem um processo de fabrico completamente manual, mas está preparada para montar quase todos os modelos standard e séries especiais, segundo a própria PSA.
As opiniões dividem-se apenas quanto às capacidades físicas de expansão da fábrica, por estar limitada de um lado pela povoação de Mangualde e do outro por duas linhas de caminho-de-ferro. Há quem considere isso um factor de peso, há quem o veja como um detalhe.


e a proposito de um pais normalmente apontado como 'exemplo' para Portugal, um pequeno excerto de um 'dossier' do EXPRESSO de 24/6/06 dedicado à Finlandia...com meu sublinhado ...

Citar
Uma coisa é certa: a Nokia veio permitir criar fortunas num país com tradição de uma grande qualidade média mas tendencialmente igualitária. Talvez a dimensão mais fundamental do fenómeno continue a ser uma sociedade cujas características tendem a permitir-lhe reequilibrar-se a cada sacudidela do sucesso ou do infortúnio. Como dizia Kari Välimäki, do Departamento de Finanças e Planeamento do Ministério da Segurança Social e da Saúde, o entendimento geral dos países nórdicos é que, para poder dar condições ao longo de toda a vida às pessoas é preciso trabalhar muito antes de chegar à fase de receber pensões. Aí, reconhece, «estamos muito dependentes do sector de ponta da economia e das inovações tecnológicas», o que «é bom», mas «institui nas companhias o imperativo da competitividade». E dá um exemplo: «A nossa produção de sapatos passou a ser feita em Portugal quando a mão-de-obra era barata lá. Quando aumentou, passámo-la para a Estónia e passá-la-emos para a China: é mercado, é compreensível. Mas esta tem de ser uma sociedade que ajude as pessoas a fazerem a sua vida».
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 26, 2006, 10:29:12 pm
Encontrei esta notícia aqui no arquivo económico do fórum defesa..datada de 20 de Fevereiro....vamos ver se a gestão da fábrica de Mangualde consegue impedir que algo assim aconteça..

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GM da Azambuja poderá fechar em 2009, diz jornal

A divisão europeia da General Motors (GM Europe) está a rever as operações no segmento de comerciais ligeiros e neste quadro poderá decidir-se pelo encerramento da unidade da Opel, na Azambuja, onde é fabricado o modelo Combo.


A possibilidade de fecho da fábrica da Azambuja em 2008/2009 é adiantada pela edição online do jornal Automotive News citando «fornecedores» da GME, embora responsáveis europeus do construtor norte-americano afirmem que nenhuma decisão foi tomada, senão em Agosto deste ano quando estiver concluída uma avaliação às operações no mercado de comerciais ligeiros (LCV na sigla inglesa).

A revisão do plano estratégico está a ser liderada pelo presidente da GM Europe, Carl-Peter Forster, que na semana passada esteve na fábrica portuguesa juntamente com Eric Stevens, vice-presidente da empresa europeia.

Ainda de acordo com o artigo, a produção do Combo faria mais sentido noutras unidades da GM onde são fabricados modelos similares, como a fábrica de Saragoça (Espanha) e a de Eisenach (Alemanha).

A análise que está em curso à rentabilidade da fábrica portuguesa é confirmada Nelson Silveira, porta-voz da GM Portugal citado no artigo. No entanto, o mesmo responsável assegura que o modelo Combo será produzido na Azambuja pelo menos até 2009.

Em 2004, a produção da fábrica portuguesa cresceu 11,4%, para um total de 73.711 veículos.

Em Novembro passado, a empresa-mãe da GM anunciou um plano que envolve a supressão de 30 mil empregos, com o fecho de cerca de uma dúzia de unidades industriais nos EUA até 2008, em parte afectada pela declaração de falência da Delphi no mercado americano.

Esta empresa também está em Portugal, com uma fábrica na margem sul, mas nesta altura fornece marginalmente a Opel portuguesa, que por sua vez opera em Portugal há mais de 40 anos.

20-02-2006 14:20:25


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=63541 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=6&id_news=63541)
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 29, 2006, 10:02:55 am
Citar
Opel: Governo «fez tudo o que podia» para evitar fecho
O Governo, através do ministro da Economia e Inovação, afirma que fez tudo o que podia desde Setembro do ano passado para evitar o anunciado fecho da fábrica da General Motors (GM), na Azambuja.

Segundo declarou o ministro Manuel Pinho perante a comissão parlamentar de Economia, quarta-feira, o Governo «fez a sua obrigação». Desde 14 de Setembro que «foram tentadas várias vias» passando pelas reuniões com trabalhadores, com a GM nos EUA, a direcção da GM Europe e mesmo encontros com um secretário do Comércio dos EUA, Carlos Gutiérrez, explicou o ministro.

Neste período de nove meses foram «infindáveis as reuniões sobre o tema», afirmou Manuel Pinho sublinhando que a tarefa do Executivo «não é fabricar automóveis». A função do Governo «é criar condições positivas» para as empresas, reiterou.

Com o cenário de fecho inevitável da Opel da Azambuja a ficar cada vez mais definido, os trabalhadores da unidade fabril concentram-se ao início da tarde desta quinta-feira, na Praça do Comércio (Lisboa), para depois marcharem até à residência oficial do primeiro-ministro José Sócrates.

A unidade da Opel em Portugal emprega mais de 1.100 pessoas e por uma questão de falta de competitividade a nível de custos – justifica a GM - pode fechar já no final do mês de Outubro, enquanto o Estado português, impotente, apenas reclama a devolução de incentivos fiscais concedidos à unidade.

Entretanto, a empresa já escreveu uma carta aos trabalhadores informando que, na falta de uma solução que viabilize a operação está aberto o processo de negociação de rescisões/compensações.

29-06-2006 8:12:50


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=234144 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=234144)
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 29, 2006, 10:42:47 pm
Opel da Azambuja: Comissão de Trabalhadores admite nova greve
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=234269 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=234269)

Alguém me pode explicar o objectivo desta greve?

O que é que eles esperam realisticamente conseguir?

Diria que seria mais produtivo, embora igualmente improvavel, andarem a apresentar projectos à GM para resolver o problema, do que andarem em greve. Mas pronto, aparentemente como já sabem o que vai acontecer, porque não fazer greve?
Título: N: "GM Europe still delivering parts by helicopter"
Enviado por: Get_It em Junho 29, 2006, 11:34:34 pm
Artigo interessante, que pelo que parece ninguém encontrou. Este artigo até mostra os efeitos das greves:
Citação de: "Reuters.com"
GM Europe still delivering parts by helicopter
 FRANKFURT, June 27 (Reuters) - General Motors (GM.N: Quote, Profile, Research) continues to use helicopters to airlift parts to European plants disrupted by workers protesting the carmaker's plans to shut an assembly site in Portugal, a labour official said on Tuesday.

The GM parts plant in Kaiserslautern, Germany, is ferrying smaller parts out by helicopter -- at 3,500 euros per flight -- and also using other aircraft, the plant's deputy works council head, Lothar Sorger, told Reuters.

"Supplies to the other European plants are so tight that plants in Poland and Sweden among others cannot wait for time-consuming shipments by truck," he said.

A company spokesman confirmed GM was using airlifts to avoid supply bottlenecks.

"The protests and hours-long production stoppages are forcing us to accelerate parts deliveries. Our plants' work is closely intertwined, and they don't have large inventories of materials," he said.

GM's European works council said protests on Tuesday disrupted production for hours at German plants in Bochum and Eisenach. It said workers would down tools for "information meetings" during all three shifts on Wednesday at the GM plant in Ellesmere Port, England.

GM has said it wants to close the Portuguese plant in Azambuja and shift output of Combo delivery vans to its Spanish factory in Zaragoza to save on production costs.

Workers accuse it of wanting to scale down production in expensive western European plants and shift output to eastern Europe and Asia. GM denies this but stresses western European plants need to be very productive to offset high labour costs.

The Frankfurt Allgemeine Zeitung newspaper reported that GM was interested in acquiring the Romanian government's 51 percent stake in a Daewoo car plant there to make Chevrolet cars.

GM is already in talks with Ukrainian carmaker UkrAvto on building Chevrolet cars at a joint venture in Poland. The GM spokesman said no talks with Romania were under way.

© Reuters 2006. All Rights Reserved.

:arrow: fonte: http://today.reuters.com/stocks/QuoteCompanyNewsArticle.aspx?view=CN
&storyID=2006-06-27T164409Z_01_L27858961_RTRIDST_0_AUTOS-GM-EUROPE.XML&rpc=66 (http://http)


Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Marauder em Junho 30, 2006, 12:06:28 am
Interessante, mas a GM Europe não vai mover 1cm do seu plano inicial, muito provavelmente. Afinal, resistencia à mudança já sabiam que ia haver...e neste jogo ou se faz como a concorrencia, ou o mais provavel é acabar na sarjeta..

Aliás...sem ir muito na ideia dos países de Leste, Azambuja perde claramente com Saragoça. Os gestores da GM Portugal já deveria ter notado o problema...afinal...a fábrica está a facturar desde 63...tiveram tempo suficiente para "melhorar a produtividade e relações de custo"...o que aparentemente não fizeram..e pronto...os erros do passado pagam-se.

Se estivessem mais alertas, talvez neste momento estariamos com uma integração nacional igual ou parecida ao da Auto-europa, e a produzir 2 modelos...mas pronto...o belo tuga, ou os paspalhos que a GM via GM Europe mandou para cá não mexeu o rabo..
Título: N: "Transferência de trabalhadores da Opel"
Enviado por: Get_It em Julho 01, 2006, 01:28:19 am
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Transferência de trabalhadores da Opel
SIC Online

A General Motors (GM) está a convidar trabalhadores da Azambuja para trabalharem na unidade de Saragoça, em Espanha. As condições oferecidas são idênticas às dos funcionários espanhóis, sendo que o salário é 18 por cento superior ao da Azambuja.A Comissão de Trabalhadores da Opel diz que não conhece nenhuma proposta.

As conversações estão no segredo dos deuses. Na Alemanha e em Portugal ninguém confirma o cenário. Mas, de acordo com o "Semanário Económico" a Opel está a convidar de forma informal alguns trabalhadores da Azambuja para irem trabalhar para a fábrica de Espanha.

Salários em Espanha 18% mais altos

O salário em Saragoça é 18 por cento superior ao da fábrica da Azambuja. Mas os trabalhadores que aceitem o convite da Opel perdem as regalias por antiguidade e o direito de indemnização. A Comissão de Trabalhadores da Opel diz que desconhece a intenção da GM.

Há já três semanas que o Governo pediu à administração da Opel tempo para se encontrar uma solução, mas até agora os resultados são poucos.

Se a fábrica da Azambuja encerrar as exportações portuguesas vão perder 1.400 milhões de euros.

:arrow: fonte: http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/20060630+Transferencia+de+trabalhadores+da+Opel.htm

Mais: Jornal de Negócios (http://http) - TVI (http://http).

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: TOMKAT em Julho 06, 2006, 12:31:26 am
http://dn.sapo.pt/2006/07/05/economia/gm_pode_de_devolver_apoios.html
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GM pode ter de devolver apoios

A Comissão Europeia aguarda indicações do Governo português sobre se a General Motors terá de devolver fundos comunitários, recebidos anteriormente, se mantiver a sua intenção de encerrar a fábrica da Opel da Azambuja.

Porém, numa intervenção, ontem no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, o vice-presidente da Comissão Guenther Verheugen, responsável pelo pelouro da Indústria, deixou claro que pouco poderia ser feito para evitar o encerramento da fábrica, por se tratar de uma decisão empresarial.

No início de um debate parlamentar, introduzido de urgência para tratar do caso GM-Azambuja, com a abordagem mais ampla da actual tendência de deslocalização para zonas de custos de produção mais baratos, de que este é um caso exemplar, Verheugen considerou que a melhor reacção é promover a competitividade da economia europeia, de modo a mostrar-se atractiva e desencorajar tais mudanças.

Após o debate, realizou-se uma sessão de esclarecimento no edifício do PE, com eurodeputados de várias bancadas, trabalhadores da Opel da Azambuja e elementos de outras fábricas da GM na Europa.

Depois de recordar uma reestruturação da Opel da Azambuja em 2002, Guenther Verheugen frisou que, segundo a legislação comunitária, uma empresa deve manter-se no mesmo local durante, pelo menos, cinco anos após ter recebido ajudas. Caso contrário, acrescentou, essa empresa "deve devolver a ajuda concedida. Não sabemos ainda se houve fundos europeus canalizados para a fábrica da Azambuja. O Governo português está a averiguar a questão a nosso pedido. Se for o caso, faremos com que as nossas condições sejam respeitadas. O dinheiro dos contribuintes europeus deve servir para fortalecer a fábrica, não para destruir postos de trabalho".

Na sessão de esclarecimento, o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Opel da Azambu- ja, Paulo Vicente, sublinhou que "esses fundos deverão ser investigados".
....
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Título:
Enviado por: Marauder em Julho 07, 2006, 04:51:44 pm
Citar
Governo espera resposta da GM a proposta para reduzir custos

O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse hoje que aguarda uma resposta da General Motors (GM) ao «quadro» traçado pelo Governo para aproximar os custos de produção em Portugal ao desejado pela empresa.


Manuel Pinho, que falava no final da cerimónia de apresentação de um investimento de 370 milhões de euros numa plataforma logística em Castanheira do Ribatejo, disse que a proposta da Renault/Nissan, para que a GM integre a aliança, não foi abordada na reunião que manteve a semana passada com a direcção da empresa na Alemanha, até porque surgiu posteriormente.

No caso da GM, «o que o Governo pode fazer é criar condições para que uma empresa que enfrenta grandes dificuldades a nível mundial tenha mais competitividade no nosso país», disse Manuel Pinho.

«O Governo criou junto da GM um quadro extremamente favorável no sentido de preencher o diferencial de 500 dólares por veículo referido» pela empresa, afirmou o ministro da Economia e da Inovação.

Manuel Pinho disse que o Governo não teve acesso ao estudo alegadamente elaborado pela GM, que aponta que o custo de produção de cada unidade Combo produzida na Opel da Azambuja é superior à da fábrica de Saragoça, em Espanha, mas que criou «um quadro que se aproxime desse valor, de forma a que a GM tenha rentabilidade no país».

«O Governo faz a sua obrigação. Não produz automóveis, mas cria melhores condições para as empresas», afirmou Manuel Pinho.

Também o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, disse que as negociações prosseguem, escusando- se a adiantar mais pormenores.

«Qualquer declaração sobre o caso da Opel pode ser prejudicial e estão em causa valores muito importantes», nomeadamente a existência de 1.400 postos de trabalho, disse o presidente da API.

Segundo Basílio Horta, tudo tem sido feito para manter a GM em Portugal «em condições dignas e úteis para a economia nacional e para os trabalhadores», esperando-se que a empresa «cumpra o contrato que tem com Portugal».

O presidente da API considerou «exemplar» a proposta de um grupo de empresários portugueses, no sentido de serem produzidos, nas proximidades da fábrica da Opel, as componentes do Combo que actualmente vêm de Espanha, encarecendo o custo final de cada automóvel montado em Portugal.

«É uma iniciativa exemplar por tentar agarrar e reter o investimento e também pelo dinamismo revelado», afirmou Basílio Horta, acrescentando esperar que esta proposta seja considerada pela GM.

O prazo de cinco semanas pedido pelo Governo português à GM para adiamento da decisão de encerramento da unidade da Azambuja, de forma a permitir um período de negociação, termina a 19 deste mês.

Diário Digital / Lusa

07-07-2006 16:37:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=69244 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=69244)

Com um pouco de sorte, temos o natal antecipado..
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 07, 2006, 04:52:15 pm
editado...mensagem repetida
Título:
Enviado por: ricardonunes em Julho 11, 2006, 04:09:15 pm
A Opel da Azambuja vai mesmo fechar as portas mas, ao contrário do que se previa, não será a 31 de Outubro e sim no final do ano.

Citar
Os trabalhadores estiveram hoje reunidos com a administração e o vice-presidente da General Motors Europe para a área industrial, Eric Stevens, confirmou a decisão em conferência de imprensa.

O responsável reiterou que o encerramento não se deve à qualidade do trabalho da unidade portuguesa, mas sim aos custos, nomeadamente os logísticos.

O desfecho era já esperado, uma vez que a General Motors tinha já confirmado que o único modelo produzido na Azambuja (Combo) vai passar a ser montado em Saragoça, Espanha.

Esta terça-feira Eric Stevens invocou o estudo encomendado pelo grupo para analisar a produtividade de cada uma das suas fábricas na Europa, concluiu que a unidade portuguesa era das menos competitivas. Segundo esse estudo, produzir um carro na Azambuja custa mais 500 euros do que noutras unidades.

O Governo ainda tentou negociar com a General Motors e os trabalhadores organizaram acções de protesto que chegaram a atingir greves parciais e mesmo greve total. Paralisações que estiveram inseridas num plano de greves que atravessou as várias unidades do grupo pela Europa.

Os trabalhadores vinham fazendo vigílias à porta da fábrica, para que a empresa não leve nenhuma máquina das instalações. Os funcionários estavam até dispostos a prescindir das férias para se manterem alertas a essa possibilidade.

A unidade da Opel em Portugal emprega mais de 1.100 pessoas, mas perto de mil dependem também da unidade, por trabalharem para outras empresas, que são suas fornecedoras.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... iv_id=1730 (http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=705942&div_id=1730)

Desta é que fecha de vez :cry:
Título:
Enviado por: Doctor Z em Julho 11, 2006, 05:57:48 pm
Só podia, da maneira que as coisas estavam encaminhadas ...
Título:
Enviado por: Menacho em Julho 11, 2006, 07:00:46 pm
Lo siento:

CIERRAN LA PLANTA PORTUGUESA DONDE SE FABRICA
La producción del modelo Opel Combo se traslada a finales de año a la fábrica española de Zaragoza


El vicepresidente de General Motors en Europa, Eric Stevens, ha comunicado este martes que la producción del modelo Opel Combo se trasladará a finales de año a la planta española de Zaragoza. El cambio viene precedido del anuncio de cierre de la fábrica portuguesa de Azambuja, actualmente encargada de la producción del vehículo. La decisión, según Stevens, se sustenta en "los costes, principalmente los logísticos". General Motors pierde 35 millones cada año en la planta portuguesa.

L D (EFE) La transferencia de la producción comenzará en diciembre de este año. La razón por la que se cierra la fábrica de Azambuja, donde actualmente trabajan 1.200 personas, radica en que General Motors pierde 35 millones de euros porque la producción de cada vehículo es 500 euros superior a la alternativa de producir el Combo en plataformas comunes, con mayor dimensión."No podemos seguir perdiendo tanto dinero como en los últimos años, queremos sobrevivir", comunicó Stevens.
 
Ante el comunicado el Gobierno luso pretende que GM le pague unos 30 millones de euros de indemnización por los incentivos recibidos por la empresa para instalar la planta en Portugal. Stevens admitió que GM podrá "devolver" algún dinero al Gobierno, pero menos de esa cantidad y dijo que en ese aspecto prosiguen las negociaciones con el Ejecutivo luso. El vicepresidente de GM señaló que los suministradores portugueses de piezas para la producción del Combo seguirán trabajando para la fábrica de Zaragoza.

Protestas e indemnizaciones

Los trabajadores lusos de Azambuja han reclamado que se les paguen los salarios hasta 2009, fecha en la cual termina el acuerdo que firmaron con la empresa, pero Stevens ha comunicado que las indemnizaciones se harán en los valores justos a los que tengan derecho. Los dirigentes sindicales de Azambuja están reunidos para analizar la situación tras el anuncio oficial del cierre de la fábrica, que se consideraba un hecho desde el mes pasado.

El Gobierno portugués, preocupado por las consecuencias del cierre de la fábrica, ha pedido a GM que aplazase su decisión final hasta encontrar una solución para superar la desventaja competitiva de Azambuja respecto a otras unidades de la compañía.

El ministro luso de Economía, Manuel Pinho ha advertido en el Parlamento portugués que el Ejecutivo va a crear las condiciones para que la fábrica se mantenga en Portugal y si GM la cerraba, tendría que devolver al Estado luso el dinero que recibió como incentivos. La fábrica de Azambuja supone cerca del 0,6 por ciento del Producto Interior Bruto de Portugal.
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Enviado por: Marauder em Julho 11, 2006, 07:22:11 pm
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Governo diz que vai processar a GM por fecho da Azambuja
O Governo anunciou esta terça-feira que vai processar a GM, após a empresa ter confirmado que vai encerrar a unidade da Azambuja, já que o contrato entre a construtora e o Estado português é válido até 2008.

A General Motors (GM) anunciou esta terça-feira que mantém a decisão de encerrar a unidade da Azambuja, alegando altos custos logísticos, mas adiou o fecho de 31 de Outubro para final do ano.

Em comunicado, o Ministério da Economia e da Inovação afirma que o contrato entre a construtora e o Estado prevê que GM atinja «determinados objectivos, recebendo em contrapartida incentivos financeiros, fiscais e fundos de apoio à formação profissional, na ordem de dezenas milhões de euros», com validade até final de 2008.

«Face a esta situação de claro incumprimento contratual, o Governo vai desencadear imediatamente todos os mecanismos legais e contratuais, de forma a ressarcir-se dos graves prejuízos que esta decisão acarreta para o país», refere o Ministério tutelado por Manuel Pinho.

O comunicado refere ainda que será tido em conta que a GM beneficiou de incentivos de fundos comunitários, pelo que «o Estado português não deixará, também, de sublinhar as implicações desta atitude da GM no âmbito europeu».

Diário Digital / Lusa

11-07-2006 17:05:39

...receitas extraordinárias??

Caso GM tem de ser exemplar, diz Manuel Pinho
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=235764 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=235764)[/quote]
Título:
Enviado por: ricardonunes em Julho 11, 2006, 07:32:12 pm
Que venham as receitas extraordinárias, pois são sempre bem vindas.
Mas espero que não se esqueçam dos 1200 (já vi vários nº's) trabalhadores, pois esses é que vão precisar e apoio num futuro bem proximo.
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Julho 12, 2006, 10:39:31 am
Pelo que eu ouvi, a transferência para a fábrica Espanhola tb é um solução de recurso, já que no final toda a produção vai para um país da Europa de Leste.
Título:
Enviado por: Luso em Julho 12, 2006, 08:51:53 pm
Tem que acabar é esta história de dar todos os benefícios aos empresários estrangeiros mineiros que para aqui vêem por questões de mão de obra barata, qualificada ou não.

Sabem que a IKEA quer terrenos quase de graça?
"Temos terrenos a 1€ o m2"
"- Pois na Polónia oferece-nos a €.40..."

É por isso que a coisa ainda não está decidida...

Aos nossos são todos a ver se tramam os empresários: Ministérios, Câmaras, CCDRs, proprietários...
E a esses ninguém dá subsídios, isenções fiscais, terrenos, IMI reduzido, etc.
Aos de fora dá-se tudo e mais alguma coisa.

"- Querem o mercado Português? Quanto pagam?"
Foi por isso que a Opel veio para cá...
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 13, 2006, 10:02:10 am
Mas Luso..estamos a falar de práticas europeias...se não "flexibilizamos" essas ajudas...não é pelas nossas belas praias que eles virão para cá  :roll:
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 13, 2006, 10:27:09 pm
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GM: API diz que encerramento se deve a estratégia do grupo

O presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, afirmou esta quinta-feira que o encerramento da Opel da Azambuja dependeu de uma «estratégia própria» do construtor e não à falta de competitividade das empresas portuguesas.


Basílio Horta, que falava à imprensa à margem do Seminário «A Estratégia do QREN, a competitividade e os Parques Empresariais», quando questionado sobre a possível procura por parte da fábrica de Saragoça de fornecedoras de componentes portuguesas, disse que a situação mostra que «as empresas nacionais são as mais competitivas do mundo».

«Quando a Combo era produzida em Portugal, as peças eram feitas em Espanha, agora que vai ser produzida em Saragoça, os espanhóis querem as empresas portuguesas para fazer as peças», estranhou Basílio Horta.

Para Basílio Horta, a procura só pode ser justificada pela «competitividade das empresas portuguesas, pois fabricam mais barato e são as mais avançadas do mundo».

«É mentira quando se alega que a Opel da Azambuja sai de Portugal por falta de competitividade», frisou.

Segundo o responsável, quer o governo e quer a API fizeram tudo o que podiam.

«A decisão foi da GM Europa que não quis fazer propostas», sublinhou.

O presidente da API garantiu que a possibilidade de vir a ser criado um pólo automóvel, como foi sugerido pelo presidente Associação Industrial Portuguesa (AIP), Rocha de Matos, pode vir a ser estudada.

A General Motors anunciou segunda-feira o encerramento da fábrica da Opel da Azambuja no final do ano e consequente transferência da produção da viatura Combo para Saragoça, em Espanha.

Este fenómeno de deslocalização «está a acontecer um pouco por toda a Europa com o alargamento aos países de Leste onde os salários são mais baratos», disse o presidente da API, opinião que também é partilhada por Augusto Mateus, presidente do Instituto de Formação Empresarial Avançada (IFEA).

Ambos participaram no seminário onde foi enfatizada pelos presentes a necessidade de recuperar a competitividade da economia com a ajuda dos fundos estruturantes europeus para 2007-2013.

Em declarações à agência Lusa, o economista Augusto Mateus defendeu que Portugal tem de «apostar naquilo que é bom e permite subir na cadeia de valor».

Entre os sectores destacou a áreas do turismo, do conforto do lar, moda e nos componentes automóveis, pois defende a especialização da economia portuguesa para fazer face à globalização.

Diário Digital / Lusa

13-07-2006 21:07:06


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... news=69477 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=6&id_news=69477)

Ora bem...então o que motiva a GM a abandonar activos que representam investimentos avultados em Portugal e Espanha, para, no futuro, se deslocalizarem para os países de Leste...  é um tremendo desejo dos gestores da GM Europa de trabalharem nos países de Leste!!!!

Ora bolas...das duas uma...ou o Basílio está a atirar areia para os olhos dos portugueses, ou se esqueceu de referir que não foi por falta de competitividade que a fábrica fechou..mas apenas quando comparada com Espanha...

Sim, senão gostaria de saber como é que o homem explica os factores que levam a tomar decisões estratégicas...neste caso...deslocalizar produções para o leste..
Título:
Enviado por: Marauder em Julho 14, 2006, 12:16:22 pm
Um desmentido de um erro jornalístico, que eu postei aqui...

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Delphi nega impacto com fecho da Opel Azambuja

O presidente da Delphi Portugal, José Couto, disse à Agência Lusa que o fecho da fábrica da GM, na Azambuja, não terá impacto na empresa, que produz acessórios e tecnologia automotive.


«Nenhuma das unidades da Delphi (em Portugal) fornece à fábrica da Azambuja», garantiu Couto, desmentindo uma notícia na edição de quinta-feira do Diário Económico. O jornal adiantou que o encerramento da Opel Azambuja vai colocar em risco duas das fábricas da Delphi, em território português.

A Delphi tem cinco fábricas em Portugal: Guarda e Castelo Branco (cablagens), Seixal (sistemas para motores), Ponte Sôr (airbags e apoios para motores) e Braga (aparelhagem de som). «Há muitos anos que não fornecemos a Azambuja», frisou o administrador da Delphi Portugal. Segundo Couto, a GM é um cliente importante para a Delphi, mas em Portugal nenhuma unidade fornece para o Opel Combo, modelo produzido na fábrica que será desactivada até ao final do ano, em resultado da transferência da produção do modelo Combo para Saragoça, Espanha.

Como exemplo, aquele responsável da Delphi citou a unidade do Seixal, que tem a GM Europe como cliente, mas não em Portugal. Nas unidades lusas, os principais clientes são Renault, PSA, Ferrari, Maserati e Land Rover, entre outros.

14-07-2006 11:14:43


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=69493 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5Fdigital/news.asp?section_id=6&id_news=69493)

Pois..então pera lá...deixa lá ver se eu entendi bem....a Opel Azambuja recebia componentes principalmente da Espanha e Alemanha..e as fábricas da Delphi Portugal, uma das quais (Seixal) fornece a GM Europe, exporta toda a sua produção.

Bem...a nível de exportações é bom para o país, mas existe alguma irracionalidade empresarial...e assim caiem os tolos...

Mas pronto, tal como o outro disse...isto faz parte da estratégia de ir para leste...não por falta de competitividade...mas por...hum...por????