A Divisão Nun’ÁlvaresEm 1953 acabou por se decidir a organização de uma Divisão de Infantaria, a qual foi dada a designação de 1ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP). Esta designação tinha, claramente reminiscências da Grande Guerra.
Mas ainda no 2º semestre desse ano, esta Grande Unidade iniciou as suas atividades, tendo então realizado as primeiras manobras divisionárias no CIMSM (QG/CMSM, 2002).
O Exército Português tinha uma estrutura regimental, pelo que a 1ª divisão estava organizada em Regimentos, como força de manobra, e as forças que a integraram eram cedidas pela unidades do Governo Militar de Lisboa e de várias Regiões Militares, tendo o Quartel-General sido instalado, inicialmente, no Edifício do Estado-Maior do Exército, em Lisboa (QG/CMSM, 2002).
A estrutura orgânica da Divisão era a seguinte (Ramalho, 1999):
- Quartel General;
- 3 Regimentos de Infantaria (com 1 ECC);
- 3 Grupos de Artilharia de Campanha 10,5 cm;
- 1 Grupo de Artilharia de Campanha 14 cm;
- 1 Grupo de Artilharia Antiaérea 4 cm;
- 1 Grupo de Carros de Combate;
- 1 Esquadrão de Reconhecimento;
- 1 Batalhão de Engenharia;
- 1 Companhia de Transmissões;
- 1 Batalhão Sanitário;
- 1 Companhia de Quartel-Mestre;
- 1 Companhia de Manutenção;
- 1 Companhia de Polícia Militar;
- 1 Companhia de Recompletamento;
- Banda de Música;
Os ECC da 1ª Divisão de Infantaria, eram constituídos por quatro pelotões, cada um com cinco CC M-47. Os dois carros de combate do comando dos ECC, eram Sherman M4 A3 E8, com peça de 10,5 cm. Durante as manobras da 1ª Divisão, que tiveram início em Setembro de 1953, os ECC já eram constituídos por três pelotões (a cinco CC cada) e os dois carros do comando dos ECC eram também M-47.
Fonte:
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/15195/1/138_Adapta%c3%a7%c3%a3o%20a%20uma%20nova%20realidade%2c%20a%20Cavalaria%20portuguesa%20e%20o%20contato%20com%20a%20arma%20blindada%20%e2%80%93%20Divis%c3%a3o%20Nun%e2%80%99%c3%81lvares%20%281949-1959%29.pdf