Tragédia no Japão

  • 51 Respostas
  • 10714 Visualizações
*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Tragédia no Japão
« Responder #15 em: Março 23, 2011, 08:57:49 pm »
Citação de: "TOMSK"
O que é isto? O "arrefecimento" do reactor?

Sim, uma tentativa de injectar água nas piscinas onde está o combustível, para o arrefecer.

Eu não entendo é porque raio não começam a cobrir de cimento e areia com boro e chumbo os reactores  :?
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12750
  • Recebeu: 3088 vez(es)
  • Enviou: 7581 vez(es)
  • +770/-1303
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Tragédia no Japão
« Responder #16 em: Março 23, 2011, 09:33:16 pm »
Química meus caros! Primeiro tem de arrefecer.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Tragédia no Japão
« Responder #17 em: Março 23, 2011, 10:10:21 pm »
Citação de: "HSMW"
Química meus caros! Primeiro tem de arrefecer.

Não necessariamente. Creio que o perigo é a pressão e não o aquecimento, no caso de se partir para a opção de cobrir a "coisa". Só que devido a ter de se retirar a pressão para depois cobrir com cimento, o escape dessa pressão seria terrível visto ser material extremamente contaminado. Também creio que terá de haver "heróis" que cavem minas debaixo dos reactores, para retirar a água acumulada (se assim for esses estão condenado a uma morte rápida)

De qualquer modo, toda aquela área do Japão já está condenada.
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #18 em: Março 25, 2011, 12:21:30 pm »
Japão avisa: situação em Fukushima é "muito imprevisível"


A situação da central nuclear de Fukushima continua “imprevisível”, advertiu hoje o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, duas semanas depois do tsunami ter provocado graves danos em vários reatores da central. “A situação continua muito imprevisível. Trabalhamos para que a situação não piore. Devemos ser extremamente vigilantes”, declarou Kan durante uma conferência de imprensa.

A empresa que explora a central, Tokyo Electric Power (Tepco), reconheceu hoje que as operações de refrigeração dos reatores com ajuda de canhões de água e os trabalhos para restabelecimento das bombas de água elétricas avançavam lentamente devido ao nível de risco do local, um dia depois da hospitalização de dois trabalhadores com graves radiações.

Entretanto, a Tepco também anunciou hoje que a piscina do reator 3 da central nuclear japonesa de Fukushima, onde estão mergulhadas as barras de combustível, pode estar danificada.

“É possível que a piscina que contém as barras de combustível no reator esteja danificada”, declarou à France Press um responsável da Tepco.

“Substâncias radioativas foram libertadas longe do reator”, explicou Hideyuki Nishiyama, porta-voz da agência de segurança nuclear japonesa.

“Segundo o que parecem mostrar as análises, pensamos que ainda existe um certo nível de contenção, mas existe um forte risco de que o reator esteja danificado”, adiantou.

Quatro reatores da central de Fukushima, situada 250 quilómetros a nordeste de Tóquio, ficaram seriamente danificados devido à paragem do sistema de refrigeração depois do forte sismo de 11 de março, que foi seguido de um Tsunami.

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #19 em: Março 25, 2011, 09:23:16 pm »
Ameaça nuclear no Japão afecta sushi na Europa


A radioactividade descoberta em alguns alimentos cultivados na zona da central nuclear de Fukushima, no Japão, está a preocupar os proprietários de restaurantes japoneses em Portugal.
Em causa estão possíveis rupturas de stocks, escaladas de preços em determinados produtos, ou a sua substituição por alimentos de outros países.

«As algas japonesas são as melhores do mundo. Se houver uma diminuição da oferta, nos próximos meses, poderão entrar numa escalada de preços», considera Paulo Morais, proprietário do restaurante Umai, em Lisboa. Se tal acontecer, o sushiman pondera recorrer à produção da Coreia do Norte. Além das algas, que provêm do sul do Japão, Paulo Morais utiliza conservas e molhos nipónicos.

Admitindo que a ameaça nuclear possa trazer atrasos nas entregas, o especialista está seguro de que o seu fornecedor, certificado, encontrará soluções.

No restaurante Lucullus, em Cascais, o caso é mais preocupante: a maioria dos produtos é japonesa. «Quase todo o pescado que servimos é importado do Japão», conta o proprietário José Manuel. O problema colocar-se-á quando os stocks acabarem, uma vez que se trata de peixe congelado.

Nas águas do Oceano Pacífico, foram detectados níveis de radioactividade 80 vezes superiores ao normal, mas as autoridades garantem que, por enquanto, o consumo de peixe e marisco não constitui ameaça à saúde humana. «No futuro, as algas virão de outros países», admite ao SOL Anabela Fialho, dona do restaurante Koi Sushi, em Alcântara-Rio. No Koni, no Largo da Trindade, também se procuram alternativas.

SOL
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #20 em: Março 31, 2011, 10:30:13 pm »
Autoridades japonesas consideram transplante de células em operários de Fukushima


As autoridades japonesas estão a ponderar recolher e congelar células de trabalhadores e engenheiros da central nuclear de Fukushima, no caso de estarem expostos a perigosos níveis de radiação, segundo avançou hoje o diário britânico The Guardian.

Esta proposta é concebida como uma medida de precaução que poderá salvar a vida dos operários que se debatem por manter os reactores nucleares danificados sob controlo. Elevados níveis de radiação podem provocar doenças perigosas e até a morte, mas o estado dos pacientes pode ser tratado caso seja detectado a tempo e sejam submetidos a um transplante de células estaminais recolhidas antes da exposição.

Segundo o jornal inglês, o procedimento requer que os trabalhadores tomem um medicamento durante vários dias, para que a medula óssea liberte células estaminais no sangue. Posteriormente, são ligados a uma máquina, onde o sangue é filtrado para que as células sejam extraídas. Esta técnica já é utilizada em pacientes para tratar cancro, em pessoas cuja medula óssea esteja danificada devido a quimio e radioterapia.

Já há mais de 50 hospitais europeus que se disponibilizaram a ajudar os japoneses caso seja necessário.
Contudo, há quem não concorde totalmente com a medida. Por exemplo, um médico norte-americano e que está a aconselhar o governo japonês, Robert Peter Gale, referiu que é importante ter em conta que estão a lidar com 800 operários e que as células apenas poderão servir a uma pequena percentagem deste grupo.

O especialista recorda ainda que as células podem reconstituir a função da medula óssea, mas esse não é o único alvo de radiação; os pulmões, área gastrointestinal e a pele também são áreas susceptíveis de sofrer danos.

Ciência Hoje
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Tragédia no Japão
« Responder #21 em: Abril 03, 2011, 03:36:22 pm »
Cada vez mais cheira pior esta coisa toda à volta de Fukushima. É incompreensível as atitudes tomada e dados passados pelas autoridades japonesas. As fugas de radiação só podem ser muito piores que o admitido. Uma "simples fissura" num poço que pouca água leva não consegue contaminar água do mar a mais de 40km de distância. Para onde é que estão a despejar a água injectada nos reactores desde o inicio disto tudo? É que serão certamente uns milhares valentes de metros cúbicos de águas extremamente radioactivas.

Creio que isto se não está pior que Chernobyl, estará muito perto de o ser. Entretanto, partículas radioactivas já foram detectadas em Lisboa

Citar
Vestígios de radioatividade detetados em Lisboa

O Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) anunciou hoje que detetou vestígios radioativos do acidente nuclear no Japão no ar, mas em quantidades "muito baixas" e sem perigo para a saúde pública.


O Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) anunciou hoje que detetou vestígios radioativos do acidente nuclear no Japão no ar, mas em quantidades "muito baixas" e sem perigo para a saúde pública.

"Como seria expetável", as medições do ITN feitas na sua estação de amostragem de Sacavém começaram na quarta-feira a detetar "vestígios dos radionuclidos césio e iodo" em amostras de aerossóis - partículas suspensas em gases na atmosfera, refere um comunicado do Instituto.

Estas concentrações têm "origem presumível no acidente ocorrido no Japão, são muito baixas e não representam quaisquer perigos para a saúde pública", garante o ITN, acrescentando que "continua a acompanhar o evoluir da situação efetuando regularmente medições".


http://clix.visao.pt/vestigios-de-radio ... oa=f596842
 

*

Magalhaes

  • 63
  • +0/-0
Re: Tragédia no Japão
« Responder #22 em: Abril 03, 2011, 09:03:41 pm »
Citar
Nuclear power is safest way to make electricity, according to study

Radioactive water is leaking into the sea, there’s a little plutonium in the soil, and traces of nuclear fallout have been detected in places as far apart as Kuwait and Maryland. In a few parts of Japan, you’re also not supposed to eat the broccoli or the beef.

The effects of the accident at the Fukushima Daiichi nuclear plant grow by the week, creating a lengthening catalogue of worries and proving once again that nuclear power frightens people as few other technologies do.

But when the dead and sickened are added up, how dangerous is it really?

The partial meltdown in Japan has injured 23 people and exposed as many as 21 to levels of radiation higher than is considered safe to receive in one year. Two workers are still missing but are assumed to have been killed by the earthquake or tsunami, not the nuclear accident. No people in the “plume zone” outside the plant have been contaminated to a degree that is expected to affect their health, based on radiation readings so far.

In the months after the world’s worst nuclear disaster, in Chernobyl in 1986, about 50 people died. In the next-biggest accident, at Three Mile Island in 1979, no one did.

History suggests that nuclear power rarely kills and causes little illness. That’s also the conclusion engineers reach when they model scenarios for thousands of potential accidents.

Making electricity from nuclear power turns out to be far less damaging to human health than making it from coal, oil or even clean-burning natural gas, according to numerous analyses. That’s even more true if the predicted effects of climate change are thrown in.

Compared with nuclear power, coal is responsible for five times as many worker deaths from accidents, 470 times as many deaths due to air pollution among members of the public, and more than 1,000 times as many cases of serious illness, according to a study of the health effects of electricity generation in Europe.

“The costs of fossil fuels come out quite high, while the costs for nuclear generally come out low,” said Anil Markandya, an economist at the University of Bath in England and scientific director of the Basque Centre for Climate Change in Spain, who co-authored the study published in the Lancet in 2007.

Even in the wake of the Fuku
shima Daiichi disaster, Markandya and many others who have done similar work can’t imagine a situation — a realistic one, that is — in which the health cost of nuclear power would equal that of coal.

Or even come close.

The hidden costs

About half of the electricity in the United States is made with coal-fired plants and about one-fifth with nuclear power. Many experts think there is an urgent need to determine what role nuclear power should play in feeding America’s energy-hungry future.

To inform that discussion, economists, engineers and epidemiologists have teamed up to determine the full economic, health, social and environmental consequences of generating electricity with various fuels. Most of this work has been done in Europe, where the acceptability of nuclear power, and the fraction of electricity generated with it, differs greatly among nations of the European Union.

The goal is to capture not only the costs reflected on a person’s monthly utility bill but the many hidden ones borne by individuals, communities and governments. In this way, analysts seek out the “impact pathway” of each fuel — every effect it has, direct and indirect.

For power plants (and also hydroelectric dams and wind farms), this includes the land to site them; construction, operation and decommissioning costs; and the humans who are killed or injured along the way. That means accidents and black lung disease in coal miners; radiation exposure in uranium miners and millers; and deaths and burns in oil-rig fires.

The impact pathway also includes what happens to the public — collisions with coal trains; asthma, respiratory disease and heart attacks caused by smokestack soot and gases; and emissions’ effects on agricultural production.

Health consequences are measured two ways.

Occupational deaths in mines, oil rigs or power plants are counted directly. Death and illness in the public is determined by epidemiological studies, such as ones estimating the fraction of hospital admissions for emphysema that can be attributed to air pollution. Those impacts are then given a monetary cost that is added to the price tag of a kilowatt hour of electricity. (The cost is the value of a life lost by premature death, or diminished by illness, that economists use in other analyses.)

The calculations can be very fine.

In “Full cost accounting for the life cycle of coal,” published this year by a team of 12 researchers led by Paul R. Epstein of Harvard Medical School’s Center for Health and the Global Environment, the ledger included .02 cents per kilowatt hour for mental retardation caused by mercury in coal-plant emissions.

Using similar methods, Markandya and his co-author in the Lancet study, Paul Wilkinson of the London School of Hygiene and Tropical Medicine, found that in Europe coal is responsible for .12 deaths from accidents, 25 deaths from pollution and 225 cases of serious illness per terawatt (1,000 billion kilowatt) hour of electricity generated. In comparison, nuclear causes .02 accidental deaths, .05 pollution deaths and .22 cases of illness.

This human health cost is much higher in some parts of the world than others.

It’s especially high in China, where three-quarters of the electricity is made by burning coal, mining accidents kill about 6,000 people a year, and hundreds of millions of people are affected by air pollution. In some inland cities, the economic cost to human health of making electricity from coal is as much as seven times higher than the cost of generating the electricity, according to a calculation by Stefan Hirschberg at the Paul Scherrer Institutin Switzerland, which has done energy system analysis for the European Commission.

Nuclear power’s advantage over fossil fuels is even more dramatic when carbon dioxide emissions are considered.

Many experts think greenhouse gases are a future threat to health. Some say the threat is already here, and point to 30,000 heat-related deaths in Europe in August 2003 as evidence. Coal produces 1,290 grams of CO 2 per kilowatt hour in direct (smokestack) and indirect (mining, transport) emissions, while nuclear produces 30, according to the Lancet study.

Built into the calculations are the consequences of what are called “beyond-design” nuclear accidents — events similar to what is underway in Japan. However, there aren’t enough big nuclear plant accidents to provide a statistically meaningful estimate of their frequency, effects and costs. According to a database compiled by the Paul Scherrer Institut, from 1970 to 2008 there were 1,686 accidents in the coal industry, 531 in the oil industry and 186 involving natural gas in which five or more people died. There was just one such nuclear accident — at Chernobyl 25 years ago this month.

To better estimate the potential impact of nuclear catastrophes, analysts break down plant operations into thousands of different actions and then estimate the probabilities of hypothetical accident sequences. Hirschberg and his colleagues used a Swiss nuclear plant to come up with such an estimate. They calculated that nuclear accidents in Europe can be expected to cost .007 lives per gigawatt year (1 million kilowatt years), compared with .12 lives for coal, .02 lives for oil and .06 for natural gas.

Radiation’s toll

There is also much uncertainty about how many people might be harmed by a big nuclear accident.

At Chernobyl, two people died during the accident and 28 others died of radiation illness in the first four months afterward. (Some estimates of the early deaths put the number as high as 57 ).

Since then, there have been 6,800 cases of thyroid cancer in people who were children at the time of the accident, according to a recent report by the U.N. Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation, with the number still rising. As of 2005, only 15 were fatal.

To date, there is no clear increase in leukemia or other cancers, or deaths from non-cancer diseases. However, various expert groups estimate that 4,000 to 33,000 premature deaths might occur as a consequence of the accident.

In general, the hazards of radiation are less than most people think.

Since 1950, Japanese and American researchers have followed 120,000 residents of Hiroshima and Nagasaki, the cities on which the United States dropped atomic bombs in 1945 to end World War II. Three-quarters of the people in the Life Span Study were exposed to the blasts; one-quarter were away at the time. The number of deaths attributable to the bombs is estimated by comparing survival in the two groups.

Through 2000, 42,304 of the people in the study had died. Of those deaths, 822 were “excess” — probably a result of the radiation.

Nuclear’s ‘dread factor’

Many critics of nuclear power say none of this truly accounts for the technology’s hazards.

“To replace carbon pollution with radioactive pollution is not a healthy solution,” said Epstein, the Harvard physician. “Even if the events are rare, what’s happening now in Japan demonstrates how profound and long-lasting these impacts can be.”

At a recent briefing by Physicians for Social Responsibility, David Richardson, an epidemiologist from the University of North Carolina, said that “the unsolved problems of long-term storage and its contribution to nuclear proliferation” are two reasons besides accidents that make nuclear power unacceptable.

Future accidents at storage sites are considered by energy analysts. But because modeling suggests they’re improbable, they don’t affect the calculations much. Mental-health effects of nuclear accidents are part of the calculations, too, but the doomsday fear of them and threat from nuclear proliferation are not.

“There is a kind of dread factor for nuclear which is very hard to quantify,” Markandya said. He added after a pause, “In the end . . . if people feel really uncomfortable with nuclear power, then they ought to go against it.”


http://www.washingtonpost.com/national/nuclear-power-is-safest-way-to-make-electricity-according-to-2007-study/2011/03/22/AFQUbyQC.html
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Tragédia no Japão
« Responder #23 em: Abril 03, 2011, 09:34:02 pm »
Quem fez esses estudos então certamente não terá problemas em se ir banhar nas águas do Pacifico ao largo de Fukushima, de dar aos seus filhos a comer os produtos agrícolas criados nessa zona, além de os levar a passear na cercania das instalações e apreciar a paisagem.
 

*

Magalhaes

  • 63
  • +0/-0
Re: Tragédia no Japão
« Responder #24 em: Abril 04, 2011, 05:16:32 am »
Citação de: "FoxTroop"
Quem fez esses estudos então certamente não terá problemas em se ir banhar nas águas do Pacifico ao largo de Fukushima, de dar aos seus filhos a comer os produtos agrícolas criados nessa zona, além de os levar a passear na cercania das instalações e apreciar a paisagem.

Provavelmente teria mais problemas em tomar banho nas aguas poluidas pelo Exxon Valdez ou em alimentar-se do peixe das mesmas. A diferença é que se contam pelos dedos da mão os acidentes nucleares e mesmo no caso do mais grave de todos, a area já está aberta ao turismo:


Despite Mutations, Chernobyl Wildlife Is Thriving
http://news.nationalgeographic.com/news ... nobyl.html

Kiev Sees Chernobyl as Tourist Hot Spot
http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 95028.html
 

*

FoxTroop

  • Investigador
  • *****
  • 1837
  • Recebeu: 667 vez(es)
  • Enviou: 389 vez(es)
  • +332/-6249
Re: Tragédia no Japão
« Responder #25 em: Abril 04, 2011, 11:20:30 pm »
Pois....... estou a ver....... Tão pouco pernicioso que até existiu quem comesse uma "sandocha" de Césio-137



Então já que o artigo fala tanto em supostos estudos, quer arranjar-me os gráficos relativos à incidência de doenças nas zonas assinaladas neste mapa nos 4 anos antes do acidente e dos 10 anos seguintes?

Depois então, terei todo o gosto em discutir este assunto.
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #26 em: Abril 05, 2011, 12:27:56 am »
AIEA defende mudança na abordagem à energia atómica


O mundo vai ter de mudar a sua abordagem à energia nuclear na sequência do acidente na central japonesa de Fukushima, afirmou hoje em Viena o director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Yukiya Amano.

«A crise em Fukushima Daiichi tem implicações enormes para a energia nuclear e confronta-nos a todos com um grande desafio», disse o responsável da agência da ONU para o nuclear na abertura de uma reunião da Convenção sobre segurança nuclear que decorre até 14 de Abril em Viena.

«Não podemos voltar a uma abordagem rotineira», depois do acidente no Japão, acrescentou.

A central Fukushima 1 ficou seriamente danificada pelo sismo e pelo tsunami de 11 de Março. Trabalhadores, bombeiros e militares lançaram dezenas de milhares de toneladas de água sobre as instalações para impedir as barras de combustível dos reactores de se fundirem.

A Convenção sobre segurança nuclear, ratificada pelo conjunto dos países com centrais nucleares, entrou em vigor 1996 depois das catástrofes de Three Miles Island, nos Estados Unidos, e de Tchernobyl, na Ucrânia, com o objectivo de melhorar a segurança na exploração dos reactores electronucleares.

Os peritos da Convenção reúnem-se de três em três anos na sede da AIEA.

Lusa
 

*

Magalhaes

  • 63
  • +0/-0
Re: Tragédia no Japão
« Responder #27 em: Abril 05, 2011, 03:57:05 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Pois....... estou a ver....... Tão pouco pernicioso que até existiu quem comesse uma "sandocha" de Césio-137
e ja houve muito mais gente a comer sandes de petroleo...


Citação de: "FoxTroop"
Então já que o artigo fala tanto em supostos estudos, quer arranjar-me os gráficos relativos à incidência de doenças nas zonas assinaladas neste mapa nos 4 anos antes do acidente e dos 10 anos seguintes?

Depois então, terei todo o gosto em discutir este assunto.

Até faço melhor... deixo-te o relatório da OMS sobre este assunto:

Versão sumario: http://www.who.int/entity/ionizing_radi ... ort_EN.pdf
Versão completa: http://whqlibdoc.who.int/publications/2 ... 79_eng.pdf

E já agora, chamo a atenção para esta citação:

Citação de: "OMS"
Since 1986, radiation levels in the affected environments have declined several hundred
fold because of natural processes and countermeasures. Therefore, the majority of the
‘contaminated’ territories are now safe for settlement and economic activity. However,
in the Chernobyl Exclusion Zone and in certain limited areas some restrictions on
land-use will need to be retained for decades to come.

e para a tabela 12, pag 108 da versão completa que indica um aumento máximo de 1% de casos de leucemia. E há que ter em mente que as pessoas afectadas nem a pastilhas de iodo tiveram acesso...

Também tenho algures um estudo sobre os esfeitos da radiação em Hiroshima e Nagasaki, mas neste momento não estou a dar com ele.
E ainda...

 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #28 em: Abril 06, 2011, 09:40:29 pm »
ONU vai precisar de 2 anos para visão clara dos efeitos de Fukushima


Os efeitos na saúde humana e no ambiente das emissões radioactivas do acidente nuclear de Fukushima (Japão) demorarão pelo menos dois anos para serem avaliados em profundidade, afirmou hoje em Viena o Comité Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atómica (Unscear).

Wolfgang Weiss, presidente deste organismo, afirmou que, apesar da experiência acumulada em acidentes como o de Chernobyl (Ucrânia) e da informação que já se dispõe, a «situação nos reactores ainda é instável e ninguém sabe o que acontecerá amanhã».

«Temos muitas informações, mas nem sempre a que gostaríamos de ter», explicou o especialista alemão.

Weiss anunciou que o Unscear iniciará um programa de avaliação, com especial interesse nos trabalhadores que tentam controlar o problema da central nuclear e que receberam radiações de entre 100 e 250 milisievert.

Além disso, serão analisados possíveis problemas à tiróide no caso de crianças, uma questão na qual Weiss reconheceu que «há risco».

«O único efeito provado após Chernobyl foi cancro de tiróide em crianças», declarou o responsável do Unscear.

Weiss salientou que os testes realizados pelas autoridades japonesas até agora mostram que nenhuma criança foi submetida a um nível de radiação superior ao «aceitável».

Malcolm Crick, secretário do Unscear, explicou que dentro de dois anos será possível ter uma visão completa dos efeitos do acidente de Fukushima.

Crick esclareceu que os níveis de radiação emitidos por Fukushima são baixos e que ainda não é possível prever se trará prejuízos à saúde humana.

O funcionário do Unscear descreveu Fukushima como um «Chernobyl em câmara lenta», em que a radiação é menor, mas o período de emissão mais longo.

Em relação à gravidade do ocorrido em Fukushima, Weiss afirmou que se encontra abaixo do desastre de Chernobyl, mas acima do da central de Three Mile Island (EUA), na qual em 1979 ocorreu um grande escapamento radioativo.

«Não é tão dramático como o de Chernobyl, mas é claramente muito mais grave que o de Three Mile Island. Está no meio, mas ainda não sabemos em qual nível. E ainda não acabou. É uma crise que ainda está em andamento», explicou Weiss.

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20605
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Tragédia no Japão
« Responder #29 em: Abril 11, 2011, 07:06:10 pm »
Japão acerta pormenores de milionário plano de reconstrução


O governo e as empresas do Japão começaram a acertar os pormenores de um plano de reconstrução após o terramoto e posterior tsunami do dia 11 de Março que poderá custar mais de 200 mil milhões de euros.

A intenção do governo é aprovar o mais rapidamente possível um primeiro orçamento de 4 biliões de ienes (cerca de 33 mil milhões de euros) para começar uma gigantesca reconstrução no litoral nordeste do país após o terramoto de magnitude 9 ocorrido há um mês.

As prioridades serão os trabalhos de remoção de escombros de uma região que abrange mais de 600 quilómetros, as primeiras ajudas para normalizar a vida dos refugiados, a construção de 70 mil casas e a reconstrução da economia local, que enfrenta um sério risco de colapso.

Para definir ainda mais um programa de reconstrução que terá uma escala recorde, o governo japonês criou hoje um conselho de especialistas que inclui professores universitários, empresários e arquitetos como Tadao Ando para que, em Junho, apresente propostas em áreas como urbanismo e criação de empregos.

Alguns políticos acreditam que a primeira fase da reconstrução precisará, além disso, de três orçamentos adicionais até atingir a marca de 10 biliões de ienes (81,7 mil milhões de euros).

Para o Japão, a catástrofe natural aconteceu num momento especialmente delicado, quando a economia começava a recuperar e lutava para reduzir o perigo latente de sua grande dívida pública, que duplica em valor o Produto Interno Bruto (PIB).

O complicado problema de elaborar um novo orçamento sem emitir dívida forçará o país a mudar várias despesas, como a contribuição para a previdência, e a repensar uma parte das políticas do governo do Partido Democrático de Naoto Kan.

Para ajudar no financiamento das empresas que precisarão de fundos milionários para reconstruir os seus negócios, o Banco do Japão (BOJ) aprovou na quinta-feira um programa de empréstimos de emergência no valor de 1 bilião de ienes (8,178 mil milhões de euros).

Além das pequenas e médias empresas de grande importância nas províncias mais afectadas (Fukushima, Miyagi e Iwate), as grandes multinacionais japonesas estão a trabalhar para restabelecer o funcionamento das suas fábricas nessas regiões o mais rapidamente possível.

Companhias como Nissan, Sony e Kirin tiveram que interromper as suas operações em algumas fábricas devido ao terramoto, e algumas não sabem quando poderão retomar as suas actividades, outro motivo de preocupação para os trabalhadores da região.

Além do dano directo nas suas instalações, as empresas enfrentam um período de escassez energética pelo paragem brusca nalgumas das centrais nucleares e de outros tipos no nordeste do Japão.

Alguns exportadores que trabalham em regiões próximas do complexo de Fukushima estão a realizando revisões de radiação nos seus produtos para acabar com os receios de consumidores. Ao mesmo tempo, o governo analisa os níveis de radioatividade nos portos do Japão para evitar que os produtos que por ali passarem sejam recusados nos portos estrangeiros.

O país prometeu compensar, através de uma seguradora pública, os exportadores que forem afectados pelo aumento dos níveis de radiação ou rumores que prejudiquem as suas vendas.

As emanações da central de Fukushima prejudicam também pescadores, agricultores e criadores de gado de várias províncias no centro do Japão, e por isso o governo previsivelmente terá que dedicar muitos fundos durante um longo período para se recuperar do seu maior desastre desde a Segunda Guerra Mundial.

Lusa