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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Força Aérea Portuguesa => Tópico iniciado por: papatango em Março 03, 2005, 08:17:05 pm

Título: A-7P CORSAIR - os acidentes
Enviado por: papatango em Março 03, 2005, 08:17:05 pm
Estive a fazer a "ficha" do A-7P Corsair da Força Aérea, para incluir no site ÁreaMilitar. O que salta a vista, na história do A-7, é a enorme quantidade de acidentes em que esta aeronave esteve envolvida. Quase 33% dos aviões recebidos, foi perdida em acidentes.

Não me recordo de já termos falado nesse assunto. Qual será a principal razão do numero de acidentes?

A idade dos aviões?
A dificuldade de adaptação dos pilotos?

É verdade que também os F-16 já sofreram uma perda, mas uma perda, em todo este periodo, é muito, muito menos que o numero de perdas do A-7P.

Alguém tem opinião sobre esta questão?

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Miguel em Março 03, 2005, 08:24:55 pm
:crit:  :cry:

Parece-me que o Loureiro dos Santos estava por traz da escolha desse tipo de Avião?
Título:
Enviado por: fgomes em Março 03, 2005, 09:17:15 pm
Também os F-104 da Luftwaffe caiam como tordos, ganhando até a alcunha de "caixão voador". A que se deveria isto?
Os outros utilizadores de A-7 e F-104 parece que nunca tiveram problemas assim.
Título:
Enviado por: OPCOM em Março 04, 2005, 03:47:56 am
Boas
Acho que os acidentes se deviam mesmo á velhice e desgaste dos mesmos, é preciso lembrar que eram todos aviões em segunda mão, sendo alguns provenientes dos EUA e outros da Grécia, senão me engano durante o vôo dos EUA para Portugal perdeu-se um deles.
Eu tive opurtunidade de ver bem de perto os A7 em 1994 em Monterreal, e aquilo era mesmo sucata, vi 3 em estado de vôo o resto era para canibalizar. O tais 3 estavam mesmo em muito mau estado e ainda por cima tinham sido "despejados" dos seus shelters para lá porem os F16. Ainda cheguei a ver 2 deles a voar e um deles a fazer uma aterrizagem com gancho na pista da BA5.
Era um avião muito imponente e muito barulhento, bem mais que o F16, a cada passagem fazia estremecer os hangars. Duante a semana que lá estive (semana final de largada de pilotos de F16) era contaste o vôo tanto de uma como de outra aeronave, mesmo de noite. E ainda cheguei a ver aterrizar um tornado alemão.
Título: A 7
Enviado por: mcalberto em Março 04, 2005, 09:48:27 pm
Para além das condições inerentes ao tipo de avião e ao facto de algumas das células já possuirem largas horas de voo, é necessário atender ao tipo de utilização que foi dado a este aparelho na força aérea, nomeadamente o voo a baixa altitude e o voo em formação.

Que me recorde, sem consulta à documentação, 4 aparelhos foram perdidos em colisões aéreas, outros 6 em colisão com o solo em voos a baixa altitude, 1 por eventual doença súbita do piloto, 2 por colisão com aves (1nos EUA), 2 por falha mecânica e um na descolagem.

Estes números não evidenciam problemas associados ao  A7, mas sim, como referi, o tipo de utilização e a utilização de tecnologia que até então não existia em Portugal.
Título:
Enviado por: papatango em Março 04, 2005, 10:58:22 pm
Devo confessar que também não me parece que as condições do avião (das células) tenham tudo a ver com o elevado numero de acidentes.

Provavelmente, houve um periodo de adaptação. No entanto, mesmo dez anos depois de os aviões terem entrado ao serviço, continuava a haver acidentes.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: psychocandy em Março 10, 2005, 07:09:31 pm
Eu morei perto da base, tinha la muitos amigos e nunca ouvi ninguem referir-se a eles como "sucata". O A-7 sempre foi um avião muito querido entre os pilotos e as equipas de terra. Tal como qualquer outro material portugues, nao e' o melhor nem o ideal (para variar :( ), mas vai servindo e com isso vamos espalhando o bom nome de Portugal pelo mundo fora. Tal e qual o G91, fizemos muito boa figura "com o material disponivel"  tendo em conta que era o unico caça realmente capaz da FAP na decada de 80/90, serviu como pau para toda a obra. Como diriam os americanos, "workhorse" ;D
De facto havia problemas com sobressalentes e com os custos a eles associados. Lembro-me perfeitamente que todos os dias os ceus de Leiria se enchiam de A-7's, de manha a' noite.
Obviamente que se alguem visitou a BA5 1 ano ou 2 antes do abate ao activo, deve ter-los encontrado num estado menos cuidado, mas nao relembro ver-los como "degradados" ou como "sucatas".
Em relação aos acidentes, como o proprio nome indica sao ocorrencias fortuitas, no caso do A-7 foram bastantes para o numero de aeronaves disponiveis, mas penso que essa mancha nao e' por si so' sinonimo do serviço por ele prestado a' FAP.

Fica aqui uma foto que achei ah pouco, http://www.scramble.nl/photos/nostalgia/14.htm (http://www.scramble.nl/photos/nostalgia/14.htm)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.scramble.nl%2Fphotos%2Fnostalgia%2Fgfx%2F14-a7p-erik-sleutelberg.jpg&hash=a70a85f0741f061489336d95ae88366f)
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 16, 2005, 07:20:04 pm
Fica só aqui o breve testemunho, de alguém que adorava os A-7 e que com 15 anos de idade presenciou a queda de um Corsair a escassos 100 metros da cabeceira da pista principal da B.A.6, no fatídico dia de 29 de Abril de 1992.

O mal afortunado SLUF, vítima de um "bird-strike" após mais um costumeiro treino A-G no CTA, não teve como conseguir alcançar a pista. O seu piloto, um verdadeiro herói, antes de morrer junto com o seu aparelho, ainda se desviou de uma fábrica e de uma escola. As imagens a que assisti ainda hoje me assombram. O seu "asa" esteve durante todo o tempo a seu lado até pouco antes do embate no solo. Passou por mim a uma velocidade elevada fazendo-me pensar no que estaria a sentir naquele momento ao se aperceber que tinha perdido um companheiro!

Sem qualquer vergonha, admito que desatei a chorar desalmadamente enquanto assistia ao esforço inglório tanto dos Puma como dos bombeiros da Base Aérea do Montijo que, para chegarem mais rápido ao local do acidente, não tiveram qualquer problema em derrubar a vedação da mesma mas infelizmente já nada havia a fazer!

Quanto às razões apontadas para a elevada taxa de acidentes do A-7 Corsair II na FAP, penso que não poderemos reduzi-las apenas a uma ou duas. Era um avião reacondicionado (termo elegante para recauchutado), tinha todos os problemas inerentes a isso, um motor antigo e pouco fiável (o PW TF-30 P-408), as falhas humanas (tanto que se pediu um simulador mais cedo devido à complexidade dos sistemas no A-7P), a quebra na cadeia logística, etc, etc! Apesar de ter sido o nosso "widowmaker", para mim o A-7P avião foi o menos culpado de todos. Talvez fosse melhor recuarmos até à polémica decisão do CEMFA de então, General Lemos Ferreira, e analisarmos friamente todos os dados. Como disse um amigo meu há bem pouco tempo, apesar de tudo o A-7 cumpriu, e bem, a missão para que estava vocacionado!


Quanto aos que nele partiram para outro mundo, para outros võos, que descansem para sempre em paz!
Título:
Enviado por: komet em Abril 16, 2005, 08:57:46 pm
Lembro-me de ver há imenso tempo uma fotografia de um A-7 português virado ao contrário estatelado no chão, alguém a possui?
Título:
Enviado por: Maginot em Abril 18, 2005, 03:17:04 pm
Penso que chegaram e colidir dois nosso no ar :(

MAs a primeira recordação que tenho de ver um avião militar a sério a voar é um A7 com um bank de 270 graus.

Que lindo....
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 18, 2005, 04:22:15 pm
Já agora, para os colegas que quiserem mais dados sobre operações e acidentes com os A-7P:

 :arrow: http://walkarounds.home.sapo.pt/corsair/registo.htm (http://walkarounds.home.sapo.pt/corsair/registo.htm)

 :wink:
Título:
Enviado por: soultrain em Abril 18, 2005, 10:48:53 pm
Boas,

Desculpem, mas pelo o que sei não concordo com as opiniões aqui expressas acerca dos motivos de perda de aeronaves(A-7P). Pelo contrário estas são bastante fiáveis.

Pelo que me confiaram na BA do Montijo alguns Oficiais aquando de um curso de Orientação e Sobrevivência, as causas foram as seguintes:

  -Choque tecnológico com a chegada dos A-7 que requereu logistica e verbas que Portugal não estava preparado na altura, o que levou a manutenção "menos eficiente".

  -Doutrina de uso, com o tipo de missões de treino proconizadas para o A7 a probabilidade de erros humanos ou avarias se tornarem em acidentes fatais é enorme.

Na minha opinião a escolha foi acertada tendo em conta as missões NATO que Portugal tinha que desempenhar.

Quem tiver dúvidas, consulte as caracteristicas técnicas e toda a electrónica que o A-7P possuia e chegarão a conclusão que para 1981 (data da entrega das primeiras aeronaves) tinhamos o que era mais moderno no mundo em Ar-terra/mar e mesmo Ar/Ar. É claro que o A-7 não é um caça de superioridade mas.... só faltava a velocidade para cumprir totalmente a missão.

Cump.
Título:
Enviado por: Ricardo Nunes em Abril 18, 2005, 11:33:32 pm
Podem consultar um artigo interessante sobre a escolha dos A-7 ( nomeadamente a sua preferência face aos F-5 ) no seguinte link:

 :arrow: http://www.falcoes.org/f5a7.htm (http://www.falcoes.org/f5a7.htm)
Título:
Enviado por: Luso em Abril 19, 2005, 08:00:41 pm
De facto muito interessante...
Obrigado, Esquilo Canibal!
Título:
Enviado por: Maginot em Abril 20, 2005, 02:51:52 pm
Perdoem a minha ignorância sobre aviação militar.

Mas o A7P não era um avião de ataque ao solo?
O mais interessante para Portugal não seria intercepção?

(vou ler o artigo )
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Abril 20, 2005, 04:00:20 pm
Já agora, e pedindo desculpa aos colegas por isso (e em especial ao Eskilo), caso tenham curiosidade sobre algumas das peripécias da vinda do Vought A-7 Corsair II para Portugal, para além dos excelentes reports que podem ver através do link providenciado pelo Ricardo, há no seu fórum  9G's um tópico onde a discussão decorreu precisamente à volta deste tema e que até foi bastante interessante (penso eu)!  :arrow: http://www.falcoes.org/9gs/viewtopic.php?t=134 (http://www.falcoes.org/9gs/viewtopic.php?t=134)
Título:
Enviado por: typhonman em Setembro 10, 2005, 01:22:22 am
o A7P acidentado em Boticas,( distrito de Vila Real não de viseu como sugere o site) deveu-se a colisão da aeronave com uma montanha, alegadamente por falha no radar no TFR, a visibilidade era nula devido ao intenso nevoeiro.
Título:
Enviado por: NBSVieiraPT em Setembro 10, 2005, 01:25:43 am
Boticas não fica num vale?
Se sim como raio é que ele se despenhou contra uma montanha? É demasiado perigoso andar por esses vales, já que existem cabos de tensão e antenas a atravessá-los...
Título:
Enviado por: typhonman em Setembro 10, 2005, 02:11:04 pm
Boticas fica no sopé da serra do Leiranco, o A7P embateu contra o topo da serra, a mais 1000 metros de altitude.
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 09, 2005, 05:49:17 am
Em memória de um avião que fez história na FAP...
...com poucas fotos por aqui.
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg265.imageshack.us%2Fimg265%2F5177%2Fa7fap1xy.jpg&hash=d0f12a7f0cc2e8c3b32493b8f97313b1)

e esta bela foto em formação...
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg122.imageshack.us%2Fimg122%2F518%2Ffapa16ug.jpg&hash=4bb63f712d7d45a9a198ac63df97a250)
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 10, 2005, 04:19:53 pm
Foto tirada aquando da última presença dos A-7P Corsair no Royal International Air Tatoo (RIAT) na Base da RAF em Fairford.

Na imagem é possível observar a altura em que a parelha de Corsair abandona o RIAT 98 a caminho da sua Base de Monte Real. O fotógrafo decidiu intitulá-la "The End". E de facto assim foi.  :(

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg165.imageshack.us%2Fimg165%2F2894%2Ftheend3wl.jpg&hash=de482494e30fdc17436885c212bb8003)
Créditos: Mark McEwan
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 10, 2005, 08:52:57 pm
Saudações guerreiras

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg127.imageshack.us%2Fimg127%2F5%2Fcorsair685mk.th.jpg&hash=950ffb5e09e8ba79c1d3f1769a21cff3) (http://http) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg127.imageshack.us%2Fimg127%2F6553%2Fcorsair754jh.th.jpg&hash=6ccfc84d1eb9d6b660bada520dafa149) (http://http) Um pormenor que nunca consegui entender. Porque razão a bandeira do establizador horizontal de estibordo é aplicada ao contrario?

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg418.imageshack.us%2Fimg418%2F6532%2Fdigitalizar1ca.jpg&hash=fe8b0c2c289e81a4700bcae9819f1dc9) (http://http)
É extremamente raro em publicações encontrar, em vôo, um A-7P com reservatórios de combustível. Isso deve-se ao facto do A-7 ter um enorme alcance por não ter motores com pós-combustão?
------------------
(desculpem o off-topic)

As pinturas da esquadra de F-16 que será destinada mais á vertente Ar-Terra serão iguais ás que circulam ou sofrerão alterações?

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 10, 2005, 09:22:08 pm
Citação de: "Leonidas"
Um pormenor que nunca consegui entender. Porque razão a bandeira do establizador horizontal de estibordo é aplicada ao contrario?
Muito simples caro amigo; assim como a bandeira nacional tem duas faces, também a réplica nos estabilizadores das aeronaves segue essa ordem. O ponto de partida é o campo verde; este é de menor dimensão face à área vermelha e a sua orientação parte da esquerda para a direita. Se virarmos a bandeira "do avesso", como é que a mesma ficará? Ou seja, é um género de Sporting vs Benfica (sendo que o Benfica é maior do que o Sporting, como é óbvio :wink:



NOTA: há umas semanas coloquei esta brincadeira no fórum 9G's. Ficou engraçada, penso eu.  :wink:
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 10, 2005, 10:31:34 pm
Recordo com alguma saudade o "rugido" das passagens dos A7.

Vivo relativamente próximo de Monte Real, e o som da passagem dos A7
faz parte do meu imaginário.
(apaixonado desde tenra idade por aviões  :mrgreen: )
Título:
Enviado por: Johnnie em Novembro 11, 2005, 12:14:42 am
Charlie aplicando a portaria que regula a camuflagem das aeronaves da FAP, sim o adoptado pela 2ª Esq. de F-16 de facto seria o SEA wrap around como os A-7 e os Alpha Jets.
Título:
Enviado por: Luso em Novembro 11, 2005, 12:17:21 am
Já agora, o que é Feito do Eskilo Canibal?
Era um tipo porreiro...
Título:
Enviado por: p_shadow em Novembro 11, 2005, 12:51:04 am
Citar
Já agora, o que é Feito do Eskilo Canibal?
Era um tipo porreiro...


Calma Luso, o nosso amigo Eskilo É um tipo porreiro!  :wink:


Cumptos
Título:
Enviado por: Leonidas em Novembro 11, 2005, 01:51:50 am
Saudações guerreiras.

Mto Obrigado,Charlie Jaguar.
A sua sugestão para o F-16 tá muito engraçada.
Tenha cuidado com o chico. :mrgreen:

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Uma pergunta técnica. Aguém me sabe dizer se o JP-8 dos A-7P é utilizado também pelos F-16 e AlphaJet? os dos hélis, pelo menos do EH-101? Creio saber que o Allouette gasta JP-4, não é? Qual é/são a(s) massa(s) volúmica(s) (ró) da(s) "gasosa(s)"?
Dos dois combustiveis qual é que é mais fácil de se obter?
Há outros combustiveis para aviação para além destes dois?

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Johnnie em Novembro 11, 2005, 02:34:49 am
O Viper usa JP 4
Título:
Enviado por: psychocandy em Novembro 11, 2005, 11:02:20 pm
Citação de: "TOMKAT"
Recordo com alguma saudade o "rugido" das passagens dos A7.

Vivo relativamente próximo de Monte Real, e o som da passagem dos A7
faz parte do meu imaginário.
(apaixonado desde tenra idade por aviões  :mrgreen: )


Idem idem idem idem ;D
Recordo das passagens serem tao baixas que por vezes quase que dava para ver os olhos do piloto, era de facto giro. Tambem alimentou o meu bicho dos avioes.
O A7 era um amigo dos spotters da zona de Leiria. Ao contrario do A7, o F16 normalmente so se ouve, nao se vislumbra :p
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 12, 2005, 12:33:47 pm
Citação de: "psychocandy"
Citação de: "TOMKAT"
Recordo com alguma saudade o "rugido" das passagens dos A7.

Vivo relativamente próximo de Monte Real, e o som da passagem dos A7
faz parte do meu imaginário.
(apaixonado desde tenra idade por aviões  :wink:
Título: A-7
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 12, 2005, 01:43:31 pm
Eu lembro-me bem como era quando eles passavam por cima da minha escola, a criançada parava de fazer tudo só para plhar para os bichos!
Não era um avião particularmente bonito, mas vai ficar sempre na minha memória o som daquela máquina de guerra!
Título:
Enviado por: p_shadow em Novembro 12, 2005, 05:37:30 pm
Citar
Não era um avião particularmente bonito...


Por isso os americanos lhe chamaram SLUF, Short Little Ugly Fellow! :D


Cumptos
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 12, 2005, 06:59:39 pm
Esta semana (terça-feira) um F16 pregou um susto nas zonas da
Marinha Grande e da Batalha ao quebrar a barreira do som
"por breves segundos" segundo fonte da Força Aérea. :)

O F16 andava em exercicios segundo a mesma fonte.
Título:
Enviado por: pedro em Novembro 12, 2005, 07:11:13 pm
devem ter tido um susto :lol:
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 12, 2005, 11:01:11 pm
Citação de: "pedro"
devem ter tido um susto :lol:


Tão assustados que houve inúmeros telefonemas para bombeiros e afins para saber da causa dos "estrondos".

Parece, segundo fontes da Força Aérea, que não ouve estragos materiais.
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Novembro 12, 2005, 11:05:06 pm
Há uns anos é que um Tornado da "Luftwaffe" fez uma rázia supersónica sobre a Vila de Monte Real partindo todos os vidros. A conta seguiu para a "Luftwaffe", que pagou tudo...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: p_shadow em Novembro 13, 2005, 05:52:11 am
Citar
Há uns anos é que um Tornado da "Luftwaffe" fez uma rázia supersónica sobre a Vila de Monte Real partindo todos os vidros. A conta seguiu para a "Luftwaffe", que pagou tudo...


Não terá sido um F-15E da USAFE que estava num exercício por cá...?


Cumptos
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 13, 2005, 12:19:15 pm
Citação de: "p_shadow"
Não terá sido um F-15E da USAFE que estava num exercício por cá...?

Também estou curioso em saber mais sobre este incidente supostamente envolvendo um Tornado alemão.

Que eu tenha conhecimento, os dois últimos incidentes supersónicos envolvendo aeronaves estrangeiras ocorreram em 1996. Em Outubro desse ano, durante o curso TLP que decorria em Monte Real, um F-15E da 48th FW passou acidentalmente a barreira do som sobre o concelho de Pinhel, distrito da Guarda, a cerca de 12.500 pés de altitude. Os estragos foram de monta e a tripulação norte-americana recebeu guia de marcha para voltar à RAF Lakenheath.

O segundo incidente supersónico envolveu um F-16A belga da Esquadra 31 "Tigers" a 27 de Maio de 1996. A aeronave (que se encontrava na BA11 no decurso do Tiger Meet) necessitava efectuar experiências de motor para colocar de parte a hipótese de avaria. O problema é que o piloto belga levou o seu caça a passar a barreira do som a uma altitude inferior à recomendada, ao largo da costa alentejana (mais precisamente entre Grândola e Santiago do Cacém) cerca das 14h30. Ao que a FAP apurou, o F-16 da Esquadra 31 violou as regras ao executar o teste supersónico a uma altura inferior à estipulada e assim causou um enorme susto às populações locais que julgaram ter sido outro caça que se havia despenhado, ao exemplo do que sucedera com um Hawk T.1 da RAF no dia anterior na BA11 no decurso das comemorações do aniversário da Força Aérea.

Salvo-erro já este ano, os nossos dois F-16 de QRA tiveram que passar a barreira do som sobre o Alentejo e a uma relativa baixa altitude dada uma "emergência" com um võo comercial que se encontrava a sul de Faro. A FAP não quis esclarecer o porquê do sucedido apenas dizendo que "teria havido necessidade disso dado o teor da mensagem do comandante da aeronave civil em apuros".  :wink:
Título:
Enviado por: TOMKAT em Novembro 13, 2005, 03:42:33 pm
Uma pergunta para os mais informados?
Qual a altitude mínima para um avião militar, mesmo em exercícios, ter autorização para ultrapassar a barreira do som?

Sei que há zonas/corredores específicos para ese efeito.
 :?
Título:
Enviado por: PereiraMarques em Novembro 13, 2005, 06:57:10 pm
Este "episódio" do Tornado já aconteceu à vários anos, para ai no principio da década de 90. Veio publicado no Correio da Manhã, que apesar de não ser um grande jornal, é dos jornais diários que trata melhor assuntos relacionados com a defesa e as forças armadas...Quanto aos pormenores não posso garantir nada, porque apenas tenho a notícia de memória...Por outras palavras, eu não estou a tentar "engrupir" o pessoal aqui do fórum...esta notícia e os respectivos pormenores é apenas o que me veio à memória...

Cumprimentos
B. Pereira Marques
Título:
Enviado por: psychocandy em Novembro 14, 2005, 02:16:50 pm
Ja aconteceram varios, um deles nos anos 90 com os nossos na altura novos F-16, um outro com os F-15E em pinhal novo(ou uma terra com um nome parecido) e mais recentemente ah cerca de 2 semanas outra vez com os nossos F-16 :p
Título:
Enviado por: Charlie Jaguar em Novembro 14, 2005, 09:20:04 pm
Citação de: "psychocandy"
Ja aconteceram varios, um deles nos anos 90 com os nossos na altura novos F-16, um outro com os F-15E em pinhal novo(ou uma terra com um nome parecido) e mais recentemente ah cerca de 2 semanas outra vez com os nossos F-16 :p

Com os nossos F-16, a primeira destas ocorrências deu-se no final de 1994 ou 95. Como era necessário testar o motor P&W F-100-PW-220 de um determinado caça - e a área no mar reservada para esse efeito encontrava-se debaixo de muito mau tempo, algo que poderia colocar em risco o salvamento do piloto caso este se tivesse que ejectar - optou-se por efectuar o teste sobre a zona de Monte Real, a uns 12.000 metros de altitude.

Segundo a FAP, o "sonic-boom" foi mais perceptível para as populações locais dada a velocidade do vento ser bastante elevada nas camadas superiores da atmosfera. Caso contrário não teria havido grande problema. O caso com o F-15E deu-se sobre o concelho de Pinhel, distrito da Guarda.  :wink:
Título:
Enviado por: typhonman em Setembro 11, 2009, 07:44:52 pm
http://homepage.mac.com/pe.francisco/a7.html (http://homepage.mac.com/pe.francisco/a7.html)

Homenagem ao A-7.
Título:
Enviado por: s0lb3rg em Setembro 11, 2009, 10:41:56 pm
A-7,uma grande máquina??, não vejo onde,a parelha de alerta durante algum tempo foi constituída por esta aeronave, e em caso de intercepções os aviões comercias tinham que abrandar!Acho que foi a pior parelha de alerta que Portugal teve!
Enfim, são só opiniões!
Título:
Enviado por: typhonman em Setembro 12, 2009, 03:52:12 pm
Citação de: "s0lb3rg"
A-7,uma grande máquina??, não vejo onde,a parelha de alerta durante algum tempo foi constituída por esta aeronave, e em caso de intercepções os aviões comercias tinham que abrandar!Acho que foi a pior parelha de alerta que Portugal teve!
Enfim, são só opiniões!


É pá realmente são opiniões,mas aonde foi buscar a ideia que o A-7 não era grande máquina ?

 :roll: