Economia nacional

  • 884 Respostas
  • 126716 Visualizações
*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #600 em: Outubro 17, 2022, 10:36:54 pm »
Adidas vai despedir até 300 trabalhadores na Maia

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/adidas-vai-despedir-ate-300-trabalhadores-na-maia

Péssima notícia! O futuro de muitas famílias em risco!
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #601 em: Outubro 25, 2022, 10:13:55 am »
Quando a crise também aperta os chineses, o resultado é este  :mrgreen:

Fosun vai desfazer-se de participações em Portugal. Fidelidade estará segura

O conglomerado chinês está a preparar-se para vender ativos não essenciais nos próximos 12 meses. O grupo clarificou que a Fidelidade é essencial.



A Fosun – que conta com participações em Portugal na Fidelidade, BCP, REN e Luz Saúde – está a preparar-se para vender ativos não essenciais nos próximos 12 meses, segundo escreve o Citigroup numa nota de "recearch" citada pela Bloomberg.

Depois de um encontro que decorreu esta segunda-feira entre analistas e o grupo chinês, a Fosun indicou que considera como principais ativos os braços do setor farmacêutico, retalho e turismo, bem como a portuguesa Fidelidade.

A Bloomberg adianta, citando outras fontes conhecedoras do assunto, que o conglomerado está a estudar vender participações em várias instituições financeiras na Europa, em específico o banco alemão Hauck & Aufhauser "assim como outros investimentos em Portugal".

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/fosun-vai-desfazer-se-de-participacoes-em-portugal-fidelidade-esta-segura-bcp-em-perigo
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #602 em: Outubro 25, 2022, 10:19:03 am »
E por falar em REN e porque é que nenhum governo devia vender a REN, porque é fundamental ao país, para além de electrificar todos os cantos e recantos nacionais, em alta tensão, tem ainda uma poderosíssima arma, que é pelo facto dos postes de alta tensão levarem fibras ópticas nos cabos de reserva a todo o país onde há consumo de energia (a CP também faz o mesmo, assim como as auto-estradas, mas nenhuma tem uma rede tão vasta como a REN!!!!!!

Governo quer REN sem limite na fibra ótica. Porque é que isso é importante?

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/fibra-otica-e-o-caminho-para-por-portugal-no-mapa-das-telecom-governo-quer-tirar-limite-a-ren

Se a Fosun vender a REN, o Estado não deveria hesitar em comprar de volta esta empresa, que é estratégica para o país (mais do que a EDP e muito mais que a TAP, com a vantagem da REN nunca dar prejuízo)!!!!
« Última modificação: Outubro 25, 2022, 10:20:45 am por Viajante »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, Lightning, PTWolf

*

PTWolf

  • Analista
  • ***
  • 764
  • Recebeu: 341 vez(es)
  • Enviou: 1629 vez(es)
  • +983/-189
Re: Economia nacional
« Responder #603 em: Outubro 26, 2022, 01:06:48 pm »
E por falar em REN e porque é que nenhum governo devia vender a REN, porque é fundamental ao país, para além de electrificar todos os cantos e recantos nacionais, em alta tensão, tem ainda uma poderosíssima arma, que é pelo facto dos postes de alta tensão levarem fibras ópticas nos cabos de reserva a todo o país onde há consumo de energia (a CP também faz o mesmo, assim como as auto-estradas, mas nenhuma tem uma rede tão vasta como a REN!!!!!!

Governo quer REN sem limite na fibra ótica. Porque é que isso é importante?

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/fibra-otica-e-o-caminho-para-por-portugal-no-mapa-das-telecom-governo-quer-tirar-limite-a-ren

Se a Fosun vender a REN, o Estado não deveria hesitar em comprar de volta esta empresa, que é estratégica para o país (mais do que a EDP e muito mais que a TAP, com a vantagem da REN nunca dar prejuízo)!!!!

Totalmente de acordo, seria um investimento valioso para o país. Mais que a própria TAP
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20215
  • Recebeu: 2982 vez(es)
  • Enviou: 2230 vez(es)
  • +1325/-3460
Re: Economia nacional
« Responder #604 em: Outubro 27, 2022, 03:36:39 pm »
Importações 4% acima do pré-pandemia em 2021. Exportações crescem 6% face a 2019
Joana Abrantes Gomes

Os fluxos do comércio internacional de bens atingiram valores recorde: as importações e as exportações totalizaram, respetivamente, 83.146 milhões de euros e 63.619 milhões de euros.

As exportações aumentaram 18,3% e as importações cresceram 22% em 2021 face ao ano anterior, quando havia sido registada uma queda das trocas comerciais internacionais devido à pandemia de Covid-19. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações e importações de bens no ano passado superaram também os níveis do período pré-pandemia, tendo aumentado, respetivamente, 6,2% e 4%.

Segundo as Estatísticas do Comércio Internacional de 2021, publicadas esta quinta-feira pelo INE, as exportações de bens atingiram os 63.619 milhões de euros, enquanto as importações totalizaram 83.146 milhões de euros. Estes valores são os mais elevados de sempre, assinala o gabinete estatístico, ressalvando, contudo, que “foram atingidos num contexto de aceleração dos preços que se acentuou ao longo do ano”, em especial na segunda metade de 2021 e no caso das matérias-primas e produtos energéticos.



“Estas variações nominais das exportações e das importações mais que compensaram os decréscimos registados em 2020 (-10,3% nas exportações e -14,8% nas importações) refletindo o impacto da pandemia de Covid-19”, sublinha o INE.

No entanto, o contributo da variação de preços para as variações nominais das exportações e importações determinou “uma evolução desfavorável dos termos de troca para os países importadores líquidos” de matérias-primas e produtos energéticos, grupo onde se inclui Portugal, que registou em 2021 uma variação de preços das importações de +8,9%, 1,1 pontos percentuais (p.p.) acima da variação dos preços das exportações.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, no ano em análise, registaram-se aumentos de 16,9% nas exportações e de 18,6% nas importações em termos homólogos (-8,9% e -12,3% em 2020, respetivamente). Face a 2019, registaram-se variações de +6,5% nas exportações e +4% nas importações.

O défice da balança comercial de bens agravou-se em 5.139 milhões de euros em relação a 2020 (3.205 milhões de euros provenientes do comércio intra-UE e 1.934 milhões de euros do comércio extra-UE), atingindo 19.527 milhões de euros de saldo negativo, enquanto na comparação com o período pré-pandemia se verificou uma melhoria de 547 milhões de euros.

Se se excluir combustíveis e lubrificantes, o défice totalizou -13.819 milhões de euros, tendo aumentado 2.283 milhões de euros relativamente a 2020, mas diminuído 816 milhões de euros face a 2019.

Em 2021, Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal. Os três países concentram, em conjunto, mais de metade das exportações (50,9%, subindo 0,1 p.p. face a 2020) e das importações (52%, menos 1,2 p.p. do que no ano passado). Só a Espanha tem um peso de 26,7% nas exportações e 32% nas importações, mantendo-se como o maior parceiro comercial de Portugal.

Quanto aos bens transacionados, destacam-se as ‘máquinas e aparelhos’ como o principal grupo de produtos exportado e importado em 2021, ultrapassando assim a categoria de ‘veículos e outro material de transporte’ nas exportações. O maior défice comercial voltou a registar-se nas ‘máquinas e aparelhos’, enquanto o maior excedente se manteve nas transações de ‘minerais e minérios’.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

Lusitaniae

  • Perito
  • **
  • 398
  • Recebeu: 114 vez(es)
  • Enviou: 6 vez(es)
  • +50/-294
Re: Economia nacional
« Responder #605 em: Outubro 28, 2022, 12:07:48 am »
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa

Abbati, medico, potronoque intima pande
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 18199
  • Recebeu: 5497 vez(es)
  • Enviou: 5865 vez(es)
  • +7126/-9513
Re: Economia nacional
« Responder #606 em: Outubro 28, 2022, 01:19:10 pm »
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa



Esse estudo foi feito onde, no largo do rato?

Entretanto a inflação chegou aos 10,2% o valor mais alto desde 1992
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

PTWolf

  • Analista
  • ***
  • 764
  • Recebeu: 341 vez(es)
  • Enviou: 1629 vez(es)
  • +983/-189
Re: Economia nacional
« Responder #607 em: Outubro 28, 2022, 01:29:43 pm »
Isto deve ser piada, só pode!!
Portugal o menos corrupto da Europa



Não me admira assim tanto. Não porque não exista ou sejamos o país menos corrupto da Europa, mas sim porque a corrupção que existe não está no dia a dia do comum cidadão. A corrupção está sobretudo no tecido empresarial de média/grande dimensão (que é a menor percentagem) e no aparelho do estado.
Portanto ao inquirirem pessoas "comuns" é normal que elas respondam que não. Se inquirirem pessoas que até tenham tido contacto, vão dizer que não na mesma, não vá ser a PJ a apalpar terreno  :mrgreen:
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #608 em: Dezembro 31, 2022, 04:00:50 pm »
2023: novo ano traz aumentos generalizados impulsionados pela inflação

https://observador.pt/2022/12/27/2023-novo-ano-traz-aumentos-generalizados-impulsionados-pela-inflacao/
 

*

PTWolf

  • Analista
  • ***
  • 764
  • Recebeu: 341 vez(es)
  • Enviou: 1629 vez(es)
  • +983/-189
Re: Economia nacional
« Responder #609 em: Janeiro 03, 2023, 04:34:43 pm »
https://www.publico.pt/2023/01/03/azul/noticia/cientistas-portuguesas-extraem-minerais-valiosos-salmoura-ninguem-quer-2033182?utm_content=Editorial&utm_term=Mocao+de+censura+e+discutida+quinta-feira.+Cientistas+portuguesas+extraem+minerais+valiosos+da+salmoura&utm_campaign=59&utm_source=e-goi&utm_medium=email

Citar

Cientistas portuguesas extraem minerais valiosos da salmoura que ninguém quer
Duas engenheiras querem usar “nova” tecnologia para transformar o resíduo indesejado das centrais de dessalinização – a salmoura – numa fonte de minerais com valor económico. O magnésio é um deles.



A investigadora Sofia Delgado estende o braço para mostrar, com orgulho, uma pequena caixa transparente com pedrinhas brancas. “É o magnésio”, diz a cientista a sorrir. Juntamente com Eva Sousa, Sofia afirma ter criado um método de valorização dos materiais presentes na salmoura – uma água extremamente salgada, e muitas vezes tóxica, que resulta de processos de dessalinização da água do mar.

Por outras palavras, Eva e Sofia garantem ter transformado um problema numa solução. Através de uma “tecnologia inovadora”, as duas engenheiras químicas querem transformar um subproduto indesejado – a salmoura – numa fonte de minerais com valor económico. O magnésio é o primeiro no qual a dupla está a trabalhar, mas o processo também promete a valorização de hidróxido de cálcio e cloreto de sódio (sal de cozinha).

O projecto das cientistas nasceu nos laboratórios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e, há dois anos, deu origem a uma spin-off chamada SeaMoreTech. “Foi um desafio que nos foi lançado pelo professor Adélio Mendes”, explica ao PÚBLICO Eva Sousa, referindo-se ao investigador da FEUP muito conhecido por apoiar a transição de novas tecnologias para o tecido industrial.

Foto
Eva Sousa e Sofia Delgado criaram a spin off SeaMoreTech PAULO PIMENTA
Numa altura em que Portugal continental pondera acolher uma (ou mais) unidades de dessalinização, a proposta de Eva e Sofia pode ser promissora. Isto, porque a salmoura é um resíduo do qual todos se querem ver livres, sendo visto como um mal necessário para quem precisa de transformar água salgada em potável. A salmoura é, aliás, uma das razões pelas quais a localização de uma nova central pode ser tão polémica.

Um estudo das Nações Unidas, divulgado em 2019, indicava que as cerca de 16 mil unidades de dessalinização em funcionamento no planeta geram fluxos maiores do que o esperado de águas residuais com níveis de sal demasiado altos, isto sem falar nos agentes poluentes. O documento refere ainda que as unidades geram todos os dias cerca de 142 milhões de metros cúbicos de salmoura (50% a mais do que se pensava inicialmente).

Impacte na vida marinha
Além de possuir uma altíssima concentração de sal (7%), a salmoura pode conter resíduos tóxicos resultantes da adição de desincrustantes e outros produtos químicos que ajudam a melhorar a eficiência do processo de dessalinização. Daí que o descarte destes efluentes, já diluídos, deva ser feito longe da costa, por forma a mitigar o impacte nos ecossistemas marinhos.

“A salmoura também coloca problemas graves para a cadeia alimentar da fauna marinha”, observa Eva Sousa. Segundo as investigadoras, 10% a 15% dos custos de operação das dessalinizadoras estão ligados ao cumprimento de normas para a deposição desses resíduos. Se, no futuro, for possível dotar as unidades ibéricas desta tecnologia, a dupla acredita que haverá ganhos económicos e ambientais.


Graças a um pequeno reactor – um cilindro do tamanho de uma embalagem de batatas fritas –, o processo de purificação da salmoura promove uma reorganização dos materiais. “Aquilo que entra não é aquilo que sai”, conta Eva Sousa. Uma mangueira fininha leva um líquido muito salgado, e rico em minerais, para o interior do cilindro. Após a passagem por uma membrana, sai uma água tão limpa que até se poderia beber.

O segredo do sucesso gravita à volta do controlo do PH durante a operação. “A alcalinidade garante que seja possível uma diferença de concentrações à superfície das membranas. Esta condição é a força motriz para a separação do precursor de magnésio”, esclarece Eva Sousa. As investigadoras evitam dar mais pormenores, uma vez que a tecnologia ainda não está patenteada e a negociação com um investidor está em curso.

Passar à fase semi-industrial
A dupla de cientistas afirma que a fase de desenvolvimento da tecnologia já está concluída, faltando agora passar à fase semi-industrial. “Em fase laboratorial, o nosso objectivo tem sido testar 200 mililitros por minuto, o que equivale a 12 litros por hora de salmoura, o que nos dá um quilo de magnésio por dia”, esclarece Eva Sousa. Já na fase seguinte, a SeaMoreTech almeja uma produção de 30 quilos de sais de magnésio por hora.

Foto
Sais de magnésio extraídos da salmoura através de uma "tecnologia inovadora", garantem cientistas da SeaMoreTech PAULO PIMENTA
Para já, ficam separados apenas os precursores do magnésio. Se a salmoura também pode oferecer cálcio e sal, por que razão apostar só nas pedrinhas brancas? “Porque o magnésio é o mais fácil de separar”, esclarecem as investigadoras.

No futuro, ponderam fazer a separação do hidróxido de cálcio e do cloreto de sódio (neste caso, teriam de alcançar um grau de pureza até 98%). “Seria uma vantagem em termos de processos, sobretudo se pensarmos que, nas salinas, são necessários cerca de seis meses para a obtenção do sal”, refere Eva Sousa.

Eva Sousa explica que a purificação da salmoura tem uma relevância não só económica e ambiental, mas também na área dos direitos humanos. “A extracção do magnésio é muito marcada por um trabalho altamente intensivo, sobretudo na China”, acrescenta Sofia Delgado. As duas referem que Pequim detém actualmente 90% da produção mundial deste elemento, recorrendo a um processo “muito ineficiente” denominado “Pidgeon”.

As investigadoras explicam que seria “uma grande vantagem criar uma economia descentralizada”, na qual cada país pudesse obter em solo nacional o magnésio necessário à indústria. O uso do magnésio tem um peso importante no sector automóvel, sendo muito usado numa liga com alumínio. É este material que permite tornar os carros mais leves, uma característica especialmente importante nos carros eléctricos, por exemplo.

Foto
Cientista Eva Sousa, uma das fundadoras da SeaMoreTech, uma spin off da Faculdade de Engenharia do Porto PAULO PIMENTA
Integrar na produção de hidrogénio verde
Tanto Eva como Sofia estão a trabalhar também na área do hidrogénio verde, estudando tecnologias para uma produção mais eficiente a partir da água do mar. Como a produção de hidrogénio verde exige grandes quantidades de água, a dupla considera a hipótese de a própria água resultante do processo de purificação da salmoura ser integrada na produção de hidrogénio verde. Isto é particularmente importante num país como Portugal, que enfrenta episódios frequentes de seca hidrológica.

“O objectivo é que a nossa tecnologia seja uma integradora de processos. Numa unidade de dessalinização, cerca de 50% a 60% do total de água do mar captada é transformada em salmoura (o restante em água potável). Isto quer dizer que, com a nossa tecnologia, podemos aumentar pelo menos 1,5 vezes a capacidade de produção de água numa central”, estima Eva Sousa.


Tendo em conta que a produção de hidrogénio verde é vista, em Portugal, como um caminho para a descarbonização, as cientistas acreditam que a tecnologia que desenvolveram poderá contribuir para “não aumentar o stress hídrico no país”. Assim, se vamos ter muita produção deste combustível não fóssil, e se essas operações consomem muita água, novas formas de poupança e reaproveitamento terão de ser equacionadas. Esta, garantem, pode ser uma delas.

“Tudo seria feito na mesma unidade – a dessalinização e a produção do hidrogénio verde –, à qual seria apenas necessário juntar o sistema de electrólise”, antevê Eva Sousa.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #610 em: Janeiro 23, 2023, 10:58:37 am »
Portugal e a forte possibilidade de uma explosão da bolha imobiliária

https://expresso.pt/podcasts/leste-oeste-de-nuno-rogeiro/2023-01-23-Portugal-e-a-forte-possibilidade-de-uma-explosao-da-bolha-imobiliaria-7e8846e6

Desconhecia os dotes do Nuno Rogeiro em economia  :mrgreen:
Numa coisa estamos de acordo, o imobiliário vai abrandar, mas duvido que exista uma bolha que vá rebentar, por variadíssimos motivos e o mais fortíssimo está a fazer o seu efeito:

- Taxas de juro. Já todos estamos avisados que as taxas de juro estão a subir e vão continuar a subir ainda este ano. Sabemos que a taxa de juro vai parar algures entre 3,25% e 4 a 4,6%. Resumindo, a taxa de juro funciona como o alfinete que furou o balão da bolha imobiliária!;

- Outro ponto que está a despejar o balão, o controlo financeiro invisível do BCE. Tentem pedir um empréstimo à habitação e vejam qual a percentagem que o banco vos dá. Resumidamente o banco vai dar no máximo 80% do mínimo dos seguintes valores (valor de compra ou valor de mercado do imóvel). Os bancos exigem ainda saber que poupanças temos para cobrirmos o restante financiamento. E além disso só vão emprestar até ao montante de financiamento que gere uma prestação mensal que represente no máximo 50% da taxa de esforço (= encargos financeiro mensais / rendimento líquido mensal x 100);

- Outra medida que o BCE já está a colocar em prática desde o verão, é a redução do M1 (dinheiro em circulação), para combater a inflação.

Bastariam estas 3 medidas para percebermos a travagem que vai ter o sector imobiliário. Mas daí até afirmarmos que vai rebentar a bolha!
Já não vai acontecer, principalmente por causa do enorme aumento das taxas de juro!!!!

Agora quem tem empréstimos e não consegue pagar?
Conselhos que posso dar:
- Consolidar empréstimos;
- Utilizar poupanças NÃO PARA PAGAR PARTE DO EMPRÉSTIMO (pouco efeito tem num empréstimo de dezenas ou centenas de milhares de euros e ficam sem dinheiro e com um prestação pouco mais baixa), mas sim para ajudar a pagar a prestação mensal, quando necessário;
- Se nem assim conseguirem, aconselho a falarem com o banco e peçam um período de carência de alguns meses. Dificilmente um banco recusa tal negócio, excepto se já tiverem prestações em falta (um banco empresta dinheiro não vende casas, que podem demorar anos a desfazer-se delas). Período de carência é um período de tempo que o banco não vai cobrar a prestação da casa, apenas juros ou nem isso, prolongando o período do empréstimo. Mas atenção que se o fizerem, fica registado na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal.

Conselhos que posso dar, quem quer vender, que o faça até ao verão, porque a partir daí o mercado estará sempre a caír (previsivelmente até 2024).
Quem quer comprar, espere 1 ano e vai apanhar o mercado em baixa (a partir daí o BCE vai baixar novamente os juros e obviamente o mercado imobiliário recupera)!

Bons negócios.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Daniel, HSMW

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #611 em: Janeiro 23, 2023, 03:40:48 pm »
Este volume de dívida, sim é muito preocupante!!!!!
A riqueza criada no país, em 2022, foi de cerca de 230 mil milhões de euros (estimativas), esta dívida de quase 800 mil milhões representa quase 4 anos de riqueza do país para pagar toda a dívida (Estado + Famílias + Empresas)!!!!!
E como os juros estão a subir......... esta dívida começa a ficar carita!!!!!!

Endividamento da economia sobe para 795,5 mil milhões de euros em novembro

Em novembro, o setor público foi responsável para o aumento da endividamento da economia, já que a dívida do setor privado manteve-se praticamente inalterada. Ritmo de endividamento das empresas e das famílias cresce, mas menos do que em outubro.

O endividamento da economia portuguesa aumentou 700 milhões de euros em novembro, para 795,5 mil milhões de euros, devido à subida das dívidas do setor público, divulgou nesta segunda-feira, 23 de janeiro, o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o BdP, mais de metade do endividamento da economia portuguesa, mais precisamente 441,7 mil milhões de euros, respeitava ao setor privado (famílias e empresas privadas). Já 353,7 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

A subida do endividamento em termos globais é explicada pelo setor público, cujas dívidas aumentaram 700 milhões de euros, com destaque para o aumento do endividamento junto dos particulares, foi de 1,4 mil milhões de euros, e das Administrações Públicas (de 900 milhões de euros). Mas por outro lado, o setor público reduziu o seu endividamento junto do setor financeiro e face ao exterior, em 500 milhões de 1,3 mil milhões de euros, respetivamente.

Já o endividamento do setor privado "praticamente não se alterou", refere o banco central. O endividamento das empresas privadas diminuiu 100 milhões de euros, traduzindo uma redução do endividamento perante o setor financeiro (300 milhões de euros) e um aumento junto do exterior (200 milhões de euros).

Por outro lado, o endividamento das famílias aumentou 100 milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro.

Ritmo de endividamento abranda

Os dados do BdP mostram também que o ritmo do endividamento tanto as empresas privadas como as famílias, abrandou em novembro. O endividamento das empresas privadas cresceu 2,5% em termos homólogos, o que corresponde a uma desaceleração de 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

Também o endividamento das famílias aumentou 3,8% relativamente ao período homólogo, valor inferior ao verificado em outubro (3,9%).

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/endividamento-da-economia-sobe-para-7955-mil-milhoes-de-euros-em-novembro
« Última modificação: Janeiro 23, 2023, 03:44:16 pm por Viajante »
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3136
  • Recebeu: 417 vez(es)
  • Enviou: 208 vez(es)
  • +645/-8604
Re: Economia nacional
« Responder #612 em: Janeiro 23, 2023, 03:57:34 pm »
Portugal e a forte possibilidade de uma explosão da bolha imobiliária

https://expresso.pt/podcasts/leste-oeste-de-nuno-rogeiro/2023-01-23-Portugal-e-a-forte-possibilidade-de-uma-explosao-da-bolha-imobiliaria-7e8846e6

Desconhecia os dotes do Nuno Rogeiro em economia  :mrgreen:
Numa coisa estamos de acordo, o imobiliário vai abrandar, mas duvido que exista uma bolha que vá rebentar, por variadíssimos motivos e o mais fortíssimo está a fazer o seu efeito:

- Taxas de juro. Já todos estamos avisados que as taxas de juro estão a subir e vão continuar a subir ainda este ano. Sabemos que a taxa de juro vai parar algures entre 3,25% e 4 a 4,6%. Resumindo, a taxa de juro funciona como o alfinete que furou o balão da bolha imobiliária!;

- Outro ponto que está a despejar o balão, o controlo financeiro invisível do BCE. Tentem pedir um empréstimo à habitação e vejam qual a percentagem que o banco vos dá. Resumidamente o banco vai dar no máximo 80% do mínimo dos seguintes valores (valor de compra ou valor de mercado do imóvel). Os bancos exigem ainda saber que poupanças temos para cobrirmos o restante financiamento. E além disso só vão emprestar até ao montante de financiamento que gere uma prestação mensal que represente no máximo 50% da taxa de esforço (= encargos financeiro mensais / rendimento líquido mensal x 100);

- Outra medida que o BCE já está a colocar em prática desde o verão, é a redução do M1 (dinheiro em circulação), para combater a inflação.

Bastariam estas 3 medidas para percebermos a travagem que vai ter o sector imobiliário. Mas daí até afirmarmos que vai rebentar a bolha!
Já não vai acontecer, principalmente por causa do enorme aumento das taxas de juro!!!!

Agora quem tem empréstimos e não consegue pagar?
Conselhos que posso dar:
- Consolidar empréstimos;
- Utilizar poupanças NÃO PARA PAGAR PARTE DO EMPRÉSTIMO (pouco efeito tem num empréstimo de dezenas ou centenas de milhares de euros e ficam sem dinheiro e com um prestação pouco mais baixa), mas sim para ajudar a pagar a prestação mensal, quando necessário;
- Se nem assim conseguirem, aconselho a falarem com o banco e peçam um período de carência de alguns meses. Dificilmente um banco recusa tal negócio, excepto se já tiverem prestações em falta (um banco empresta dinheiro não vende casas, que podem demorar anos a desfazer-se delas). Período de carência é um período de tempo que o banco não vai cobrar a prestação da casa, apenas juros ou nem isso, prolongando o período do empréstimo. Mas atenção que se o fizerem, fica registado na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal.

Conselhos que posso dar, quem quer vender, que o faça até ao verão, porque a partir daí o mercado estará sempre a caír (previsivelmente até 2024).
Quem quer comprar, espere 1 ano e vai apanhar o mercado em baixa (a partir daí o BCE vai baixar novamente os juros e obviamente o mercado imobiliário recupera)!

Bons negócios.

Bolha imobiliária, lol, ele devia estar a pensar na China,onde tem cidades com milhares de apartamentos às aranhas.
Por sua vez, em Portugal continua-se a construir muito pouco, é bem maior a procura do que a oferta.
Ou seja, o mercado imobiliário português está bem controlado, não estou a ver, onde está a possibilidade de uma explosão  :-P da bolha imobiliária. c56x1
Existe falta de casas para vender ou alugar em Portugal, pois a procura é enorme.
 

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4292
  • Recebeu: 2419 vez(es)
  • Enviou: 1394 vez(es)
  • +7369/-4444
Re: Economia nacional
« Responder #613 em: Janeiro 23, 2023, 04:27:15 pm »
Bolha imobiliária, lol, ele devia estar a pensar na China,onde tem cidades com milhares de apartamentos às aranhas.
Por sua vez, em Portugal continua-se a construir muito pouco, é bem maior a procura do que a oferta.
Ou seja, o mercado imobiliário português está bem controlado, não estou a ver, onde está a possibilidade de uma explosão  :-P da bolha imobiliária. c56x1
Existe falta de casas para vender ou alugar em Portugal, pois a procura é enorme.

Quando se fala em bolha imobiliária, apenas estão a referir-se a Lisboa e ao Porto, mais nada. No resto do país é impossível haver bolha imobiliária, tal o preço baixo das casas e a enorme falta de casas disponíveis!!!!

E mesmo nos grandes centros, os valores elevados não são pagos por pessoas pobres que trabalham todos os dias!

Nas sedes de um concelho, para uma casa custar mais de 500€/m2, tem de estar muito bem localizada, isolamento xpto, pronta a habitar, aquecimento central, garagem, etc  :mrgreen:

Por aqui, com 600€/m2 ou 250 000€, compro um terreno no melhor lote que existir e tem de estar tudo numa distância máxima de um raio de 1km, construo uma casa com piscina e jardim de 1000m2 e ainda sobra dinheiro para andar 1 mês a montar os móveis do IKEA  :mrgreen:
« Última modificação: Janeiro 23, 2023, 04:28:48 pm por Viajante »
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20931
  • Recebeu: 2489 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1161/-1485
Re: Economia nacional
« Responder #614 em: Janeiro 23, 2023, 05:43:33 pm »
Comprar em Espanha compensa