Base das Lajes (BA4) - 65th Air Base Wing

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Doctor Z

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« Responder #75 em: Novembro 10, 2008, 09:57:18 pm »
Citação de: "legionario"
Ja era altura de os americanos desampararem a loja ! Que é que eles estao la a fazer ? e que ganhamos nos com isso ? ainda se pagassem uma boa renda...era caso para reflectir ! mas de borla e ainda por cima com diktat's...isso NAO !


Boas,

Os americanos estão de borla nas Lajes???  :shock:
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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raphael

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« Responder #76 em: Novembro 10, 2008, 10:07:53 pm »
... essa do à borla é relativo! empregam muitos portugueses nas áreas onde os civis trabalham, nomeadamente nos bombeiros, todo o equipamento e viaturas de combate a incêndios no aérodromo foram adquiridos e são geridos por eles, todas as obras relacionadas com o contingente americano são efectuadas por eles, facilitam o acesso aos nacionais às áreas de lazer deles. Enfim é um pouco a lógica do utilizador pagador, obras de melhoramento e beneficiação... mas lá está para eles isso é "peanuts", mas para nós já faz alguma diferença.
Mas por outro lado os upgrades aos F-16, aos P-3C, não houve qualquer desconto para isso e até foi muito bem pago... é tal questão das contrapartidas... nas aquisições por cá a coisa também não resulta lá muito bem!
Um abraço
Raphael
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Miguel

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« Responder #77 em: Novembro 10, 2008, 10:15:41 pm »
Ora ai esta, e para isto mesmo que serve a net e particularmente este Forum.

Como um Think Thank :wink:

Esperamos que algums jornalistas e politicos acabam por se indignar, da situaçao dos Cowboys nas Lajes.

Eu se quero viver numa casa mesmo de ferias na America, tenho de pagar uma renda? Entao eles que pagam e nao com sucatas.

Os Açores serao sempre um porta avioes gigante no atlantico, e mesmo uma pista de socorro para os vaievem espaciais...

Portanto devam de pagar, ponto FINAL !!!!!!!
 

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AC

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« Responder #78 em: Novembro 10, 2008, 10:37:02 pm »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "papatango"

Acho curioso nessa imagem a Itália controlar o espaço aéreo da Tunísia e do Egipto. Está mesmo correcto?

E outra coisa é a Espanha controla Portugal (incluindo a Madeira e os Açores) mas não apanha as Canárias :lol: .

E alguém sabe quem manda no espaço aéreo encarnado? É Paris ou Berlim?


Essa imagem é um mapa dos FAB (Functional Airspace Blocks) que estão em estudo.
Esses blocos são diviões da EUIR(European Upper Flight Information Region), que irá cobrir todo o espaço aéreo acima dos 28500 pés.

Parece-me que o bloco Portugal-Espanha não inclui os Açores.

O bloco BlueMed (a azul) inclui a Tunísia e o Egipto.
Mais informações em www.bluemed.aero

O bloco vermelho é o Europe Central.

Quem irá "mandar" nos FAB será a entidade de navegação aérea a quem for atribuida essa função (actualmente cá: NAV), sob a directiva e fiscalização das instituições responsáveis (cá: INAC) dos países a quem esse espaço aéreo pertence.
« Última modificação: Novembro 10, 2008, 10:53:26 pm por AC »
 

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legionario

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« Responder #79 em: Novembro 10, 2008, 10:38:25 pm »
Eh pa, parece que podemos entrar nas areas de lazer deles ! assim ja vale a pena, fdx ! podiam ter dito logo, que eu ja nao reclamava ! peço desculpa pa ! se podemos entrar na piscina dos yankees sem pagar, nesse caso fiquem la com as Lajes ! hum ? qué que acham ?
 

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routechecker

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« Responder #80 em: Novembro 10, 2008, 10:40:21 pm »
O que esta no lindo boneco da Europas as cores sao os projectos de FAB's (Functional Airspace Blocks) a serem criados na Europa no ambito do SESAR (Single European Sky - ATM Reserch)

Citar
A área portuguesa será absorvida por Madrid, que controlará o espaço aéreo português.
Nao sera nada absorvida. O grande objectivo de establecer FABs e organizar os sectores de controlo de um modo o mais eficaz e seguro possivel. Claro que isso contraria a nocao utilizada hoje em dia de sectorizacao baseada em fronteiras nacionais.  Esta e  extremamente ineficaz, porque impede uma gestao integrada do espaco aereo.
As negociacoes entre a NAV e a AENA ja estao paradas a mais de um ano.
Provavelmente a opcao portuguesa vai passar por declarar que as FIRs de Lisboa e Santa Maria constituem um FAB e ja esta.
Citar
O argumento é sempre o mesmo e destina-se a retirar o controlo do espaço aéreo dos países mais pequenos e entrega-lo aos países maiores.

Nao, o argumento e gerir o espaco aereo europeu de maneira a que daqui a 15 anos, quando os niveis de trafego tiverem duplicado, seja possivel voar de A para B com a melhor pontualidade possivel, mantendo os maximos niveis de seguranca, e segundo um modelo economico racional.
Citar
O controlo do espaço aéreo espanhol é complicado e muito menos eficiente que o português. Para piorar as coisas os espanhóis nem sequer sabem falar inglês, ou falam um inglês tão macarrónico que é um perigo para a segurança dos passageiros.
Isso e muita asneira junta em duas frases. O controle de trafego aereo na Europa e basicamente o mais seguro do mundo. Inclusive o Espanhol.
Citar
Segundo me disseram, e não tenho como confirmar, os espanhóis afirmaram que uma das razões para absorverem o controlo do nosso espaço aéreo, era o atraso com que os aviões saiam dele.
Os avioes "atrasam" por uma multitude de razoes. Imagino que se refira a atrasos deviso a regulacao ATFCM (geralmente o passageiro e informado de que o atraso e imposto por Bruxelas|). Portugal esta na periferia geografica da Europa (o core e Franca, Benelux, Alemanha e Suica)e praticamente nao gera atrasos.
Citar
Segundo os controladores portugueses, os atrasos que ocorrem sobre o espaço aéreo português, devem-se na sua maioria aos próprios espanhóis.

Estou aqui a 5 minutos a pensar o que escrever em relacao a isto. A frase, para um profissional de controle de trafego aereo e de tal modo desprovida de sentido que nao ha comentario possivel.

Para mais informacao sobre este assunto: http://www.eurocontrol.int/ses/public/s ... epage.html

Lamento a falta de acentos, teclado QWERTY

rgds
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legionario

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« Responder #81 em: Novembro 10, 2008, 10:46:18 pm »
Aprendi agora alguma coisa. Excelente post !
 

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papatango

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« Responder #82 em: Novembro 11, 2008, 01:11:05 am »
Citar
As negociacoes entre a NAV e a AENA ja estao paradas a mais de um ano.
Provavelmente a opcao portuguesa vai passar por declarar que as FIRs de Lisboa e Santa Maria constituem um FAB e ja esta.
E o que é que isto quer dizer ?
Você nega que a absorção pura e simples está ou esteve em cima da mesa ?
A AENA não seria capaz de dar conta do serviço todo ?

A junção das duas áreas (continente + Santa Maria) é uma possibilidade, que faz sentido mas não é do agrado dos espanhóis !


Citar
o argumento e gerir o espaco aereo europeu de maneira a que daqui a 15 anos, quando os niveis de trafego tiverem duplicado,
O argumento é esse, o resultado é a retirada do controlo do espaço aéreo aos pequenos países e a sua entrega a países maiores.
Uma coisa é o argumento outra coisa é o resultado. Eu referi-me ao resultado, você referiu-se ao argumento. Estamos a dizer a mesma coisa ! ! !
Citar
Os avioes "atrasam" por uma multitude de razoes. Imagino que se refira a atrasos deviso a regulacao ATFCM (geralmente o passageiro e informado de que o atraso e imposto por Bruxelas|). Portugal esta na periferia geografica da Europa (o core e Franca, Benelux, Alemanha e Suica)e praticamente nao gera atrasos.
Isso é basicamente o que eu disse. A culpa dos atrasos não é portuguesa e é uma soma de atrasos resultado de sermos um país periférico.
Você nega que a questão dos atrasos foi utilizada para justificar a concentração do controlo da Península Ibérica em Madrid ?

Citar
Estou aqui a 5 minutos a pensar o que escrever em relacao a isto. A frase, para um profissional de controle de trafego aereo e de tal modo desprovida de sentido que nao ha comentario possivel.

Talvez nos possa elucidar melhor, porque as palavras a que se refere foram proferidas exactamente por um profissional de tráfego aéreo, coisa que obviamente eu não sou, o que quer dizer que posso explicar incorrectamente, ou quiçá demasiado resumidamente.

Um controlador aéreo estabelece/autoriza níveis de voo, altera ou pode alterar ou  modificar rotas quando necessário, coordena a gestão do espaço aéreo em cada área e para cada aeroporto e condiciona efectivamente o período de tempo que uma aeronave leva para se deslocar do ponto A para o ponto B.
Qualquer perda de tempo que ocorra em Espanha, reflecte-se num atraso em Portugal.
Creio que é isto que está mais ou menos escrito.
De entre os argumentos apresentados para justificar a área que vemos a amarelo no mapa, estava a necessidade de reduzir os atrasos e houve controladores aéreos portugueses que afirmaram que o argumento era absurdo, porque a haver atrasos eles seriam sempre responsabilidade dos controlos anteriores. E isto até foi referido em entrevistas à televisão, Não é secreto nem é uma questão de ontem, porque lembro-me de ter sido falado por volta de 2000 ou 2001.

A verdade é que há uma questão de soberania em causa e é isso que está em discussão com a questão da presença de aviões americanos na base das Lajes, quando o controlo do nosso espaço aéreo pode ser feito a partir de Espanha.

A questão não está tanto quanto sei resolvida. E continua em cima da mesa. Você garante que o actual espaço aéreo que é controlado a partir de Lisboa não passará para Madrid ?

Se garantir, fico mais descansado, porque até ao momento, o que me disseram é que nada está decidido, e tudo depende do poder de dar pontapés por debaixo da mesa que cada país tiver.

Aliás, como tudo na União Europeia, só não vale tirar olhos :mrgreen:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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routechecker

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« Responder #83 em: Novembro 11, 2008, 04:41:43 am »
Citar
E o que é que isto quer dizer ?
Você nega que a absorção pura e simples está ou esteve em cima da mesa ?
A AENA não seria capaz de dar conta do serviço todo ?
A junção das duas áreas (continente + Santa Maria) é uma possibilidade, que faz sentido mas não é do agrado dos espanhóis !

A "absorcao" como diz e completamente irrealista.
O que esta em causa e a prestacao de servico de trafego aereo e nao a delegacao de soberania.
Claro que a Aena seria capaz de dar conta do "servico" como tambem seria a DFS, ou a NATS ou a LVNL. Ja agora tambem a NAV tem capacidade para prestar servicos de trafego aereo a Suecia. Mas so depois de um esforco de recrutamento e formacao de uma tal ordem que os potenciais ganhos seria risiveis. Nao esta em causa no SESAR absorcoes, ou fusoes. Esta em causa organizar o Espaco Aereo tendo em conta os fluxos e a complexidade do trafego.
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O argumento é esse, o resultado é a retirada do controlo do espaço aéreo aos pequenos países e a sua entrega a países maiores.
Uma coisa é o argumento outra coisa é o resultado. Eu referi-me ao resultado, você referiu-se ao argumento. Estamos a dizer a mesma coisa ! ! !

Nao, nao estamos.
Eu estou a falar da prestacao de servicos de trafego aereo e voce esta a falar de perca de soberania.  
Voltando ao lindo mapa das cores, voce acha que a Grecia vai ceder soberania a Italia? Ou a Suica a Franca? Ou o exemplo mais gritante,  Benelux e parte da Alemanha. Desde os anos 60 que os servicos de  controle de trafego aereo acima de 28000' sao prestados por uma organizacao internacional de que alias Portugal tambem faz parte. Os controladores que la trabalham, em Maastricht, vem de todos os paises membros do Eurocontrol, inclusive Portugal e Espanha. O dinheiro gerado pelas taxas de rota pagas pelas companhias aereas e redistribuido aos paises em questao. Nao ha memoria de as Forcas Aereas dos paises em questao alguma vez ser negado acesso a espaco aereo, tanto para treino como para missoes operacionais.
Voce ja ouviu os Belgas, Holandeses ou Alemaes chateados com falta de soberania?  Nao.
Tera e eventualmente ouvido as Empresas Privadas que providenciam servicos de trafego aereo nesses paises a dizer-se interessadas numa maior parte do bolo.
Nao por uma questao de orgulho nacional, mas porque ao fim do ano e preciso dar dividendos aos acionistas.
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Isso é basicamente o que eu disse. A culpa dos atrasos não é portuguesa e é uma soma de atrasos resultado de sermos um país periférico.
Você nega que a questão dos atrasos foi utilizada para justificar a concentração do controlo da Península Ibérica em Madrid ?
Acho estremamente dificil alguem argumentar idiocias como essa quando todos os numeros relativos a atrasos sao publicos e publicados em www.eurocontrol.int/ecoda .  Os atrasos gerados em Espaco Portugues sao risiveis a escala Europeia.

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Um controlador aéreo estabelece/autoriza níveis de voo, altera ou pode alterar ou  modificar rotas quando necessário, coordena a gestão do espaço aéreo em cada área e para cada aeroporto e condiciona efectivamente o período de tempo que uma aeronave leva para se deslocar do ponto A para o ponto B.
E o objectivo do ATC e uma gestao segura, ordenada e expedita do trafego aereo. Segura e ordenada vai de si. A parte Expedita e condicionada por n razoes diferentes (meteorologia, numero de pistas num aeroporto, numero de sectores disponiveis que esta diretamente ligado ao numero de controladores disponiveis, etc, etc).
Hoje em dia, a partir do momento em que um aviao descola, nao devera haver qualquer atraso ate tocar com as rodas no chao no destino. Todo o eventual atraso ja tera sido absorvido no aerodromo de partida.  Podemos dizer se um modo ligeiro, que para um controlador um aviao e um problema. Quanto mais depressa o poder mudar de frequencia para o proximo sector, onde passara a ser o problema de outro controlador, tanto melhor.
Citar
Qualquer perda de tempo que ocorra em Espanha, reflecte-se num atraso em Portugal.

Qualquer atraso gerado em qualquer lugar tera sempre um impacto downstream. Que dizer dos perfidos Franceses que atrasam o TAP que vem da Alemanha para Portugal. Ou dos maquiavelicos chipriotas que com os brutais atrasos que geraram este Verao, e um milagre como ainda nao foi la ninguem e lhes invadiu o centro de controle..  :lol:  :D  :D
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legionario

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« Responder #84 em: Novembro 11, 2008, 09:57:05 am »
Quem sabe, sabe ! Magister dixit !  :)
 

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papatango

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« Responder #85 em: Novembro 11, 2008, 12:56:06 pm »
Citar
A "absorcao" como diz e completamente irrealista.
O que esta em causa e a prestação de servico de trafego aereo e nao a delegacao de soberania.


Desde o inicio, um dos problemas apresentados e que gerou dúvidas era o da privatização do controlo de Tráfego Aéreo.
O argumento é o de que são empresas privadas e não Estados que serão responsáveis, e que por essa razão não há qualquer problema para a soberania dos Estados Membros.
O problema que imediatamente se levantou, foi o facto de uma empresa portuguesa não ter como concorrer com uma empresa espanhola por uma mera questão de dimensão levava a que a AENA fosse na prática a unica empresa em condições realistas de ganhar.

Ou seja: Enquanto no centro da Europa você tem empresas de dimensão considerável mesmo em países como a Holanda, em Portugal isso não acontece e isso determinar à partida que quem controlará o espaço aéreo português será uma empresa espanhola.

O problema da soberania, é o problema que mais se tem levantado. Desde o inicio do processo que os seus defensores referiram os problemas com a soberania dos Estados, explicando que isso era muito importante, mas que a Europa tinha que regularizar e reorganizar o seu Espaço Aéreo de forma eficiente.

==============

É quase como se Portugal fosse uma parcela (um apartamento) de um prédio. Você é dono do prédio e tem um escritura que lhe garante que você é o proprietário.
O responsável pela administração do condomínio, chega no entanto à conclusão de que o condomínio funciona mal, porque as pessoas não participam todas da mesma maneira, nem todos pagam as contas do condomínio e explica que tudo seria muito, mas muito melhor, se tivéssemos um sistema de Single-Management  (ou outra nome qualquer).

Você continua a ser dono do prédio, não deve ter qualquer problema com isso. A escritura continua a ser sua. Mas quando o sistema começar a funcionar, você entrega uma cópia da chave ao administrador do condomínio.
Sempre que houver problemas, e for necessário aceder ao seu apartamento você não precisa de se preocupar, porque o administrador tem a chave. Ele vai lá, faz o que tiver a fazer e ainda retira do seu bolso o dinheiro do condomínio todos os meses, sem que você se tenha que preocupar com essas coisas.

Os defensores do projecto afirmam – e bem – que não há perda de soberania, porque esta é garantida pelo seu direito expresso na Escritura da casa.
Mas na realidade, quem passa a mandar na sua casa é o indivíduo a quem você dá a chave. A sua soberania é formal e expressa apenas num documento. O direito do administrador do condomínio passa a ser expresso pelo direito que ele passa a ter de entrar fisicamente na sua casa e decidir o que fazer.

Ele passa a ter a soberania efectiva, enquanto que você fica-se pela soberania formal.

É por isso que, considerando o que está efectivamente em causa, a questão da presença dos americanos na base das Lajes, é uma questão praticamente irrelevante.

Nos Açores, nós emprestamos a nossa própria chave aos americanos, para eles utilizarem uma das divisões remotas da casa.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Daniel

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« Responder #86 em: Novembro 18, 2008, 05:00:32 pm »
EUA querem instalar campo de treino de caça-bombardeiros nas Lajes


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A eventual instalação na Base das Lajes de um campo de treino para caças norte-americanos e situações laborais dos trabalhadores portugueses constam da agenda da reunião de delegações dos dois países, prevista para sexta-feira, em Washington.

Os representantes de Portugal e dos EUA vão reunir-se no âmbito da Comissão Bilateral que acompanha o Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre os dois países e que permite a presença do destacamento militar norte-americano na base aérea portuguesa da ilha Terceira.

Fonte da comissão adiantou hoje à agência Lusa que as Forças Aéreas dos dois países deverão apresentar, na reunião de Washington, um relatório conjunto sobre a possibilidade da Base das Lajes receber um campo de treino para o último modelo de caças dos EUA.

Uma pretensão norte-americana que está, ainda, a ser estudada a nível técnico, mas que poderá passar agora para o nível político, se o relatório militar for apresentado na reunião de sexta-feira.

Governo quer saber impacto ambiental

O Governo açoriano já anunciou que primeiro pretende saber quais os impactos ambientais e económicos que esta eventual nova valência da base poderá ter, mas manifestou-se, por princípio, de acordo com medidas que melhorem a dinâmica laboral civil na infra-estrutura militar portuguesa.

A reunião de sexta-feira vai, também, aprovar oficialmente um regulamento interno para os trabalhadores portugueses, que foi alvo de acordo entre as duas partes, adiantou a mesma fonte.

Esse regulamento vai permitir uma gestão mais clara do dia-a-dia dos cerca de 850 portugueses que trabalham para o destacamento militar dos EUA.

Aumentos em cima da mesa

Na reunião de Washington, poderá ser, também, discutido o sistema de aumentos dos civis portugueses e a viabilidade de se manter o inquérito salarial que determina a actualizações anuais dos salários.

Segundo o executivo açoriano, esse inquérito salarial não tem sido aplicado, pelo menos, nos últimos três anos, o que já motivou queixas de vários trabalhadores.

Na segunda-feira, na Assembleia da República, o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado reconheceu que os conflitos laborais na base das Lajes são "um problema que não pode ser ignorado", remetendo o assunto para a reunião da comissão bilateral em Wahington.

Quanto ao Acordo das Lajes, Amado considerou prematuro discorrer sobre o assunto até que a nova administração norte-americana se posicione.

c34x
 

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legionario

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« Responder #87 em: Novembro 29, 2008, 07:36:44 pm »
Os americanos nao têm lugar na terra deles para treinar as suas FA's ?
Se calhar ainda vamos ter que pagar para eles virem, como se faz com algumas multinacionais...
O lambe-botas do César ja anda a abanar o rabo aos americanos para lhe arranjarem empregos nas ilhas (deve ser para os boy's dele ...).
Isto é uma verdadeira vergonha, esses proxenetas nao pagam um chavo pelas Lajes...e agora querem mais  ; gratis de preferencia !

Os EUA ou pagam o calote e o aluguer da base ou entao : RUA !

Se eu fosse militar nas Lajes nao entrava em piscina americana nenhuma, por muito gratis que fosse !
 

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Falcão

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« Responder #88 em: Novembro 29, 2008, 11:33:30 pm »
Citação de: "legionario"
Os americanos nao têm lugar na terra deles para treinar as suas FA's ?
Se calhar ainda vamos ter que pagar para eles virem, como se faz com algumas multinacionais...
O lambe-botas do César ja anda a abanar o rabo aos americanos para lhe arranjarem empregos nas ilhas (deve ser para os boy's dele ...).
Isto é uma verdadeira vergonha, esses proxenetas nao pagam um chavo pelas Lajes...e agora querem mais  ; gratis de preferencia !

Os EUA ou pagam o calote e o aluguer da base ou entao : RUA !

Se eu fosse militar nas Lajes nao entrava em piscina americana nenhuma, por muito gratis que fosse !


Desculpe que lhe diga, mas não podemos chamar nomes e ofender, sem ter conhecimento de causa. Não gostar dos americanos, como é o seu caso, é uma coisa, e está no seu direito. Deturpar a realidade e insultar por causa disso, é outra. Veja quem renegociou os acordos sobre a utilização da base das Lajes e quais os pressupostos associados a essa renegociação. As coisas são como são por nossa causa. Os inquilinos pagam o aluguer que o senhorio lhes pede. Se é pouco, muito, ou nada, é só responsabilidade do senhorio.
Cumprimentos
 

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Jorge Pereira

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« Responder #89 em: Dezembro 03, 2008, 01:58:43 am »
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O Africom e as Lages

Miguel Monjardino

Em Lisboa, as Lajes são essencialmente uma questão política. A avaliação da evolução do planeamento militar norte-americano e das suas consequências para Portugal parece não existir. Tendo em conta que os EUA têm sido os principais utilizadores da base açoriana nas últimas décadas, esta situação é no mínimo estranha. Veja-se o caso do Africom, o novo comando regional americano. Em Lisboa o tópico não existe. Do lado de lá do Atlântico, o general Duncan J. McNabb, comandante do Comando de Transportes - um dos quatro comandos funcionais das Forças Armadas dos EUA - fala publicamente dos enormes desafios logísticos que rodearão as missões americanas em África e defende que bases como as Lajes, Signonella (Sicília/Itália) e ilha de Ascensão serão essenciais para Washington no futuro.

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos