O curioso é que Marrocos é contra. No resto, metade da população mundial não quer saber.
Marrocos não tinha votado na votação anterior.
Angola, relativamente à critica à Russia na votação da invasão, tinha-se abstido.
O único país de lingua portuguesa que se absteve foi Moçambique.
Na soma total, os países que se abstiveram, somados à Russia, deverão representar cerca de 45% da população do planeta, mas "não quer saber" é uma afirmação muito contestável.
A India, não se abstém porque não quer saber, mas porque tem medo da China e neste momento não sabe o que fazer à vida se lhe faltam as armas russas. O Paquistão, idem, está a mostrar aos chineses que continua a ser fiável.
Países africanos que dependem da China e do apoio russo, esperam para ver se da Russia ainda pode vir alguma coisita.
A China não pode apoiar ativamente o Putin, mas também não o pode criticar abertamente, porque sabe que se em Moscovo Putin for visto como completamente isolado, isso será o fim.
Por outro lado, o Putin ameaça matar os fregueses da China, o que deixa os chineses especialmente preocupados.
Tanto as democracias, como a India como especialmente a China, querem ver o Putin morto.
Só que não há uma alternativa clara. Os chineses temem que o Putin seja substituido por um "Ultra" e isso é dramático por causa da saúde dos fregueses, e pode levar a que, quando esse ultra for substituido, o seja por um líder não controlado ou não controlável por Pequim.
Putin, transformou a Russia, num simples peão no jogo de estratégia chamado Planeta Terra.