Substituição dos Alpha-jet

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Charlie Jaguar

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #330 em: Fevereiro 09, 2018, 09:37:08 pm »
Já agora... Super Tucano:


Andas a precisar de óculos, grande Cabeça.  ;D ;)
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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #331 em: Fevereiro 16, 2018, 11:24:07 am »
E com este despacho datado do passado dia 29 de Janeiro e publicado ontem em Diário da República, a formação avançada em aeronaves a jacto em Portugal ficará hibernada durante um bom tempo ou eternamente.

Citar
SUMÁRIO
Formação avançada de Pilotos Aviadores Portugueses nos Estados Unidos da América

TEXTO
Despacho n.º 1591/2018

Considerando que com o phase-out da frota Alpha-Jet, a ocorrer no mês de janeiro de 2018, a Força Aérea perde a capacidade própria de formação avançada dos seus pilotos (fase III e fase IV) e consequente conversão para aviões de combate;

Considerando que a formação avançada dos pilotos de combate da Força Aérea se reveste de importância estratégica, de forma a garantir que o número de pilotos nas esquadras de combate e de instrução é ajustado, e as qualificações são adequadas e asseguram ao cumprimento das missões;

Considerando que apenas se apresenta viável a formação avançada de pilotagem na Força Aérea dos Estados Unidos da América (USAF), por ser esta a única entidade atualmente apta a prestar os serviços em causa, em função da sua natureza específica, mantendo o alinhamento doutrinário, nacional e da OTAN, dos procedimentos e táticas que têm garantido a adequada interoperabilidade com países aliados;

Considerando que o procedimento para a obtenção deste treino avançado para os pilotos da Força Aérea impõe a abertura de um CASE junto do programa Foreign Military Sales (FMS) do Governo dos E.U.A.;

Considerando que foi apresentada pela Força Aérea a compensação prevista no n.º 5 do artigo 58.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2018, uma vez que se está perante a contratação de um novo serviço;

Assim, neste contexto, ao abrigo da alínea o) do n.º 3 do artigo 14.º da Lei de Defesa Nacional, aprovada pela Lei Orgânica n.º 1-B/2009, de 7 de julho, alterada e republicada pela Lei Orgânica n.º 5/2014, de 29 de agosto, e do n.º 1 do artigo 2.º da Lei de Programação Militar (LPM), aprovada pela Lei Orgânica n.º 7/2015, de 18 de maio, determino o seguinte:

1 - Autorizo a contratação ao Governo dos Estados Unidos da América, através de um CASE FMS, da formação avançada dos pilotos da Força Aérea (fases III e IV), ao abrigo do disposto no ponto iii) da alínea f) do n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 104/2011, de 6 de outubro, e a realização da respetiva despesa, até ao montante máximo de 25.000.000,00 (euro), sem IVA, a suportar pelas verbas inscritas na Lei de Programação Militar (LPM), «Capacidade CA09 Capacidade de Instrução e Navegação Aérea», Subprojeto «Substituição Aeronave de Instrução Avançada - AJET», com a seguinte distribuição plurianual:

a) No ano de 2018 - 1.700.000,00 (euro);

b) No ano de 2019 - 2.500.000,00 (euro);

c) No ano de 2020 - 2.500.000,00 (euro);

d) No ano de 2021 - 3.000.000,00 (euro);

e) No ano de 2022 - 3.000.000,00 (euro);

f) No ano de 2023 - 3.000.000,00 (euro);

g) No ano de 2024 - 3.300.000,00 (euro);

h) No ano de 2025 - 3.000.000,00 (euro);

i) No ano de 2026 - 3.000.000,00 (euro).

2 - Os montantes fixados no número anterior para cada ano económico são acrescidos dos saldos apurados na execução orçamental do ano anterior, nos termos do n.º 4 do artigo 7.º da LPM, para reforço das dotações da mesma capacidade, projeto e subprojeto até à sua completa execução.

3 - Delego, com faculdade de subdelegação, no Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Manuel Teixeira Rolo, nos termos do permitido pelos artigos 44.º e 46.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, e artigo 109.º do CCP, as competências para:

a) Proceder à assinatura da respetiva Letter of Acceptance (LOA) e para a posterior execução da mesma, até ao montante máximo e limites anuais de despesa autorizados;

b) Proceder à autorização e efetivação dos pagamentos que vierem a ser definidos.

4 - O Ramo deve enviar cópia dos instrumentos contratuais à Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, e proceder à inserção dos respetivos elementos informativos na plataforma Enterprise Project Management (EPM).

5 - O presente despacho produz efeitos a partir da data da sua assinatura.

29 de janeiro de 2018. - O Ministro da Defesa Nacional, José Alberto de Azeredo Ferreira Lopes.

311105929
https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/114696588/details/maximized?serie=II&parte_filter=31&day=2018-02-15&date=2018-02-01&dreId=114693387


Citar
Pilotos militares vão ter formação nos EUA Azeredo aprova gasto de 25 milhões de euros. Fim de vida dos Alpha-Jet dita decisão.

Os pilotos da Força Aérea Portuguesa vão, nos próximos anos, ter formação nos Estados Unidos. A despesa prevista ascende a 25 milhões de euros, de acordo com um despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República. A autorização dada pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, garante que os pilotos militares terão formação na Força Aérea dos Estados Unidos da América, à que é "a única entidade atualmente apta a prestar" aquele serviço, lê-se no documento. Por outro lado, trata-se também de garantir "a adequada interoperabilidade com países aliados", no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Na origem desta decisão, está o fim de vida dos aviões de instrução de caças Alpha- -Jet, que até agora garantiam a formação dos pilotos dos F-16. Os aviões foram oferecidos pela Alemanha, como contrapartida pela utilização da Base Aérea de Beja pela Luftwaffe. Dos 50 aviões, 40 estavam em condições de voar e os outros 10 destinavam-se a fornecer peças sobressalentes. O Estado prevê gastar, em média, três milhões de euros por ano, a partir de 2021 até 2026. Até lá, as verbas anuais oscilam entre 1,7 milhões de euros e 5,5 milhões de euros, já a partir deste ano.

http://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/pilotos-militares-vao-ter-formacao-nos-eua



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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #332 em: Fevereiro 28, 2018, 10:56:30 am »
Para quem quiser comprar peças de Alpha Jet...

Despacho n.º 2113/2018 - Diário da República n.º 42/2018, Série II de 2018-02-28 114766074
Defesa Nacional - Gabinete do Ministro
Alienação de aeronaves e material do sistema de armas Alpha-Jet via NSPA D3

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/114766074/details/maximized?serie=II&parte_filter=31&dreId=114766056
 

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #333 em: Fevereiro 28, 2018, 11:55:16 am »
Tentaram vender 10 unidades em 2014 e nada.

Se esta venda tem de ser feita ao abrigo da NSPA: D3 http://www.nspa.nato.int/en/organization/logistics/LogServ/d3.htm

Só podem responder países da NATO? Quem é que ainda usa Alpha Jet sem ser os franceses?
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #334 em: Fevereiro 28, 2018, 12:09:37 pm »
Só podem responder países da NATO? Quem é que ainda usa Alpha Jet sem ser os franceses?

Os belgas.  ;)

« Última modificação: Fevereiro 28, 2018, 12:12:07 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #335 em: Fevereiro 28, 2018, 04:18:29 pm »
 

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #336 em: Fevereiro 28, 2018, 04:30:18 pm »
A Air Forces Monthly de Março trás um artigo sobre a saída de serviço dos nossos A-J.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #337 em: Fevereiro 28, 2018, 04:33:24 pm »
Só podem responder países da NATO? Quem é que ainda usa Alpha Jet sem ser os franceses?

Os belgas.  ;)



Nem me lembrava desses. E tenho aqui um em miniatura.....
A Alemanha ainda utiliza?

E estava a pensar que os componentes que sobraram podiam ser adquiridos por Marrocos ou pela Nigéria.
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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #338 em: Fevereiro 28, 2018, 06:18:25 pm »
Acho que a venda não está restrita apenas a membros da NATO. Poderá é existir a excepção de um componente ou outro que não possa ser vendido a "terceiros".

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #339 em: Fevereiro 28, 2018, 08:02:52 pm »
Acho que a venda não está restrita apenas a membros da NATO. Poderá é existir a excepção de um componente ou outro que não possa ser vendido a "terceiros".

Cumprimentos,

Além dos países já mencionados a Nigéria e Marrocos também continuam a utilizá-los assim como o Egipto. A empresa TOP ACES que fornecesse treino "AGRESSOR" no Canadá adquiriu dezoito Alpha-Jet alemães e até lhes instalou assentos ejectáveis Martin Baker entre outras modificações para a sua actividade.

http://www.discoveryair-ds.com/

Cumprimentos,
 

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #340 em: Março 01, 2018, 12:37:33 pm »
A Alemanha ainda utiliza?

Já não, o último voo do Alpha-Jet A alemão foi em 1998. Tentaram depois vendê-los à Polónia e Grécia, mas apenas conseguiram vender 25 à Tailândia no ano seguinte. A Nigéria também opera uns poucos aparelhos da versão A.

As aeronaves modernizadas pelas OGMA para uso pela Esquadra 301 com RWR e lançadores de chaff/flare podem ser interessantes para venda. Não é mero acaso que os últimos 6 A-Jets operacionais fossem todos do lote que tinha sofrido essa ligeira modernização em Alverca.

A título de curiosidade: há umas semanas enquanto deitava fora velhas revistas de aviação, deparei-me com uma Air International de Outubro de 1990 que adiantava que 10 Alpha-Jet iam ser fornecidos pela Luftwaffe como pagamento parcial pela utilização da BA11 e para substituir a frota T-33, prestes a ser abatida.

Air International October 1990 (Vol. 39 No. 4)
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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #341 em: Março 03, 2018, 12:55:05 pm »
Acho que a venda não está restrita apenas a membros da NATO. Poderá é existir a excepção de um componente ou outro que não possa ser vendido a "terceiros".

Cumprimentos,

Além dos países já mencionados a Nigéria e Marrocos também continuam a utilizá-los assim como o Egipto. A empresa TOP ACES que fornecesse treino "AGRESSOR" no Canadá adquiriu dezoito Alpha-Jet alemães e até lhes instalou assentos ejectáveis Martin Baker entre outras modificações para a sua actividade.

http://www.discoveryair-ds.com/

Cumprimentos,

FYI. Nem o Uruguai os quer

http://www.defensa.com/uruguay/fuerza-aerea-uruguaya-sin-minimo-interes-alpha-jets
 

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mafets

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #342 em: Março 05, 2018, 10:11:21 am »
Interessante.

https://www.researchgate.net/publication/321642049_Alpha_Jet_Fleet_Maintenance_Planning_after_Phase-Out_of_the_Portuguese_Air_Force_Planeamento_de_Manutencao_da_Frota_Alpha_Jet_apos_Phase-Out_da_Forca_Aerea_Portuguesa

Citar
Conclusão

 O  modelo  apresentado  de  suporte  à  decisão  utilizando  uma  abordagem  multicritério  para criação de valor, permite concluir que um prolongamento de operação da frota Alpha Jet é a solução menos preferida. Sendo a alternativa preferida a de venda, no entanto, de referir que será  aconselhável  a  aplicação  de  um  planeamento  de  preservação  das  aeronaves,  pois  o momento  da  compra  é  desconhecido, mas  também  para  não  ocorrer  uma  degradação  mais acelerada  dos  seus  materiais  e  constituintes,  pela  não  utilização,  e  reduzir  ao  máximo  o esforço de manutenção do comprador para repor a frota ao estado aeronavegável. A análise FMEA  permite avaliar em maior profundidade os modos de falha,  revelando os que mais comprometem a operação dos motores. Como era de esperar, os resultados FMEA apenas permitem  tomar  decisões  ao  nível  operacional,  contudo  a  sua  aplicação  híbrida  com  os métodos de análise multicritério, AHP e TOPSIS, permitiu elevar, com sucesso, a tomada de decisão ao  um nível estratégico,  através da  hierarquização e seleção  da melhor  alternativa segundo os mais variados critérios, fossem eles imprecisos ou ambíguos. A  hierarquia  desenvolvida  pelas  ferramentas  AHP  e  TOPSIS  permite  dotar  o  MSD-GECA  de alguma  consistência  e  validade,  em  termos  de  resultados,  pois ambas  obtiveram  a  mesma alternativa com maior preferência (Venda), apesar das restantes alternativas terem registado uma ligera alteração na hierarquia de preferência.

Alpha Jet Fleet Maintenance Planning, after Phase-Out, of the Portuguese Air Force Planeamento de Manutenção da Frota Alpha Jet, após Phase-Out, da Força Aérea Portuguesa (PDF Download Available). Available from: https://www.researchgate.net/publication/321642049_Alpha_Jet_Fleet_Maintenance_Planning_after_Phase-Out_of_the_Portuguese_Air_Force_Planeamento_de_Manutencao_da_Frota_Alpha_Jet_apos_Phase-Out_da_Forca_Aerea_Portuguesa [accessed Mar 05 2018].

Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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asalves

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #343 em: Março 05, 2018, 05:34:42 pm »
http://observador.pt/2018/03/05/marcelo-forca-aerea-esta-prestes-a-virar-uma-pagina-em-termos-de-salto-qualitativo/
Citar
(...)
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que a Força Aérea Portuguesa (FAP) está “prestes a virar uma página em termos de salto qualitativo”, sobretudo devido à previsível sucessão de aeronaves, como o avião Alpha-Jet. “Todos sentimos que a Força Aérea está prestes a virar uma página em termos de salto qualitativo no futuro próximo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita à Base Aérea n.º 11, em Beja, no Alentejo.
(...)
Já o avião Alpha-Jet, que voou pela última vez no passado dia 13 de janeiro, na Base Aérea n.º 11, 25 anos depois de ter chegado a Portugal e ser usado para formar jovens pilotos de caça, “é passado, que terminou, mas que dará lugar também a um outro futuro, não é um fim definitivo, é um fim provisório”.
(...)

Será que já existe planos de substituição? e se sim quantos anos vão demorar a serem implementados?
 

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Re: Substituição dos Alpha-jet
« Responder #344 em: Março 07, 2018, 02:54:50 pm »
http://observador.pt/2018/03/05/marcelo-forca-aerea-esta-prestes-a-virar-uma-pagina-em-termos-de-salto-qualitativo/
Citar
(...)
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que a Força Aérea Portuguesa (FAP) está “prestes a virar uma página em termos de salto qualitativo”, sobretudo devido à previsível sucessão de aeronaves, como o avião Alpha-Jet. “Todos sentimos que a Força Aérea está prestes a virar uma página em termos de salto qualitativo no futuro próximo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita à Base Aérea n.º 11, em Beja, no Alentejo.
(...)
Já o avião Alpha-Jet, que voou pela última vez no passado dia 13 de janeiro, na Base Aérea n.º 11, 25 anos depois de ter chegado a Portugal e ser usado para formar jovens pilotos de caça, “é passado, que terminou, mas que dará lugar também a um outro futuro, não é um fim definitivo, é um fim provisório”.
(...)

Será que já existe planos de substituição? e se sim quantos anos vão demorar a serem implementados?

Neste momento não existe nada a não ser aquilo que já se sabe, ou seja, que pelo menos até 2026 os pilotos destinados às Esquadras de Caça irão fazer as Fases III e IV nos EUA. Não quer isso dizer que a FAP vá abdicar de todo de ter novamente nas suas fileiras uma aeronave moderna de treino a jacto ou a hélice num futuro próximo, e penso que é mais nesse sentido de ter esperança que um dia a 103 renasça de novo que apontavam as palavras do PR aquando da visita a Beja.

A respeito do excelente artigo sobre a desactivação dos Alpha-Jet na AirForces Monthly de Março, achei o último parágrafo do mesmo bastante interessante:

AirForces Monthly March 2018, pp. 80-85
Citar
Future jet training

In the beginning, FAP Alpha Jets were operated by two squadrons at Beja: Esquadra 301 ‘Jaguares’ used them for light attack alongside Esquadra 103. Pooling the Beja based jets for use by both squadrons, the FAP managed metal fatigue issues, but was nevertheless forced to gradually withdraw an increasing number of the jets. Esquadra 301’s transition to the F-16 in late 2005 somewhat improved the overall situation for the Alpha Jet fleet, but it then began to be hit by an increasing shortage of critical spares. The Dornier-built Alpha Jet A was unable to accept spares from the French built Alpha Jet variants, forcing accelerated cannibalism of the FAP inventory and frequent airframe rotations by the BA11 maintenance team. The lack of full support for the unique Snecma/Turbomeca Larzac 04C20 engines also had an adverse effect on availability.

As of 2016, close monitoring of metal fatigue ensured Esquadra 103 had a pool of eight airworthy aircraft. Six jets were available to fly on rotation for the daily flying programme,  with one aircraft undergoing scheduled maintenance while another was stored in flying condition. By early this year, the number of airworthy jets had dwindled to six. Anticipating the final withdrawal of its Alpha Jets, the FAP began to look at alternatives for the advanced pilot training syllabus. One  option was the potential purchase or dry leasing of six turboprop trainers, equipped with a third-generation cockpit to allow a smooth transition to the FAP’s F-16AM fleet, now upgraded to Operational Flight Program (OFP) M6 software standard. In early 2016 one IP and one trainee pilot from Esquadra 103 were invited by the Brazilian Air Force to train on the A-29 Super Tucano at Natal air base. However, with an annual requirement for just four or five new jet pilots, there are currently no plans to buy new aircraft and the FAP may prefer to send its students to a NATO training programme, perhaps in Italy or the US. The FAP has yet to make a formal decision on its future advanced training setup and, for now at least, the Alpha Jets of Esquadra 103 represent the end of the line. In the final balance, the FAP Alpha Jet fleet achieved 53,000 flight hours – with one, non-fatal attrition loss, on October 23, 2003 – and trained 170 pilots.
Saudações Aeronáuticas,
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