Pode ser, se eles realmente estiverem ocupados com outras missões.
Do ponto de vista prático, numa missão de transporte, faz mais sentido usar o helicóptero de transporte para esse fim, do que usar o helicóptero "multirole". Não faltarão missões para os UH-60 cumprirem, que o Merlin não consegue.
Já não concordo tanto. Daqui a pouco os Black Hawk só fazem escolta e os EH101 é que fazem todo o transporte.
Ainda não tens 6 Black Hawk, nem sabes que armamento eles vão ter, o plano para já é 3 a 4 Black Hawk, por isso para já o plano é conseguir movimentar um Pelotão e um Black Hawk escolta.
Eu dei o exemplo de uma só missão. Cada missão depois terá as suas complexidades.
O facto mantém-se: quando queres transportar uma grande quantidade de militares por via aérea, é mais prático usar os Merlin, ao invés de canalizar toda frota de UH-60 para essa missão.
Claro que não sabemos que armamento os UH-60 terão. Nem me admirava que para o Exército isso fosse secundário, e olhassem para os ditos como meros taxis aéreos. Agora, num Exército que quer helicópteros para operações aerotransportadas, a lógica diria que este mesmo ramo precisa de helicópteros armados.
Não havendo os tais EC-635, nem havendo um helicóptero de ataque, esta função terá que ser cumprida pelos UH-60, que terão que vir em maior quantidade do que o que está planeado, e terão que ter, no mínimo, foguetes, míssil anti-carro e canhão/canhões de 20 ou 30mm.
Podes fazer as movimentações em "vagas" com os Black Hawk.
E para usar esses 4 EH101 CSAR nestas missões de um modo regular, temos primeiro de os ter a voar e de os SAR voarem sem precisarem destes para os substituir ou para peças, porque a FAP/governo não vão perder o SAR para enviar um EH101 para algum lado fazer transporte, mais facilmente falavam com outro país que esteja na missão para dar uma ajuda.
Se conseguires arranjar uma pista até em terra batida, para movimentar 60 militares podes usar um C-130.
Claro que podes. E com isso estás a levar os pilotos à exaustão, estás a esforçar demasiado os helicópteros, estás a fazer uma movimentação aérea muito mais lenta do que seria desejável...
Isso pode resultar para quem tem grandes quantidades de helicópteros. Nós não teremos nada disso.
Usar os 4 CSAR primariamente como helicóptero de transporte militar, seria possível com a garantia de uma maior taxa de operacionalidade da frota toda (isto implica que não sejamos uns tesos para assinar e pagar os contratos de manutenção), e com a entrada de mais UH-60 "civis" de combate aos fogos ao serviço, complementando a frota Merlin em SAR (neste caso nem seria descabido adquirir UH-60 mesmo na versão SAR).
E claro que o exemplo que estou a dar, é para uma missão em que não haja uma pista que permita a utilização de uma aeronave de asa fixa. Podes ter um TO em que um C-130/C-390 transporta esse pessoal para uma base aérea/aeroporto/aeródromo, e depois os helicópteros transportam esse pessoal para mais próximo das linhas da frente.
Eu não sou contra o uso eventual de EH101 em transporte tactico, só sou de opinião que é errado transferir essas máquinas para o exército, pois o exército não vai aproveitar tão bem as potencialidades dessa máquina como a FAP usa no SAR.
E como vemos na Força Aérea, o EH101 é um aparelho muito caro de operar, o exército tendo Black Hawk ficam com uma máquina mais polivalente, um melhor custo/beneficio e realmente virada para o tipo de operações que o exército pretende.
Ninguém disse que seriam transferidos para o Exército. O que eu disse, foi que continuariam na FAP, tirando proveito de toda a logística já instalada, e que seriam um meio que estaria ao dispor dos 3 ramos. Os 4 CSAR, com cauda e pás dobráveis, oferecem uma bela capacidade de transporte num meio que pode ser arrumado num hangar de um navio (AOR, LPD, certas classes de fragatas), tornando-se útil também para a Marinha.
Também não se está a falar dos Merlin como alternativa aos UH-60, mas sim alternativa ao Chinook.
No fim o objectivo seria ter, em termos de helicópteros tripulados militares, 4 Merlin CSAR, 10/12 UH-60 no Exército, 5/7 SH/MH-60 na Marinha e possivelmente 4/5 UH/HH-60 na FAP (CSAR puro, caso a intenção da FAP se mantiver).
Isto para conflitos de baixa e média intensidade já não é mau.
Para conflitos de alta intensidade, em que vamos colocar a carne toda no assador, temos acesso aos restantes Merlin, aos Koala e aos UH-60 "civis". Sendo todos estes modelos civis, assumiriam funções longe da linha da frente/em território nacional (nomeadamente logísticas), libertando a totalidade dos helicópteros militares para onde fazem falta.
Haveria ainda a possibilidade de "militarizar" alguns destes Merlin e UH-60 numa situação extrema, mas isso são outros 500.