Na pior das hipóteses a FAP que "venda" alguns dos seus EH101 ao Exército e procure outras soluções que sejam mais adequadas às suas missões.
As células estão pagas, é só atualizar e converter adequadamente. Assim resolvem-se 2 problemas.
Reorganizem os meios internamente, senão teremos novamente GNR vs Marinha, com cada um a puxar para o seu lado e o povo a pagar...
Não é preciso inventar muito. A FAP continuava a operar os Merlin todos, mantendo a logística existente, apenas com a diferença que os 4 CSAR, que precisariam de ser modernizados, teriam missões primariamente militares, e seriam usados pelos 3 ramos quando e onde necessário. Para reforçar o dispositivo SAR, pegavam nos UH-60 comprados para combate aos fogos, e eventualmente adquiriam um lote adicional, e estava essa parte resolvida.
Obrigado. Pensei que o Aw101Csar fosse uma hipótese, mas já percebi que seria mais um mono...
E nem sei se seria possível a conversão.
Assim sendo, estamos fdds 😱
E, la está. Mais uma compra que nunca chegou a ser totalmente aproveitada.
CSAR nem vê-los e dos SIFICAP idem aspas...
Não negando o grande salto qualitativo em relação aos Puma e o empenho constante em missões SAR e evacuações médicas, o que mais se ouviu foi a falta de manutenção/disponibilidade e pilotos.
Torna-se difícil entender...
O mafets estava a ser sarcástico, ao gozar com o que o Exército tinha dito sobre os Merlin nacionais, como sendo "helicópteros ASW", quando os nossos não vieram nessa configuração. Os CSAR serviam perfeitamente para a nossa realidade enquanto Forças Armadas.
O AW101 (para o uso do exército) é pouco interessante, o exército quer transporte de tropas e de carga, em número de tropas há diferença, mas em carga um Black Hawk levanta quase tantas toneladas como um EH101, é mais interessante para o exército ter 2 Black Hawk do que 1 EH101.
A grande vantagem do EH101 é a sua autonomia, e isso é uma mais valia para operações sobre o mar, ou para Operações Especiais que costumam operar por trás das linhas inimigas.
Por alguma razão a RAF até preferiu mandar os seus Merlins para a Royal Navy e ficar só com Chinooks...
Mas a RAF já possuía Chinooks, logo em comparação directa para o tipo de missões que desempenha, o Chinook é melhor, e portanto optou por este. Nós não possuímos os dois modelos, como tal para o Chinook entrar na conversa, tínhamos de gastar bastante dinheiro na sua aquisição, mais treino de pessoal, mais toda uma nova linha logística, e tudo isto, enquanto outros programas prioritários seriam empurrados com a barriga.
Neste sentido, para ter um helicóptero maior para o EP, mais vale desenrascar com os 4 Merlin CSAR em conjunto com uma frota decente de UH-60 militares (e incluindo versão armada ao estilo "Battlehawk"), e canalizar os esforços financeiros para áreas onde estamos muitíssimo mais limitados.
Quanto ao EP querer "transportar mais carga", pois, nós com 2 arquipélagos, também faria sentido ter uma aeronave de transporte mais pesada, precisamente para transportar mais carga. Podíamos ter optado por A-400M, por fazer parte do consórcio SAC dos C-17, ou adquirir uns MRTT.
Eu daria de longe prioridade aos MRTT: despesa idêntica, aumentam a capacidade logística das FA e ainda seriam um activo importante na capacidade defensiva e ofensiva do país através da capacidade AAR para os caças.
Olá CG, eu falei num futuro médio, uns 10 a 15 anos. O Chinook não é nenhum meio que o Exército ou a Força Aérea não consigam operar, sendo que o seu duplo uso será uma mais valia, além de ser transportável nos futuros Crossover da Marinha por exemplo.
Abraço,
Eu percebi, e vamos lá esclarecer o que eu quis dizer: ter sonhos, ambições e pretensões são algo completamente válido, e infelizmente por cá isso é muitas vezes rejeitado logo à partida. A médio prazo é perfeitamente concebível o Exército poder vir a operar meios pesados como o Chinook, tal como os Black Hawk e eventualmente alguns helicópteros de scouting/escolta.
Agora, num ramo que há 72 anos não opera meios aéreos (por clara falta de sorte, casos dos EC635 e NH90, e alguma sobranceria no suposto caso da recusa dos Puma ex-FAP), a casa tem de ser começada a construir das fundações para cima, não do telhado para baixo. Há-que fazer escola, criar conceitos e rotinas, deixarmo-nos das parvoíces das quintinhas e trabalhar em estreita colaboração com a FAP, para que a coisa venha a ser bem sucedida. Eu até sou defensor que antes dos HAPE o Exército deveria operar um meio mais leve de asa rotativa (ao estilo do Koala, por exemplo), precisamente para criar rotinas e treinar a proficiência de tripulações de voo e de terra.
Até porque, pessoalmente, ficarei muito contente quando tivermos de novo uma Aviação do Exército. 
O problema, é que "no espaço de 10/15 anos", cai precisamente na altura mais crítica em termos de programas de Defesa, em que é preciso substituir os F-16, substituir todas as fragatas, começar a pensar na substituição dos P-3,substituição dos Lynx, um MLU aos Tridente ou preparar a sua substituição, perceber ainda o que se vai fazer com a BrigMec, começar a preparar a substituição dos próprios Merlin e C-295, avançar finalmente para baterias AA de médio alcance, e tantos outros programas.
O Exército fantasiar com Chinooks, é o mesmo que dizer que "nós temos que ter Chinooks, nem que os outros programas se lixem".
De 2010-2020, tivemos vários programas da Marinha empastelados porque a fantasia era o LPD.
De 2020-2030, temos vários programas da FAP (e não só) empastelados por causa da compra dos KC.
De 2030-2040, teremos vários programas do EP empastelados por causa do interesse nos Chinook?
Reparem no tema: meios de transporte a roubarem verbas necessárias noutros programas. O que é que vai ser diferente com os Chinook?
Eu não acho mal que se equacionem opções para o futuro. Mas convém definir prioridades com pés e cabeça, e aqui é algo que não acredito que aconteça.
Não se pode falar em Chinooks no Exército, antes de ter em curso um programa de aquisição de baterias AA de médio alcance, antes de reforçar as quantidades de VSHORAD recentemente escolhidos, antes de ter UH-60 totalmente equipados e armados, nem mesmo antes de incorporar uns MLRS no ramo. Nem podemos falar de incorporar um novo helicóptero pesado, num ramo que tem sempre dificuldades em garantir a operacionalidade de diversas frotas de veículos.