Papatango, a firma construtora dos leo mandou equipas suas para o afegnistão, para recolher dados, para o desenvolvimento do leo 2 pso, porque os europeus sabem, que em combate urbano é necessária a força bruta e musculada, (...) por isso o tanque dispôe na parte da frente daquela pá para limpar caminhos dentro das ruas de uma cidade e de outros pormenores a pensar na guerra de guerrilha dentro das povoações. Por isto e se realmente o governo português quer realmente ter um grupo de combate para o exterior, tem que ter esta arma ao dispor do exercito.
Agora julgo que seria optimo equipar os leo que aí vêm, com certas ferramentas do pso.....
Em primeiro lugar antoninho, uma das coisas que se aprende nos manuais, é que o tanque não é o meio adequado para a guerra urbana.
O carro de combate é por definição uma couraça blindada que protege a tripulação de uma peça de artilharia com capacidade anti-tanque (normalmente).
O simples facto de muitas vezes não ser possivel utilizar a peça principal por causa do seu comprimento (e no Leopard-2A5 que tem uma peça ainda mais comprida isso é ainda mais grave).
O Leopard-2A6, tem como principal vantagem relativamente ao Leopard-2A5, além de mudanças na blindagem, um canhão mais comprido e com um alcance efectivo superior.
Ou seja:
Compramos um tanque para que ele consiga ter a vantagem táctica no terreno, destruindo o inimigo sem que nos atinjam a nós.
Logo, essa vantagem de um Leopard-2A6, perde-se no meomento em que colocarmos o carro no meio de uma rua, onde um terrorista pode estar dentro de um edificio armado com um RPG-7, e já para não falar de um RPG-29.
As pás para remover o "entulho" são muito práticas, mas não são necessáriamente úteis em combates urbanos. Por muito eficientes que sejam, não são capazes de remover o entulho de um prédio que se desmoronou.
Entre as mais conhecida batalhas de tanques em zonas urbanas da História, temos naturalmente a mais conhecida em Estalinegrado.
Na realidade, a utilidade dos tanques foi mínima, porque podiam ser atingidos pelos pequenos canhões anti-tanque russos, escondidos no meio das ruinas.
Em Berlim, nos últimos momentos da Alemanha, os russos perderam enormes quantidades de tanques, porque desesperados para chegarem em primeiro lugar a Berlim, quer Koniev quer Zhukov, enviaram as suas unidades de tanques para o centro da cidade sem protecção adequada.
Curiosamente, os carros alemães mais pesados, colocados em posições estáticas, tiveram consideráveis sucessos, como sucedeu ao famoso caso do último PzKpfw-VI ou TIGRE-B que controlou a região da Alexanderplatz durante pelo menos dois dias, abatendo muitos tanques russos, mesmo os IS-2 pesados, que não tinham um canhão com alcance suficiente para atingir o tanque alemão, e as torres de defesa antiaérea do Tiergarten, não deixavam os russos atacar o tanque com o bombardeiros.
Isto tudo para dizer que, em minha opinião, estamos um bocado equivocados com a questão dos tanques pesados para combate urbano, quando os israelitas já apresentaram a solução que faz mais sentido, e que se chama Achzarit ou Nakpadon.
Ou seja, o tanque (como o Leopard-2A6) cuja principal arma é o canhão de 120mm, acaba por ser apenas uma plataforma blindada para que se utilize uma metralhadora 7.62, ou então para afugentar os opositores.
A conclusão que tiro é:
O Leopard-2A6, não será utilizado em guerra urbana, e só teria utilidade numa situação como a da antiga Jugoslávia, onde houvesse possibilidade de entrar em conflito vom outras forças em campo aberto.
Portanto concluo também que, manter uma força mesmo pequena de menos de quarenta carros, para ficar à espera de uma situação idêntica à da Jugoslávia, poderá não ser a melhor opção.
Se o problema é a necessidade de como país demonstrarmos capacidade militar, então faria mais sentido investir no armamento dos PANDUR-II (incremento dos Pandur-II basicos e apenas armados com metralhadora 12.7) e em carros como o Centauro ou o seu equivalente da General Dymanics.
A única questão aqui, é que não estariamos preparados para integrar as forças blindadas de uma unidade operacional de qualquer força internacional. Em contrapartida teriamos forças de segunda linha e de apoio para ninguém botar defeito.
Cumprimentos