Já se decidiu qual a solução de porta-morteiros para a BrigInt? É que estava aqui a ver... e se optássemos pelo Patria NEMO, não só ficávamos com uma variante PM que pode operar em ambiente com ameaça NBQ, como voltávamos a ter na BrigInt uma arma de maior calibre para fogo directo, permitindo inclusive a substituição efectiva dos V150.
Sim, o NEMO é capaz de ser mais caro que um morteiro "normal", mas ao permitir colmatar a lacuna deixada pelo abate dos V150, acaba por compensar.
O NEMO consegue apontar directamente a um alvo, como se faz com o canhão de um tanque e disparar na "horizontal" - claro que com uma compensação para a distância.
Eu chamo a isto fogo directo.
O V150 NÃO fazia isto certamente.
Posso estar enganado na terminologia usada, mas a capacidade do NEMO que descrevo nunca existiu no Exército.
Mas você sabe o que é o V150 ?
Sabe qual é a velocidade do projetil disparado ?
Se a peça do V150 mão é para tiro direto, então é para quê ?
Outra coisa é que uma viatura como o V150 sequer faça sentido ...
Outra, é que comprar meia duzia disto, e meia duzia daquilo, não leva a lado nenhum e como resultado pagamos preços absolutamente pornográficos por sistemas de armas.
Um PzH2000 está a ser vendido por volta dos 18 milhões de Euros, o que é um preço absurdo. O sistema estará a custar o triplo do que poderia custar se houvesse economia de escala. O principal problema europeu em termos de defesa, o osso mais duro de roer, é o osso das compras conjuntas...
Soluções Ad-Hoc, para substituir este e aquele meio, porque já existiu, podem não ser soluções para coisa nenhuma...
Um destes dias ainda vamos analisar o mercado, para ver o que é que os turcos, os coreanos ou os mouros dos Emirados têm para defender o Tejo, para voltarmos a ter a capacidade que perdemos, quando a corveta-couraçada Vasco da Gama foi abatida ao efetivo...
O que quer que seja que for feito agora, pode resultar numa patacoada monumental, se não estiver em alinhamento com o que for decidido ao nivel da União Europeia.
E nós somos um país que mete impressão com a profusão de equipamentos, as meias duzias e as meias quartas de cada coisa que temos. Até os uniformes parecem ser fornecidos por empresas que produzem tecidos com tons diferentes.
Na guerra na Ucrânia e tanto quanto sei, a única coisa com blindagem extremamente fina e uma peça capaz de tiro direto fornecida pelos franceses aos ucranianos, o AMX-10.
https://en.wikipedia.org/wiki/AMX-10_RC#/media/File:AMX-10-RC.JPGEstes últimos aparentemente não entenderam para que aquilo servia e não havia na doutrina sovietica/ucraniana, lugar para uma viatura rapida mas poderosamente armada.
O que quero dizer com isto, é que pode não haver lacuna nenhuma para preencher, pelo menos com a atual configuração das forças armadas.