Na minha opiniao Pedro, o MDN deveria subcontratar os cadernos de encargos e o desenrolar do processo de aquisicao a empresas de consultoria experientes na aerea da defesa, mantendo no entanto uma especie de comissao avaliadora que poderia acompanhar o desenrolar de todo o processo para nao acontecerem situacoes menos proprias derivadas do lobby e possibilidade de alguem querer enriquecer a custa dos contribuintes. Aconteceu por exemplo no caso das VBRs da Republica Checa, em que o processo foi seguido pela PWC ou KPMG, de momento nao me recordo ao certo qual a empresa e olha foi segundo sei tudo clean e rapido. Desconhecia o valor no processo dos EH101. No caso do armamento ligeiro e segundo fontes, o valor chegou aos 1000 Euros para um processo iniciado para um vencedor desde o inicio escolhido como foi amplamente noticiado.
Era para o Pedro Monteiro mas estou aberto a qualquer troca de informacoes e conhecimentos desde que sejam serios e nao especulativos e inventivos.
Comentando a tua afirmacao, normalmente o media ficam a saber tudo quando outro concorrente nao esta satisfeito e topa que vai perder o concurso, hehehe. Percebes-te a jogada?
Claro. Até porque esses critérios são usados como contra-argumentos nos já habituais protestos legais (isto é, são públicos, como mandam o nosso "segredo de justiça"
) e, portanto, são logo aproveitados pela imprensa. É que honestamente se O Independente traz há mais de um ano notícias a apontar falhas (algumas graves, diga-se) ao negócio das Pandur II, continua sem referir as da Patria como, por exemplo, não ter feito nunca testes anfíbios quando isso era uma exigência expressa para 20 VBR. E digo-lhe que não é por falta de conhecimentos deles (mais não seja pela principal fonte do jornalista é a Patria). E nem vamos falar do preço que a Patria apresentou inicialmente e que, honestamente, duvido que baixasse miracolosamente...
Há quatro coisas inegáveis:
1- A Steyr ofereceu entre as duas BAFO apresentadas o preço mais baixo
2- Foi o único concorrente a apresentar a fabricação das VBR em Portugal; não era permitido a sua inclusão como contrapartida pontuável, mas é um facto que não se impedia que o fizesse (e informalmente tem peso, claro)
3- A Patria atrasou a sua proposta e segundo o MDN apresentou uma BAFO danificada (isto é, parece ter havido uma clara tentativa de ser posta de lado)
4- A Pandur II cumpre os requisitos mínimos das Forças Armadas, é operada por Portugal, Áustria e República Checa; é um veículo moderno e transportável por via aérea e marítima; tem modernos sistemas de armas e equipamentos; tem várias versões e oferece uma enorme polivalência numa só plataforma.
Para mim, pode nem ser a escolha óptima, mas é uma boa escolha. Adequada.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro