Não, aqui é primeiro mundo. Ou pelo menos fazemos de conta.
Cá eles aterram, carregam os fardos e vão embora. Mas nós limpamos o terreno e filmamos tudo. 🤣🤣🤣, para não chorar.
Tipo tanques sem munições, aviões sem pilotos, helicópteros sem peças, navios sem armas...
Criminosos sem julgamento, juízes corruptos, prescrições, escutas destruídas...
Terceiro mundo são os outros.
Aqui mencionaste alguns pontos importantes:
1- pois, fazemos de conta ser o primeiro mundo. Por isso é que os países verdadeiramente de primeiro mundo, não andam a comprar aeronaves para COIN, tendo muitas outras coisas como prioridade. Nós fazemos o oposto.
2- pois, cá eles aterram e fazem isso tudo, lançam fardos para a autoestrada, etc. Para combater isto, não vão ser Super Tucanos a "resolver os problemas", que incluem a detecção e seguimento das aeronaves a voar a baixa altitude, e ter capacidade de interceptar a droga largada. Para resolver isto, é preciso melhor cobertura radar, e ter helicópteros disponíveis, principalmente quando não faz parte dos planos, abater avionetas com droga em espaço aéreo europeu (e assim sendo, o uso do ST é ainda mais limitado).
3- Tanques sem munições, aviões sem pilotos,... e nós vamos adquirir uma aeronave extra de combate, que vai mamar mais pilotos e pessoal de terra, para conseguir exercer funções de combate e destacamentos.
4- pois, e como tal, vamos aproveitar "a boleia" para nos envolver em mais um negócio por ajuste directo, e com contornos desconhecidos.
Com esse treino todo e com UH-60 disponíveis não se percebe porque foram com o ST e Cessnas e Tucanos e deixaram os UH-60 para transporte de tropas e rescaldo.
Claramente não liam o Fórum Defesa.
Ou então és tu que tens um problemazinho. Então os colombianos melhoram as suas doutrinas, melhoram equipamento, e consequentemente tornam a sua força de combate contra aquele tipo de ameaça, cada vez mais completa e eficaz. E na tua cabeça, só o ST é que foi o diferenciador.
Ainda mais cómico, é tu achares que o ST terá um efeito equivalente ao que tu aqui propagas, numas FA que terão sempre muito menos equipamento para missões COIN, como os colombianos têm. Realmente é mesmo conveniente omitir todos os outros meios que eles possuem, para executar ou apoiar essa missão. Olha os Hermes 450 e Hermes 900, os BT-67 em configuração gunship, os A-37, os vários turboprops de transporte e reconhecimento, os mais de 60 helicópteros... Realmente é comparável!!!!
Que remédio senão comprar fora. A sucata saía cara e ainda ter de pagar a quem não nos pagava seria demasiado ridículo.
Outros que cederam muito menos, quanto "mamaram"?
Por aqui mandaram a boca que a Base já não era importante, que iam embora, despediram toda a gente e rasgaram os acordos e... continuam por cá.
Comidos de cebolada... ou não.
Que eu saiba, as Lajes não perderam a totalidade da sua importância, a sua importância é que foi reduzida, com o fim da guerra fria. Agora voltaram a ganhar mais importância novamente. Não percebo é o que queriam que eles fizessem. Com uma redução da sua presença na base das Lajes, também deixa de ser necessário manter tanta infraestrutura, e também tantos contratados para funções diversas. É suposto eles continuarem a pagar salários de trabalhadores de que já não precisam, tipo pensão vitalícia?

Nós nem fiscalizamos, quanto mais protegermos...
Portanto, a solução é... aeronaves para COIN em África.
É isso que defendo, prioridades e o que possa trazer benefícios económicos.
Então e se houver prioridades, que por sua vez, não é possível trazerem benefícios económicos? Ignoram-se e perdem-se capacidades estruturantes de umas FA decentes? Seguindo essa lógica, não tínhamos fragatas, submarinos, caças, aeronaves de patrulha marítima, nem carros de combate, nem outros meios diversos.
Não é assim que as coisas funcionam. Tens prioridades, umas poderão ser solucionadas com meios produzidos total ou parcialmente cá, outras não.
Por outro lado, há formas de envolver envolver a indústria, sem entrar por becos sem saída a fabricar meios com pouco mercado. A produção de munições, seria várias vezes mais rentável do que qualquer programa de ST ou KC.
Mas faz-te esta pergunta: com tanto negócio "amigável" entre Portugal e Brasil, será que eles nos vão comprar NPOs? Assim ao menos podiam dizer que esta "ligação", não era só num sentido.
Quando saímos do A400 achei um erro. Contra a opinião de muitos que já por aqui andavam na altura, que achavam um projecto arriscado e demorado, o que também entendia.
Aparentemente o tempo está a dar razão aos que arriscaram e se mantiveram. E agora provavelmente estarão a colher os benefícios.
O A400M sempre teve potencial. Reticências há sempre, quando começam a subir os custos, tendo acontecido o mesmo com os NH-90, mas sem ser isso, sempre foi um projecto que teria valido a pena, sabendo de antemão que, por ser uma aeronave mais ambiciosa que o C-130 (e que agora o KC) ia ser obviamente mais cara a todos os níveis. Mas aí, é uma questão das expectativas. Se sonhas com um Ferrari, convém teres noção que, se chegar o momento de o comprares, tens de pagar por ele. Mas pronto, na altura também havia vozes contra os submarinos, no pico da guerra das quintinhas. Felizmente vieram.
O KC, e a confirmar-se o ST, poderão ser novas oportunidades. O tempo dirá, mas os negócios são assim mesmo. Arrisca-se.
E para isso, para poder fazer parte do negócio, é preciso pagar/ comprar.
Pois, a questão é que, normalmente, tenta-se fazer uma prospecção de mercado. O mercado na Europa, principalmente numa altura em que está tudo a focar-se em guerra convencional, não beneficia em nada o ST. Por outro lado, vemos projectos nacionais, esses sim com elevado potencial (nomeadamente no sector dos UAVs), e que no entanto, temos políticos que parece que se recusam a adquirir os seus meios (caso da Tekever). Numas coisas, ser a montra, é aceitável, noutras, 100% nacionais, nem pensar! Isto faz algum sentido? É que se nós, pegando num modelo das 3 empresas de drones nacionais, conseguíssemos fazer um drone relativamente barato, e minimamente competitivo com o Bayraktar, mercado não faltava.
a geração não sou contra, só acho que neste momento, sem uma reestruturação profunda de todo o sistema, não teremos condições de aproveitar o potencial. Por isso, não vejo urgência em optarmos já por qualquer modelo, salvo alguma outra oportunidade que apareça. Se possível na Europa.
De qualquer das formas, não seria para agora, mas sim a partir de 2030/35, a compra de novos caças. Certo também é que, de 5ª geração, só há mesmo o F-35, sendo que o mais próximo será o KF-21 sul coreano, que por sua vez, nas suas versões iniciais, será uma espécie de caça "5-" ou "4+++++". Os dois projectos europeus, dificilmente entrarão em produção antes de 2040. Idealmente, houvesse vontade e dinheiro, tinhas F-35 + FCAS lá para meio da década de 40.
Mas tu achas que não faz falta, ou tens dados para afirmar que não faz falta?
Os "dados" estão à vista de todos. Lacunas em tudo o que é sítio, fazem com que uma aeronave dedicada a COIN não seja a prioridade. Lacunas estas que também chegam ao nº de pilotos e pessoal de terra (ou falta deles), e portanto vai ser preciso um milagre para gerir isto.