Também já tinha lido. Conceito muito interessante para países com essa necessidade e menores recursos, mas que no entanto operam o C-130J como são os casos do Bangladesh e da Tunísia, por exemplo.
E para nós também, isto sim é o verdadeiro duplo-uso.
Não falei do nosso caso porque isso está obviamente fora de questão; primeiro, obviamente, porque com o rumo que as coisas estão a seguir é infelizmente cada vez mais remota a hipótese de ver o C-130J ao serviço da FAP. E depois, porque nós não somos um país pobre, talvez antes "pobre". Isto porque se quer tudo novo mesmo que não haja dinheiro para mandar cantar um cego (ou, como é o nosso caso, não haja vontade de dar dinheiro ao cego para ele cantar).
Entre o abate do Neptune e a IOC dos P-3P, os C-130H efectuaram missões de patrulha marítima, ou melhor, vigilância marítima, mas eram notoriamente desadequados para essa missão o que levou a que se comprassem os P-3B ex-RAAF. Até há pouco tempo ainda constava como missão secundária dos Bisontes.
Na altura em que for necessário pensar a sério na substituição do P-3C CUP+ opções é o que não faltarão, e tendo em conta a nossa tradição e área de responsabilidade marítima optaremos por uma plataforma independente e polivalente como o P-8 ou a aeronave concorrente da Airbus, que também por essa altura deverão ter um custo mais acessível. O que interessa é que se elabore e contrate nos próximos anos o "MLU 2" do CUP+ para que este continue a ser relevante até 2035.
P.S. A não ser que também venhamos a optar pelo "Sea Ká-Cê"...