Substituição dos M113

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papatango

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Re: Substituição dos M113
« Responder #525 em: Março 18, 2025, 11:19:50 am »


As viaturas de combate de infantaria, são utilizadas para dar à infantaria apeada um suporte de fogo, ao mesmo tempo que a infantaria protege os carros de combate pesados.

Os carros de combate pesados, no nosso caso os Leopard-2 são feitos para avançar em terreno contestado, utilizando a versatilidade das lagartas para passar por lugares onde outras viaturas não podem ser utilizadas.
Se os tanques passam, mas a infantaria que os protege tem que ficar para trás, porque uma viatura 8x8 não pode passar onde passa uma viatura de lagartas, então ou se abandonam os tanques à sua sorte, ou abandona-se o objetivo e não se avança.

As viaturas russas sobre rodas, que vimos no inicio da guerra da Ucrânia foram a que foram perdidas em maiores numeros.
Por terem rodas, a tendência é utilizarem as estradas, o problema é que a profusão de armas anti-carro, e o facto de as viaturas ficarem limitadas em termos de movimentação, transformam-nas em alvos fáceis.

Logo, a utilização deste tipo de viatura faz todo o sentido na guerra moderna. Em Portugal mantemos o M113 à falta de outra coisa. A sua substituição é por isso importante.



O problema, é que isto precisa ser feito a nível europeu. Tem que haver uma harmonização dos sistemas. Coisas simples como os parafusos, as rodas, os passos de rosca, os diametros das rodas, os sistemas de fixação dos elos das lagartas e isto já para não falar nos motores, sistemas de transmissão e mesmo tipos de blindagem, que precisam ser uniformizados com absoluta urgência.

A opção deveria ser por sistemas que estivessem o mais próximo possível de algum tipo de uniformização.
Só a uniformização pode fazer baixar o preço de aquisição das viaturas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Re: Substituição dos M113
« Responder #526 em: Março 18, 2025, 11:28:04 am »


As viaturas de combate de infantaria, são utilizadas para dar à infantaria apeada um suporte de fogo, ao mesmo tempo que a infantaria protege os carros de combate pesados.

Os carros de combate pesados, no nosso caso os Leopard-2 são feitos para avançar em terreno contestado, utilizando a versatilidade das lagartas para passar por lugares onde outras viaturas não podem ser utilizadas.
Se os tanques passam, mas a infantaria que os protege tem que ficar para trás, porque uma viatura 8x8 não pode passar onde passa uma viatura de lagartas, então ou se abandonam os tanques à sua sorte, ou abandona-se o objetivo e não se avança.

As viaturas russas sobre rodas, que vimos no inicio da guerra da Ucrânia foram a que foram perdidas em maiores numeros.
Por terem rodas, a tendência é utilizarem as estradas, o problema é que a profusão de armas anti-carro, e o facto de as viaturas ficarem limitadas em termos de movimentação, transformam-nas em alvos fáceis.

Logo, a utilização deste tipo de viatura faz todo o sentido na guerra moderna. Em Portugal mantemos o M113 à falta de outra coisa. A sua substituição é por isso importante.



O problema, é que isto precisa ser feito a nível europeu. Tem que haver uma harmonização dos sistemas. Coisas simples como os parafusos, as rodas, os passos de rosca, os diametros das rodas, os sistemas de fixação dos elos das lagartas e isto já para não falar nos motores, sistemas de transmissão e mesmo tipos de blindagem, que precisam ser uniformizados com absoluta urgência.

A opção deveria ser por sistemas que estivessem o mais próximo possível de algum tipo de uniformização.
Só a uniformização pode fazer baixar o preço de aquisição das viaturas.

Eu por acaso não sei até que ponto estão as coisas, mas a NATO estava a tentar criar algo do género (já existe certos standards NATO), pois percebeu-se que dentro da NATO ia haver sempre diferentes fabricantes de equipamentos, então a ideia acho que é criar arquiteturas standarizadas para mesmo com fabricantes diferentes seja possível existir uma troca de equipamentos entre diferentes fabricantes sem grandes problemas. Sei (já li algures) que isso estava a ser feito principalmente ao nível do software e das ligações de equipamentos eletrónicos, mas provavelmente também está a ser feito num nível mais baixo.
 

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LM

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Re: Substituição dos M113
« Responder #527 em: Março 18, 2025, 12:06:15 pm »
Nem 8 nem 80... podemos investir mais recursos - ie mais unidades, mais e melhores (ie mais equipados e mais modernos) equipamentos, em IFV "rodas" e, ao mesmo tempo, ter um núcleo (batalhão) de IFV "lagartas"; devemos até continuar com a divisão de 3 Grandes Unidades - relembro que ao existirem permite ter instalações / equipamentos / doutrina / graduados para crescer por mobilização (e que criar de raiz é muito complicado) e, como fazem os franceses, criar unidades "mistas" (e "ad hoc") escalão companhia reforçada / batalhão - os GTIA (groupement tactique interarmes) e os SGTIA (sous-groupement tactique interarmes).

Agora que o batalhão "lagartas" apenas consegue projectar 1x companhia (tendo equipamento, comprado usado que seja, para apenas o batalhão)? É melhor que não ter nada.
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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #528 em: Março 18, 2025, 03:16:29 pm »
Eu não concordo com essa análise. A capacidade de absorver pessoal mobilizado pode existir tanto no formato actual de BrigMec e BrigInt, tal como poderia acontecer num formato de Brigada Mista. A estrutura existiria em ambos os casos, apenas muda ligeiramente o formato, e deixa de haver o desafio de ter que dividir o pessoal mobilizado por 3 brigadas.

A ideia de manter a BrigMec com o argumento de uma hipotética mobilização, só fazia sentido se houvessem reservas de material suficientes para isso, e isto inclui blindados de lagartas adicionais, incluindo CCs.

Manter a BrigMec numa posição de "não vamos equipá-la como deve ser agora, porque depois mobiliza-se pessoal vai-se buscar equipamento", representa um desperdício de recursos (manter uma Brigada para fingir que sim), sem real produto militar.

Com uma Brigada Mista, a necessidade de um IFV lagartas mantém-se, tal como uma variante VSHORAD, e restantes variantes de apoio do Leopard 2 e provavelmente PM. De resto, a frota Pandur II (que precisaria de reforço) consegue absorver as funções dos M-113. Esta alternativa é financeiramente mais realista, do que estar à espera de substituir todos os M-113 e respectivas variantes, por um blindado de lagartas novo, e ainda conseguir arranjar pessoal suficiente para guarnecer estas duas brigadas.

A alternativa à Brigada Mista, é manter a BrigMec, mas aceitando que, tirando variantes IFV, VSHORAD e PM, os restantes M-113 teriam que ser substituídos por um veículo blindado de lagartas muito mais barato, e que assim permita a aquisição de um nº suficiente para ter uma BrigMec minimamente completa.
Este veículo, poderia ser o BvS10 (pegando na sugestão do CdM), com custos unitários que podem rondar os 2M-5M, dependendo da versão. Este veículo terá bastante menos protecção que um AMPV ou CV-90, mas será muito mais barato.

Aqui o debate não é simplesmente entre ter as 3 Brigadas ou reduzir para 2 (BRR e Brigada Mista), é até que ponto é que manter o formato actual, não vai penalizar programas tidos como essenciais, como a compra de baterias AA de médio alcance. Depois temos a dúvida de qual a capacidade de arranjar pessoal suficiente para guarnecer as ditas brigadas, a tempo inteiro e não apenas num cenário extremo de mobilização.

Citar
As viaturas de combate de infantaria, são utilizadas para dar à infantaria apeada um suporte de fogo, ao mesmo tempo que a infantaria protege os carros de combate pesados.

Os carros de combate pesados, no nosso caso os Leopard-2 são feitos para avançar em terreno contestado, utilizando a versatilidade das lagartas para passar por lugares onde outras viaturas não podem ser utilizadas.
Se os tanques passam, mas a infantaria que os protege tem que ficar para trás, porque uma viatura 8x8 não pode passar onde passa uma viatura de lagartas, então ou se abandonam os tanques à sua sorte, ou abandona-se o objetivo e não se avança.

O nosso problema, é que para potenciar os Leopard, não precisamos apenas de IFVs de lagartas, precisamos de todo um conjunto de meios (muitos deles também de lagartas) que garantam a viabilidade da sua operação. Falamos em variantes VSHORAD/C-UAS, em variantes de engenharia/desminagem, etc. Depois ainda temos a questão do ERec, que certamente precisa de revisão relativamente a novas doutrinas.

Tudo isto exige dinheiro, e se comprássemos apenas IFVs, continuávamos com grandes limitações na dita brigada.
 

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mayo

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Re: Substituição dos M113
« Responder #529 em: Março 18, 2025, 04:44:03 pm »
Em França os Leclercs andam com os VBCI a rodas , e a França tem mais chances de entrar em combate que Portugal .

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Re: Substituição dos M113
« Responder #530 em: Março 18, 2025, 04:52:11 pm »
Em França os Leclercs andam com os VBCI a rodas , e a França tem mais chances de entrar em combate que Portugal .

Quantos países fazem isso como a França?

EUA? Não.

Israel? Não.

Alemanha? Não.

RU? Não.

A esmagadora maioria dos países OTAN e aliados têm unidades Mecanizadas a Roda e  unidades Mecanizadas a Lagartas e ambas têm o seu lugar.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mayo

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Re: Substituição dos M113
« Responder #531 em: Março 18, 2025, 05:17:18 pm »
Em França os Leclercs andam com os VBCI a rodas , e a França tem mais chances de entrar em combate que Portugal .

Quantos países fazem isso como a França?

EUA? Não.

Israel? Não.

Alemanha? Não.

RU? Não.

A esmagadora maioria dos países OTAN e aliados têm unidades Mecanizadas a Roda e  unidades Mecanizadas a Lagartas e ambas têm o seu lugar.

Há 30 anos havia o AMX-10 com os AMX-30 também. Hoje toda a infantaria mecanizada prefere o VBCI !

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papatango

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Re: Substituição dos M113
« Responder #532 em: Março 18, 2025, 05:44:21 pm »

O aumento da rede de estradas europeias, levou a que se considerasse que do ponto de vista de um conflito mais defensivo e com contra-ataques ocasionais, as viaturas sobre rodas poderiam ser mais rápidas e por isso mais eficazes.
No caso a movimentação de uma unidade com tanques, em teoria, mesmo que as viaturas sobre rodas não pudessem acompanhar diretamente as viaturas de lagartas, seria possível utilizar estradas e a superior velocidade das viaturas sobre rodas, para chegar a um determinado ponto ao mesmo tempo.

Isto tudo é verdade, o problema é que neste momento há uma realidade que não se pode escamotear.
A guerra na Ucrãnia, a mais violenta guerra na Europa desde a II guerra mundial, e aquela onde a tecnologia está a desempenhar um maior papel, há algo que veio baralhar as contas.

Os drones, podem com facilidade bater as estradas e caminhos e identificar as viaturas. A cobertura dada pela natureza, voltou a ser tão importante quanto era durante a II guerra mundial e isso leva as unidades a procurar abrigo fora das estradas, onde os drones são menos eficientes...

Isto aparenta ter um efeito secundário que alguns dos analistas não estão a considerar ...
Ao serem forçadas a recorrer a estradas secundárias e a caminhos irregulares, as forças estão a depender menos das estradas.
Isto explica porque tantas vezes vemos os nossos analistas militares a darem importância ao controlo das estradas, quando os abastecimentos estão a ser feitos por outras vias por causa da profusão de drones.

Daí os ucranianos gostarem tanto do M113 como viatura de transporte e apoio, muito mais que como viatura de combate.

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« Última modificação: Março 18, 2025, 05:45:18 pm por papatango »
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Re: Substituição dos M113
« Responder #533 em: Março 18, 2025, 05:55:10 pm »
Em França os Leclercs andam com os VBCI a rodas , e a França tem mais chances de entrar em combate que Portugal .

Quantos países fazem isso como a França?

EUA? Não.

Israel? Não.

Alemanha? Não.

RU? Não.

A esmagadora maioria dos países OTAN e aliados têm unidades Mecanizadas a Roda e  unidades Mecanizadas a Lagartas e ambas têm o seu lugar.

Há 30 anos havia o AMX-10 com os AMX-30 também. Hoje toda a infantaria mecanizada prefere o VBCI !

E?! Se falar com um Atirador do 2º BIMec a Rodas muito provavelmente também irá dizer o mesmo das Pandur, mas se falar com alguém do Panzergrenadierbataillon 33 ele dirá o mesmo dos seus Puma.
« Última modificação: Março 18, 2025, 05:55:52 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #534 em: Março 18, 2025, 06:17:47 pm »
Em França os Leclercs andam com os VBCI a rodas , e a França tem mais chances de entrar em combate que Portugal .

Quantos países fazem isso como a França?

EUA? Não.

Israel? Não.

Alemanha? Não.

RU? Não.

A esmagadora maioria dos países OTAN e aliados têm unidades Mecanizadas a Roda e  unidades Mecanizadas a Lagartas e ambas têm o seu lugar.

Há 30 anos havia o AMX-10 com os AMX-30 também. Hoje toda a infantaria mecanizada prefere o VBCI !

E?! Se falar com um Atirador do 2º BIMec a Rodas muito provavelmente também irá dizer o mesmo das Pandur, mas se falar com alguém do Panzergrenadierbataillon 33 ele dirá o mesmo dos seus Puma.

Do Pandur ao VBCI vai alguma diferença - a França não tem apenas 1 modelo de IFV "rodas", têm 2 modelos e o equivalente ao Pandur não é o VBCI...
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Re: Substituição dos M113
« Responder #535 em: Março 18, 2025, 06:27:50 pm »
Concordo e discordo ao mesmo tempo. Os Pandur são 8x8 tal e qual os VBCI, mas ao contrário desse último modelo o Exército Português tem poucas VCI o que também a torna mais próxima dos Griffon.

Digamos que as Pandur depois de modernizadas a VCI vão ser o equivalente das VBCI.
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Re: Substituição dos M113
« Responder #536 em: Março 19, 2025, 12:56:07 pm »
Está quase um zero km, siga.  :mrgreen:

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #537 em: Março 20, 2025, 11:14:58 am »
Já que o Bobo, parte 2 caiu, voltem atrás no negócio dos manos, poupem milhões que andam a esbanjar para umas dezenas de ASCOD2
Não se pode só voltar atrás nos F35, Pode ser em qualquer coisa que tivesse sido decidido

É importante ser criterioso onde se gasta. 200 aqui , 150 ali, e no fim serve só para negociatas e nada de relevante
« Última modificação: Março 20, 2025, 11:16:55 am por Pescador »
 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #538 em: Março 26, 2025, 06:36:16 pm »
Citar
Qual a melhor VCI para o Exército Português?

ChatGPT said:
A escolha da melhor VCI (Viatura de Combate de Infantaria) para o Exército Português depende de diversos fatores, como as necessidades específicas de mobilidade, proteção, armamento e flexibilidade, além de considerar o orçamento disponível e a interoperabilidade com as forças aliadas, principalmente da NATO. O Exército Português tem historicamente utilizado várias viaturas de combate de infantaria e tem se mostrado interessado em modernizar sua frota.

Aqui estão algumas das principais opções de VCI que podem ser consideradas as melhores para o Exército Português, com base nas suas características e no contexto estratégico:

1. Piranha V (General Dynamics European Land Systems)
Origem: Suíça/Espanha

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 28 toneladas

Armamento: Pode ser configurada com uma torre armada com canhão de 30mm, ou sistemas de armas controlados remotamente (RCWS), além de metralhadoras pesadas.

Capacidade de Carga: Até 10 soldados (incluindo a tripulação)

Proteção: Blindagem modular, que pode ser adaptada para enfrentar diversas ameaças, incluindo IEDs, minas e ataques com armamento de pequeno e grande porte.

Mobilidade: Rodas, com boa velocidade (até 100 km/h) e capacidade de operação em diferentes tipos de terreno.

Destaque: A Piranha V é uma viatura bastante moderna e versátil, sendo altamente protegida e com excelentes capacidades de mobilidade e armamento. Sua modularidade também permite adaptações para diferentes tipos de missões, e sua capacidade de rodar sobre rodas é uma vantagem importante em operações de longo alcance em terreno aberto.

2. Boxer (Artec GmbH)
Origem: Alemanha/Países Baixos

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 33 toneladas

Armamento: Variável, mas geralmente equipada com um canhão de 30 mm ou 40 mm, além de sistemas de armas controlados remotamente.

Capacidade de Carga: Até 8 soldados, incluindo a tripulação

Proteção: Blindagem de nível 4, protegendo contra munições de calibre pesado, minas e IEDs.

Mobilidade: Veículo de rodas (8x8), com boa capacidade para mobilidade em terreno variado e alta velocidade.

Destaque: O Boxer é conhecido por sua alta modularidade e capacidade de configuração de acordo com a missão. Ele oferece uma boa combinação de mobilidade, proteção e armamento, além de uma grande capacidade de transporte. Sua flexibilidade e robustez são características muito valorizadas para missões internacionais, como as da NATO.

3. Lynx KF41 (Rheinmetall)
Origem: Alemanha

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 44 toneladas

Armamento: Torre com canhão de 30 mm, podendo ser equipada com mísseis antitanque, sistemas de armas de curto alcance ou outros sistemas de armamento.

Capacidade de Carga: Até 9 soldados, além da tripulação

Proteção: Blindagem de última geração (Nível 4), com proteção adicional contra minas e IEDs. Inclui sistemas ativos de defesa.

Mobilidade: Veículo com lagartas (sobre trilhos), o que lhe confere uma grande capacidade de mobilidade em terrenos difíceis.

Destaque: O Lynx KF41 é uma das viaturas mais modernas do mercado, oferecendo uma excelente combinação de mobilidade em terrenos difíceis, proteção e poder de fogo. Ele se destaca por seu sistema de proteção ativa (APS) que pode desviar ameaças como mísseis antitanque ou RPGs, aumentando a segurança da tripulação e dos soldados transportados.

4. VBCI (Véhicule Blindé de Combat d'Infanterie)
Origem: França (Nexter)

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 25 toneladas

Armamento: Canhão de 25 mm, com capacidade para adicionar uma metralhadora pesada ou sistemas de armas controlados remotamente.

Capacidade de Carga: Até 8 soldados, além da tripulação

Proteção: Blindagem de alto nível (Nível 4), com proteção contra minas e IEDs.

Mobilidade: Veículo de rodas (8x8), que lhe confere boa mobilidade e alta velocidade em terrenos variados.

Destaque: O VBCI é um veículo muito bem equilibrado em termos de proteção e mobilidade, com uma ótima capacidade para missões conjuntas com forças de alta mobilidade e em terrenos difíceis. Sua estrutura modular permite também versões especializadas para outras funções, como transporte de comando ou ambulâncias.

5. CV90 (Bae Systems)
Origem: Suécia

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 30 toneladas

Armamento: Torre com canhão de 30 mm, podendo ser configurado com sistemas de armas adicionais.

Capacidade de Carga: Até 8 soldados, além da tripulação

Proteção: Blindagem de alta resistência com opções de blindagem adicional para minas e IEDs.

Mobilidade: Com lagartas, o CV90 tem excelente mobilidade em terrenos difíceis, além de boa velocidade.

Destaque: O CV90 é uma viatura muito confiável e eficiente, conhecida pela sua excelente capacidade de operação em terrenos difíceis. A viatura tem sido adotada por diversas forças armadas, e suas características de proteção e mobilidade são muito respeitadas.

6. Marder 1A5 (Rheinmetall)
Origem: Alemanha

Tamanho e Deslocamento: Aproximadamente 35 toneladas

Armamento: Canhão de 20 mm ou 30 mm, podendo ser configurado com sistemas de armas adicionais.

Capacidade de Carga: Até 7 soldados, além da tripulação

Proteção: Blindagem robusta, com uma boa capacidade contra ameaças de armas pequenas e minas.

Mobilidade: Veículo sobre lagartas, proporcionando boa mobilidade em terrenos difíceis.

Destaque: O Marder é uma viatura muito testada em combate, conhecida por sua durabilidade e eficácia. Embora seja mais antiga em comparação com alguns concorrentes modernos, ainda é uma viatura muito eficiente para operações em terrenos difíceis.

Comparação Resumida das Principais Opções
Viatura   Origem   Peso (ton)   Armamento   Proteção   Mobilidade   Destaque
Piranha V   Suíça/Espanha   28   Canhão 30mm, RCWS   Blindagem modular   Rodas (8x8)   Alta mobilidade e proteção flexível
Boxer   Alemanha/Países Baixos   33   Canhão 30/40mm, RCWS   Blindagem Nível 4   Rodas (8x8)   Alta modularidade e flexibilidade
Lynx KF41   Alemanha   44   Canhão 30mm, mísseis   Blindagem Nível 4   Lagartas   Proteção ativa e mobilidade forte
VBCI   França   25   Canhão 25mm, RCWS   Blindagem Nível 4   Rodas (8x8)   Equilíbrio entre mobilidade e proteção
CV90   Suécia   30   Canhão 30mm   Blindagem Nível 4   Lagartas   Excelente em terrenos difíceis
Marder   Alemanha   35   Canhão 20/30mm   Boa proteção   Lagartas   Durabilidade comprovada em combate
Considerações Finais
Para o Exército Português, a escolha de uma VCI dependerá de suas prioridades específicas, como a necessidade de proteção, mobilidade e poder de fogo. A Piranha V e o Boxer são excelentes para missões com grande mobilidade em terreno aberto e missões internacionais (como operações de paz e da NATO), enquanto o Lynx KF41 e o CV90 oferecem capacidades superiores em termos de proteção e mobilidade em terrenos difíceis, que podem ser cruciais para operações mais focadas em zonas de combate intensivo.

Se o foco for uma operação rápida e versátil, com alta mobilidade e capacidade de adaptação a diferentes cenários, a Piranha V e o Boxer seriam opções fortes. Para um desempenho robusto em terrenos difíceis, com proteção avançada, o Lynx KF41 e o CV90 se destacam.

Considerando o alinhamento com forças da NATO, capacidade de manutenção e o custo, o Piranha V ou o Boxer seriam escolhas muito adequadas, mas a decisão final depende dos requisitos específicos do Exército Português para a modernização de suas forças de combate.
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Re: Substituição dos M113
« Responder #539 em: Março 26, 2025, 06:50:24 pm »
Deep Seek

Citar
A escolha da Viatura de Combate de Infantaria (VCI) mais adequada para o Exército Português depende de vários fatores, como missão, orçamento, interoperabilidade com a NATO e manutenção. Atualmente, Portugal opera principalmente o M113 (em fase de substituição) e o Pandur II (8x8).

Melhores Opções para Portugal:
1. Pandur II EVO (8x8) – Atual e Modernizável
Vantagens:

Já em serviço no Exército Português (variante de transporte blindado e comissão).

Modular, permitindo versões como ambulância, comando ou morteiro.

Boa mobilidade em terrenos acidentados.

Interoperabilidade NATO.

Desvantagens:

Menos proteção e capacidade de fogo comparado a VCIs mais pesadas.

2. Boxer (8x8) – Alto Desempenho
Vantagens:

Blindagem superior e proteção contra minas/IEDs.

Configuração modular (pode ser adaptada para diferentes missões).

Usado por vários exércitos da NATO (Alemanha, Holanda, etc.).

Desvantagens:

Custo elevado de aquisição e manutenção.

3. CV90 (Tráguas de Combate de Infantaria)
Vantagens:

Excelente poder de fogo (canhão de 30/35/40mm).

Alta mobilidade em terrenos difíceis.

Amplamente utilizado na NATO (Suécia, Noruega, Finlândia).

Desvantagens:

Mais caro que o Pandur II.

4. Lynx KF41 (Novo e Altamente Protegido)
Vantagens:

Tecnologia moderna (proteção contra ameaças asymmetricas).

Pode ser equipado com torres remotas e armamento pesado.

Desvantagens:

Custo muito elevado.

Recomendação:
Curto/Médio Prazo: Pandur II EVO (já em serviço, custo controlado).

Longo Prazo: Boxer ou CV90 (se Portugal quiser investir em capacidade mecanizada pesada).

O Exército Português deve priorizar um veículo que combine proteção, mobilidade e custo-eficácia, sendo o Pandur II EVO a opção mais viável atualmente, com possibilidade de complementar com Boxer ou CV90 no futuro.

Se houver um aumento no orçamento de defesa, o Lynx KF41 seria uma excelente opção de alto nível.
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