Decorrente da Lei de Programação Militar, foi lançado um plano de implementação e modernização que visa reequipar a Artilharia Antiaérea com os meios que permitam fazer face às ameaças atuais, garantindo a defesa antiaérea a baixa e muito baixa altitude das Unidades, bem como do Território Nacional. No decorrer deste ano, será possível concretizar-se a fase de entrega do Sistema Integrado de Comando e Controlo para a Artilharia Antiaérea (SICCA3), sendo possível, a partir dessa data, a integração plena no Sistema de Defesa Aérea Nacional (recebendo em tempo real do Centro de Relato e Controlo a Recognized Air Picture – RAP), mas também com outras forças conjuntas e combinadas, nomeadamente na OTAN.
[/size]Este projeto de reequipamento da Artilharia Antiaérea contempla, de igual modo, a aquisição de radares de vigilância e de aviso local atuais que permitam a identificação dos alvos aéreos até distâncias da ordem dos 100 km, influenciando significativamente o processo de decisão e o empenhamento oportuno sobre alvos hostis, evitando o fratricídio.[/color]
[/size]O projeto prevê também a substituição dos sistemas míssil atualmente existentes. Assim, o Sistema Míssil Ligeiro previsto adquirir está vocacionado para se empenhar contra a ameaça aérea a baixa altitude, com alcances superiores a 6 km, garantindo proteção, sobrevivência e liberdade de ação às forças apoiadas.[/color]
[/size]O Sistema Míssil Portátil, com alcances superiores a 5 km, está vocacionado para se empenhar contra a ameaça aérea de baixa altitude, garantindo proteção, sobrevivência e liberdade de ação às forças apoiadas. Tendo em consideração a sua portabilidade, esta permitirá a sua fácil projeção para apoio das Forças de primeiro emprego do Exército, bem como para o reforço dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira.[/color]
[/size]O Sistema Canhão, com alcance superior a 1.500 metros destina-se a combater ameaças que, voando a muito baixa altitude e a coberto de perfis de terreno mais acidentados, não permitam o empenhamento eficaz dos sistemas míssil. Para responder à necessidade crescente das novas ameaças aéreas, designadamente, sistemas aéreos não tripulados (UAS), foguetes, granadas de artilharia e morteiros (RAM), cuja probabilidade de ocorrência é bastante elevada, a existência dos sistemas canhão do tipo contra foguetes, granadas de artilharia e morteiros (Counter Rocket, Artillery & Mortar – C-RAM) é essencial para a proteção de Forças Nacionais Destacadas contra este tipo de ameaça, bem como a sua utilização para a proteção antiaérea de pontos e áreas estratégicas nacionais e de eventos de alta visibilidade.[/color]
[/size]Naturalmente que não deve ser descurada, caso a conjuntura económico-financeira o permita, o levantamento da capacidade da defesa antiaérea a média e alta altitude (High & Medium Air Defense), pois são, por natureza, os meios de defesa aérea que podem manter elevados estados de prontidão por períodos de tempo mais prolongados, sendo o meio fundamental para a proteção das forças, pontos e áreas estratégicas, contra a ameaça aérea, mas igualmente contra mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro, dentro ou fora do Território Nacional. De realçar que a existência dessa capacidade permitiria uma autonomia importante em matéria de Defesa Aérea, ao mesmo tempo que os meios integrantes são instrumentos que sustentam a cooperação internacional, colocando Portugal num seio de importantes iniciativas combinadas, no âmbito da OTAN e da União Europeia, favorecendo a projeção da política externa nacional. Neste âmbito, veja-se, por exemplo, a projeção dos mísseis Patriot alemães e espanhóis na Turquia, no quadro da Aliança Atlântica.[/color]