COMO GANHAR O AFEGANISTÃO

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lazaro

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« Responder #30 em: Outubro 17, 2008, 10:29:03 pm »
Citação de: "André"
http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-i ... ture=bz301


Infelizmente e incompreensivelmente a Guerra de Informação no Afeganistão está a ser perdida. Porque não se fala mais dos milhões de crianças que estão finalmente a ter acesso à educação escolar ... enfim ... :(
 

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André

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« Responder #31 em: Outubro 17, 2008, 11:09:18 pm »
Citação de: "lazaro"
Citação de: "André"
http://www.youtube.com/watch?v=VB_ixi-i ... ture=bz301

Infelizmente e incompreensivelmente a Guerra de Informação no Afeganistão está a ser perdida. Porque não se fala mais dos milhões de crianças que estão finalmente a ter acesso à educação escolar ... enfim ... :wink:  :wink:

 

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legionario

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« Responder #32 em: Outubro 18, 2008, 06:58:33 pm »
Citação de: "lazaro"
Como já anteriormente referi, a ideia não é ganhar nenhuma guerra contra os Afegãos, mas antes ajudar a criar condições para a implementação de um regime que não permita o regresso dos Taliban ao poder.

Quanto aos Afegões não quererem democracia é uma apreciação grosseira. Concerteza que o Legionário não está ao corrente da adesão nas eleições presidenciais em 2004 e parlamentares em 2005, nomeadamente no que respeita à participação feminina.


E se democraticamente e través de eleiçoes, os afegaos decidissem que nao queriam uma democracia à ocidental, mas antes continuar com o sistema politico e tradicional deles ?
As eleiçoes no Afeganistao sao especiais, em geral, as pessoas votam onde o chefe clanico diz para votarem. E os chefes votam em que lhes pagar mais.
O Afeganistao para reencontrar uma situaçao estavel deveria talvez voltar à monarquia. Mesmo o atual presidente afegao era favoravel a que o rei regressasse do exilio em Roma para voltar a Cabul. Os americanos nao aceitaram . A estes interessa mais ter um leader que possam comprar.
O rei ZAHER era a figura mais respeitada do pais e foi ele que até aos anos setenta fez progredir (ao ritmo possivel) o Afeganistao. Continua  a usufruir de um enorme capital simpatia por parte dos afegaos.

AFGHANISTAN L’ancien roi Zaher Chah " bouleversé "
Pour la communauté internationale, et les Afghans, l’ancien roi Zaher Chah pourrait être une solution de rechange au régime des taliban à la tête d’une coalition qui comprendrait l’Alliance du Nord. Depuis son exil romain, Mohammad Zaher Chah n’aurait pas particulièrement apprécié les frappes américaines en Afghanistan. Il est " bouleversé et triste ", a déclaré à l’AFP l’un de ses conseillers à Rome. " Vous pouvez imaginer ce que ressent quelqu’un quand il voit son pays attaqué, il est bouleversé et triste ", a déclaré l’ancien ministre afghan des Affaires étrangères et proche du roi, Hedayat Amin Arsala. " C’est évidemment une tragédie. J’espère que cela va cesser rapidement et qu’il n’y a pas de blessés ", a ajouté le porte-parole. " Nous avions espéré que cela pourrait être évité ", a-t-il dit. Plusieurs membres de l’opposition afghane sont réunis dans la capitale italienne où les pourparlers avec le roi se poursuivent depuis environ dix jours.
 

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lazaro

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« Responder #33 em: Outubro 19, 2008, 02:47:50 pm »
Não sei onde o Legionário foi buscar a ideia de que eu defendo a implementação de uma democracia "à Ocidental" para o Afeganistão. Nunca o disse nem defendo tal ideia.

Aconselho o Legionário a ler um pouco mais sobre a forma como está organizado o sistema poilitico Afegão e depois tente encontrar as diferenças como o sistema Português. Pode começar pelas câmaras e quem as integra.

Penso é que o Afeganistão não se deve tornar em mais um Estado-falhado onde a corja de toda a espécie, fundamentalistas islâmicos e narcotraficantes incluidos, têm espaço vital para se movimentarem à vontade e atingir os seus objectivos. Veja-se o que está a acontecer actualmente na Guiné-Bissau.

Acredito que a NATO pode/deve desempenhar um papel fulcral neste processo de reconstrução do Afeganistão.
 

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André

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« Responder #34 em: Outubro 21, 2008, 09:31:10 am »
Não haverá vitória sem real vontade política - NATO

O falhanço dos países membros da NATO em enviar as tropas prometidas para o Afeganistão demonstra uma vontade "flutuante", que entrava os progressos da missão que não pode ter sucesso apenas com os militares, advertiu um alto responsável da NATO.

"Um breve olhar para a determinação da nossa aliança quanto à sua missão no Afeganistão demonstra reais pontos fracos", afirmou segunda-feira o comandante em chefe das forças aliadas na Europa, o general norte-americano John Craddock, durante uma conferência no Royal United Services Institute (RUSI) de Londres.

Tendo em vista as restrições colocadas pelos governos nos locais onde as tropas da NATO podem operar e a "nossa incapacidade constante de colmatar as necessidades declaradas como necessárias no teatro de operações, demonstramos uma vontade política que é por vezes flutuante", prosseguiu.

"É esta vontade política flutuante que entrava os progressos operacionais e coloca em questão a pertinência da aliança no século XXI", indicou.

O general norte-americano John Craddock referiu que a guerra contra os rebeldes talibãs não pode ser vencida apenas pelos militares, necessitando de um esforço mais amplo em matéria de desenvolvimento e de reconstrução.

"Nós, a comunidade internacional, devemos trabalhar em conjunto no âmbito de uma abordagem realmente global", sublinhou, antes de considerar que "o actual esforço continua dividido no tempo e no espaço".

Craddock criticou a ausência de um "sistema judiciário realmente funcional" no Afeganistão que faz com que "numerosos afegãos pensam que a justiça dos talibãs oferece uma alternativa mais eficaz".

"O governo afegão e a comunidade internacional devem atacar este problema, que é um elemento essencial de um sucesso duradouro", referiu.

Lusa

 

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André

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« Responder #35 em: Outubro 28, 2008, 07:27:03 pm »
NATO/Afeganistão: General quer mais «6 ou 7 mil militares»

O comandante da Força Conjunta da Aliança Atlântica na Holanda, general Egon Ramms, defendeu hoje no Parlamento que para fazer face ao aumento de violência no Afeganistão é «necessário» enviar para o terreno mais «seis ou sete mil tropas».

Questionado pelos jornalistas no final da conferência «Afeganistão - O grande desafio operacional da NATO», o comandante do «Allied Joint Force Command», em Brunssum, na Holanda, garantiu que «para progredir» seria necessário juntar aos cerca de cinquenta mil militares actualmente destacados em território afegão mais «seis ou sete mil militares».

O líder do Comando de Força Conjunta Aliada de Brunssum falava no final de uma conferência organizada pela comissão parlamentar de Defesa, que teve lugar na Assembleia da República.

O general alemão frisou ainda a «contribuição muito positiva» do contingente português no Afeganistão - actualmente com cerca de 50 militares e um avião de transporte Hércules C-130.

Já sobre um eventual aumento de tropas nacionais, o general Egon Ramms preferiu generalizar, dizendo que ficaria «muito agradecido» se «todos os países europeus, entre os quais se inclui Portugal», o fizessem.

«Um investimento agora pode ser um retorno muito brevemente», advogou.

Sobre a especificidade das forças militares necessárias no Afeganistão, o general explicou que, apesar de serem precisos mais meio aéreos, o essencial é ter mais «forças terrestres» -- «ground forces» -, «tanto para transporte como para combate».

«O envio de tropas por qualquer país da NATO é bem-vindo», reiterou Egon Ramms sobre um possível aumento de tropas nacionais em território afegão.

Já o presidente da comissão parlamentar de Defesa, o deputado Júlio Miranda Calha, enalteceu a importância da presença do general alemão - que esteve em Portugal a convite da comissão, para «informar sobre o progresso da missão» da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão - e afirmou estar «muito satisfeito» pelos seus elogios às forças portuguesas destacadas.

Confrontado com as palavras de Egon Ramms, Miranda Calha defendeu que Portugal «tem estado à altura» e «tem desenvolvido uma participação que tem sido a possível e a viável» tendo em conta «a dimensão» do país.

Relativamente ao aumento de atentados e incidentes nos últimos meses no Afeganistão, o deputado socialista assegurou que «os locais mais problemáticos estão localizados» e reiterou que a missão portuguesa tem sido «muito positiva» e se tem desenrolado «de acordo com as possibilidades».

Lusa

 

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lazaro

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« Responder #36 em: Outubro 29, 2008, 06:07:19 am »
Parece-me que os problemas não são só a exeguidade dos efectivos mas também as limitações (Caveats) impostos pelos Países doadores de forças ao emprego das suas unidades. Alguns a roçar o ridiculo.

A vertente militar/táctica do Afeganistão está demasiado orientada para a protecção das forças do que para o cumprimento das missões ... penso eu de que ...
 

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komet

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« Responder #37 em: Outubro 30, 2008, 02:58:41 am »
"History is always written by who wins the war..."
 

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André

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« Responder #38 em: Outubro 30, 2008, 11:09:06 am »
Pentágono recusa reconciliação com mullah Omar

Os Estados Unidos apoiam os esforços do governo afegão para se reconciliar com os rebeldes talibãs, mas não com o seu chefe supremo, o mullah Mohammad Omar, afirmou quarta-feira o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell.
 
«Como governo não cremos que o mullah Omar seja alguém com quem seja possível uma reconciliação», afirmou Morrell, durante uma conferência de imprensa.

«O mullah Omar tem o sangue de milhares de norte-americanos nas suas mãos, devido ao apoio que prestou a Ussama bin Laden», líder do grupo islamista radical Al Qaeda, prosseguiu o porta-voz.

Em fuga desde 2001, o mullah Omar é líder dos militantes fundamentalistas que dirigiram o Afeganistão entre 1996 e o final de 2001, fazendo aplicar a lei islâmica mais radical.

Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 25 milhões de dólares pela sua captura.

Nos últimos dois anos, os confrontos têm subido de intensidade no Afeganistão, apesar da presença de 70.000 soldados de duas forças multinacionais no terreno, uma da NATO, e a outra sob comando norte-americano (Operação Liberdade Duradoura).

Neste contexto, o governo afegão e os responsáveis norte-americanos mostraram-se favoráveis a um diálogo com os rebeldes.

Responsáveis afegãos reuniram-se no início de Outubro em Meca, na Arábia Saudita, com antigos membros do regime talibã, marcando uma primeira tentativa de negociação de alto nível entre ambas as partes.

O secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, bem como o general norte-americano David Petraeus, que deve ser nomeado sexta-feira chefe das tropas norte-americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão, também se mostraram favoráveis à abertura de um diálogo com talibãs.

Lusa

 

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lazaro

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« Responder #39 em: Dezembro 21, 2008, 02:54:08 pm »
Um texto bastante interessante escrito por quem já ocupou um alto cargo no QG da ISAF: http://www.idn.gov.pt/publicacoes/cader ... noIDN2.pdf