Acho que o facto de as eleições americanas terem sido seguidas com tanta atenção ao longo dos últimos meses, acabou fazendo com que nos esqueçamos que quem vota são os americanos, e é a realidade americana que conta.
Pessoalmente não acredito que seja o medo, que levou os americanos a votar no candidato George Bush. A América é a América, e tem princípios diferentes dos que consideramos normais na Europa.
Portanto, reage de forma diferente ás pressões, à campanha, ás opiniões, à propaganda.
Cá por mim, ganhasse quem ganhasse, acho que não ia adiantar grande coisa. A realidade é que em assuntos fundamentais, as diferenças acabariam sendo poucas.
A actual situação no mundo, tem origem no facto de depois da segunda guerra mundial - provocada, nunca nos esqueçamos, pelos países europeus – os Norte Americanos terem tomado uma posição de indisputada liderança, logo que a União Soviética, acabou, por falência do seu modelo politico e económico.
Durante décadas, entre 1945 e 1991, a Europa viveu à sombra dos Estados Unidos. Hoje, a importância daquele país, chegou ao ponto de o resto do mundo “votar” a favor ou contra, como se as eleições americanas fossem as “suas eleições”.
A América é aquilo que os americanos fizerem, e também aquilo que os outros deixarem os americanos fazer. Mas acima de tudo, os países do mundo devem entender que se querem ter uma palavra a dizer, têm que fazer alguma coisa em vez de, á boa maneira europeia, ficar a falar, a discutir, a filosofar, esquecendo-se de agir.
Em terra de cegos, quem tem olho é Rei.
Cumprimentos