Saudações guerreiras
Se os países da NATO se quotizarem para a compra de determinado nº de aviões de transporte estratégico, e se no seguimento dessa "empresa" forem comprados alguns desses meios, não será para que esse meios sejam apenas e só utilizados em missões NATO?
Onde é que quer chegar? Está-se a referir, por exemplo, á compra conjunta de An-124 para a NATO? Então os C-5 Galaxy dos americanos, não existem para serem utilizados? A linha de montagem pode ser sempre reativada para venda. Acha que os europeus da NATO iriam encomendar material russo? A Rússia há uns anos atrás, tentou vender uns poucos An-124 á Inglaterra com motores Rolls Royce RB211-524 criando-se a versão An-124–210 e resultou em nada.
E no caso concreto português, acho que seria de todo importante que Portugal aumentasse a sua frota de C-130H para 8 unidades, até que se definisse para o futuro a nova aeronave.
Caro R. Elias, de que vale ter 8/10/20 C-130 se este avião, a meu ver, já não está tão adaptado aquilo que são hoje as exigências que se colocam a Portugal, neste campo? Não digo para o deixarmos de o operar. Na minha ideia a existência do C-130 fará sempre sentido, mesmo se alguma vez viermos a ter os A400M ou outros avião do género. Pelo menos um C-130 convertido em KC-130, caso a questão dos A310 multiusos não pegasse, no mínimo. Mas é coisa que não dá muito jeito por causa dos diferentes tipos de reabastecimento que se usam atualmente, não só na FAP, como também no resto do mundo. Por isso é que o A310MRTT é muito importante, para além da sua utilização noutra áreas, através das várias configurações possíveis num avião do género.
Tomaria eu, que a Airbus fizesse o manguito ao governo a dizer-lhe expressamente que agora, encomendas abaixo de 5 unidades não aviamos e se agora quiserem recuperar o estatuto perdido pela saída do programa, terão que encomendar 6 unidades no mínimo (creio que 5 unidades mínimas, era a condição principal, para que outros países tivessem acesso á construção de componentes para o avião como oferta, a troco da sua compra), senão ficam a chuchar no dedo. Com um bocado de sorte e já que este governo é todo europeu, ainda vamos acabar por aderir a isto tudo. Como recompensa por sermos europeus vamos por de lado os F-16 e adquirir os EF-2000 e/ou o Rafale. Afinal sempre há vantagens em sermos todos europeus.
Como vê isto tudo é possível. Só tenho muito medo é da posição muito severa (curiosamente somente nesta área e não, por exemplo, na contabilização das despesas para o TGV, OTA e outras grandes obras públicas do regime - que não são de maneira nenhuma, para encher o olho - usando o mesmo critério que usa para a aquisição de material militar) porque o Eurostat vem aí e diz que não podemos fazer isso, porque senão vamos para a cama com os pés descalços. Cuidado com o Eurostat que não é para brincadeiras. Ainda nos lixamos a sério. É melhor deixar todo como está.
Não esquecer que o NPL é de extrema importancia, para um país que não pode transportar material pesado por via aérea, e mesmo se algum dia viermos a ter os A400M ou hipotéticamente os Il-96. Em 4 dias é possivel chegar a Timor com material mais pesado. Só o governo não sabe disso.
Cumprimentos