Notícias da Marinha do Brasil

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Cabeça de Martelo

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #285 em: Abril 20, 2011, 03:02:54 pm »
Citação de: "binfa"








7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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SantaCatarinaBR

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #286 em: Abril 27, 2011, 06:23:24 am »
SantaCatarinaBR - Helibras EC 725 Super Cougar , Helicópteros "produzidos no Brasil"
( IG )
Reportagem exibida dia 20/04/2011 no Portal do IG:
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Em 2012, o Brasil começará a produzir uma nova geração de helicópteros militares e poderá ter uma das quatro maiores empresas mundiais do setor.
De tecnologia franco-alemã, os EC 725 serão montados em Itajubá (MG), com investimento total de R$ 420 milhões. As Forças Armadas receberão 50 modelos até 2020, ao custo de 1,8 bilhão de euros.
A produção brasileira do EC 725 será feita pela Helibras. A fabricante de helicópteros -- única na América Latina -- é controlada pela multinacional franco-alemã Eurocopter, que possui unidades de negócios na França, Alemanha e Espanha.
A expectativa é de que a fábrica brasileira produza tanto quanto as empresas instaladas nos países associados.
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SantaCatarinaBR - Reportegens, vídeos y noticias sobre las Fuerzas Armadas de Brasil
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Cabeça de Martelo

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #287 em: Junho 04, 2011, 06:26:18 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Paisano

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #288 em: Junho 20, 2011, 11:01:46 pm »
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #289 em: Julho 12, 2011, 09:15:57 pm »
Vídeo sobre os avanços na construção do Estaleiro e da Base Naval de Submarinos, em Itaguaí-RJ, durante o primeiro semestre de 2011:

https://www.videoportal.mar.mil.br/vpor ... c11ed25:4#
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #290 em: Julho 17, 2011, 04:01:56 am »
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HSMW

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #291 em: Novembro 11, 2011, 09:53:40 pm »
Espanhola Navantia fecha acordo com fornecedores brasileiros

Citar
A proposta do estaleiro espanhol Navantia para a construção de onze navios de superfície, entregue à Marinha brasileira em abril, excedeu os € 3,1 bilhões estipulados pelo governo brasileiro, confirmou o diretor comercial da empresa, Jorge López Novo. Em entrevista ao Valor, ele não revelou o excedente, mas adiantou que 60% do conteúdo a ser utilizado na fabricação das embarcações serão brasileiros.

As companhias brasileiras fornecerão principalmente geradores elétricos e compressores, caso os espanhóis saiam vitoriosos da licitação, à qual concorrem também empresas de Alemanha, Coreia do Sul, França, Itália e Inglaterra.

Com uma proposta que talvez não seja a mais competitiva financeiramente, a Navantia tem como diferencial o fato de seus navios estarem mais enquadrados às exigências da Marinha do que os da concorrência, avaliou Novo.
Além disso, Novo acrescentou que o processo de transferência de tecnologia da Navantia à Marinha e às empresas brasileiras participantes da produção das embarcações, exigência do governo brasileiro a qualquer participante do certame, conta a favor, já que a companhia trabalhou com repasses tecnológicos à Índia. A Navantia atendeu também a países como Noruega, Venezuela, Austrália, Tailândia, Chile e Malásia.

De acordo com Novo, não há riscos no processo de transferência de tecnologia, pois os governos brasileiro e espanhol têm acordos nesse sentido para facilitar acertos, e à medida que surjam atualizações nas tecnologias durante o processo de produção dos navios, as modificações serão feitas e repassadas à Marinha e às companhias brasileiras.

Dos onze navios – cinco fragatas escolta, cinco patrulhas oceânicas e uma embarcação de apoio logístico -, a empresa espanhola pretende construir dez em estaleiros brasileiros e um, o primeiro da série, na Espanha, em razão do início do processo de transferência de tecnologia. Segundo a Navantia, a construção dos navios no Brasil gerariam 20 milhões de horas de trabalho, ocupando de 5 mil a 10 mil trabalhadores. A empresa ainda não precisou quantas dessas vagas seriam preenchidas por novos funcionários.

As conversas com estaleiros e possíveis fornecedores de peças e equipamentos brasileiros foram iniciadas. Estão fechados acordos de colaboração de estaleiros com a Odebrecht e com o Synergy Group, disse Novo. Houve negociações também com a Camargo Corrêa, mas elas não evoluíram.

Apesar dos acordos firmados, a Navantia ainda não decidiu onde serão construídos os onze navios. Caso saia vencedora da licitação, a empresa acredita que haverá produção no Rio de Janeiro, onde a Odebrecht tem estaleiros e o Estado serve de base da Marinha. “Isso não quer dizer que haverá construções de navios apenas no Rio.”

A expectativa da Navantia é que a Marinha anuncie o vencedor da licitação no início de 2012. Assim, a empresa começaria a produção do primeiro navio, na Espanha, em 2014 e entregaria a embarcação seis anos depois, em 2020. Todos os navios seriam entregues ao governo em até 11 anos, ou 2023, disse Novo. Ao todo, estão associadas à Navantia mais de 30 empresas espanholas, que poderão ser fornecedoras de serviços ou peças na fabricação dos navios.

http://www.naval.com.br/blog/2011/11/11 ... asileiros/
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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PereiraMarques

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #292 em: Novembro 29, 2011, 11:31:00 pm »
Citar
By VMSB

The Brazilian Navy (Marinha do Brasil-MB) could be considering to procure the ocean patrol vessels built by the United Kingdom based BAE Systems Surface Ships shipbuilder for the Republic of Trinidad and Tobago.

Trinidad and Tobago procured three vessels (Scarborough, Port of Spain and San Fernando) to equip the country Coast Guard service, but declined to introduce them in service.

As part of PROSUPER surface vessels procurement programme, the Brazilian Navy is looking to procured five ocean patrol vessels to perform Economic Exclusion Zone (EEZ) patrol, search and rescue missions, special operations and maritime law enforcement tasks.

http://defesaglobal.wordpress.com/
 

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P44

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #293 em: Janeiro 02, 2012, 08:54:15 pm »
A compra dos 3 OPVs foi confirmada hoje.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Charlie Jaguar

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #294 em: Janeiro 10, 2012, 08:52:13 pm »
Citação de: "P44"
A compra dos 3 OPVs foi confirmada hoje.

Citar
BAE Signs £133m Deal to Supply Brazilian Navy  
 
(Source: Daily Echo; published January 3, 2012)
 
 Hampshire-based BAE Systems has signed a £133m deal to supply ships to the Brazilian navy for the first time. It will supply three 90m ocean patrol vessels, originally built for the government of Trinidad & Tobago, for maritime security roles. The first two ships will be delivered in 2012 and the third will follow in early 2013. The contract also contains a manufacturing licence for similar class ships to be built in Brazil.

Andrew Davies, managing director of BAE Systems’ Maritime business, said: “This is a significant step forward in our relationship with Brazil. The ocean patrol vessels are highly capable ships and I am sure they will be a tremendous asset to the Brazilian Navy. “We are looking forward to working together and hope this will be the start of a long term partnership with Brazil in the maritime sector.”

Rear Admiral Francisco Deiana, the Brazilian Navy’s director of naval engineering, said: “The acquisition of these three ocean patrol vessels from BAE Systems will make an important contribution to both our ability to provide security and protection to Brazil’s jurisdictional waters and to deliver our commitments to the Brazilian Maritime Authority.” The ocean patrol vessels have a top speed of 25 knots and can carry a crew of up to 70.

  :arrow: http://www.defense-aerospace.com/articl ... -navy.html
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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GI Jorge

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #295 em: Janeiro 10, 2012, 11:16:49 pm »
Citação de: "Charlie Jaguar"
Citação de: "P44"
A compra dos 3 OPVs foi confirmada hoje.

Citar
BAE Signs £133m Deal to Supply Brazilian Navy  
 
(Source: Daily Echo; published January 3, 2012)
 
 Hampshire-based BAE Systems has signed a £133m deal to supply ships to the Brazilian navy for the first time. It will supply three 90m ocean patrol vessels, originally built for the government of Trinidad & Tobago, for maritime security roles. The first two ships will be delivered in 2012 and the third will follow in early 2013. The contract also contains a manufacturing licence for similar class ships to be built in Brazil.

Andrew Davies, managing director of BAE Systems’ Maritime business, said: “This is a significant step forward in our relationship with Brazil. The ocean patrol vessels are highly capable ships and I am sure they will be a tremendous asset to the Brazilian Navy. “We are looking forward to working together and hope this will be the start of a long term partnership with Brazil in the maritime sector.”

Rear Admiral Francisco Deiana, the Brazilian Navy’s director of naval engineering, said: “The acquisition of these three ocean patrol vessels from BAE Systems will make an important contribution to both our ability to provide security and protection to Brazil’s jurisdictional waters and to deliver our commitments to the Brazilian Maritime Authority.” The ocean patrol vessels have a top speed of 25 knots and can carry a crew of up to 70.

  :arrow: http://www.defense-aerospace.com/articl ... -navy.html


Este tipo de noticia chateia-me um bocado, para ser honesto...
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #296 em: Março 07, 2012, 04:57:19 pm »
Protótipo do submarino será construído em laboratório

Conhecida como complexo do reator, instalação de pesquisa será formada por 11 prédios
Lyne Santos

Marinha já iniciou a construção de parte dos edifícios do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica, o Labgene

Um modelo do primeiro submarino nuclear brasileiro será construído no Centro Experimental de Aramar (CEA), que integra o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). O protótipo funcionará no Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene), uma das áreas mais importantes no desenvolvimento da embarcação.

O Labgene, também conhecido como “complexo do reator”, será formado por 11 prédios. O destaque fica para os edifícios do reator e das turbinas, que serão responsáveis por testar os circuitos primário e secundário do equipamento, respectivamente.

O prédio das turbinas ainda está em fase de obras. O outro, do reator, aguarda a autorização ambiental para sua construção. A expectativa da Marinha é que a liberação venha ainda neste semestre. A demorase deve aos elementos radioativos que serão utilizados no prédio. Considerado de classificação nuclear, a instalação do reator precisa atender os mesmos requisitos de projeto e de licenciamento de uma usina termonuclear, como Angra 1 e 2, que funcionam em Angra dos Reis (RJ) e produzem energia para diferentes estados.

“O (reator) que está sendo feito é capaz de gerar energia para uma cidade de 25 mil habitantes. Já uma usina gera para 250 mil pessoas. Esses prédios serão a simulação do submarino em terra. Eles servirão para testar variáveis do projeto e treinar a tripulação”, disse o capitão de corveta e engenheiro naval responsável pela implantação do Labgene, Danilo Grosso.

Segundo o capitão de corveta, o prédio do reator precisa ter uma estrutura para resistir a terremotos, tornados e sismos (abalos). Devido a essas exigências, foi escolhido um local estratégico para a construção. A área selecionada fica sob leito rochoso, o que ajuda na estabilidade e na integridade do prédio. “(O leito de rocha) impede a passagem de vibrações. Mesmo em sondagens a 100 metros de profundidade foram encontradas rochas intactas”, destacou Grosso.

O Laboratório de Testes de Equipamentos de Propulsão (Latep) é outra unidade construída em Aramar para avaliar os equipamentos, antes que sejam colocados em conjunto com o reator. No local, é verificado o funcionamento das turbinas e dos geradores, o denominado circuito secundário. Ao todo, o submarino vai contar com quatro turbogeradores, entre os de propulsão e os auxiliares.

Além das turbinas do submarino nuclear, o Latep está testando turbinas que serão exportadas para a Colômbia. A princípio, elas seriam examinadas na Alemanha, porém os custos ficariam bem mais altos.

COMBUSTÍVEL
Em Aramar, acontece ainda a produção do combustível a ser utilizado no reator do submarino. O trabalho é feito na Usina de Produção de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), elemento chavepara a fabricação do combustível.

Na usina, ocorre a conversão do urânio em pó, o chamado yellow cake, no gás hexafluoreto de urânio. O procedimento é necessário para que fique mais fácil separar o Urânio 235, presente em baixa concentração no mineral e importante para a produção do combustível.

“Atecnologia foi desenvolvida e projetada no Brasil, já que não adquirimos matéria prima no mercado internacional. Depois isso, poderá ser transferida para a sociedade civil, sendo utilizada pela Petrobras e na medicina, por exemplo”, explicou o engenheiro de Metalurgia Paulo Dias, responsável pela operação da Usexa.

A usina de conversão da base militar atenderá apenas as demandas da Marinha relacionadas ao Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear. O laboratório não prestará serviços a usinas nucleares, uma vez que trabalha com quantidades de urânio bem menores do que as necessárias para essas plantas (o volume de combustível necessário para a embarcação é bem inferior ao demandado por essas instalações de energia).

Quando em plena operação, a unidade da Marinha no Interior de São Paulo poderá converter até 40 toneladas de yellow cake por ano. Para as usinas Angra 1, 2 e 3, seria necessário converter 500 toneladas anuais.

No Brasil
“A tecnologia foi desenvolvida e projetada no Brasil, já que não adquirimos matéria-prima no mercado internacional”

Paulo Dias, responsável pela operação da Usina de Produção de Hexafluoreto de Urânio da CEA
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Marinha dá os primeiros passos para ter seu submarino nuclear
Construção de um protótipo do reator da embarcação já está em estudos em base no Interior de São Paulo
Lyne Santos

6/3/2012

Após ingressar na seleta lista de países com um porta aviões, o Brasil vai integrar um grupo ainda mais restrito, o das nações com um submarino nuclear. A previsão é que a embarcação esteja pronta para os primeiros testes de mar em 2023. Atualmente, o projeto passa pelas fases de construção do protótipo do reator nuclear e produção do combustível, que devem ser concluídas em dois anos.

Essas etapas são desenvolvidas no Centro Experimental de Aramar (CEA), unidade da Marinha localizada na cidade de Iperó, a 125 quilômetros de São Paulo. No local, visitado pela Reportagem de A Tribuna, é feita parte das atividades de pesquisa da Armada.

O CEA também abrigará instalações onde serão testados os equipamentos nucleares a serem implantados no submarino. Um dos futuros prédios, por exemplo, será um protótipo, em terra, do próprio veículo. De acordo com o projeto, nesse imóvel, serão recriados os ambientes da embarcação e será testado seu reator, responsável pela produção de energia que a movimentará.

“O nosso reator protótipo será utilizado para testar o projeto, ver se ele funciona de fato. Se funcionar, vamos reproduzi- lo exatamente igual e colocar a bordo do submarino. Se não, vamos fazer as modificações apropriadas para que a segurança e o desempenho sejam aqueles requeridos”, explicou o superintendente do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil, o contra-almirante e engenheiro naval Luciano Pagano Junior

Será a primeira vez que o Brasil construirá integralmente um reator nuclear. Os principais equipamentos para sua montagem foram adquiridos ao longo dos anos, já que a ideia de ter um submarino com esse tipo de propulsão surgiu no País há mais de duas décadas.

O primeiro submarino nuclear do mundo foi o Nautilus, fabricado pelos Estados Unidos em 1954. Quase 60 anos depois,apenas cinco países contam com esse tipo de embarcação – Rússia, China, Inglaterra e França, além dos Estados Unidos. Todos integram o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A Índia também tem um projeto em andamento.

O grupo é mais seleto do que o dos países com porta-aviões, tipo de embarcação presente nas marinhas de dez nações atualmente.


As turbinas do futuro submarino nuclear são avaliadas no Laboratório de Testes de Equipamentos de Propulsão, um dos prédios do CEA

SUBMARINOS
Segundo o contra-almirante Pagano Júnior, o submarino brasileiro será montado no estaleiro em construção nas proximidades do Porto de Itaguaí, às margens da Baía de Sepetiba, no litoral sul do Rio de Janeiro. Na área, também será implantada uma base naval. A estimativa da Marinha é que os empreendimentos sejam finalizados em meados de 2015.

Ao todo, serão investidos € 6,7 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões, com base na cotação de ontem) na implantação de todo o projeto. Esse montante inclui os gastos com a construção da base naval, do estaleiro, do submarino nuclear (sem o reator) e de quatro submarinos convencionais. Estes últimos vão substituir os que a Marinha tem hoje e já estão com idade avançada – Tupi, Tamoio, Timbira, Tapajó e Tikuna. O primeiro deve ser lançado ao mar em 2017.

Assim como o submarino nuclear, os convencionais serão fabricados a partir de um contrato firmado com a França em 2008. Pelo acordo, os franceses são responsáveis pela construção dos equipamentos e da tecnologia não-nuclear.


quipamentos serão testados antes de serem instalados na embarcação

MOTOR
A principal diferença entre os submarinos convencionais e os de propulsão nuclear está no motor. Enquanto o primeiro se movimenta graças a um motor a diesel, o segundo utiliza um reator nuclear.

O submarino brasileiro não usará armamento nuclear. Isso se deve, principalmente, ao Tratado de Não- Proliferação Nuclear (TNP), assinado pelo País em 1968 e que impede a uso dessas armas pela nação.

De acordo com o contra-almirante Pagano Junior, a construção de um submarino nuclear garante à Marinha novas condições para defender o mar territorial brasileiro. Para ele, a embarcação é um instrumento de trabalho de qualidade e eficiência. “É mais ou menos como você defender o seu forte apache com arco e flecha e, em seguida, passar para armas de fogo”, exemplificou.

São as características do motor que asseguram as principais vantagens dessa embarcação. O equipamento permite que o submarino permaneça meses submerso e ainda atinja uma maior velocidade. Os diferenciais são essenciais no caso de fuga ou perseguição a um inimigo. O tempo que ele ficará embaixo d’água dependerá apenas do estresse da tripulação.

“A vantagem do submarino em um conflito é que ele não é detectável enquanto está submerso. Já quando está fora, é totalmente vulnerável. O tempo de submersão é a proteção do submarino”, explicou.

O oficial reiterou ainda que o submarino é um fator inibidor para possíveis inimigos. “Do ponto de vista do que se entende que é o poder naval, o exercício da capacidade de defender, o submarino é peça fundamental”.

Tripulação é selecionada entre militares voluntários
A seleção dos tripulantes para os submarinos militares, tanto os convencionais como, futuramente, o nuclear, é feita por regime de voluntariado, explicou o contra-almirante Luciano Pagano Junior. Segundo ele, para ser um bom profissional a bordo deste tipo de embarcação, é preciso querer, já que oficiais e marinheiros são submetidos a um elevado estresse psicológico.

No caso específico do submarino nuclear, é justamente o comportamento da tripulação que determinará quanto tempo ele ficará submerso. Normalmente, a embarcação fica meses embaixo d’água, para a realização de missões. E para que os militares estejam preparados, será aplicado um treinamento bastante rigoroso, que vai durar mais de um ano.

“Eles precisam estar aptos a viver com companheiros, com uma tripulação que varia entre 50 e 80 homens, dependendo do tipo de submarino. E isso intimamente, pois é um espaço muito pequeno e limitado para compartilhar com essas pessoas o dia a dia”,disse o contra-almirante.

A Marinha já iniciou o processo de seleção para a tripulação. A preparação incluirá testes em câmaras hiperbáricas (onde a pessoa é submetida a uma pressão elevada) e missões em submarinos convencionais. “Tem toda uma cultura que é criada para que paulatinamente ele esteja preparado”.

Além do estresse psicológico, os tripulantes de um submarino nuclear costumam sofrer com o estresse profissional, informou Pagano Junior. Isso porque cada um tem sua função específica, executada sob o risco de “por a perder todos os tripulantes”. “Manobras erradas significam um grande desastre. É uma profissão estressante”, destacou.

A principal diferença no treinamentodas equipes de embarcações com propulsão nuclear está na parte técnica, ou seja, em como operar o reator com segurança. Nessa área, o Brasil conta com o apoio da França, parceiro do País na construção desse submarino. Segundo o contra-almirante, “há um acordo com a França que visa não treiná-los (os tripulantes) lá, mas sim, obter informações que permitam reproduzir esse treinamento no Brasil, com base na experiência de quem já faz isso há 20 anos”.

O centro de treinamento para aplicar essas instruções foi concluído em Aramar no ano passado. A parte prática dessa qualificação terá aulas realizadas no complexo do reator, onde será testado o equipamento. A intenção é que o tripulante chegue a bordo com conhecimentos significativos, disse Pagano Júnior. “Aqui, ele será supervisionado, estará em um ambiente mais controlado para aprender a operar na prática o reator de verdade”.

As dificuldades impostas aos tripulantes fará com que seja necessário um rodízio entre eles. Cada vez que o submarino retornar, um outro grupo embarcará em uma nova missão. “É para que se possa usufruir daquele submarino nuclear o máximo possível. É uma ferramenta muito cara. É prejuízo ficar parada”


Contra-almirante Pagano Junior explicou como a tripulação é selecionada
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #297 em: Maio 04, 2012, 03:16:37 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #298 em: Junho 30, 2012, 05:36:16 pm »
NApOc ‘Amazonas’ é incorporado à Marinha do Brasil

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« Responder #299 em: Setembro 05, 2012, 06:41:09 pm »
Depois de um tempo afastado do fórum, apenas lendo posts, vou compartilhar algumas fotos.

Minha visita à F-45 União e F-48 Bosísio em Itajaí, 02/09/2012. Itajaí é uma cidade portuária em meu estado, Santa Catarina, a 95 km da capital. Moro na capital.

A fila para o C-46 Gómez Roca não andava, então tirei apenas fotos do exterior deste navio.



































« Última modificação: Dezembro 23, 2013, 04:15:54 am por Guilherme »