Coreia do Sul vs Coreia do Norte

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sergio21699

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Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« em: Março 26, 2010, 06:41:42 pm »
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Navio sul-coreano afunda na fronteira marítima com Coreia do Norte
Pelos menos 58 pessoas foram resgatadas mas prevê-se que o navio transportava mais de 100 pessoas a bordo


O governo sul-coreano está reunido de emergência, depois de uma navio se ter afundado perto da fronteira marítima disputada com a Coreia do Norte, alegadamente atingido por um torpedo disparado por um navio daquele país, esta sexta-feira.

No entanto, as causas do naufrágio do navio não estão completamente esclarecidas. Ninguém arrisca a afirmar, concludentemente, que o navio que disparou o torpedo era um navio norte-coreano.

Um funcionário norte-americano, citando fontes de Seul, adiantou que pelo menos 58 pessoas foram resgatadas até agora, mas que navio sul-coreano tinha mais de 100 pessoas a bordo.

A marinha sul-coreana confirma que cerca de metade dos mais de 100 marinheiros a bordo foram resgatadas, mas os outros estão mortos.

A fonte americana, que falou sob anonimato, disse que Estados Unidos não estão envolvidos nos esforços de resgate.

O funcionário não tinha nenhuma informação independente sobre se a Coreia do Norte pode estar ou não envolvido no naufrágio.

http://www.tvi24.iol.pt/internacional/coreia-norte-sul-navio-afunda-tvi24/1150471-4073.html
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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SSK

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #1 em: Março 27, 2010, 10:45:42 pm »
Este acontecimento promete decerto aquecer ainda um pouco mais a zona. Muito provavelmente já andará um 214 a ajudar a caçada aos responsáveis.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Nuno Calhau

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #2 em: Março 30, 2010, 03:38:13 pm »
Segundo a imprensa sensasionalista, foi uma mina do tempo da guerra de cinquenta!

Um Abraço.
 

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HaDeS

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #3 em: Abril 21, 2010, 07:07:15 pm »
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Submarino é suspeito de afundamento de corveta sul-coreana

Na quinta-feira da semana passada a seção da popa da corveta Cheonan  foi retirada do Mar Amarelo. Depois da recuperação desta parte do casco, aumentaram as suspeitas de uma explosão externa, provocada por torpedo ou mina.

Autoridades e especialistas acreditam que um torpedo seria a causa mais provável, devido à extensão dos estragos. A arma teria sido lançada por um submarino de 325 toneladas da classe “Shark” (imagem abaixo).

A Coreia do Sul diz que sua inteligência reportou a ausência de um ou dois submarinos da classe em seu porto base, no Cabo Bipagot, quando a Cheonan foi afundada.




Fonte: http://www.naval.com.br/blog/wp-content ... 80x361.jpg
 

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Snowmeow

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #4 em: Abril 24, 2010, 01:48:34 pm »
Só pra confirmar, esse submarino classe "Shark" é do Norte, certo?

Devemos nos lembrar que a Coreia do Norte nunca assinou um acordo de cessar-fogo depois da Guerra da Coreia, ou seja, os norte-coreanos ainda estão em clima de guerra. Não estivessem, e a unificação dos dois países já teria sido feita faz tempo.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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sergio21699

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #5 em: Abril 25, 2010, 06:14:17 pm »
Citação de: "Snowmeow"
Só pra confirmar, esse submarino classe "Shark" é do Norte, certo?

Certo
 :arrow: http://www.globalsecurity.org/military/world/dprk/s-sango.htm
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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HaDeS

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #6 em: Abril 26, 2010, 10:27:04 pm »
Já foi descartada a causa da explosão interna, caso a teoria do torpedo se confirme (mais provavel assinalam especialistas), é mais uma prova da letalidade da arma submarina, mesmo de um submarino simples como esse.
 

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TFH masterchef

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #7 em: Maio 20, 2010, 12:14:40 pm »
O naufrágio de um navio de guerra sul-coreano, a 26 de Março, foi causado por um torpedo de um submarino norte-coreano. Pelo menos esta é a conclusão de um relatório internacional sobre este caso, em que morreram 46 marinheiros.

«As provas apontam de forma esmagadora para a conclusão que um torpedo foi disparado por um submarino norte-coreano», refere o documento, citado pela BBC. «Não há outra explicação plausível».

A site da cadeia pública de media britânica salienta que foi descoberto parte do projéctil disparado no fundo do mar, com inscrições que indicam ter sido fabricado na Coreia do Norte.

Este relatório está já a causar mau estar entre os dois países vizinhos - tecnicamente ainda em guerra. As autoridades de Pyongyang dizem que se trata de uma «fabricação» e avisa que, caso sejam impostas sanções ao regime, partirá para a guerra.

Do lado de Seul, o presidente Lee Myung-bak invocou a necessidade da tomada de uma «acção firme» contra os vizinhos do norte. Em Pequim, as autoridades chineses pedem contenção.

Os EUA, com quem o regime comunista de Pyongyang tem um longo historial de tensões, disseram já que este se tratou de um «acto de agressão» por parte da Coreia do Norte, com o secretário-geral na ONU, Ban Ki-moon, a descrever o relatório agora divulgado como muito preocupante.

O documento foi elaborado por uma equipa internacional de especialistas dos EUA, Austrália, Reino Unido e Suécia.    :  :G-bigun:  :2gunsfiring:
 

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teXou

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #8 em: Maio 20, 2010, 07:38:33 pm »
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Des unités de la marine sud-coréenne ont tiré des coups de semonce, le week-end dernier en mer Jaune, sur deux patrouilleurs nord-coréens qui avaient apparemment franchi la limite des eaux territoriales entre les deux pays. Selon les autorités de Séoul, les deux intrus n'ont pas demandé leur reste et se sont repliés sans riposter. Cette nouvelle « provocation » intervient alors que l'enquête sur le naufrage dans cette région du Chon An se poursuit. Il y a 8 jours, le ministre sud-coréen de la Défense avait confirmé que des traces de substances explosives avaient été retrouvées sur l'épave de la corvette, qui a coulé mystérieusement le 26 mars en mer Jaune, provoquant la mort de 46 marins. A Séoul, l'hypothèse d'une torpille nord-coréenne est évoquée par les media mais les autorités se gardent bien de commenter cette piste, même si des escarmouches plus ou moins sérieuses ont opposé, ces dernières années, les deux marines. Ainsi, en novembre 2009, les sud-coréens affirmaient qu'un bâtiment nord coréen avait été endommagé après être entré dans leurs eaux territoriales.
Construit en 1989, le Chon An, qui embarquait un armement important sur la partie arrière (deux plateformes triples lance-torpilles, un canon de 76mm, une tourelle double de 40mm et quatre missiles antinavire) a, aussi, pu être victime d'un accident.


http://www.meretmarine.com/article.cfm?id=113197
"Obviamente, demito-o".

H. Delgado 10/05/1958
-------------------------------------------------------
" Não Apaguem a Memória! "

http://maismemoria.org
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #9 em: Junho 21, 2010, 10:26:26 pm »
Radiações altas detectadas na fronteira entre as duas Coreias


Níveis anormalmente altos de radiação foram detetados junto à fronteira entre as duas Coreias, semanas depois de a Coreia do Norte ter anunciado o domínio da tecnologia para fabricar uma bomba de hidrogénio, informou hoje o governo sul-coreano.

Segundo o Ministério da Ciência sul-coreano, investigações realizadas excluem a possibilidade de um teste nuclear, dado não ter havido qualquer sinal de um tremor de terra como ocorre habitualmente após uma explosão atómica, mas não permitiram identificar a fonte da radiação.

A 12 de maio, a Coreia do Norte anunciou que os seus cientistas conseguiram uma reação de fusão nuclear, tecnologia necessária para fabricar uma bomba de hidrogénio. Nesse anúncio, Pyongyang não disse como vai usar essa tecnologia, limitando-se a considerá-la "um avanço no desenvolvimento de nova energia".

Especialistas sul-coreanos manifestaram dúvidas quanto à capacidade da Coreia do Norte para um avanço destes. Cientistas de todo o mundo experimentam com a fusão nuclear há décadas, sem que tenham conseguido desenvolvê-la como uma alternativa energética viável.

A 15 de maio, no entanto, a concentração atmosférica de xénon, gás inerte libertado após uma explosão nuclear ou uma fuga radioativa de uma central nuclear, do lado sul-coreano da fronteira era oito vezes superior ao normal, segundo o Ministério da Ciência sul-coreano.

Nos dias seguintes, a Coreia do Sul procurou sinais de um tremor de terra artificialmente induzido com a magnitude habitualmente registada após um teste nuclear. Os especialistas, no entanto, não encontraram sinais de uma tal actividade sísmica, segundo o Ministério.

Segundo o especialista nuclear Whang Joo-ho, a concentração de xénon pode também ser provocada por uma fuga. E, dado que o vento soprava de norte para sul quando o xénon foi detetado, as autoridades sul-coreanas excluem que possa ter origem numa das centrais nucleares da Coreia do Sul.

Um responsável do Ministério da Ciência admitiu contudo, pedindo anonimato, que o gás possa ser proveniente da Rússia ou da China.

A Coreia do Norte, que se suspeita ter plutónio suficiente para fabricar pelo menos meia dúzia de bombas nucleares, realizou dois testes subterrâneos em 2006 e em 2009, suscitando críticas internacionais e subsequentes sanções da ONU.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #10 em: Julho 01, 2010, 05:53:30 pm »
Coreia do Sul condena espiões norte-coreanos a 10 anos de prisão


Um tribunal de Seul, na Coreia do Sul, condenou a 10 anos de prisão dois espiões norte-coreanos por tentarem assassinar Hwang Jang-yop, ex-alto cargo do regime comunista norte-coreano refugiado no país, informou a agência sul-coreana Yonhap.

Os dois majores do exército da Coreia do Norte, Kim Myung-ho, 36 anos, e Tong Myung-hwan, 34 anos, foram detidos em Abril passado, após terem entrado na Coreia do Sul disfarçados de refugiados.
A Procuradoria pediu 15 anos de prisão para os acusados, que se declararam culpados durante o processo e admitiram os planos de assassínio. Os homens revelaram que se reportavam periodicamente a Pyongyang sobre as actividades de Hwang em Seul e se preparavam para «cortar a garganta do traidor».

O tribunal aceitou a confissão e condenou-os por violação da lei de segurança nacional. Pyongyang, contudo, negou os planos de assassínio e afirmou que a Coreia do Sul está a forjar o julgamento para intensificar o sentimento anti-Coreia do Norte.

Segundo os juízes, os dois agentes norte-coreanos obtiveram informações confidenciais sobre Hwang, através de contacto com partidários do regime norte-coreano na China. Os dois, que tinham recebido treino militar, poderiam representar uma grande ameaça» para a segurança de Hwang.

Hwang, 88 anos, refugiou-se na Coreia do Sul em 1997 e, desde então, vive sob forte esquema de segurança. É o mais eminente exilado do regime norte-coreano, já que ocupou o cargo de secretário do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e foi presidente da Assembleia Popular Suprema do país comunista.

Desde a sua deserção, através da embaixada sul-coreana em Pequim, Hwang faz frequentes aparições públicas e denúncias contra o regime comunista de Kim Jong-il, sob ameaça de Pyongyang.

Desertores do alto-escalão são alvos certos de planos de assassínio pelas forças norte-coreanas. Em 1997, a neta de uma das mulheres do ditador Kim Jong-il foi morta perto do seu apartamento em Seul, 15 anos após a sua deserção. A polícia sul-coreana nunca encontrou os assassinos, mas acredita-se que sejam agentes da Coreia do Norte.

Os dois agentes norte-coreanos têm sete dias para apelar da sentença.

Lusa
« Última modificação: Julho 25, 2010, 11:18:38 pm por Lusitano89 »
 

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Lusitano89

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #11 em: Julho 25, 2010, 11:16:57 pm »
Os caminhos erráticos da Coreia do Norte
Alexandre Reis Rodrigues
 
 
Mais uma vez a Coreia do Norte consegue sair impune de uma situação que devia ter merecido condenação internacional das Nações Unidas e sanções. Falo do afundamento da corveta “Cheonam” da Coreia do Sul, a 26 de Março, em que morreram 46 militares da Marinha sul-coreana, um incidente que em condições normais seria considerado um acto de guerra. O Conselho de Segurança acabou por condenar o ataque mas não nomeou o seu autor!

Ban Ki-moon tinha considerado que as evidências da autoria do incidente eram incontornáveis («compelling») e que «teriam que ser tomadas algumas medidas». A investigação feita no local tinha levado à recolha de componentes do sistema de propulsão de um torpedo (CAT-O2D) que a Coreia do Norte vende ao estrangeiro. Os serviços de informações estavam a par de que na ocasião havia submarinos da Coreia do Norte fora do porto. A China, no entanto, não reconheceu o ataque; Kim Jong Il, como esperado, rejeita liminarmente qualquer envolvimento de submarinos norte-coreanos.

A Coreia do Sul reagiu com a maior contenção, quer a nível político, quer na opinião pública. Esta pareceu sobretudo interessada em “deitar o assunto para trás das costas”, considerar o incidente como uma lamentável aberração a que não deveria ser atribuída grande importância. B. R. Myers, director de estudos internacionais na Universidade de Dongseo, comentou que a indignação tinha sido bem maior quando, em 2002, uma viatura militar norte-americana, em Seoul, involuntariamente atropelou duas jovens.

Que influência poderá ter nesta postura a percepção pública sobre a realidade militar nas duas Coreias perante a possibilidade de um confronto? Conhece-se o risco de escalada que existe, a partir de pequenos incidentes, principalmente na frente marítima, nas proximidades da área de demarcação entre as duas Coreias. Há um historial de vários casos de acusações mútuas de violações de águas territoriais, incluindo troca de tiros entre navios; o último foi em Novembro de 2009. Há também o incidente do encalhe de um submarino norte-coreano nas costas da Coreia do Sul, em 1996. Alguns observadores associam o afundamento do “Cheonan” com o incidente de 2009, em que o navio norte-coreano terá sofrido cerca de 50 impactos, presumivelmente com baixas; Kin Jong Il terá então dado ordens para preparar a retaliação agora concretizada.

A Coreia do Norte, geralmente considerada como o país mais militarizado do mundo, tem em relação à Coreia do Sul uma significativa vantagem numérica em termos de efectivos (o Exército do Norte tem entre 1.100.000 e 700 mil efectivos). Não é, no entanto, neste campo que se situa a vulnerabilidade principal do Sul; é no risco de Seul ser dizimada pelas 11.000 peças de artilharia e pelos mísseis que o Norte tem colocado ao longo da linha de demarcação. A superioridade do equipamento militar da Coreia do Sul e o continuado apoio técnico-militar e da presença militar americana (25.000 efectivos na Coreia do Sul e 32.500 estacionados no Japão, mas facilmente deslocáveis para a área) permitirão decidir favoravelmente um confronto com as forças armadas do Norte mas não evitarão o risco em que se encontra a capital.

É precisamente este compromisso de apoio que os exercícios aero-navais que se iniciaram hoje, entre a Marinha norte-americana e as Forças Armadas da Coreia do Sul, pretendem realçar como aviso de que a Coreia do Norte deve pôr termo à postura agressiva e “guerra de palavras” que insiste em manter. Estes exercícios estavam agendados para data anterior, aliás muito próxima da do incidente do “Cheonan”, mas foram então cancelados para evitar a interpretação da sua realização como uma reacção ao sucedido. Depois, durante algum tempo, os EUA, preocupados com a China e com a necessidade de não criar novos compromissos militares, enquanto não tiverem resolvidos os que estão em curso, resistiram a considerá-los oportunos.

Acabaram por os programar, com a inclusão de um porta-aviões, o melhor símbolo da disponibilidade dos EUA em garantir a sua segurança, para retirar a tensão que se acumulava no relacionamento com a Coreia do Sul. Organizaram também, pela primeira vez em Seul, uma cimeira “2+2” (secretários de Estado e Defesa dos EUA e correspondentes ministros da Coreia do Sul), o que simboliza uma espécie de renovação do estatuto do seu relacionamento. Há em tudo isto também uma mensagem dirigida à China, que obviamente não pode apreciar situações que dêem argumentos à continuação da presença da marinha mais poderosa do mundo a operar na proximidade do seu território.

Como poderá a situação evoluir em termos políticos no futuro próximo? A grande prioridade para Kim Jong Il é a substituição do Armistício de 1953 por um Tratado de Paz que encerre, formal e definitivamente, a Guerra da Coreia, ao que se seguiria a normalização das relações com os EUA. Parece um objectivo razoável que merece ser apoiado. Não é esse o caso, no entanto; a metodologia que Kim Jong Il pretende seguir não consegue afastar a suspeita de que, à semelhança do que sempre fez no passado, apenas quer eternizar a situação de facto do seu programa nuclear, uma situação que, entre avanços e recuos, dura há 15 anos e tem resistido a diferentes aproximações diplomáticas.

Pyongyang começou por recusar uma oferta de Obama, pouco depois de tomar posse, para uma visita do seu especial representante, Stephen Bosworth, e contactos directos com a secretária de Estado. Aceitou, no final de 2009, a primeira para concordar com a necessidade de retomar as “conversações a seis”, embora apenas depois de “encurtar” o que divide os dois países. Curiosamente, enquanto esta visita decorria, era interceptado em Banguecoque um avião com componentes para o fabrico de mísseis exportados pela Coreia do Norte, não obstante as sanções em vigor o proibirem.

A ideia de conversações bilaterais em que o Norte continua a insistir é antiga. Tem sido sistematicamente recusada pelos EUA por fazer correr o risco de quebrar a unidade que existe entre os restantes quatro. Essa hipótese seria especialmente inaceitável pela Coreia do Sul; ficaria excluída de conversações absolutamente centrais para a sua segurança. Colocaria o Norte como o representante de toda a península coreana. Tóquio também recusa essa possibilidade, não querendo delegar em terceiros, os casos pendentes que tem com a Coreia da Norte quanto a cidadãos japoneses que foram raptados e forçados a trabalhos forçados. Não seria aceite também pela China, preocupada com o risco de desestabilização da Coreia do Norte e, em geral, com a segurança na área.

O interesse de Kim Jong Il por um acordo de paz para a Península Coreana deve ser interpretado no âmbito do processo de indigitação do seu filho Kim Jong Un para o substituir em 2012. O ditador terá concluído que a posse de armas nucleares por si só, não garante a segurança do país no longo prazo. Quer garantias suplementares, antes de entrar na fase final do processo de transição do poder que iniciou este ano com algumas medidas de preparação do ambiente político. Algumas “peças-chave” do seu círculo próximo foram mudadas sob essa perspectiva; escolheu um homem da velha-guarda para 1º ministro (Choe Yongsin, 81 anos) e o cunhado Jang Son-Thaek para vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa, o centro do poder no país.

Kim Jong Il foi buscar a inspiração para estas medidas na experiência pessoal da transição do poder de seu pai para si próprio mas continua a esquecer a mais importante lição da evolução do mundo após o fim da Guerra Fria, para a situação especial do seu país. A de que a preservação do isolamento internacional em que o mantém o país, e que é a chave da sobrevivência política do regime, não será possível para sempre, provavelmente nem por muito mais tempo.

A primeira brecha foi aberta com a instalação do parque industrial de Kaesong, perto da fronteira Sul e onde 44.000 norte-coreanos trabalham para 121 empresas estrangeiras, na maioria sul-coreanas. São cerca de 50 milhões de dólares que entram na economia do Norte por mês, uma receita importante para um país sempre à beira da bancarrota e com largos estratos da população a morrer à fome. Tão importante que, mal grado o “perigo” que representa como porta de abertura ao exterior, já constitui o único elo que nem Kim Jong Il se atreve a quebrar. Daqui para a frente é sobretudo uma questão de “alimentar” esta situação e saber esperar.

Jornal Defesa
« Última modificação: Julho 26, 2010, 06:21:20 pm por Lusitano89 »
 

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Snowmeow

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #12 em: Julho 26, 2010, 02:41:37 pm »
Meus dois centavos:

Kim Jong Un deverá ser peça-chave para a dissolução da Coreia do Norte e a sua união com a Coreia do Sul. Ele, e não o presidente atual, deve ser estimulado a conversas, chamado a reuniões, para que, quando ele assumir o posto de seu pai, assine o tratado de paz que porá fim à deplorável situação na qual se encontra o povo norte-coreano. Tratado de paz assinado, a desmilitarização será gradual, e os esforços para a unificação ficarão mais fortes: O povo pedirá pela unificação.

Eu acho que é nesse ponto em especial que a Coreia do Sul o Japão e os EUA deviam trabalhar, em vez de cutucarem o vespeiro Kim Jong-Il.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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canardS

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #13 em: Julho 26, 2010, 08:42:29 pm »
QUE CHORRADA HAS ESCRITO MUCHACHO. Las dictaduras no cambian por las buenas, solo si se termina con ellas.
 

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GI Jorge

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Re: Coreia do Sul vs Coreia do Norte
« Responder #14 em: Julho 28, 2010, 06:07:21 pm »
Citação de: "Snowmeow"
Meus dois centavos:

Kim Jong Un deverá ser peça-chave para a dissolução da Coreia do Norte e a sua união com a Coreia do Sul. Ele, e não o presidente atual, deve ser estimulado a conversas, chamado a reuniões, para que, quando ele assumir o posto de seu pai, assine o tratado de paz que porá fim à deplorável situação na qual se encontra o povo norte-coreano. Tratado de paz assinado, a desmilitarização será gradual, e os esforços para a unificação ficarão mais fortes: O povo pedirá pela unificação.

Eu acho que é nesse ponto em especial que a Coreia do Sul o Japão e os EUA deviam trabalhar, em vez de cutucarem o vespeiro Kim Jong-Il.

Eu acho é que a CIA já À algum tempo que não faz um ou outro assassínio   :twisted:
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar