O GALE - Missões, Organização, Aeronaves

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Spectral

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« Responder #30 em: Junho 24, 2004, 03:57:41 pm »
Acho que o Pedro Monteiro já referiu os pontos essenciais na questão NH-90/EH-101.

Para que são os Merlin ASW? Esses sim, são relíquias da Guerra Fria. Mais vale começar o reequipamento da marinha com NH-90.

Tinha a ideia que os AlIII já tinham sido substituídos na França à anos pelos Gazelle.

O Lynx é um heli muito caro comparado com alternativas semelhantes ( A-109 por exemplo).

E acho que os radares MMW em helis são um despedício. Mais vale um bom sistema térmico + mísseis guiados a laser, porque os radres ficam caríssimos (veja-se o custo dos Longbow) !
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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NVF

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« Responder #31 em: Junho 24, 2004, 04:43:15 pm »
Citação de: "Pedro Monteiro"
- a adopção dos EH-101 da FAP levaria ao cancelamento do GALE, ou pelo menos de uma parte significativa deste, algo que o Exército não desejava
- o projecto do NH-90 recolhia a preferência e o interesse da Armada, pois, o NH-90 pode substituir - a médio prazo - os Lynx embarcados nas fragatas, algo que o EH-101 não pode  :)
- os custos de aquisição e de operação (uma hora de voo no EH-101 vai para 1.500 euros). Muitas vezes a capacidade para 30 tropas do EH-101 é excessiva, mesmo para as missões de transporte do GALE
- o GALE desejava ter um maior número de helicópteros, devido à disponibilidade. Não é difícil ver porquê, bastaria enviar 2 EH-101 para uma missão no exterior - para apoio, por exemplo, ao contingente português na ONU em Timor, ao invés dos Al III -  que a frota ficava drasticamente reduzida
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


1) Não vejo porquê, só mesmo nas mentes curtas dos nossos generais. Podiam operá-los em conjunto como fazem as forças armadas do Reino Unido.
2) Médio prazo? O quê 15 anos? Mas se na LPM há planos para adquirir mais Lynx, quando é que a Marinha vai ter NH90, daqui a 20 anos?
3) 1500 euros é muito dinheiro, mas comparado com quê? Qual o custo de operação/hora de 1 NH90?
4) Se você comparar a capacidade do EH101 com um Black Hawk (30 vs 11), há uma grande discrepância, mas entre um EH101 e um NH90, já não é tanto assim (30 vs 20). Aliás, a capacidade do EH101, permite-lhe levantar um pelotão completo, o que não acontece com um NH90.
4) Porque razão haveria o GALE de adquirir somente 4 EH101, se o Exército necessita de levantar 200 homens (10 NH90)? Para a mesma capaciadade o GALE nessitaria de adquirir 7 EH101 e se saíssem 2 para o estrangeiro ainda ficavam 5.

Quanto a mim a melhor combinação para o GALE é EH101 e A109.

Quanto ao tratado CFE, encontram (no artigo 21) uma tabela com os limites para cada estado signatário. De qualquer modo, aqui vão os valores para Portugal:

300 MBT, 430 ACV, 450 peças artilharia, 160 aviões e 26 helicópteros

http://www.osce.org/docs/english/1990-1 ... eagree.htm

Cpts.
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emarques

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« Responder #32 em: Junho 24, 2004, 05:01:40 pm »
Será que nos deixam trocar 100 tanques por 50 helicópteros? ;)
Ai que eco que há aqui!
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É o eco que há cá.
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Spectral

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« Responder #33 em: Junho 24, 2004, 05:05:25 pm »
Erm, NVF, a compra dos Merlin pela RAF é uma situação interessante.

Foram adquiridos cerca de 20/30 aparelhos em meados dos anos 90, com o objectivo de encomendar mais tarde outros, de modo a ir substituindo gradualmente os Puma ( um aparelho da mesma classe do NH-90) na missão de transporte táctico.

Mas a que conclusão se chegou ? Que uma frota Lynx+EH-101 ficava mais cara e não cumpria todas as missões operacionais. Por exemplo, com um Puma transportam-se confortavelmente 2 secções ( 16 homens) e com 2 Puma um pelotão. No Iraque, basta um Puma para montar um bloqueio de estrada. As tropas que um Lynx transporta não chegam, e um Merlin tem capacidade a mais.

A questão dos custos de operação é a mais importante. Um NH-90 deve ser mais barato que operar que um EH-101, mas por quanto ? Metade ? Não me parece ... 2/3 ? Aí as comparações ficariam empatadas ( a proporção de tropas também é 20/30).

E o EH-101 tem um problema. O preço. Agora não me estou a lembrar dos números, mas devido ao uso de 3 motores, o seu preço dispara...

Já agora, excelente link!

Cumptos
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JLRC

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« Responder #34 em: Junho 24, 2004, 06:08:19 pm »
Citação de: "Spectral"

Tinha a ideia que os AlIII já tinham sido substituídos na França à anos pelos Gazelle.


Estava a referir-me à marinha que ainda opera Alouette III e que os tem vindo a substituir pelos Dauphin.
Cumprimentos
JLRC
 

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JLRC

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« Responder #35 em: Junho 24, 2004, 06:17:39 pm »
Citação de: "NVF"
Quanto ao tratado CFE, encontram (no artigo 21) uma tabela com os limites para cada estado signatário. De qualquer modo, aqui vão os valores para Portugal:

300 MBT, 430 ACV, 450 peças artilharia, 160 aviões e 26 helicópteros

http://www.osce.org/docs/english/1990-1 ... eagree.htm

Cpts.


Obrigado NVF. Eram esses valores que me faltavam. Afinal temos muita margem de manobra.
Cumprimentos
JLRC
 

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NVF

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« Responder #36 em: Junho 24, 2004, 06:40:12 pm »
Às vossas ordens, cavalheiros  :D

Mas o tratado não vos causa preplexidade? Mesmo atendendo, a todas as razões históricas, geográficas e geopolíticas, porque é que países como a República Checa, Hungria ou a Grécia — todos com o mesmo nível de desenvolvimento e de população que nós — têm máximos autorizados muito superiores aos nossos?

Não é que vamos partir para uma toada armamentista, mas porque é que somos de 2ª entre os de 2ª? Ainda por cima, alguns destes países estão no centro da Europa, longe da maioria dos cenários actuais e nós estamos aqui, a umas dezenas de quilómetros de um potencial estado fundamentalista islâmico. É que 300 MBTs chegam (e sobram de longe) para defender o nosso território, mas 160 caças e 26 helis de combate podem, daqui a uma ou duas décadas, ser curtos.
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Pedro Monteiro

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« Responder #37 em: Junho 24, 2004, 07:19:05 pm »
Citação de: "NVF"
1) Não vejo porquê, só mesmo nas mentes curtas dos nossos generais. Podiam operá-los em conjunto como fazem as forças armadas do Reino Unido.
2) Médio prazo? O quê 15 anos? Mas se na LPM há planos para adquirir mais Lynx, quando é que a Marinha vai ter NH90, daqui a 20 anos?
3) 1500 euros é muito dinheiro, mas comparado com quê? Qual o custo de operação/hora de 1 NH90?
4) Se você comparar a capacidade do EH101 com um Black Hawk (30 vs 11), há uma grande discrepância, mas entre um EH101 e um NH90, já não é tanto assim (30 vs 20). Aliás, a capacidade do EH101, permite-lhe levantar um pelotão completo, o que não acontece com um NH90.
4) Porque razão haveria o GALE de adquirir somente 4 EH101, se o Exército necessita de levantar 200 homens (10 NH90)? Para a mesma capaciadade o GALE nessitaria de adquirir 7 EH101 e se saíssem 2 para o estrangeiro ainda ficavam 5.

Quanto a mim a melhor combinação para o GALE é EH101 e A109.

Quanto ao tratado CFE, encontram (no artigo 21) uma tabela com os limites para cada estado signatário. De qualquer modo, aqui vão os valores para Portugal:

300 MBT, 430 ACV, 450 peças artilharia, 160 aviões e 26 helicópteros

http://www.osce.org/docs/english/1990-1 ... eagree.htm

Cpts.


--> Note que os argumentos que apresentei foram os divulgados. O GALE tinha várias opções relacionadas com o EH-101. Porém, bastariam - em teoria, claro, não considerando aeronaves em manutenção - as 4 aeronaves da FAP para transportar os 120 homens - uma companhia - pretendidos pelo Exército e referidos à época. Portanto, não falamos de 200 homens, mas sim de uma centena (120). O Exército refere o número redondo de 10 NH-90 por vários motivos: contrapartidas, custos, nº de aeronaves em manutenção e treino, capacidades, missões, etc
A mim parece-me que, o GALE existe mais do que por uma questão de orgulho ou vontade de uns velhos generais. À altura da formação da EHM da Armada houve críticas similares e hoje prova-se que a Marinha fez bem em optar por tal aquisição e que os seus Lynx têm sido valiosos. A FAP tem falta de verbas e nesse aspecto a perda do monopólio da asas rotativas não vem ajudar na captação de financiamento. Sinceramente, duvido que a FAP conseguisse formar e manter uma frota de helicópteros capaz de compensar (numerica e operacionalmente) a perda da frota prevista para o GALE.
Os nossos Lynx foram recebidos em 1993 (apenas 3 deles eram novos). Ou seja, têm já uma década de serviço, não é, contudo, uma idade avançada para tais equipamentos. Na altura da assinatura do contracto dos EH-101 falava-se na hipótese do NH-90 substituir os Lynx a partir 2013/2015. Tomemos como possível essa data, por essa altura os Lynx terão 20 anos (os a adquirir podem ser usados, não sabemos ainda). Acontece que, as VG provavelmente irão manter-se ao serviço mesmo depois dos Lynx, mais: qualquer fragata que venha para a Armada a ter capacidade para operar helicópteros estará limitada a aeronaves de porte médio (algo que o NH-90 é e o EH-101 já não é, na prática). Os Lynx são já aeronaves antigas (relativamente ao conceito, etc), o NH-90 só este ano começou a ser entregue (o exército alemão já recebeu o primeiro exemplar de série) e pode ser considerado em muitos aspectos o state-of-art. A Marinha está de olho no futuro  :wink:
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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psychocandy

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« Responder #38 em: Junho 26, 2004, 01:59:58 pm »
A FAP eh essencial ah GALE, se bem que o Exercito tem tido um igual apoio da FAMET Espanhola, no treino de pilotos e nao so', tendo eles tambem um oficial de ligação  ca em Portugal. :)
"The nation which forgets its defenders will be itself forgotten."
 

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Spectral

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« Responder #39 em: Julho 18, 2004, 08:10:14 pm »
Umas fotos do NH-90 (esta é a  versão CSAR, que não vamos adquirir, mas dá uma boa ideia do aparelho) :



 8)

http://www.b-domke.de/AviationImages/NH90.html
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GALE
« Responder #40 em: Dezembro 23, 2004, 03:24:50 pm »
 

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« Responder #41 em: Dezembro 23, 2004, 04:04:22 pm »
Se houvesse eleições todos os meses a esta hora até já tinhamos um "Nimitz"

:roll:  :wink:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #42 em: Março 13, 2005, 03:11:06 am »
Com todo respeito aos irmãos portugueses, mas esse Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE) está igual a Viúva Porcina, ou seja, "a que foi sem nunca ter sido...".  :mrgreen:
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« Responder #43 em: Março 13, 2005, 09:11:29 am »
Citação de: "Paisano"
Com todo respeito aos irmãos portugueses, mas esse Grupo de Aviação Ligeira do Exército (GALE) está igual a Viúva Porcina, ou seja, "a que foi sem nunca ter sido...".  :mrgreen:  :mrgreen:

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« Responder #44 em: Outubro 15, 2005, 11:15:34 pm »
    Alguém se recorda de no final dos anos 80, início dos anos 90, ter sido equacionada, e quase dada como certa nos media, a aquisição em 2ª mão de 50 aeronaves de asa rotativa para o Exército (40 aparelhos da família "Huey" e 10 AH-1 "Cobra") :?: