Notícias da Força Aérea Brasileira

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #315 em: Abril 03, 2015, 09:06:49 pm »
FAB na visão de um estrangeiro:

A MELHOR PEQUENA FORÇA AÉREA É FEITA DE GRANDES PROFISSIONAIS

Em 10 de agosto de 2011, quatro aviões de ataque A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira decolaram de Campo Grande, no sul do Brasil para um lugar 45 milhas a nordeste de São Gabriel da Cachoeira, para juntos despejarem oito bombas de 500 libras.

Seu alvo: a pista de terra, cortada dentro da floresta, suspeita de servir ao cartel de drogas ou ao contrabando que constantemente usam a floresta amazônica para subtrair seus minerais e animais selvagens.

As bombas explodiram com o ruído de trovões, gerando fumaça e muita terra no ar. Circundando a pista de pouso, os tripulantes de um dos A-29 confirmaram que as bombas fizeram crateras e inutilizaram a pista… por enquanto.

Os traficantes possuem outros aeródromos e podem até mesmo reparar a pista atacada. Lutando contra os criminosos na Amazônia é uma “guerra sem fim”, mas é uma guerra sem fim que a força aérea brasileira é capaz de travar.



Negligenciado pela maioria dos observadores estrangeiros focados em conflitos na África, no Médio Oriente, Ásia Central e na corrida armamentista de alta tecnologia entre os EUA e a China no Pacífico Ocidental, o Brasil vem calmamente cuidando uma das aéreas mais impressionantes e importantes do mundo, lutando contra grupos criminosos que ameaçam o mais importante bioma do planeta.

A Força Aérea Brasileira – FAB – terá em muito breve, o mais impressionante sistema de comunicações de vigilância ultra-sofisticado, misturando caças a jato “vintage” da década de 1970 com turboélices, como o A-29 que combinando uma estrutura única, apesar de ser parecer com algo que acabou de sair da Segunda Guerra Mundial.

E a FAB também é notável por ser barata. Numa época em que muitas forças aéreas insistem em comprar aviões de guerra cada vez mais caros e, portanto, comprar menos, o Brasil, com seu braço aéreo e com um orçamento muito pequeno, de apenas alguns bilhões de dólares por ano, faz o possível, porque os seus líderes evitam aeronaves de categorias de tecnologia de ponta, que, embora atraente, não são realmente úteis na América do Sul.

Mas o que é mais inspirador é como o Brasil organiza sua força aérea e a forma como ele faz para a compra.

Em uma palavra: estratégia. Quando se trata de poder aéreo, o Brasil parece ter uma. E, na prática, essa estratégia se traduz diretamente em bombas, lançadas por aviões turboélice de ataque, explodindo em pista de contrabandistas em meio ao ecossistema da floresta mais rica do planeta.

A FAB foi formada em 1941 e lutou com os Aliados na Europa na Segunda Guerra Mundial. A moderna força aérea brasileira, indiscutivelmente, nasceu em 1975, ano dos primeiros caças supersônicos F-5E. Trinta e nove anos depois, o F-5 ainda é avião de guerra top de linha e foi recentemente reformado com sensores de ponta, comunicadores e armas.

Hoje, a FAB possui 77 mil funcionários e mais de 700 aeronaves, incluindo 57 caças F-5, 53 caças-bombardeiros A-1, jatos subsônicos construídos localmente e 99 Super Tucanos, também de fabricação local, além de aviões de espionagem, aeronaves de apoio, transportes, formadores e helicópteros. A FAB é a maior força aérea da América do Sul, mas mão de obra e equipamentos não conta toda a história. A estratégia do Brasil é fortemente evidente no que aviões da FAB opera e como opera.



Santiago Rivas e Carlos Filipe Operti, escrevendo na revista Combat Aircraft em 2012, disse qual é a melhor estratégia para o país: “O Brasil primeiro tem de demonstrar totais controles sobre seu próprio território, e especialmente sobre seus ricos recursos naturais”.

Mas a Amazônia tem sido mal governada. Vasta e valiosa, mas com pouca infra-estrutura oficial, a floresta está sendo saqueada por incontáveis milhares de garimpeiros ilegais, madeireiros, traficantes de animais e produtores de drogas, cujas atividades ilícitas minam o Estado brasileiro e ameaçam a saúde ecológica do mundo. Em 1990, o governo federal em Brasília lançou um programa ambicioso para abranger uma ênfase renovada na legislação interna e da ordem.

Chamado Sistema de Vigilância da Amazônia, ou SIVAM, o programa de US$ 1,5 bilhão foi destinado, em primeiro lugar, para gerar informações sobre cerca de 2.000.000 km² de densas florestas. Haveria satélites de vigilância, estações de dados e, mais impressionante, uma frota de alta tecnologia de reconhecimento e planos de comunicação especialmente equipados para processar os fluxos de dados em conjunto.



O sistema iria ajudar as autoridades a monitorar a temperatura, a precipitação, a cobertura florestal e os incêndios, e por consequência manter o controle sobre e ao tráfico de destino e de mineração e exploração madeireira ilegal.

Em suma, o SIVAM foi concebido como uma rede de dados voltados para a proteção ambiental, aplicação da lei e segurança interna. Mas ele evoluiu para se tornar também uma das primeiras redes de batalha abrangentes do mundo, perfeitamente conectando todas os principais caças da FAB.

Quando os Super Tucanos que bombardearam aeródromo ilegal, há três anos, fizeram-no com base em informações recolhidas por um drone Hermes 450 e repassada para os pilotos de ataque via datalinks SIVAM. Esse é exatamente o tipo de coisa que os militares dos EUA passaram décadas e centenas de bilhões de dólares tentando aperfeiçoar, com sucesso apenas modesto.

Enquanto isso, os cientistas protestaram que a rede foi excessivamente otimizada para uso militar. “O SIVAM não é uma ferramenta para a pesquisa científica”, disse Luiz Gylvan Meira Filho, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O orçamento foi reduzido ano após ano por volúveis políticos brasileiros, constantemente atrasando o desenvolvimento. Os primeiros terminais de satélite estavam no local em 1999, depois de quase uma década de trabalho. A Embraer produziu os primeiros aviões de apoio específico ao SIVAM, em 2000.

No total, o SIVAM adicionou 12 aviões, jatos executivos construídos pela Embraer especialmente modificados para a FAB: cinco R-99A com poderosos radares de varredura aérea, construído pela sueca Saab, e mais três R-99B com radares de abertura sintética para o mapeamento da solo e também quatro aeronaves laboratório que testam o sistema para mantê-lo em forma.



O R-99A são aviões de alerta antecipado, como o E-3 AWACS. O R- 99B são equivalentes ao E-8C J-STARS dos norte-americanos, que rastreou as forças terrestres iraquianas durante a Guerra do Golfo, em 1991 , guiando os jatos de ataque que destruíram centenas de veículos iraquianos e mataram milhares de soldados.

A Raytheon adicionou datalinks de rádio para o R-99. Segundo a Raytheon, tudo que o R-99 vê no ar ou no chão, os funcionários do governo podem ver também.

Com arquitetura SIVAM no lugar, a FAB começou a adicionar poder de fogo. Em 2006, a Embraer marcou um contrato para desenvolver um novo datalink chamado datalink BR2.

A FAB otimizou o novo datalink com atualizações para o seus principais aviões, num plano de melhoria ganhando um “M” na sua designação. “No devido tempo, todos os F- 5M, A-29M e A-1M, devem compartilhar o mesmo conjunto de aviônicos, permitindo que essas aeronaves possam trocar grandes quantidades de dados e até mesmo imagens de forma segura

Os F-5 são a espinha dorsal da FAB e também o seu equipamento mais interessante. Velho por qualquer padrão, os bimotores F-5 são pequenos, ágeis e baratos, mas não têm o poder absoluto, velocidade e discrição ao radar como o F-22 ou outros caças modernos.

Ao invés de gastar bilhões de dólares na aquisição de um pequeno número de jatos furtivos o Brasil está focando em um projeto de um caça menos caro, apoiados por aviões de ataque básicos, como o Super Tucano e o A-1.

A FAB operou recentemente 12 caças Mirage 2000, ‘vintage’, da década de 1980, de fabricação francesa, caças esses que eram tão velhos quanto os F-5, mas ao invés de atualizar os Mirages, o Brasil substituiu-os com caças de segunda mão F-5 da Jordânia e elevou esses F-5 adicionais até o padrão “M”.

Poucas forças aéreas optaram por este movimento, de mover-se para trás no tempo, mas a FAB parece raciocinar que uma pequena frota de poucos jatos modernos é realmente inferior a uma força de jatos de maior de idade, ligados a uma rede de informação de ponta.



Em poucos anos, a FAB pretende começar a substituir todos os seus caças e aviões de ataque com um único tipo: o caça leve Gripen da Saab. A empresa sueca que também faz os radares do E-99 e é adepta da adição de datalinks em aviões de guerra. É uma aposta nos Gripens com o link BR2.

E na medida em que um Brasil mais forte significa proteger a Amazônia vital, todo o planeta terá benefícios.

FONTES: https://medium.com/war-is-boring/the-be ... ea17dedf55  
            http://www.cavok.com.br/blog/a-fab-na-v ... trangeiro/
 

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #316 em: Abril 03, 2015, 09:13:41 pm »
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #317 em: Abril 05, 2015, 06:17:52 pm »
Tirando o facto de o Brasil ter comprado um avião numa versão que não existe pois a NG ainda não é produzida e não se sabe quando será, por aqui apenas se debateu e não se criticou destrutivamente, o alcance do aparelho e se esta era a melhor opção para o Brasil. Portanto além de ser do direito de qualquer um não ter a opinião patriótica dos Brasileiros que concordam com esta decisão, ninguém tem que lutar e viver segundo as crenças do Brasil de que o Gripen NG já é uma realidade quando nem a versão monoplace voa e Capitães Gustavo Oliveira Pascotto e Ramon Santos Fórneas voam num simples Gripen JAS 39D.
 


Cumprimentos
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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #318 em: Abril 05, 2015, 08:29:05 pm »
Recordo perfeitamente há uns anos atrás, quando o Rafale parecia ser a escolha da FAB, bastava ir a foruns brasileiros para saber qual o melhor avião de caça do mundo. Quando, finalmente, a escolha final veio a ser o Gripen NG, repentinamente, o NG passou a ser o melhor caça do mundo. Assim, é difícil ter uma discussão séria e inteligente -- faz lembrar as discussões ente indianos e paquistaneses nos forums da Key Publishing.
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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #319 em: Abril 05, 2015, 11:55:27 pm »
Foi a escolha mais económica para sermos claros  :roll:
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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #320 em: Abril 06, 2015, 12:02:01 am »
A questão aqui é que o caça escolhido foi o que melhor se adequou ao Brasil do ponto de vista politico e económico! Claro que o Gripen tem mais vantagens a nível de custos, preço de aquisição, etc. Quanto à transferência de tecnologia, é perfeitamente aceitável um fabricante não querer vender os seus "segredos" a outro país (mais especificamente a outro fabricante de aeronaves, a Embraer) que se possa vir a tornar concorrente mais tarde no mercado...
Para por um ponto final no tema das "criticas", aqui as criticas que se fazem ao Gripen são construtivas e são relativamente à aeronave em si e às suas capacidades (e critica-se mais a capacidade de carga e o alcance reduzidos, comparativamente aos concorrentes), em nada tem a ver com gostos nem "eu critico o gripen porque me apetece". Tudo o que é dito, com mais ou menos favoritismos sobre outro caça qualquer, tem os seus fundamentos, até porque muita gente aqui diz/dizia que o Gripen seria o substituto ideal para os nossos F-16, alguns desses se calhar criticam a escolha do Brasil pelo Gripen, atendendo à dimensão do país vs capacidades do avião. Por cá, com o tempo, já se foi aceitando que apesar de sermos um país pequeno, o Gripen não seria uma boa escolha, isto porque o território português não é só o Continente, também tem muito mar e arquipélagos bastante afastados do continente, logo seria sempre mais adequado um avião com maior alcance. Mas isto já é outra conversa... O que importa é que aqui ninguém critica só por criticar, se você se der ao trabalho de ler o que se fala aqui, apercebe-se que todas as criticas têm o seu fundamento.
Meu amigo, o super cruise do Gripen não vai fazer milagres... só serve para o avião atingir velocidades mais elevadas sem utilizar o afterburner, logo, gasta menos, no entanto, o alcance será sempre inferior ao dos restantes concorrentes.
 

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mafets

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #321 em: Abril 06, 2015, 11:27:50 am »
Aqui "critica-se" o Gripen NG que não existe e não se sabe quando e em que moldes existira, exepto para os forista Brasileiros que já vêm o avião a voar em todo lado com as cores e pilotos Brasileiros. Se o Brasil tivesse escolhido o Gripen C/D que já voa e inclusive participou em acções na Líbia é uma coisa, agora apresentarem o NG como um dado adquirido quando nem a verão monoplace voa, é ridículo e sobretudo é uma clara incapacidade de perceber o que pode correr mal num desenvolvimento de um avião. Dou somente o exemplo do preço de desenvolvimento e espero que andem a rezar para não acontecer com o NG o que se passou com o Lavi em Israel http://www.aereo.jor.br/2010/06/20/os-riscos-do-gripen-ng-segundo-o-consorcio-rafale-internacional/
Citar
(…) em função de estar em fase inicial de projeto (é apenas um demonstrador de conceito), o custo final do desenvolvimento do Gripen NG é totalmente desconhecido, podendo se tornar um verdadeiro “saco sem fundo”. Alguns países que fecharam negócios semelhantes no passado acabaram por desistir do projeto após centenas de milhões de dólares de investimento, como ocorreu com o Japão e Israel com aeronaves que incorporavam tecnologias dos próprios países e norte-americanas.

Noruega e Dinamarca, nações economicamente sólidas e parceiras históricas da Suécia, não quiseram assumir o risco financeiro do projeto do Gripen NG. Além do risco de custo, existe risco elevado quanto ao prazo de entrega (…)
 


Saudações
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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #322 em: Abril 06, 2015, 03:04:42 pm »
Os Gripen NG, que alguns aqui insistem em dizer e parecem torcer contra sua existência, vai sair do papel e será uma realidade. ( Para o desespero e recalque daqueles que apostam contra seu projeto)

Tudo bem que Noruega, Finlândia, Dinamarca e outros países europeus não se interessaram pelo vetor. Mas, isso é azar deles. A compra do Gripen NG não trata-se ao Brasil de uma mera compra de prateleira como vocês aí, do outro lado do Atlântico (vocês adoraram essa expressão, né?  :mrgreen: ) fazem e vão por muito tempo continuar fazendo.

A Embraer, receptora da tecnologia do Gripen NG vai mais uma vez, assim como foi no projeto do AMX, dar um novo salto tecnológico que será revertidos em sua nova família de jatos comerciais. É isso! É simples assim, a tecnologia que o Gripen NG proporcionará ao Brasil vai permitir que a Embraer continue sendo a TERCEIRA MAIOR FABRICANTE DE JATOS COMERCIAIS DO MUNDO!

Vocês aí devem torcer a favor. Afinal de contas, a Embraer está aí, na terrinha, dando empregos e agregando à combalida economia de vocês.


O Gripen NG é realmente um caça centrado em rede. Incorpora os sistemas de links de dados multifrequenciais mais desenvolvidos e seguros do mundo, conferindo ao piloto uma completa noção da situação ao seu redor, em todos os modos de operação.

Tem um sistema de missão com aviônicos perfeitamente integrados, resultando em uma fusão total dos dados de seus sensores e, em decorrência, em uma capacidade de combate excepcional, garantindo o lançamento extremamente preciso de armas inteligentes.

Integrando o único radar AESA de 2a geração do mundo, o ES 05 Raven, o Gripen NG garante sua vantagem em termos de noção situacional.  O radar ES 05 Raven, desenvolvido pela Selex-Galileo com a Saab e a indústria brasileira, é o único radar de combate do mercado munido de uma placa oscilante (swash plate) móvel, permitindo cobrir ângulos de até ±100°. O novo radar traz melhorias em todos os aspectos quando comparado com os radares existentes.



Graças a seus maiores tanques de combustível, que será aplicado ao Gripen NG, na configuração de Patrulha Aérea de Combate, deve alcançar um raio de combate de 800 nm (milhas náuticas), ou seja, 1.500 km, a partir da base de operações, com mais de 30 minutos “na estação”.  Tem um alcance de traslado de 2.200 nm (4.000 km).

Como caça multiemprego de última geração, o Gripen NG incorpora o alcance operacional, a capacidade de carga útil e o recurso de guerra centrada em rede (NCW) para desempenhar todas as missões designadas pela Força Aérea Brasileira, tanto em operações militares nacionais como regionais. O recurso NCW do Brasil será significativamente aprimorado, operando-se o Gripen NG em combinação com o sistema Embraer E-99 ERIEYE (Esse já existente, se o problema de vocês for o verbo existir).



Enquanto os Gripen NG não chega a FAB deve voar Gripen C/D em forma de leasing.

Se informem melhor, e assistam ao vídeo do link logo abaixo:

  • A Força Aérea Brasileira exigiu uma série de mudanças, como aumento do tanque de combustível e da turbina, para que o Gripen tenha maior autonomia de voo e possa patrulhar um país tão grande como o nosso. Os primeiros chegam em 2019. Mas para substituir a frota atual, formada pelos jatos americanos F5, que tem mais de 30 anos, o Brasil vai alugar, já a partir do ano que vem, caças Gripen C/D no qual  o repórter voou.[/i]

    http://g1.globo.com/fantastico/noticia/ ... a-fab.html
« Última modificação: Abril 06, 2015, 06:49:22 pm por Vitor Santos »
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #323 em: Abril 06, 2015, 03:21:22 pm »
Na minha opinião, eu sempre achei que o F-18 Super Hornet seria a melhor opção para FAB. O caça já foi testado em combate, pode portar grande carga útil de armamentos, robusto, bi reator, enfim, o caça ideal.

Mas como querer não é poder, e a realidade é outra, não vi como desacertada a opção da FAB pelo Gripen NG. Afinal de contas aqui se vive uma eterna delonga em relação a condicionamento de aportes financeiros às FFAA. O Gripen NG será mais barato de operar, fora a compensação tecnológica, ou seja, a transferência de tecnologia que tanto os norte-americanos quanto os franceses não fariam de forma generosa e ampla, tal como os suecos.

Quem não tem cão, caça com gato, neste caso um grifo.
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #324 em: Abril 06, 2015, 03:44:29 pm »
Uma coisa no entanto é certa, com o Gripen (C/D ou NG) a FAB ficará muito melhor servida que com o actual F-5, por isso sem dúvida que irá haver um aumento das capacidades da Força Aérea Brasileira.

Ainda não se sabe como vai ser de facto o NG e quanto a isso todos teremos de esperar para ver. Portanto é quanto a mim ainda cedo para afirmar os valores de alcance, só no fim quando se tiver a aeronave em produção se vai saber exactamente.

Já agora no final do programa quantos Gripen NG estão previstos que o Brasil venha a ter?
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #325 em: Abril 06, 2015, 04:45:36 pm »
Compreendo o teu raciocionio e coincidencia ou não mesmo na NATO tens paises que operam simultaneamente caças de diferentes origens (Ex. Grecia)  :lol:,

Por isso aqui não há garantias...
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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #326 em: Abril 06, 2015, 05:55:45 pm »
Este é, igualmente, um enorme problema para as FFAA do Brasil, pois um grande numero das suas aeronaves ou são de fabrico norte-americano, ou tem motorizações de origem norte-americana. Ao que parece, até o novo caça a adquirir pela FAB tem motor americano. A menos, claro, que todos esses equipamentos sejam de 'lotes especiais' que não necessitam de sobresselentes, ou que o governo americano prescindiu de dar autorização em caso de conflito (coisa que nem aos ingleses eles fazem). Ou então é como a tal condecoração que a FAB recebeu na II Guerra Mundial, que mais ninguém além dos ingleses recebeu e que, infelizmente, não tem nome para não se poder verificar que franceses, colombianos, gregos, belgas, luxemburgueses, holandeses, australianos, dinamarqueses (e vou parar por aqui) também a receberam. Claro que isto não retira mérito à FAB, somente demonstra que a sua aplicação não é tão restrita assim.
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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #327 em: Abril 06, 2015, 06:34:56 pm »
Por alma de quem é que havia o congresso americano de bloquear a venda de armamentos para os F-16 portugueses? Portugal é país da NATO, e a venda de armamentos só seria bloqueada caso Portugal começasse uma guerra com alguém, o que não vai ser o caso! De qualquer forma, os F-16 também podem levar armamentos de outras origens, nomeadamente armamentos israelitas. De resto o armamento que viéssemos a necessitar, poderia facilmente vir dos EUA, onde a produção dos mesmos é maciça, preços provavelmente inferiores se compararmos ao equivalente Europeu produzido em menor escala e na maior parte dos casos, já testados e usados em larga escala.
Sim no caso de um país que não é um aliado directo dos EUA, como o Brasil, é óbvio que há vantagens em poder levar uma grande variedade de armamentos de diversas origens e é certo que isto pesou na escolha do Gripen. Mas aqui ninguém pôs em causa isso, o que se pôs em causa é o facto da versão NG existir apenas no papel (muito menos a versão naval que já começam aqui a falar...) e como tal, não é possível prever se todas as promessas feitas sobre o avião serão cumpridas, e mesmo daquilo que se sabe, é um avião com capacidades relativamente reduzidas comparativamente aos concorrentes (no que respeita ao raio de acção e capacidade de carga), e é apenas isto que se critica tendo em conta a dimensão do Brasil e as funções que irá realizar.

Azar o deles? Em que medida? Esses países fizeram as suas escolhas e pronto, viram que o risco poderia ser demasiado elevado em relação aos benefícios, e preferiram não arriscar.

Citação de: "Vitor Santos"
A compra do Gripen NG não trata-se ao Brasil de uma mera compra de prateleira como vocês aí, do outro lado do Atlântico (vocês adoraram essa expressão, né?) fazem e vão por muito tempo continuar fazendo.

Pois não, trata-se de uma compra político-económica, enquanto que os restantes países compararam lado a lado cada caça, e escolheram o que mais se adequava aos seus requisitos, mesmo que fosse mais caro de adquirir/operar. Da forma que falou até parece que Portugal é o único a comprar caças no estrangeiro... e até parece que o Brasil já é um fabricante de caças 100% nacional... Para alem disso, se não é fabricado nenhum caça cá, não é por falta de capacidade de o fazer, simplesmente tendo em conta o reduzido numero de aviões a serem adquiridos pela FAP não seria suficiente para tornar rentável uma fábrica dessas. Ainda para mais quando o tema é caças, que tanto podem vender muito, como podem ter enorme dificuldade em ser vendidos (veja-se o Rafale).

Tinha a ideia que os planos com a transferência de tecnologia era para mais tarde desenvolver um caça de 5ª geração...
Resumindo, tanta complicação, para poderem avançar no mercado de aeronaves civis?  :roll:

Citação de: "Vitor Santos"
Vocês aí devem torcer a favor. Afinal de contas, a Embraer está aí, na terrinha, dando empregos e agregando à combalida economia de vocês.
Em primeiro lugar, esta sua expressão "na terrinha" demonstra algum tipo de complexo de superioridade da sua parte. Segundo, torcer a favor pelo Gripen porquê? Em nada nos diz respeito se o Gripen é ou não bem sucedido, depois mesmo que seja, não vai ser construído cá nada, até porque depois o rótulo "caça 100% made in Brasil" vai à vida. Por fim, não são 300 postos de trabalho que vão fazer uma diferença enorme... dá jeito, mas não empregaram 5000 pessoas...

A FAB exigiu o aumento da turbina, portanto, será mais uma coisa a acrescer aos custos... Não se pense que uma alteração destas é como colocar uma ponteira de escape num Civic... é algo que vai exigir testes, possivelmente alterações físicas ao avião, etc., e como tal, os custos iniciais podem aumentar, agora resta saber quantas mais alterações terão de ser feitas para "preencher os requisitos" ou simplesmente cumprir o prometido.
 

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #328 em: Abril 06, 2015, 06:50:47 pm »
Calma "rapaz", se vamos por aí, um exemplo recente:
http://www.emfa.pt/www/noticia-786-esquadra-751-quot-pumas-quot-galardoada
 

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #329 em: Abril 06, 2015, 06:53:16 pm »
Off:

Embraer quer produzir novos jatos em Évora com fundos comunitários

A EMPRESA TENCIONA PRODUZIR OS JATOS E2 EM PORTUGAL, MAS PARA CONCRETIZAR O INVESTIMENTO ASSOCIADO A ESSE PROJETO PRETENDE ASSEGURAR FUNDOS COMUNITÁRIOS, ATRAVÉS DE UMA CANDIDATURA AO PROGRAMA PORTUGAL 2020, REVELA O “DIÁRIO ECONÓMICO”.




A empresa brasileira Embraer, que controla a portuguesa OGMA e tem já duas fábricas de componentes de aviação em Évora, manifestou ao Governo português a sua vontade de reforçar o investimento em Portugal, para poder produzir em Évora os seus novos jatos E2, mas para tal pretende ver aprovada a sua candidatura aos fundos comunitários através do programa Portugal 2020.

“Já desenvolvemos os protótipos dos novos E-Jets, a série E2, em Évora e estamos a discutir com o Governo português, no âmbito do Portugal 2020, que se faça em Évora a fabricação dos aviões”, revelou ao “Diário Económico” o presidente executivo da Embraer, Frederico Fleury Curado.

O gestor da empresa brasileira nota que a obtenção de fundos comunitários para apoiar o investimento em Évora é “um dos pontos importantes para a decisão”. Já na construção das suas atuais instalações na cidade alentejana a Embraer contou com financiamento do anterior quadro de apoios da União Europeia.

Frederico Curado espera, segundo frisou em entrevista ao “Diário Económico”, que o processo de avaliação da candidatura da Embraer seja célere. “Não podemos esperar até 2020. Nos próximos 12 meses gostaríamos de ter uma decisão, porque precisamos de definir onde vamos fixar a produção dos componentes”, referiu o mesmo responsável.

Em dezembro de 2014 o presidente da Embraer já tinha admitido o interesse em Portugal como base para o projeto dos jatos E2 . “Daqui a um ano vamos ter de decidir onde fabricar alguns componentes e Évora surge como uma das opções”, afirmou Frederico Curado.

Em Évora, onde investiu 180 milhões de euros, a Embraer já produz vários componentes do cargueiro militar KC390. Parte deste avião é também fabricada nas instalações de Alverca da OGMA, que a Embraer controla a 75%.

O presidente da empresa brasileira assegura que o compromisso da Embraer com Portugal é de “longo prazo”. “Achamos que as fábricas de Évora e a OGMA são um ponto impotante do nosso tecido industrial. A nossa presença em Portugal é de longo prazo, não foi apenas uma questão de oportunidade”, realçou Frederico Curado.

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