[Centurião]

O ministro da Defesa admitiu terça-feira que a compra de fragatas, F-16 e blindados para reequipar as Forças Armadas poderá ficar congelada por «um ano ou mais», devido ao aumento da cativação de verbas previsto no Orçamento Rectificativo.

«Depende da circunstância em que os contratos ou concursos vierem a ser implementados. Pode ser um ano ou mais tempo», afirmou Luís Amado, ao ser questionado sobre eventuais atrasos nos programas de reequipamento das Forças Armadas decorrentes do aumento da cativação de verbas na área da Defesa.

Segundo o ministro da Defesa, o aumento da cativação de verbas (de 20 para 37%) contemplado no Orçamento Rectificativo, que será discutido pelo Parlamento a 6 de Julho, incide apenas sobre programas de compra de equipamento cuja execução estava atrasada.

Luís Amado falava aos jornalistas à saída de uma reunião da comissão parlamentar de Defesa, em que participou para falar sobre a participação de militares portugueses em missões da União Europeia e da Aliança Atlântica.

O ministro da Defesa referiu que o atraso nos programas de reequipamento da Marinha, Força Aérea e Exército depende das «circunstâncias em que os contratos ou concursos vierem a ser implementados».

«Há um processo em curso de revisão da Lei da Programação Militar (...), em Setembro será do conhecimento público e aí veremos quais são as opções feitas, em concertação com os ramos, sobre o que será o será o novo ciclo de reequipamento para as Forças Armadas», acrescentou.

De acordo com fonte parlamentar, na Comissão de Defesa Luís Amado estimou em 50 milhões de euros os três programas relativos à compra de fragatas, F-16 e viaturas blindadas de rodas.

Estes três programas estão contemplados na Lei de Programação Militar e destinam-se à substituição das viaturas blindadas Chaimite, à criação de uma segunda esquadra de F-16 e à compra de novas fragatas para a Marinha.

Relativamente à gestão do património das Forças Armadas - a que aludiu sábado, no Dia das Forças Armadas -, o ministro da Defesa anunciou para Setembro legislação sobre a questão, que considerou «inadiável».

Luís Amado deixou, no entanto, as opções em aberto, referindo que alguns valores patrimoniais podem ser «vendidos ou geridos de forma diferente».

«É possível encontrar alternativas à alienação simples», sublinhou, defendendo apenas que «o património das Forças Armadas tem deixar de ser gerido casuisticamente».

À saída da reunião, o titular da pasta da Defesa admitiu que «terá de haver alienação de património» para prover o fundo destinado aos ex-combatentes.

Relativamente ao «buraco» orçamental que na anterior reunião da comissão parlamentar disse ter encontrado na Defesa quando assumiu a pasta, Luís Amado adiantou que o Orçamento Rectificativo permitiu «dar resposta a algumas situações».

Por resolver, ficam o «problema grave com o fundo de pensões das Forças Armadas (responsável por um défice de 200 milhões de euros nas contas da Defesa), a dívida à Caixa Geral de Aposentações e Fundo de Garantia da Segurança Social e outras situações de falta de orçamentação ou suborçamentação».

No domínio da Saúde, Luís Amado referiu apenas que este sector será reformado à luz da «racionalização das despesas do sector militar».

«Vamos ver como vai ser feito o ajustamento que será necessário fazer, nomeadamente tendo em vista a racionalização da sua organização e tendo em vista a adequação ao que é o esforço de contenção do país no sector da saúde», acrescentou.

Diário Digital / Lusa

Nisto se pode verificar a farsa deste ministro e a farsa deste governo. Estamos fartos.

[alfsapt]

Nisto se pode verificar a farsa deste ministro e a farsa deste governo. Estamos fartos.

Fartos? Já? Pelo que se vê parece que o estado de graça ainda perdura... dura... dura... dura.

[Rui Elias]

Estes adiamentos são preocupantes e já muito se escreveu (e nós também o escrevrmos aqui), sobre essa temática.

Mas trata-se, segundo o Ministro, de um adiamento, e não de um cancelamento - coisa que seria trágica de mais.

Quanto ao resto, julgo saber que o MLU dos F-16 está a processar-se, e as OHP chegarão a Portugal lá para o verão (Junho?) de 2006, eventualmente com um intervalo de 2 meses entre cada uma, para acostarem no Alfeite para alterações pequenas.

Julgo que mais comprometido está o concurso para a aquisição dos Pandur II.

Alguem, dos colegas poderá confirmar

[Jorge Pereira]

Segundo fontes do Ministério da Defesa  há informações entretanto já veiculadas por alguns órgãos da comunicação social que dão conta que o actual Ministro da Defesa pretende manter todos os contratos herdados do anterior governo sem alteração alguma.

[typhonman]

YUPPPPPPPPPPPPPPPPPIIIIIIIIIIIIIIIIIIII :lol:  

Podiam alterar o C295 para C27J