Na sequência deste tópico:
http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=1816Relativamente aos cinco pontos, também concordo com eles. O problema é que implicam, todos eles, um voltar de costas à Europa, quando os nossos políticos se digladiam por um lugar em Bruxelas, à sombra da arvore das patacas.
As tenças de 1580 agora chamam-se salários de deputado e de funcionário do parlamento europeu. Portugal, foi vendido pelas tenças, e não há como deixar de achar que o estão a vender pelos subsidios.
Agora sem lirismos: não conto com nenhum militar
O problema é que hoje as coisas se fazem de forma muito mais dissimulada.
No entanto, eu não acho que o general Loureiro dos Santos, acredite em possibilidades de conflitos bélicos com Espanha. O que ele parece querer transparecer é que há de facto problemas, e que a nossa fraqueza, pode ser aproveitada, para garantir por parte da Espanha a imposição de ideias antigas, que inevitavelmente acabem com a imposição da “Pax Castelhana” na península ibérica.
Ou seja:
Um dos problemas é que o general teme, por exemplo, a criação na Catalunha, País Basco etc... de uma espécie de Estados Associados. Esses Estados Associados, teriam uma grande autonomia e capacidades limitadas de defesa própria, garantido por outro lado o governo de Madrid a defesa a sério.
Infelizmente a iliteracía histórica a que já me referi tantas vezes, faz com que muitos pobres de espirito, não lendo a História da actual peninsula ibérica, nem a História de outros lugares, acabam acreditando nestas Estorias da Carochinha, e acreditanto na possibilidade de algum dia existir tal organização política.
Por outro lado, e sem ter nada a ver especificamente com isto, acho que o general, também caiu vitima da nossa incapacidade colectiva em olhar para a actual Espanha, como ela na realidade é. Um país, muito novo, muito recente e que nunca se conseguiu afirmar como estado soberano unitário, que de facto nunca foi.
Portanto, o general Loureiro dos Santos, acaba vendo no discurso de Carod Rovira, (um independentista Catalão), uma ameaça à nossa própria independência, porque ele não acredita na possibilidade de algum dia nenhum dos países que constituem a Espanha, nomeadamente a Catalunha, se vir a tornar independente.
A ameaça que ele vê, não é tanto a de Portugal perder a independência pela via das armas, mas sim a possibilidade de um amolecimento da sociedade, com o enfraquecimento das instituições e da própria democracia, acabar, por levar as classes dirigentes a encontrar soluções mais fáceis, onde, por exemplo, os Espanhóis nos proponham tomar conta da nossa segurança e águas territoriais, em troca de alguma vantagem circunstancial qualquer, e que nós, por falta de dinheiro, sermos forçados pelas circunstancias a aceitar.
Em minha opinião e análise, pode ser por isso, o general prefere apostar em meios mais baratos mas eficazes.
Cumprimentos