Relações Russia-Portugal

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André

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« Responder #15 em: Setembro 26, 2008, 07:09:07 pm »
INAC confirma fim da única ligação aérea entre Lisboa e Moscovo

A companhia aérea russa Krasair deixa de efectuar a única ligação entre Moscovo e Lisboa no dia 01 de Outubro, uma decisão das autoridades russas, disse hoje à Lusa fonte oficial do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

Em declarações à Agência Lusa, fonte oficial do INAC, instituto regulador da aviação civil, disse que a decisão de encerrar a ligação entre Lisboa e Moscovo "foi tomada pelas autoridades russas", tendo sido comunicada ao instituto português pelo regulador russo, a Agência Federal de Transporte Aéreo.

"A decisão foi das autoridades russas e a nós compete-nos acatar, porque não é uma questão em que possamos fazer alguma coisa", declarou a mesma fonte, realçando que o INAC não foi informado dos motivos que estiveram na origem do encerramento da ligação.

O encerramento desta ligação volta a fazer de Lisboa a única capital de um país da União Europeia sem ligação directa com Moscovo.

Na quarta-feira, fonte oficial da companhia aérea russa Krasair admitiu à agência Lusa o breve fim do voo entre as capitais russa e portuguesa.

O Turismo de Portugal admitiu, no mesmo dia, que o encerramento desta ligação aérea poderá prejudicar seriamente a dinâmica positiva observada no desenvolvimento do turismo russo para Portugal mas revelou que "existem contactos com companhias, nacionais e estrangeiras, com vista ao desenvolvimento dos mercados do Leste Europeu, estando Moscovo e Varsóvia identificados como cidades/mercados a dinamizar a breve prazo em matéria de rotas aéreas".

O porta-voz da transportadora portuguesa TAP, António Monteiro, confirmou à Lusa os contactos com o Turismo de Portugal quanto a estes dois destinos, afirmando que se trata de "dois destinos com potencial e que estão desde há algum tempo sob observação".

No entanto, ressalvou a mesma fonte, "nenhuma decisão está ainda tomada, uma vez que ainda está por saber se se tratam de rotas rentáveis ou não".

A companhia aérea Krasair, que faz parte do grupo Air Union, está em processo de falência, tendo as suas obrigações passado já para uma nova empresas de transportes pertencente ao Governo de Moscovo.

Durante o Verão, dezenas de voos da companhia partiram com atraso ou foram mesmo anulados devido às devidas acumuladas pelo combustível, cerca de um milhão de dólares (681,7 mil euros).

A primeira linha aérea regular entre Moscovo e Lisboa foi aberta em 1974 pela companhia aérea soviética Aeroflot, que a decidiu encerrar nas vésperas do Euro 2004, num processo pouco transparente.

A companhia russa Krasair opera desde 29 de Abril de 2005 em Portugal e tem sede no aeroporto da Portela em Lisboa.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #16 em: Novembro 17, 2008, 10:35:49 pm »
Portugal/Rússia : Cooperação é chave da segurança na Europa - Serguei Lavrov


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Lisboa, 17 Nov (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, garantiu hoje em Lisboa que a cooperação é a chave para a segurança na Europa, à saída de um encontro com o primeiro-ministro português, José Sócrates.

"O incremento da cooperação será sempre em benefício de uma Europa mais segura", declarou Lavrov à Agência Lusa, acentuando que no plano das relações bilaterais entre a Rússia e Portugal "o benefício é recíproco".

"Será através de esquemas de cooperação que todos nos sentiremos mais seguros, para nos concentrarmos nos aspectos construtivos e não ficarmos presos às polémicas desnecessárias que nos separam", acentuou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov reconheceu ser "evidente que há diferenças, numa ou noutra questão", mas frisou que "as diferenças não podem fazer refém tudo o resto".

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, "Portugal é um importante membro da União Europeia (UE) e da Aliança Atlântica (NATO), pelo que é sentido um desejo comum de promover esquemas de cooperação no plano europeu e euro-atlântico".

Acerca da sua visita a Lisboa, Lavrov acentuou que "a Rússia mantém muito boas relações bilaterais com Portugal" e, daí, pretender que "o nível do diálogo político, de resto excelente, fique marcado por mais comércio externo e investimento de parte a parte".

"Foi isto que discuti com o primeiro-ministro (português, José Sócrates) e valorizámos a reciprocidade em matéria de cooperação, (especialmente) no sector do turismo, tão promissor", revelou.

Os sectores do turismo e do imobiliário são a grande aposta da Rússia para o Algarve, que colocou na região o seu primeiro cônsul, o empresário português Nuno Gama.

No Algarve, "o turismo e o imobiliário são as prioridades", disse o embaixador da Rússia em Portugal, Pavel Petrovski, ao falar à LUSA, lembrando que no primeiro semestre do ano o sul de Portugal foi visitado por mais de 9.000 russos.

O vinho alentejano é uma aposta da empresa PRUBA, porque os russos, dos 650 milhões de garrafas importadas por ano, consomem pelo menos 65 milhões - cerca de 10 por cento - de produção portuguesa.

As trocas comerciais entre a Rússia e Portugal são da ordem dos 1.000 milhões de euros, num momento em que as exportações portuguesas para aquele país registam um crescimento de 35 por cento, reduzindo o défice da balança de transacções de 14 para seis por cento.

Além do turismo, imobiliário e vinho, o calçado, têxteis, vestuário, cortiça, químicos e equipamentos em geral, sobretudo para o sector dos transportes, são produtos portugueses que interessam à Rússia.

Caso paradigmático é o do calçado, cujas exportações para aquele país foram de sete milhões de euros em 2005, 14 milhões de euros em 2006 e 20 milhões de euros em 2007.

Os russos têm o projecto de construir perto de Lagos uma central de dessalinização para fornecimento de água potável ao Algarve, pensando nos campos de golfe.

Um outro projecto russo de vulto visa o aproveitamento da energia das ondas do mar e das correntes fluviais para gerar electricidade.

É considerado um imperativo para Moscovo dinamizar os voos fretados para turistas russos e alcançar uma meta de 100.000 dormidas repartidas entre hotéis e estâncias de luxo, para o segmento mais alto, embora minoritário, cujos investimentos em imobiliário deverão ser potenciados.

Serguei Lavrov está na terça-feira com o homólogo e anfitrião Luís Amado, nomeadamente para tratar a realização, na Primavera de 2009, em Moscovo, da sessão da Comissão Mista para a Cooperação Económica, Industrial e Técnica, bem como a situação financeira mundial e as relações da Rússia com a União Europeia.

JHM.

Lusa/fim

 

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Daniel

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« Responder #17 em: Dezembro 24, 2008, 01:26:43 pm »
Incêndios: Rússia quer negociar com Portugal base de aviões de combate
24 de Dezembro de 2008, 10:29

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Moscovo, 24 Dez (Lusa) - O ministro para Situações de Emergência da Rússia, Serguei Choigu, anunciou hoje em Moscovo que o seu ministério planeia negociar com Portugal a criação de uma base europeia de aviões de combate a incêndios em território português.

"Em Fevereiro próximo vamos realizar conversações com vista à instalação de uma base europeia" de aviões de combate a incêndio em Portugal", declarou Choigu.

Nesse mês, Serguei Choigu visitará Portugal, acompanhando a delegação russa que participará nas conversações da comissão mista de cooperação russo-lusa.

Fontes contactadas pela Lusa em Moscovo disseram que essa questão já tinha sido abordada no encontro entre Serguei Choigu e Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que se realizou na capital russa no início de Dezembro.

A futura esquadrilha, cuja função será a luta contra os incêndios florestais na Europa, incluirá principalmente aviões russos Beriev-200.

"O projecto já adquiriu contornos ao nível de documentos e agora é preciso criar a base", precisou o ministro russo.

Choigu recordou que a Rússia já assinou acordos de cooperação nessa matéria com a Alemanha.

O Beriev-200 é o maior avião anfíbio do mundo, destinado a combater incêndios, prestar ajuda em regiões afectadas por catástrofes naturais, a realizar operações de busca e salvamento, a servir de ambulância e a transportar cargas.

O aparelho, que já foi durante vários anos utilizado no combate a incêndios em Portugal, pode transportar 12 toneladas de água de uma vez e atirá-la sobre focos de incêndio.

Graças à forma como está construída a sua fuselagem, converte-se facilmente num avião de passageiros ou de carga.

 

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Lusitano89

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Re: Relações Russia-Portugal
« Responder #18 em: Abril 26, 2010, 07:56:22 pm »
Portugal e Rússia estão a preparar novo acordo económico


Portugal e a Rússia acordaram assinar um novo acordo de cooperação económica até Setembro de 2019, declarou Sergei Shoigu, presidente da Comissão Mista para a Cooperação Económica, Industrial e Técnica, depois de um encontro com o ministro português da Economia, Vieira da Silva.

"Esse acordo deverá substituir documento semelhante, que foi assinado entre a URSS e Portugal em 1987. Não obstante a crise, a Rússia e Portugal têm boas perspectivas para o alargamento da cooperação em muitas esferas", acrescentou Sergei Shoigu, que também é ministro para Situações de Emergência da Rússia.

De acordo com o governante em 2009 as trocas comerciais entre os dois países sofreram uma redução de 30% em comparação com o ano anterior, e o nível dos investimentos não satisfaz nenhuma das partes.

No protocolo assinado após o encontro na capital russa ficou fixado o acordo sobre a criação de um grupo de trabalho para comércio e investimentos no quadro da Comissão Mista, que deverá encontrar "vias de superação de barreiras" no comércio bilateral, nas esferas alfandegária e das licenças.

Os ministros russo e português delinearam direcções concretas de cooperação no campo da poupança energética e das energias renováveis. Segundo Shoigu Portugal tem know-how nessa esfera "que pode ser útil para a Rússia".

Sergei Shoigu destacou também a importância de um acordo sobre o estabelecimento de linhas aéreas directas entre os dois países, sublinhando que a parte portuguesa teria prometido resolver os problemas que se colocam às transportadoras russas que pretendem voar para Lisboa. Actualmente a TAP é a única companhia que mantém ligações directas entre Lisboa e Moscovo, realizando cinco voos por semana.

O ministro russo considerou também de extrema importância o acordo de cooperação assinado, no quadro da comissão, entre o Banco de Comércio Externo da Rússia e a Caixa Geral de Depósitos. Os dois bancos acordaram continuar o trabalho com vista a chegar a um acordo sobre a concessão de crédito para financiar as exportações de Portugal e apoiar projectos conjuntos.

Depois de constatar que Portugal já adquiriu à Rússia seis helicópteros de combate a incêndios Ka-32, Shoigu acrescentou que irão continuar conversações com vista à aquisição por Portugal de aviões anfíbios russos Beriev-20.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Russia-Portugal
« Responder #19 em: Junho 21, 2013, 01:48:20 pm »
Portugal inaugura em Moscovo novo centro de vistos


Portugal inaugura hoje oficialmente em Moscovo um novo centro de vistos, que abriu de facto em 17 de junho, para dar resposta ao aumento do fluxo turístico da Rússia.

O novo centro de vistos, instalado numa zona central da capital russa, será inaugurado pelo embaixador de Portugal, Mário Godinho de Matos, e será gerido por uma empresa privada.
 
O operador privado recolhe os documentos necessários à obtenção de vistos e entrega-os ao Consulado de Portugal, que decide sobre a concessão ou não dos vistos.
 
O modelo de gestão privada de centros de vistos na Rússia já tinha sido adotado por outros países da União Europeia.
 
Os vistos deverão ser concedidos num prazo de dez dias, podendo ser alargado até 30 dias caso seja necessária uma análise mais profunda dos dados apresentados.
 
Os passaportes de entidades oficiais russas, nomeadamente de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros, continuarão a ser tratados no consulado português.
 
Até agora, as pessoas que pretendiam obter visto de entrada em Portugal tinham de se inscrever no consulado numa lista para entregar os documentos necessários, através de uma linha telefónica paga, e depois aguardar em demoradas filas em compartimentos sem condições.
 
Segundo fontes oficiais, em 2012 a secção consular portuguesa em Moscovo emitiu 32.724 vistos, mas os agentes turísticos afirmam que em Portugal teriam entrado mais de cem mil russos no ano passado.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Relações Russia-Portugal
« Responder #20 em: Fevereiro 26, 2018, 07:12:21 pm »
Exportações portuguesas para a Rússia aumentaram 23% em 2017


As exportações de Portugal para a Rússia, apesar das sanções da União Europeia (UE), aumentaram em 2017 cerca de 23%, enquanto as importações cresceram 30%, ambos em comparação a 2016, indicou hoje o chefe da diplomacia portuguesa.

Contactado telefonicamente pela agência Lusa desde Lisboa, Augusto Santos Silva disse, a partir de Moscovo, que a subida das exportações se deve a um “reajustamento” das mercadorias exportadas, uma vez que as sanções não são aplicadas a todos os setores económicos.

Santos Silva, que hoje se reuniu em Moscovo com o homólogo russo, Serguei Lavrov, frisou, porém, que a balança comercial entre os dois países é “muito desfavorável a Portugal”.

Segundo o ministro português, em 2017, Portugal exportou mercadorias no valor de 180 milhões de euros (“se se contabilizar os serviços rondará os 300 milhões de euros”), enquanto as importações, maioritariamente petróleo, se situaram nos 1.500 milhões de euros.

O valor das exportações de serviços, acrescentou, ainda está por apurar – “deverá estar contabilizada nos próximos dias” -, sabendo-se de antemão que, em 2016, esse montante rondou os 107 milhões de euros.

Questionado pela Lusa sobre se está aberto o caminho para um maior equilíbrio na balança comercial, Santos Silva lembrou que tudo dependerá, por um lado, do fim da aplicação das sanções europeias e, por outro, na diversificação das exportações para a Rússia.

“A razão principal da quebra das exportações que se verificou em 2015 e 2016 foi a aplicação das sanções da UE à Rússia e as contra sanções, as represálias, aprovadas pelos russos. Essas represálias atingiram diretamente um dos principais setores exportadores portugueses, que é a área agroalimentar”, afirmou.

Santos Silva deu como exemplo o caso da pera rocha portuguesa que, no último ano antes das sanções, em 2013, atingiu cerca de 260 milhões de euros.

“A Rússia era um dos principais mercados de exportação da pera rocha e esse mercado fechou-se por causa das sanções”, realçou.

“Mas a boa notícia é que no ano passado recuperamos bastante. As sanções não são aplicadas a todas as áreas económicas, houve um reajustamento das exportações portugueses e elas já cresceram 23%”, insistiu.

“É nestes termos que temos de trabalhar, porque a política de sanções da UE pode ser invertida a qualquer momento – as sanções são medidas temporárias, não são nenhuma fatalidade -, mas isso depende de se verificarem progressos na implementação dos Acordos de Minsk, no processo relativo à Ucrânia. Temos de ir trabalhando no incremento das relações económicas, sabendo que há este quadro político”, explicou.

No encontro com Lavrov, Santos Silva disse ter sido feito um ponto de situação nas relações económicas bilaterais, nomeadamente nos acordos já finalizados - cooperação técnica e económica – e nos que estão em curso - segurança social, tarifas aduaneiras, ensino, educação e cultura.

Na área da educação, especificou, há a registar a expansão do ensino da língua portuguesa na Rússia e, na área cultural, há um interesse “cada vez maior” na cultura portuguesa, sendo disso prova a exposição organizada fora dos canais oficiais pelo

“Este encontro é o desenvolvimento normal de relações políticas bilaterais que são boas”, concluiu Santos Silva, que destacou o facto de a reunião ser a terceira desde 2016 (as duas primeiras realizaram-se nesse ano) e de estarem na fase de implementação grande parte das decisões tomadas no quadro das frequentes reuniões da Comissão Mista de Cooperação Luso-Russa.


>>>>>>>  https://24.sapo.pt/economia/artigos/exportacoes-portuguesas-para-a-russia-aumentaram-23-em-2017
« Última modificação: Fevereiro 26, 2018, 07:21:08 pm por Lusitano89 »