EMBRAER & OGMA

  • 2 Respostas
  • 4658 Visualizações
*

Sniper BR

  • Membro
  • *
  • 54
  • +0/-0
EMBRAER & OGMA
« em: Janeiro 09, 2005, 11:51:31 am »
Embraer pode trazer novos negócios

para Portugal


Manutenção na OGMA com Sotaque Brasileiro
Segunda-feira, 03 de Janeiro de 2005

O fabricante aeronáutico brasileiro Embraer, que venceu a corrida à privatização

da OGMA, pretende reforçar a área de manutenção aeronáutica e

os laços com o grupo europeu EADS


Inês Sequeira


A compra de 65 por cento da Ogma-Indústria Aeronáutica de Portugal pelo consórcio Airholding, que irá concretizar-se no prazo de dois meses após aprovação do negócio pela Autoridade de Concorrência, transferiu para as mãos da Embraer o controlo accionista da principal empresa de defesa portuguesa. O fabricante aeronáutico brasileiro passou a ser dono de 64,35 por cento das ex-Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, enquanto o grupo europeu EADS tem pelo menos 0,65 por cento da empresa de Alverca.

Quem são os novos donos da Ogma? A Embraer-Empresa Brasileira de Aeronáutica é hoje um dos maiores construtores aeronáuticos do mundo e o segundo maior exportador brasileiro. Emprega cerca de 14.500 trabalhadores, dos quais 95 por cento em território brasileiro. A empresa mantém uma disputa acesa com a canadiana Bombardier pela liderança mundial no fabrico de aviões para linhas regionais. Há pouco tempo, lançou uma nova família de jactos comerciais (ERJ 170/190) que a tem a ajudado a recuperar dos prejuízos que se seguiram aos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.

Ao adquirir o controlo da Ogma, a Embraer pretende, em primeiro lugar, reforçar o negócio de manutenção aeronáutica e diversificar assim as fontes de receitas do grupo, indicam os analistas do banco de investimento brasileiro Brascan. O principal negócio da Embraer é o fabrico de aviões civis, que representa hoje cerca de 80 por cento da sua facturação total. As áreas de defesa, de serviços de manutenção e o segmento corporativo são responsáveis, respectivamente, por outros dez por cento, seis por cento e quatro por cento das receitas.

Já a Ogma tem o seu negócio principal na manutenção de aeronaves militares e civis. O acordo de venda prevê a transferência para a empresa de "pacotes de trabalho nas áreas de manutenção, reconfiguração ou conversão de aeronaves e manutenção de motores", o que deverá aumentar a respectiva facturação total em 22,5 milhões de euros - mais 17 por cento do que os 132,3 milhões de euros previstos para 2004, de acordo com o Ministério da Defesa.

Reforçar os laços com o grupo europeu EADS é outra meta da Embraer, que partilha aliás um quinto da sua estrutura accionista com os principais donos da Airbus. O fabricante aeronáutico brasileiro tem 20 por cento do seu capital nas mãos de um grupo europeu, a EADG, formado pelas empresas francesas Thales (5,67 por cento), Dassault (5,67 por cento) e Snecma (2,99 por cento), e ainda pela própria EADS (5,67 por cento).

No entanto, a Embraer e a EADS não partilham negócios comuns. As actuais parcerias dos brasileiros são com os ex-concorrentes à compra da Ogma, que acabaram por ficar em segundo lugar na corrida. Na área de aviação militar, a empresa brasileira desenvolveu uma aeronave de treino e ataque ligeiro em conjunto com a italiana Alenia. E, há poucos meses, reforçou a sua presença nos Estados Unidos ao ganhar um contrato do Departamento de Defesa norte-americano em conjunto com a Lockheed Martin.

De fora não podem ficar as competências militares da Ogma. A unidade de Alverca é responsável pela manutenção da maioria dos aparelhos da Força Aérea Portuguesa - um modelo de relacionamento que, para ser alterado pelos novos accionistas, terá de ter a aprovação do Estado português. Tem também contratos de manutenção com Forças Armadas estrangeiras, como os aviões de carga militares C130 franceses e as aeronaves de vigilância marítima P3 holandesas.

A aliança com a unidade de manutenção e engenharia da TAP é outra "peça" deste processo. A eventual integração desta área de negócios da companhia aérea portuguesa na empresa de Alverca é um objectivo assumido pela Embraer, que está em fase de negociações. A Ogma e a TAP são as únicas empresas a fazerem manutenção aeronáutica em Portugal e têm um acordo de cooperação para a manutenção de Airbus. A fusão ou troca de participações entre ambas tem sido, nos últimos anos, um cenário várias vezes falado dentro do sector.



EADS abre caminho na fabricação


O segundo parceiro do consórcio Airholding, o grupo europeu EADS, deverá trazer para a Ogma mais-valias ao nível da fabricação. A este nível, a estratégia dos novos accionistas é mais difícil de antecipar, até porque falta clarificar qual será a presença definitiva do parceiro franco-germano-espanhol no capital da empresa de Alverca. Com apenas um por cento do novo consórcio accionista, a EADS tem no futuro a possibilidade de aumentar a sua presença até um máximo de 30 por cento.

A área da fabricação é especialmente importante para a Ogma, como meio de aposta nas áreas de engenharia e desenvolvimento de produto. Mas se é esta ou não a estratégia futura da empresa, isso está dependente do projecto industrial concebido pelos novos accionistas e aprovado pelo ministro Paulo Portas.

Existiam já contratos na parte de fabricação relacionados com produtos da EADS? Sim, como a montagem da fuselagem central dos novos cargueiros aéreos militares C295 da empresa espanhola Casa (controlada a cem por cento pelo grupo europeu), que deverá começar em breve, e a produção de componentes para o helicóptero militar NH90.

Por outro lado, se for bem gerida, a associação com o grupo europeu irá abrir o acesso das ex-Oficinas Gerais de Material Aeronáutico ao mercado civil de fabricação. Neste momento, o principal contrato da Ogma nesta área é a montagem do pequeno avião PC12 da empresa suíça Pilatus, mas no horizonte pode estar a produção de componentes para aviões da Airbus, detida a 80 por cento pela EADS.

Embraer Toma Posições na Direcção da Ogma


Por INÊS SEQUEIRA



O novo accionista principal da Ogma - Indústria Aeronáutica de Portugal, o fabricante aeronáutico Embraer, já decidiu que vai colocar à frente da empresa de Alverca dois dos vice-presidentes da companhia brasileira. Os nomes ainda não foram anunciados oficialmente, mas tudo indica que se trata de António Pires Monteiro e Ladislau Cid, de acordo com uma fonte ligada ao processo.

Na liderança do conselho de administração das ex-Oficinas Gerais de Material Aeronáutico deverá ficar o vice-presidente do construtor brasileiro para a área do mercado de aviação executiva, António Pires Monteiro. Quanto ao futuro responsável pelas finanças da Ogma, o nome apontado é o de Ladislau Cid - o actual vice-presidente responsável pela qualidade empresarial e organização da Embraer, empresa que detém 99 por cento do consórcio que irá adquirir 65 por cento da Ogma. A europeia EADS detém o restante um por cento do consórcio.

A tomada de posse do novo conselho está prevista apenas depois da aprovação deste negócio pela Autoridade de Concorrência, em meados de Fevereiro. A administração irá contar com outros dois administradores a que o Estado português tem direito.

António Pires Monteiro e Ladislau Cid estiveram ontem em Portugal, juntamente com o número dois da Embraer, António Manso. Além de se reunirem com o ministro da Defesa, Paulo Portas, os três vice-presidentes brasileiros encontraram-se com os sindicatos ligados à Ogma.

Numa reunião com o Sitava, os representantes da Embraer afirmaram que a empresa irá servir-se da nova participada "para atacar o mercado europeu" e que um dos principais objectivos será crescer na área de manutenção de aviões civis, afirmou o dirigente sindical Jorge Lopes. Nesse sentido, a Embraer admite que quer aprofundar a actual relação de parceria com a unidade de manutenção e engenharia da TAP - o que pode passar pela tomada de capitais nesta área da companhia aérea - com o objectivo de "ter um papel preponderante" na indústria aeronáutica. No entanto, "serão respeitadas as valências da Ogma em todos os seus sectores", incluindo a fabricação e a manutenção militar, indica um comunicado divulgado ontem pelo Sitava. Os responsáveis brasileiros asseguraram também que os postos de trabalho e as actuais condições laborais irão manter-se

Oficinas Gerais de Material Aeronáutico - OGMA

Pedro Monteiro
Portugal
Editor Military Zone
Especial para Defesanet



O Governo português anunciou, em Dezembro de 2004, a vitória do consórcio formado encabeçado pela Embraer no processo de privatização das OGMA, Indústria Aeronáutica de Portugal. Dois consórcios haviam apresentado, em Julho de 2004, as suas propostas: um  formado pela Lockheed Martin e pela Alenia e outro pela Embraer e pela EADS. Irá, pois, privatizado 65 por centro do capital da empresa pelo valor de 11,4 milhões de euros. O Estado português conservará os restantes 35 por cento e uma minoria de bloqueio.

As OGMA realizam actividades manutenção e revisão de aeronaves civis e de fabricação. Entre os seus clientes incluem-se as forças aéreas da Bélgica, França, Holanda, Noruega, Angola, Marrocos, etc. No campo civil, as OGMA constituem um centro de manutenção, a nível europeu, dos aviões ERJ-145 da Embraer.  

O ano de 2004 foi um ano crucial para as OGMA: procedeu-se à assinatura de um contracto com a EADS/CASA para a produção da fuselagem central do avião de transporte militar C-295M, foi renovado o contracto de manutenção dos C-130 franceses, acordou-se a modernização de oito aviões C-130E da USAF e acordado um contracto com a suíça para a montagem e fabricação de duzentos aparelhos Pilatus PC-12.

Esta operação permite, assim, a viabilização de uma empresa cujo encerramento chegou a ser equacionado em 2002, bem como, a sua associação a novos projectos internacionais


Fonte:PublicoPT
   Abraços!
"Eu não tenho que lhes dizer. Quem ganhou a Guerra os senhores sabem: foi a Artilharia"
(PATTON - sobre a 2ª GM)
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #1 em: Janeiro 28, 2005, 07:53:24 pm »
Embraer to Expand Nashville Maintenance Facility
 
 
(Source: Embraer; issued Jan. 27, 2005)
 
 
 NASHVILLE --- Embraer is expanding its maintenance operation in ashville to meet the growing demand for full-service aircraft maintenance in the United States.  
 
Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. (EAMS) will build a new 70,000 square-foot acility at Nashville International Airport (BNA) to add capacity and capability for maintenance on the fast growing fleet of Embraer aircraft in North America. As a consequence of this important move, 140 to 160 new employees will be eventually added to EAMS’ current workforce of 200-plus employees.  
 
“As our fleet of aircraft grows in the U.S., specifically the new EMBRAER 170/190 family of airliners, we must also grow to continue to meet customer expectations for high quality service and maintenance of their aircraft,” said Maurício Botelho, President and CEO of Embraer. “This expansion ensures we have the capacity to meet the requirements of the future, and we know we will find highly trained and qualified people in Nashville as our staffing requirements grow.”  
 
“After a nationwide search for a new location, we found in the end that Nashville provided us the best business option,” Botelho said. “This was the result of the cooperative efforts of Gov. Phil Bredesen, Mayor Bill Purcell and the local government, and the Metro Nashville Airport Authority, as well as Senators Bill Frist and Lamar Alexander, and Congressman Jim Cooper. We believe the new capability in Nashville will be a cornerstone for future Embraer programs both commercial and defense.”  
 
“Embraer’s expansion announcement is a positive development for the state of Tennessee,” said Governor Phil Bredesen. “The higher skilled, better-paying jobs that will come from this project will help to improve the lives of many Tennesseans. We are enjoying a positive business environment in the state and our FastTrack approach to business development continues to put us at an advantage when competing with other states vying for important projects such as this.”  
 
“This announcement is another strong example of the team approach we are taking to grow jobs in Tennessee,” said Tennessee Economic and Community Development Commissioner Matt Kisber. “The competition for this project was fierce, and we worked together with our partners from the airport authority, local and federal levels to help bring this project to fruition. Governor Bredesen’s emphasis on a good business climate, the successful passage of Workers’ Compensation Reform, and our quick response in outlining our resources and training infrastructure programs, were also important factors. We value Embraer as an important existing industry and look forward to the good things to come from this expansion effort.”  
 
Bob Davis, Managing Director of EAMS, said the new facility will consist of a three-bay hangar, production shops, and support offices. The new facility will accommodate three EMBRAER 195s at the same time, and will add to the company’s existing 125,000 square-foot facility at BNA.  
 
Barge, Waggoner, Sumner & Cannon Inc. of Nashville is doing the architectural and engineering design work. Embraer expects to select a contractor and begin construction in the coming weeks, with operational capability set for later this year.  
 
-ends-
 

*

JLRC

  • Investigador
  • *****
  • 2505
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +4/-85
(sem assunto)
« Responder #2 em: Março 12, 2005, 10:10:54 am »
European Commerce Authorities Approve Embraer's Acquisition of OGMA
 
 
(Source: Embraer; issued March 9, 2005)
 
 
 SAO JOSE DOS CAMPOS, Brazil --- Government commerce authorities from Portugal, Germany and Italy have approved the acquisition of OGMA -- Industria Aeronautica de Portugal S.A. by a consortium formed by Embraer and the European Aeronautic Defense and Space Company (EADS).  
 
To acquire OGMA, Embraer and EADS created the AIRHOLDING, SGPS, S.A., with Embraer holding a 99 percent stake and EADS holding a 1 percent stake. In the future, the participation of EADS in this company can reach a maximum of 30 percent.  
 
"We are very pleased that commerce authorities approved the deal. The acquisition of OGMA will allow Embraer to expand its presence in Europe through a brand recognized in the aerospace market for the excellence of its products and services," said Antonio Pires Monteiro, the new OGMA Chief Executive Officer. Monteiro has been an engineer with Embraer for over 30 years and has occupied many key positions in management. With the deal allowed to proceed, Embraer also appointed Ladislau Cid to be OGMA's new Chief Financial Officer.  
 
The Embraer-led consortium was chosen to lead the privatization of OGMA in late December 2004, with AIRHOLDING, SGPS, S.A. buying a 65 percent stake in the company from Empresa Portuguesa de Defesa (EMPORDEF). EMPORDEF, controlled by the Portuguese government, will retain 35 percent of OGMA's shares.  
 
OGMA, founded in 1918, has been dedicated to aircraft maintenance, being a major representative of the aviation industry in Europe, offering services that cover the maintenance and repair of civil and military aircraft and engines and parts, assembly of structural components and engineering support.  
 
Its key military customers include the Portuguese air force, the French air force, the U.S. Air Force and Navy, the NATO Maintenance and Supply Agency, the Norwegian and Dutch navies, among others. On the commercial side, OGMA has provided services to airlines like TAP, Portugalia, British Midland, and Luxair, and companies such as Embraer and Rolls-Royce.  
 
Beyond maintenance work, OGMA manufactures structural components and composite materials for Boeing, Airbus, Lockheed Martin, Dassault and Pilatus.  
 
Currently, OGMA employs around 1,600 people and its 2004 net sales totaled about 140 million euros.  
 
Embraer (Empresa Brasileira de Aeronautica S.A.) is the world's leading manufacturer of commercial jets up to 110 seats with 35 years of experience in designing, developing, manufacturing, selling and providing after-sales support to aircraft for the global airline, defense and corporate markets. With headquarters in Sao Jose dos Campos, in the state of Sao Paulo, the Company has offices and customer service bases in Australia, China, France, Singapore and the United States. Embraer is among Brazil's leading exporting companies. As of December 31, 2004, Embraer had a total workforce of 14,648 people, and its firm order backlog totaled US$ 10.1 billion.  
 
-ends-