Re: Cavaco Silva o Salvador da Pátria

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soultrain

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Re: Cavaco Silva o Salvador da Pátria
« em: Novembro 01, 2005, 12:15:07 am »
Citação de: "TestDummie"
Só gostaria de lembrar ao pessoal que as consequências  das políticas não surgem imediatamente.

Na realidade quem criou toda esta situação foi o senhor Cavaco Silva sendo depois alimentada pelo senhor Guterres, Barroso e Santana Lopes.  

Quanto a este Governo aqui estou para ver mas parece-me mais do mesmo.

Tivesse o senhor Cavaco apostado em políticas de desenvolvimento real e sustendado estaríamos nesta altura a colher os frutos situado-nos bem a meio da tabela dos 15.

Este senhor aparece sempre como o salvador da pátria, coisa que nunca foi, não é e nunca há-de ser.

Por último, Cavaco Silva não tem de certeza perfil para Presidente da República Portuguesa.

Numa nota pessoal, penso que estaríamos melhor com uma monarquia parlamentar e deveria ser dado ao povo português a possibilidade de referendar tal mudança do sistema.

Boas a Todos
TestDummie


Existem memórias curtas.....

Quem se lembra, durante o Governo de Guterres, durante os gloriosos anos de aparências, uma voz que nao foi ouvida, dizia o seguinte:

Podíamos ter défices altos no passado, com o grande crescimento económico, mas agora é altura de apertar o cinto e fazer reformas estruturais enquanto a era dourada nao acaba, tempos difíceis se aproximam.

Enquanto isso fez-se o inverso, engordou-se a máquina estado, obteve-se défices fictícios e todos sabem o resto.

Cump
 

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JoseMFernandes

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« Responder #1 em: Novembro 02, 2005, 04:55:13 pm »
Um colega italiano chamou-me a atençao para o artigo de um importante economista italiano (e europeu) Francesco Giavazzi, na passada semana no diario italiano 'Corriere della Sera', com o titulo 'Il dilemma portoghese'.
Segue o link, e julgo que com atençao se consegue entender minimamente o que ele quis dizer.Penso que podera incomodar um pouco, alguns de nos...

http://www.corriere.it/Primo_Piano/Edit ... iava.shtml

Como curiosidade, este economista, ex-director do Tesouro italiano, prof. da Universidade de Milao, do MIT- USA e varios centros de pesquisa e estudos economicos(basta googlar), é consultor do Tesouro frances, do Banco Central Europeu e ... interessante ! ...   faz parte do  restrito grupo de Economic Policy Advisers  a disposiçao do Presidente da Comissao Europeia José Manuel DURAO BARROSO...!!!
« Última modificação: Novembro 02, 2005, 07:22:53 pm por JoseMFernandes »
 

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Luso

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« Responder #2 em: Novembro 02, 2005, 05:09:03 pm »
Obrigado por nos dar a conhecer outra perspectiva, Zezoca. Mande sempre.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Leonidas

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« Responder #3 em: Novembro 03, 2005, 03:51:40 am »
Saudações guerreiras.

Citar
 ... faz parte do restrito grupo de Economic Policy Advisers a disposiçao do Presidente da Comissao Europeia José Manuel DURAO BARROSO...!!!


Quanto á notícia, em sim, não vem dizer nada de novo, pelo que entendi.
Espero que com este e outros fulanos "mais inteligentes" o Durão aprenda bons conselhos de governação, só é pena o Guterres não estar lá para ouvir, também.
 Quanto ao "filósofo" espera-se que seja muito mais do que um simples bom e rigoroso gestor. Tem obrigação disso, no entanto se se está a fazer com que a máquina do estado não seja um impecilho ao crescimento de Portugal em todas as vertentes, uma coisa é certo, se se continuar a  insistir nos TGVs OTAs e mais e mais betão, então já estamos a caír mais uma vez no erro clássico.
Para terminar devo confessar que me estorriquei tudo com o valente choque tecnológico do Sócrates.

Gostaria de filosofar também, mas não quero que tenham pesadelos, por isso, fiquem descansados que vou não vou mais longe. Fico onde estou só mais uns dias. Prometo descascar mais um bocado depois de despachar uma papelada. Bons sonhos.

Cumprimentos
 

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USB80

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« Responder #4 em: Novembro 04, 2005, 05:39:08 pm »
O comentário do especialista italiano pode não trazer muito de novo mas diz o essencial e o mais importante, assinalando também consequências e dizendo que o caminho para Portugal não se traça de um dia para outro, não se faz hoje uma economia competitiva, baseada no conhecimento (Investigação e Desenvolvimento e Formação) em pouco tempo. Embora ainda haja muitos portugueses que acham que isto passa, é só uma fase!

Mas há algo no artigo que surpreende pelo contraste com o estilo português: a simplicidade, ideias claras, fundamentadas e curtas. O artigo tem poucas linhas apesar de de ser escrito por um especialista de classe mundial. Aqui temos uma lição para os portugueses. Não estou a ver um Exmo. Sr. Doutor português a expor um raciocínio desta relevância em menos de 3 páginas de escrita erudita, inacessível e muitas vezes chata e repetitiva. Eis mais uma coisa a mudar e melhorar, este espírito luso vaidoso e falto de objectividade. Se a obra do homem é o reflexo do seu pensamento, então está tudo explicado.
"Common sense is the less common of the senses"
 

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Leonidas

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« Responder #5 em: Novembro 09, 2005, 02:49:26 am »
Saudações guerreiras, USB80.

Citar
O comentário do especialista italiano pode não trazer muito de novo mas diz o essencial e o mais importante, assinalando também consequências e dizendo que o caminho para Portugal não se traça de um dia para outro, não se faz hoje uma economia competitiva, baseada no conhecimento (Investigação e Desenvolvimento e Formação) em pouco tempo. Embora ainda haja muitos portugueses que acham que isto passa, é só uma fase!

Não acha que isso é demasiado obvio? Já toda a gente sabia de tais "factos" há uma "porrada" de anos atrás. Hoje, diz-se exatamente a mesma coisa que se disse há, essa mesma, "porrada" de anos pelos pórprios portugueses, só que agora todos temos uma situação económica e uma crise em todos os quadrantes da sociedade e por isso com ventos cada vez mais desfavorável a Portugal é mais dificil de fazer aquilo que já era óbvio desde o tempo da minha avó.

Veja-se todos aqueles bonitos discurssos que não foram feitos a propósito do último quadro comúnitario dos fundos europeus.
Toda a gente quer mais dinheiro, mas para quê se não se sabe onde investi-lo senão estoirá-lo nas coisas mais fúteis?? Já hove a altura para se construirem estradas (e mal) se reformular redes ferróviárias (e mal), já houve tempo mais que suficiente para termos saído do esgoto do sub-desenvolvimento, mas parece que nascemos em cêpa torta (que bonito). Alguém se import(a)(ou) com isso? As pessoas tendem a ter, cada vez mais, memória curta e gostarem de serem enganadas porque estão acomodadas, e: - Não me chateiem por favor, desampare-me o barraco!! É nisto em que, muito sinceramente, acredito, apesar de haver muita gente também, que réma contra aqueles que gostam de andar ao sabor da corrente.

A prova que isto não vai a lado nenhum é o facto de só termos gestores políticos - que até de uma maneira geral foram maus, dando ainda algum beneficio da dúvida ao que lá está agora. A ecónomia pode e deve ser conduzida pela sociedade(?) e naõ o estado(?), segundo a economia de mercado, sim senhor que seja assim, mas até eu não acredito muito nesse estilo, porque estamos em Portugal onde o óbvio continua por fazer para que todos nós disfrutemos do tal capitalismo!! Uma sociedade que (ainda) vive do e para o estado, como é, então? Por isso defendo que um 1º ministro deve ser mais que um simples gestor e sim um "visíonário" e já agora que não se deixe manipular/corrumper, será que é pedir muito?

Estamos-nos cada vez mais a andar para trás devido a muita insensibilidade pelos pormenores. Estou a falar no genérico.Também sou daqueles que compreendo melhor as coisas com casos concretos e não o abstrato. Alguns deles são ou foram tratados neste fórum, inclusive. Dou-lhe um exemplo: o envelhecimento da população. Diga-me o que está a ser feito para colmatar esta fatalidade? O quê? Será com ppr´s?!

Uma coisa pela qual eu votei nestes senhores que estão agora no governo, foi só única e exclusivamente pelo tal plano técnológico. Nada, mas absolutamente, mais nada me levou a votar neles. Eu não quero ser péssimista, mas tenho já uma leve sensação de estar a ser enganado. Chamem-me ingénuo, mas eu tenho uqe acrediar em algo, mesmo que "goste de ser enganado", porque de resto é mais do mesmo. O uqe estes senhores estão a fazer é o óbvio também. Nada que já não se sabia e devia ter sido feito há uma "porrada" de anos.

Citar
Mas há algo no artigo que surpreende pelo contraste com o estilo português: a simplicidade, ideias claras, fundamentadas e curtas. O artigo tem poucas linhas apesar de de ser escrito por um especialista de classe mundial. Aqui temos uma lição para os portugueses. Não estou a ver um Exmo. Sr. Doutor português a expor um raciocínio desta relevância em menos de 3 páginas de escrita erudita, inacessível e muitas vezes chata e repetitiva. Eis mais uma coisa a mudar e melhorar, este espírito luso vaidoso e falto de objectividade. Se a obra do homem é o reflexo do seu pensamento, então está tudo explicado.


(Sei o que vou dizer é uma Heresia)
Não lhe retiro o mérito o brilhantismo e a capacidade de raciocinio (não é por acaso, que está no lugar que está), mas vamos acabar outra vez por bater no ceguinho. A única coisa que difere do seu congénere português é que é mais económico em relação á três páginas a menos.

Talvez haja um ditado português que provem da mais absoluta húmilde e sábia simplicidade do povo: "Santos da casa não fazem milagres".
Pelo que conheço (que é pouco), "pergunto" agora, a Itália é um país industrializado e no no entanto toda a gente sabe que aquilo é também uma verdadeira comfusão. É claro o homem não é o Messias, daí vir a dar-me ainda mais razão, "... penso eu de que".

Os "estados gerias" de cada partido principal em Portugal, não terão servido para alguma coisa? Pelos vistos... Ou então o doutor português é mesmo um "ganda" nabo, o que, também, não é uma boa tese. No fundo acho mesmo que somos piores que os cegos (com o devido respeito que tenho por eles).

Eu acredito na mudança. Sou otimista por natureza, apesar de estar num periodo bastante díficil, mas há que agir com pragmatismo, firmeza, etc., etc., etc. Mas acima de tudo saber para onde queremos ir e que consigamos ser nós única e exclusivamente a decidir isso.

O óbvio dá nestas coisas, por isso é que já tou farto dele. É sempre a mesma coisa.  :)

Cumprimentos
 

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USB80

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« Responder #6 em: Novembro 23, 2005, 10:19:28 pm »
Abraço Leonidas,

Permita-me escolher algumas frases do seu discurso que me parecem muito interessantes:

Citação de: "Leonidas"
1) Toda a gente quer mais dinheiro, mas para quê se não se sabe onde investi-lo senão estoirá-lo nas coisas mais fúteis??
2)...já houve tempo mais que suficiente para termos saído do esgoto do sub-desenvolvimento, mas parece que nascemos em cêpa torta
3) As pessoas tendem a ter, cada vez mais, memória curta e gostarem de serem enganadas porque estão acomodadas, e: - Não me chateiem por favor, desampare-me o barraco!!
4) Uma sociedade que (ainda) vive do e para o estado, como é, então?
5) Por isso defendo que um 1º ministro deve ser mais que um simples gestor e sim um "visíonário" e já agora que não se deixe manipular/corromper
6) Estamos-nos cada vez mais a andar para trás devido a muita insensibilidade pelos pormenores.
7) Uma coisa pela qual eu votei nestes senhores que estão agora no governo, foi só única e exclusivamente pelo tal plano técnológico.
8) Mas acima de tudo saber para onde queremos ir e que consigamos ser nós única e exclusivamente a decidir isso.

Acho que o Leonidas conseguiu citar TODOS os pontos essenciais (estruturais) do que se passa em Portugal e o que deveria ser feito, ta a ver? Nem mais nem menos!
O que é que aqui vemos usando as suas palavras: Uma sociedade de pessoas acomodadas que não se querem chatear e não querem que as chateiem (veja-se as greves e protestos da função pública), que vive do e para o estado ("não sejas burro, arranja um trabalhinho na função pública que ficas resolvido para o resto da vida sem te maçar muito"), não sabe para onde quer ir (tásse bem, deixa andar), atribui as suas desgraças ao destino, o "fatum" o fado, nascemos em cêpa torta (é sempre mais fácil culpar terceiros do que arregaçar as mangas); com muita insensibilidade pelos pormenores (desleixo, ignorância), não sabe onde investir o dinheiro (investir em quê, se estamos bem assim, olha, vamos gastar, logo se vê) e que precisa para sair da situação presente (será necessário mesmo sair? não estamos tão mal, para já não passamos fome, temos dinheirinho para uma sopinha...) um VISIONARIO, um LIDER que dite o caminho, alguém que trace objectivos para o país, a médio e longo prazo. E o plano tecnológico parece fazer sentido porque parece necessário modernizar a economia para evoluir (será mesmo necessário evoluir? não sei, tou tão bem assim, com o meu futebol ao fim de semana, o Shopin e tantos que há agora, ir até ao café ler a Bola, fogo! que mais é que eu quero? ainda há pouco andava de burro na aldeia e já tenho um BM!)

(Com um bocado de ironia à mistura)

Saudações Leonidas, tenhamos fe.
"Common sense is the less common of the senses"
 

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USB80

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« Responder #7 em: Novembro 23, 2005, 11:19:27 pm »
Citação de: "Leonidas"
Pelo que conheço (que é pouco), "pergunto" agora, a Itália é um país industrializado e no no entanto toda a gente sabe que aquilo é também uma verdadeira comfusão. É claro o homem não é o Messias, daí vir a dar-me ainda mais razão, "... penso eu de que".


Amigo Leonidas,

Na minha opinião, os italianos são um povo muito especial, com características muito próprias, com extremos tanto pela positiva como pela negativa. Nos extremos negativos temos o que toda a gente sabe, a máfia, alguma falta de escrúpulos nos negócios, etc. Mas tem qualidades realmente sobressalentes em muitos domínios, nomeadamente na iniciativa privada, criatividade, produção científica (repare que em muitas das grandes descobertas e avanços da humanidade há quase sempre um italiano por trás, embora possa não ser muito visível). Têm uma outra importante característica que deve vir dos tempos do império Romano: o seu espírito gregário e associativista, são gente que sabe lidar com grupos e sobretudo gosta de trabalhar em equipa (a máfia é a manifestação antiética disto). Ora bem, nisto que é ESSENCIAL para se ter resultados como nação e empresas, nós somos o oposto, temos imensas dificuldades em integrar uma equipa de trabalho (por razões que já se tem falado neste mesmo fórum). Ao ponto que alguém importante (não me lembro agora do nome) disse que "Itália é o único país do mundo que não precisa de governo para funcionar". Apesar da confusão que possa haver lá, como diz, e que há, como país latino e extrovertido ao fim de contas (aliás, uma imagem de marca) o país continua a funcionar porque conta com uma sociedade cheia de genica e iniciativa que sabe bem onde quer ir e sobretudo como quer viver.
Durante a minha vida tive a oportunidade de conhecer muitos italianos e digo-lhe que nenhum vivia mal e quase todos tinham as suas próprias empresas, quase todas prósperas, algumas grandes, outras nem por isso. Gente cheia de ideais e gosto de viver, com entusiasmo e nada choramingona. Gente com ambição, em que levada ao extremo também podia conduzir a situações desagradáveis, mas são este tipo de gente que empurra a sociedade, que arrasta os mais inertes, que anima os que têm dúvidas. Conheci italianos que trabalhavam com o meu pai que arriscavam em projectos onde outros não se atreviam, às vezes corria mal, mas quando corria bem o lucro era bem interessante. Conheci um que até me chegou a dar pena e admiração ao mesmo tempo. Este senhor tentou por várias vezes montar a sua própria fábrica (de madeira contraplacada) mas por variados motivos não tinha sucesso e tinha de fechar portas. A sua própria esposa trabalhava nas máquinas, de dia e pela noite dentro. Numa dessas fases críticas, o meu pai decidiu comprar-lhe os produtos que fazia apesar de que sabia que a qualidade não era muito boa. Só para o ajudar, porque já o conhecia há algum tempo e tinha pena de que não conseguisse manter o negócio. Admirei naquele senhor o espírito de luta e a vontade de vencer. E finalmente venceu...
"Common sense is the less common of the senses"
 

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Leonidas

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« Responder #8 em: Novembro 24, 2005, 01:38:19 am »
Saudações guerreiras, USB80.

Caro USB80, se eles são um povo muito especial então o que dizer de nós!!!
Eles têm raízes muito prufundas, mesmo anteriores ao renascimento. Julgo que o que lhes vale para equilibrar as coisas é um setor industrial competitivo e tecnologicamente avançado, ou suficientemente avançado que lhes permitam competir com países mais poderosos, Franças, Alemanhas, Inglaterras, etc.

Aquilo que eles têm de bom é exatamente aquilo que mais nos faz mais falta que é onde você diz onde eles mais se sentem como peixes dentro de agua, chegando ao ponto do exagero, com a sua expressão máxima, a máfia. (Talvez um tema interressante para se debater, pois julgo que esse fenómeno tem mais a ver com uma visão destorcida que eles têm de certas relações de amizade (á falta de melhor palavra de momento) que, julgo, terem raizes muito distantes no tempo. Não caíndo no exagero da máfia, creio que um dos elementos que mais tem emperrado um avanço mais forte da economia é a desunião que, de um modo geral impera entre os constituintes menbros nos mais diversos setores.

A juntar a isto o facto de ainda muita coisa ser feita com muito amadorismo. O estado não continua a ajudar em nada. Dou um exemplo: a fiscalização. Se hovesse uma fiscalização regular transversal a toda a sociedade as coisas estariam bem melhores e repare que não era necessário muito esforço. Muitas da vezes é uma aus~encia total de postura profissional e vontade para as fazer. Mas também acredito que há uma grande carência de meios e também, se calhar a cima de tudo, uma grande descoordenação a todos os niveis.

Por experiência própria, se hovesse fiscalização, se isso fosse uma prática corrente e não a exceção à regra eu e mais gente, e certamente a sociedade em geral, estaria bem melhor. Por si só, essa carência gera muita concorrência desleal que em empresas pequenas como eu, no clima atual está cada vez mais dificil de suportar. No meu caso se não conseguir resolver umas coisas é uma questão de poucos meses.Não se tem fomentado uma politica a sério de formação profissional. Aquela que é feita é só para inglês ver sem continuidade e sem o minimo de objetividade. há muita empresa que o faz mas a contar com uns denheiritos extras, nada mais.

Empresa prestigiadas com trabalhadores que têm de estar constantemente a falar linguas estrangieras, que dão calinadas atrás de calinadas por não estarem preparados a nível intelectual. Uma coisa tão simples de se resolver e no entanto prefere-se sempre fazer figuras tristes. Nesta situação pelo menos uma pertence a pessoas que todos nós conhecemos da vida politica e não só.  

Creio que um dos grandes males do nosso tecido produtivo é não haver uma obrigatoriedade (tipo serviço militar obrigatório) para todos os responsáveis das empresas em relação á sua própria formação, quer especifica relativa ao seu negócio, quer social, politica, ambiental e criativa. Os politicos não ajudam nada pois não fazerm as coisas coordenadamente. Eles próprios são o anti-sistema, pois dão azo aos fatores "c": cunhas; corrupção e compadrio a todos os niveis desde do mais alto até á raia miúda. Por si só isto já é um grande obstáculo às reformas. Aquilo que o estado vai dizendo par aí, de querer premiar os mais produtivos, neste momento, para mim é esperer para ver. Este país sempre foi assim: esperar para ver, e outras coisas mais que, como se costuma dizer, dão pano para mangas.

Deixo aqui uma coisa que nunca foi verdadeiramente valorizada com ajudas sérias por parte do estado em relação a esta realidade. Espero que não me tenha escapado nada e estar enganado.

 “ Por falta de um inventor
Perdeu-se um invento
Por falta de um invento
Perdeu-se um produto
Por falta de um produto
Perdeu-se uma empresa
Por falta de uma empresa
Perdeu-se uma fábrica
Por falta de uma fábrica
Perderam-se milhares de empregos
Por falta de milhares de empregos
Um país perdeu seu futuro.
Tudo por falta de um inventor”

Autor anónimo
http://www.galeriadeinventores.web.pt/
Quem me dera ter este espirito inventivo.

Cumprimentos
 

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sierra002

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« Responder #9 em: Janeiro 22, 2006, 09:44:06 pm »
Una vision de Portugal publicada el día 22 en el diario EL PAÍS de España

http://www.elpais.es/articulo/elpdompor ... a/salvador

Portugal busca salvador  
Portugal, con más de dos millones de pobres, una tasa de desempleo en ascenso y la estructura social menos igualitaria de Europa, busca un salvador. Los sondeos indican que cree haberlo hallado en Aníbal Cavaco Silva. Hoy, el ex primer ministro puede conseguir que la derecha, por vez primera desde la Revolución de los Claveles de 1974, gane la presidencia en las urnas.
MIGUEL MORA
DOMINGO - 22-01-2006
         

Partidarios de Cavaco Silva aguardan su llegada con propaganda electoral antes de un mitin en Figueira da Foz, en el norte de Portugal. (AP)
ampliar

  José Gil: "Es un fenómeno casi religioso"
Un tono apocalíptico rodea la elección de hoy, en la que el derechista Cavaco se enfrenta, con grandes probabilidades de éxito, a cinco candidatos de izquierdasLisboa es un escaparate de contrastes: miles de automóviles de lujo 'coexisten' en pleno centro de la ciudad con numerosos mendigosHay mucha gente que nunca votó por el PSD, pero que ahora lo hará por Cavaco porque cree que tiene el perfil preciso para salir del bachePortugal es el país más desigual de la UE. La renta acumulada por el 20% de la población más rico es 7,4 veces superior a la del 20% más pobreArminda Ferreira, empleada de hogar: "Los portugueses tenemos a veces delirios de grandeza y damos pasos más largos que las piernas"Las mujeres le estrujan por la calle, los jóvenes gritan a voz en cuello "otra vez, otra vez, el pueblo portugués quiere a Cavaco otra vez" y "Cavaco ve adelante, eres nuestro presidente". Cuando llega la comitiva de los Audi y BMW, decenas de jubilados con banderitas de tela, una tuna femenina y la máquina municipal del PSD local estallan en ovaciones y cánticos de alegría. Así se vive, más o menos, el efecto Cavaco Silva en Portugal: como si de repente Dios bajara de los cielos.

De hecho, hace unos días, un ex ministro de Aníbal Cavaco Silva dijo que el país necesita "un presidente que lo vea todo y lo oiga todo". Y poco después, el constitucionalista Vital Moreira escribía en su blog (http://causanossa.blogspot.com) un aforismo titulado "Aníbal Cavaco Deus: 'La clarividencia y la omnisciencia siempre fueron propiedades divinas. Felices los pueblos que pueden elegir a Dios como Jefe de Estado...".

Las dos frases son un síntoma, entre otros muchos, del tono apocalíptico que rodea las elecciones de hoy en Portugal, en las que casi nueve millones de personas deben elegir al nuevo presidente de la República entre seis candidatos, cinco de izquierdas (dos de ellos, Manuel Alegre y Mario Soares, socialistas) y uno, Cavaco, que se autodenomina socialdemócrata, aunque los otros cinco le definen como "de derechas".

Pero lo curioso es cómo una gran masa de portugueses, que según las encuestas ronda el 55%, parecen entregados en cuerpo y alma a lo que Mario Soares ha llamado "el plebiscito Cavaco". El miércoles pasado, en la ciudad costera de Figueira da Foz, había unas 500 personas esperando al candidato conservador en la calle. Todos parecían encantados de poner su destino en manos del professor, aunque quizá eso sea pedir demasiado a una república semipresidencialista en la que el jefe del Estado es casi un cortacintas que no gobierna ni influye directamente en la economía.

El caso es que era mediodía y allí había muchos jubilados, algunas amas de casa y varios universitarios. Gente templada como Antonio Iglesias, de 59 años, director de una incubadora de empresas, que dice que Cavaco es "la única oportunidad de seriedad, confianza y esfuerzo que le queda a este país, el hombre que puede ayudar a que nuestras empresas y trabajadores desarrollen todo su potencial y se hagan más modernos e innovadores". O gente curtida y enérgica como José Rosa da Silva, picapedrero durante 43 años, que ahora tiene 75, y vive con una pensión de 700 euros. Como muchos portugueses de a pie, Rosa da Silva piensa que Cavaco es el único candidato válido: "Los otros sólo son unos provocadores y unos maleducados".

Desaliento general

Los analistas buscan las primeras razones de esta amplia onda Cavaco en el desaliento general, que ha provocado una profunda crisis que en sólo cuatro años ha doblado las cifras de paro y ha multiplicado las desigualdades. Sólo hay que pasear un rato por Lisboa u Oporto para ver el reflejo de esos números. Lisboa ofrece un explícito espectáculo de contrastes. Miles de coches de lujo, los centros comerciales con calles y avenidas llenos de artículos a precios dignos de Nueva York y las colas para adquirir la TV por cable (que es más cara que en España) conviven con los mendigos que pueblan la avenida de la Libertad y la plaza de la Alegría, los yonquis (Portugal encabeza el consumo de heroína de la UE) que guindan los móviles a los turistas en la Baixa al atardecer y los inmigrantes africanos que pasean por la plaza del Rossío en actitud de paro irremediable (la tasa de desempleo, que en 2001 era del 4,1%, es ahora del 7,5%).

El diario Público informaba hace unos días que, mientras las ventas de coches sólo crecieron un 3% en 2005, los aumentos en el segmento de la gama alta no bajan desde el año 2000 de las cifras de dos dígitos, y en algunos casos llegan al 50%. "Un comportamiento excepcional", según la asociación de empresas del ramo.

Pero hay más; según el último Eurostat, Portugal es el país más desigual de la UE. En 2003, la comparación entre la renta acumulada por el 20% más rico y el 20% más pobre daba una ratio de 7,4, es decir: los más pudientes ingresaron 7,4 veces más que los más necesitados. La cifra es idéntica a la de 1995, cuando acabó la década del Gobierno Cavaco. Hoy, en las cien mayores fortunas de Portugal se mezclan las históricas familias lisboetas, asociadas a la época salazarista (Champalimaud, Espírito Santo, Mello, Monteiro de Barros o Queiroz Pereira), con las nuevas fortunas surgidas tras la Revolución de Abril, entre las que destacan los empresarios norteños Belmiro de Acevedo y Américo Amorim. Entre unos y otros tienen 22.500 millones de euros, es decir, el 17,6% de la riqueza nacional.

Pero si el viajero sale de los centros urbanos, deja atrás los campos de golf y recorre las periferias o el interior rural del país, la cosa cambia.

Ahí el dinero es como si no existiera. La barriada gitana de São João de Deus en Oporto recuerda más a la favela de Río que a las afueras de cualquier ciudad europea. Y en el deprimido y bellísimo campo, al que, eso sí, se llega por espléndidas autopistas de peaje (de la era de Cavaco en el Gobierno), miles de hombres se siguen viendo obligados a emigrar a los núcleos urbanos o a la vecina España.

La economista Teodora Cardoso no cree que fueran un error aquellas inversiones en infraestructuras, pero sí que lo que caracterizó al Gobierno de Cavaco fue "la miopía y la falta absoluta de una visión estratégica" para el futuro. "No reformó la Administración pública; subordinó sus decisiones económicas a los ciclos electorales e hizo políticas profundamente conservadoras en empleo; burocráticas en materia de constitución y disolución de empresas, confusas en materia de ambiente y ordenamiento del territorio, ineficaces en la formación profesional y la regulación de la actividad económica, y prácticamente inexistentes en materia de competencia".

El escritor y novelista Pedro Rosa Mendes cree que "Portugal está pagando todavía el precio; aquella generación, que vivió un enorme desarrollo económico, no supo acompañarlo del desarrollo cultural y educativo. Y así estamos: ahora mucha gente tiene más en los bolsillos que en la cabeza, y somos dos países en uno".

Por un lado, dice, está el olvidado interior del Alentejo o Beira; por otro, el país más rico pero artificial del litoral: Lisboa, Oporto, Leiría, Setúbal, Coimbra... "La agricultura y la pesca no existen casi, la industria es cada vez más flaca y el país vive de una riqueza no producida. No hay que dejarse engañar por el dinero de Lisboa, los coches, la ropa, los condominios de lujo, los viajes... ¡Todo eso es a crédito! Somos un país que debe, luego existe. Que gasta y sueña a crédito. Es absurdo y algún día estallará. ¡Cada día nos parecemos más a Argentina!".

Rui Cardoso, uno de los autores del programa satírico de televisión Contrainformaçao, piensa que el único camino que queda es ponerse a trabajar: "Ya sé que es un discurso un poco salazarista, pero es que trabajamos poco. Preferimos hacer agujeros en el calendario para ver cuándo nos vamos de vacaciones a Brasil y así volver bronceados para parecernos a los otros; o si no, comprarnos un coche para parecer ricos. Y si tenemos que endeudarnos, nos endeudamos; o, mejor aún, damos cheques sin fondos".

Delirios de grandeza

Así y todo, en 2004, 925.000 portugueses mayores de 15 años se fueron en avión de vacaciones; mientras, dos millones de personas subsisten con menos de 350 euros al mes.

"Los portugueses tenemos a veces delirios de grandeza y damos pasos más grandes que las piernas", dice Arminda Ferreira de Sousa Silva, empleada doméstica en Lisboa. "Mi vecina, por ejemplo, pidió un crédito al banco para irse a Brasil porque otra vecina se había ido antes a Punta Cana".

Ferreira, de 58 años, no se queja de su suerte aunque hace 20 puso en casa un negocio de estética que tuvo que cerrar porque necesitaba máquinas y no pudo reunir el dinero suficiente. "Me hice canguro de niños y después empleada de hogar. No estoy mal. No quiero lujos, no voy a la peluquería, pero me gusta ir limpinha [aseada] y me defiendo, pago los gastos y el alquiler, que nos cuesta 100 euros, y si hay que comer judías, judías, y si pasta, pasta".

Arminda Ferreira piensa votar a Cavaco, "esperando que no sea para mal" y confiando en que ayude a superar el parón que sufre la economía desde 2002. Las últimas previsiones apuntan a un crecimiento del PIB del 0,3% en 2005 y de menos del 1% en 2006. Pero hay otras señales de crisis (y no sólo económica): el descenso del puesto 26º al 27º en la lista de desarrollo humano de la ONU, la peor tasa de abandono escolar de la UE, el mayor índice europeo de pobreza persistente y uno de los mayores porcentajes europeos de niños pobres, sólo por detrás de Irlanda e Italia.

A eso hay que añadir factores menos tangibles que colaboran a la decepción colectiva; lo que Pedro Rosa Mendes llama la "pérdida de soberanía y dignidad", o "el fracaso del proyecto nacional en asuntos tan graves como la Defensa, vergonzantemente subordinada a Estados Unidos, o la economía, que mira cómo España acentúa nuestra condición dependiente y periférica al ponerse a la altura del G-8".

Visto el panorama, parece sensato pensar que un hombre solo no puede hacer gran cosa. ¿Cómo se explica, pues, que el país parezca ansioso por llevar un economista a Belém para cinco años, "o probablemente diez", como sugiere la comentarista Teresa de Sousa?

Según Rui Cardoso, "el discurso simple de Cavaco, que parece hecho para empleados de banca, ese portugués vago como de programa informático, esa jerga Excel de empresario, cala en el país porque el país necesita cíclicamente oír cosas así".

Ahí está Cavaco, llegando a Figueira da Foz. Levanta los pulgares y hace el signo de la victoria. Una y otra vez. Sonríe sin parar y habla poco, entrega una octavilla de cartón con su mensaje de esperanza y unidad. Hace el signo de la victoria. Arturo Mendes, de 72 años, oficial retirado del Ejército que pasó seis años en Angola y cuatro en la India y que cobra una pensión de 2.000 euros, ha ido a verle. Y dice que va a votarle porque es "el más inteligente, el que más pruebas ha dado de capacidad; estamos a la deriva y es la persona indicada. Dinamizará el país y creará consensos entre oposición y Gobierno".

La misma pasión exhiben Elisabete Oliveira, de 22 años, estudiante de último curso de psicología, y Diana Duarte, que a la misma edad ha terminado periodismo. Oliveira milita en el PSD y cree que Cavaco dará "confianza, seguridad y credibilidad".

Hay gente que nunca ha votado al PSD que piensa votar a Cavaco. Por ejemplo, Eurico Silva, un ex profesor de 64 años que lleva siete jubilado y también cobra 2.000 euros. "Tiene una noción del Estado muy fuerte, pero no es un liberal ni un neoliberal; tiene el perfil que necesitamos en este momento".

Un halo de confianza

Acompañado por su hija Patricia y por su mandataria de juventud, la fadista Katya Guerrero ("el profesor es la referencia de esfuerzo y liderazgo, seriedad y espíritu emprendedor", dice), Cavaco Silva desprende un halo de confianza que parece contagiarse o suscitar sospechas: es un político, o un antipolítico, de filias y fobias. Según el editor Carlos da Veiga Ferreira, que apoya en público a Soares, lo que ha hecho durante la campaña "es cantar la canción del bandido, eso que se les canta a las chicas cuando uno quiere ligar". Es decir: "Ahora puede parecer otra cosa, pero lo que nadie recuerda es que él y otros economistas se opusieron a la plena integración en Europa; y que en todo lo que no fue cemento y carreteras su gestión fue horrible, arrogante y distante del pueblo y la opinión pública".

"Cavaco ganará como consecuencia lógica de que la izquierda ha hecho todo lo posible para que lo haga", dice Rui Cardoso. "Va a ganar", coincide Pedro Rosa Mendes, nacido en 1968. "Pero me temo que será víctima de su propio sebastianismo. Los milagros sólo suceden si hay ganas y coraje, y nosotros no tenemos coraje".

La historia del rey luso Sebastián narra cómo su pueblo esperó inútilmente el regreso del gallardo soldado que, desaparecido en combate en Alcazarquivir (Marruecos) en 1578, debía salvar a la patria. Es la metáfora más querida por los portugueses, afirma Rosa Mendes. "La grandeza de la victoria de Cavaco", añade, "sólo dará la medida de la amargura nacional. Siempre creemos colectivamente en lo que colectivamente sabemos que no debemos creer. Pero nuestra crisis es tan profunda que no hay Sebastián que nos salve".

Por eso, según Rui Cardoso, la imagen que define mejor Portugal es la de aquel turista que salió indignado en televisión protestando porque nadie le había advertido de que habría un huracán en México. "¡Decía que había invertido todo su dinero en ese viaje, pero el tío ni siquiera miró qué tiempo iba a hacer!".

José Gil: "Es un fenómeno casi religioso"

"CAVACO ES UN CASO extraordinario, como síntoma, de la irracionalidad que ha invadido a la sociedad portuguesa", afirma el filósofo José Gil. "Sin necesidad de hablar, sólo con su presencia, como si fuera un santo, las multitudes rugen ante él como si aquello fuera una procesión en rogativa o una concentración de comunistas". "Se trata de un fenómeno casi religioso", añade el autor del ensayo y éxito de ventas Portugal hoy: el miedo a existir. "Es un fenómeno irracional de masas que crea un populismo sin discurso. Como si fuera un mesías laico, Cavaco ha convencido al pueblo de que el milagro es posible".

¿Milagro? ¿Pero qué milagro? "El milagro de salir de este horrible lío en que estamos metidos sin que nada cambie, sin que hagamos sacrificios, sin que nos cueste esfuerzo, sin perder los privilegios que muchos tienen", responde Gil. El análisis del profesor de Filosofía de la Universidad de Lisboa, de 65 años, va un poco más lejos: "Estas elecciones son como una partida de ajedrez viciada antes de empezar. Ni las blancas son blancas ni las negras son negras, la reina se mueve como un alfil y los peones como una torre. Los candidatos de izquierda son el pasado; Cavaco es una gran masa de pasado. No hay una sola idea nueva para afrontar el futuro, sólo discusiones bizantinas. De lo que se deduce que el pueblo portugués ama la obstinación que no tiene y el autoritarismo. Porque Cavaco es eso: un jefe sin carisma, una persona encerrada en sí misma, que manda y sabe dónde va".

"No quisiera ser catastrofista", concluye el analista político de la revista Visão, "pero aún arrastramos los hábitos, vicios y defectos incubados por causa del salazarismo y de lo que no se hizo el 25 de Abril. Hace falta reformar el Estado, la justicia y la sanidad; acabar con el trapicheo, la picaresca y la irracionalidad de los servicios estatales. Somos incapaces de arriesgar, de creer en el futuro; es como si estuviéramos paralizados ante la inminencia de la catástrofe".
 

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Johnnie

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« Responder #10 em: Janeiro 23, 2006, 01:03:13 pm »
Tudo que está ai escrito é verdade caro hermano, tudo até á ultima virgula...   :roll:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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sierra002

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« Responder #11 em: Janeiro 24, 2006, 05:01:36 pm »
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Tudo que está ai escrito é verdade caro hermano, tudo até á ultima virgula...


Pues es muy triste. Como vecino iberico le deseo lo mejor a portugal y como ciudadano español, necesito que a Portugal le vaya bien.
España no puede desarrollarse si el país con quien comparte más frontera está en malas conciciones.
Ya se que muchos no lo creeis, pero en España (por la mayoría) se quiere el bien para Portugal. Quizás porque no conocemos a Portugal lo suficiente, quizá porque lo conocemos demasiado.
 

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Tiger22

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« Responder #12 em: Janeiro 24, 2006, 05:34:20 pm »
Citação de: "Johnnie"
Tudo que está ai escrito é verdade caro hermano, tudo até á ultima virgula...   :roll:

Mentira. Artigo tendencioso, subtilmente tendencioso, como é habitual quando se fala de Portugal em Espanha. Leiam TODO o artigo e depois digam-me alguma coisa.

Para já vou dar um exemplo:

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Pero si el viajero sale de los centros urbanos, deja atrás los campos de golf y recorre las periferias o el interior rural del país, la cosa cambia.

Ahí el dinero es como si no existiera. La barriada gitana de São João de Deus en Oporto recuerda más a la favela de Río que a las afueras de cualquier ciudad europea.


Vivo relativamente perto desse bairro e isso é um perfeito disparate. Aliás, já o estão a demolir para começar a sua reconversão.

Será que quem escreveu isso já andou por Madrid, Sevilha, Barcelona, Roma, Paris etc.?

Mas há mais. Agora só estou com falta de tempo. Leiam o artigo.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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sierra002

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« Responder #13 em: Janeiro 24, 2006, 05:40:06 pm »
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Mentira. Artigo tendencioso, subtilmente tendencioso, como é habitual quando se fala de Portugal em Espanha


Pues me alegro de que sea mentira y Portugal no esté en crisis. Con sinceridad, en la prensa española se ha hablado mucho ultimamente de que Portugal está pasando una mala época. Si todo esto no es más que calumnias de la prensa española, estupendo.
 

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papatango

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« Responder #14 em: Janeiro 24, 2006, 07:09:52 pm »
Realmente, é infelizmente o típico da imprensa espanhola.

Isto, no entanto, sem que isto implique que não existem pobres. É evidentemente óbvio que existem.

Aliás, de outra forma não teriamos as maiores desigualdades sociais da Europa. Mas essas desigualdades estão em grande medida dentro das cidades, ou seja: Em muitas zonas agricolas do país, a população vive melhor que nas cidades.

A forma como o artigo é apresentada é evidentemente tendenciosa, e típica da visão do Portugal do terceiro mundo, mais pobre que o Afeganistão, que a imprensa espanhola passa, por necessidade.

Mas não nos temos que preocupar muito, porque é o costume.

Só para terminar:
O filosofo José Gil, apresentado como referência no texto do El País, esteve num canal de televisão e disse que o El País distorceu as suas  palavras.

Contra factos, não há argumentos...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...