« em: Maio 15, 2006, 06:47:59 pm »
Noticia da Lusa...
UE/RDCongo: Envio de forças portuguesas decidido na próxima semana - Luís Amado
Lisboa, 15 Mai (Lusa) - O ministro da Defesa português disse hoje que o Conselho Superior de Defesa Nacional da próxima semana tomará uma decisão sobre o envio de Forças Especiais de Portugal para a missão da União Europeia na RDCongo.
Luís Amado, que participou numa reunião dos ministros da Defesa dos "Vinte e Cinco", disse no final aos jornalistas que reafirmou hoje, em Bruxelas, a disponibilidade de Portugal aumentar a sua contribuição para a missão de apoio da UE às eleições na RDCongo com um destacamento de 25 homens - além do avião Hércules C-130 e um oficial -, devendo em breve ser conhecida a decisão final.
"Nós informaremos a assembleia, no quadro das responsabilidades que a assembleia tem pelo acompanhamento em tudo o que tem a ver com o empenhamento de forças no estrangeiro, e haverá na próxima semana um Conselho Superior de Defesa Nacional, que tomará uma decisão final", declarou.
Luís Amado acrescentou que o assunto que tem sido acompanhado quer a nível do primeiro-ministro, José Sócrates, quer a nível do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Recordando que o eventual reforço da participação portuguesa surge na sequência de uma solicitação do governo alemão, Luís Amado sublinhou que o trabalho de planeamento da missão, a cargo das forças armadas alemãs, ainda está a ser desenvolvido, sendo pois necessário esperar pela análise final sobre as ofertas que têm chegado dos vários Estados membros.
O ministro português referiu que até ao momento as "principais lacunas" identificadas no processo de planeamento se prendem, contudo, com equipas de assistência médica e meios de transporte aéreo táctico, áreas em que Portugal não se envolverá.
A concretizar-se o envio do destacamento de 25 homens, a principal missão dos elementos das Forças Especiais, que ficarão provavelmente baseados em Kinshasa, será intervir apenas em caso de incidentes no processo eleitoral na RDCongo, concretamente em "missões de retirada" de observadores internacionais e outros.
O ministro afirmou que o planeamento da operação da UE, de apoio à missão da ONU, encontra-se "já numa fase muito adiantada", e sublinhou a importância da missão da União Europeia de coadjuvar aquela que é hoje a maior operação das Nações Unidas no Mundo, envolvendo 17.000 homens por parte da ONU e 1.500 da UE.
Segundo Luís Amado, esta é uma "missão de enorme responsabilidade, sobre a qual se gerou enorme expectativa", até porque a "estabilização do processo político na RD Congo é de vital importância para a União Europeia", que investiu bastante nesta missão.
O ministro considerou que "também Portugal tem uma responsabilidade especial neste processo", porque é país fundador da NATO, "porque está extremamente envolvido no processo de consolidação de uma política europeia de segurança e defesa", e ainda porque tem participado na "promoção do continente africano" e na estabilização de conflitos em África.
As eleições presidenciais e legislativas na República Democrática do Congo, as primeiras em mais de 40 anos, estão marcadas para 30 de Julho próximo.
ACC.
Lusa
Segundo um canal televisivo que citou a notícia os elementos a destacar serão Fuzileiros.
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