Obrigado Luso , pelo site.
Papatango, esqueci-me de adicionar uma imagem, aqui está ela.
as cores e as bandeiras são discutíveis, até porque não sei muito bem
se tais navios viajariam em "traje de gala" durante o "trabalho".
Em relação à Nau, e ás peças, eu penso que o conceito táctico por trás deste tipo de navio, é mais uma espécie de Castelo móvel do que outra coisa, uma certa divisão em compartimentos, para poder prolongar a luta em caso de abordagem, estando os assaltantes sempre em situação de desvantagem de altura, mais expostos a fogo, tal como no pátio ou muralha dum castelo, expostos a uma torre.
A Abordagem por parte dum navio mais baixo seria bastante complicada, no fundo, seria como escalar uma muralha, com os inconvenientes das ondulações condições de clima somado ao resto.
No fundo o conceito é defensivo, contudo a mobilidade trás um aspecto interessante, o levar a defesa para cima do adversário.
Mas como foi referido, uma tal flotilha de embarcações pequenas no fase final de aproximação ,a um navio deste género, já teria sofrido um número considerável de baixas, não seria fácil.
É curioso que, há mais exemplos de navios deste tipo, embora não necessáriamente identicos, Mary Rose, Henri Grâce à Dieu, Great Michael , Regalskeppet Vasa (ou Wasa, embora este não seja uma carraca), mas em relação a estes navios há uma espécie de consenso que a Carraca era um navio desiquilibrado , por ter o centro de massa demasiado alto e propenso a virar-se e afundar, em particular quando montado com muitas peças.
Contudo ao que me consta, a Nau portuguesa operava bem.
Será afinal um problema de desenho, ou de técnica de construção?
Será que uma Nau é uma Carraca (no sentido do termo norte-europeu)?
Li em qualquer lado, que já num periodo considerado posterior á ao tempo das Carracas ou Naus, em 1600 ou mais tarde, que navios portugueses supostamente considerados antiquados, ainda davam luta a navios holandeses de desenho mais recente.
Um incidente qq perto de Madagáscar ou Costa Africana Oriental.
E os holandeses perderam.
Outro facto curioso é o uso de Naus Portuguesas na Armada Espanhola, que supostamente seriam dos navios mais bem armados, não tendo sofrido baixas. Um deles constando na lista do Papatango, o San Martin, o navio almirante.
Ora, será que as Naus/Carracas, eram navios tão ineficazes como as gerações posteriores tentam fazer crer?
Há uns entusiastas holandeses que se puseram a fazer uma réplica,
dum navio de 1606.
http://www.duyfken.com/Alguém consegue assim por alto, especular, quanto custaria fazer uma réplica (1:1) duma Nau portuguesa, como a Santa Catarina do Monte Sinai, por ex? (penso que o peso ronda as 1000 toneladas (umas fontes dizem mais outras dizem menos))
Havendo uma réplica com qualidade ancorada no Tejo, será que isso não traria um certo orgulho nacional de volta, uma espécie de despertador da consciencia nacional?
E como encarariam os efectivos da Marinha Portuguesa, tal projecto?
P.S.- eu tendo a usar o termo Nau, pq receio que se for a usar o termo Carraca, estarei sujeito á definição de Carraca inglesa, francesa e por aí fora, quando no fundo, pretendo apenas referir-me ao navio português quinhentista de grande porte.
Vai também uma grande confusão em relação a termos como Carrack, Galleon, Ship of the Line. O problema é que ás vezes se comparam navios que embora tenham a mesma designação moderna pertencem a periodos completamente distintos ao ponto de nem fazer sentido terem a mesma designação. Nalguns casos, a designação que hoje em dia se considera ser um tipo de navio, na altura significaria meramente um sinónimo da palavra "navio", não referindo qualquer tipo.
links:
http://en.wikipedia.org/wiki/Carrackhttp://en.wikipedia.org/wiki/Mary_Rosehttp://en.wikipedia.org/wiki/Great_Harry <- Henri Grâce à Dieu
http://en.wikipedia.org/wiki/Great_MichaelGreat Michael, Escócia.