Economia brasileira cresce 6,1% no terceiro trimestre

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J.Ricardo

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Economia brasileira cresce 6,1% no terceiro trimestre
« em: Novembro 30, 2004, 08:25:38 pm »
30/11/2004 - 09h34
Economia brasileira cresce 6,1% no 3º trimestre e 5,3% no ano, diz IBGE
 
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A economia brasileira cresceu 6,1% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do melhor resultado desde o terceiro trimestre de 1996. Nos nove primeiros meses deste ano, o PIB (Produto Interno Bruto) acumula expansão de 5,3% sobre o mesmo período de 2003.

O resultado registrado no terceiro trimestre supera o do segundo trimestre, quando a economia registrou expansão de 5,7% na mesma base de comparação. Analistas ouvidos pela Folha de S.Paulo esperavam uma alta entre 5,6% e 7% no terceiro trimestre deste ano.

Na comparação com o segundo trimestre, a economia cresceu 1%. Ou seja, menos que a expansão de 1,5% do segundo trimestre em relação ao primeiro. A desaceleração deve-se ao setor agropecuário, que amargou retração de 3,6% no terceiro trimestre. Na outra ponta, a indústria puxou o crescimento da economia, com expansão de 2,8%.

Resultados favoráveis

De forma geral, os bons resultados da economia brasileira refletem o desempenho favorável de indicadores como emprego, indústria e salários.

Entretanto, alguns indicadores já começam a se tornar foco de preocupação, como a retomada da trajetória de alta dos juros.

A taxa básica já subiu 1,25 ponto percentual desde setembro e a expectativa de analistas continua a ser de novos aumentos. Crédito caro dificulta o chamado investimento na economia real e encarece os custos para o empresariado. Com isso, a criação de vagas diminui e o ciclo de expansão tende a reduzir-se.

Analistas, no entanto, ainda classificam a postura adotada pelo Banco Central como puramente cautelosa. Segundo Estevão Kopschit, economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o remédio adotado para conter a inflação ainda não foi suficiente para afetar a perspectiva de crescimento no ano.

"Só conseguiria isso se fizesse uma puxada muito grande na taxa de juros", disse.

Se o remédio adotado pelo BC tem vindo em doses mais ou menos homeopáticas, a inflação tem sido controlada pela oferta de alimentos atípica deste ano. Os produtos agrícolas têm atuado como moderadores da inflação e mesmo em períodos de entressafra têm evitado que os indicadores de preços subam ainda mais.

Até mesmo as commodities agrícolas, como a soja, tem registrado expansão moderada. Com o dólar mais barato, na faixa de R$ 2,75, os produtos brasileiros perdem competitividade e os saldos da balança, que vêm puxando o crescimento econômico brasileiro, tendem a ficar menos vigorosos.

Na contramão, produtos como aço, que tem o preço regulado no mercado internacional, matérias plásticas e embalagens têm ajudado a pressionar a inflação. Além disso, a forte alta dos combustíveis, após os reajustes concentrados nos meses de outubro e novembro do diesel e da gasolina, anunciados pela Petrobras, foi responsável pela aceleração da inflação em novembro.

Se os insumos estão seguindo uma trajetória consistente de avanço de preços, não se pode dizer o mesmo do ritmo de expansão da atividade industrial. Em setembro, a indústria registrou crescimento zero. Apesar da esperada perda de fôlego após seis meses de crescimento, a estabilidade acende o alerta de que nem mesmo as encomendas de fim de ano teriam sido capazes de dar suporte ao crescimento da indústria.

No comércio a perda de fôlego foi mais clara. Em setembro, as vendas aumentaram 8,87%. Em julho, a expansão chegava a 12%. Segundo o IBGE, o resultado pode refletir a chegada ao limite da capacidade de endividamento das famílias. Isto porque com a melhora do emprego e da renda no primeiro semestre, a expansão do comércio e da indústria foi calcada nos bens duráveis. Com isso, o crédito vem perdendo espaço junto aos consumidores.

Os indicadores de emprego e renda também têm mostrado sinais dúbios. Enquanto o desemprego cai com consistência, a renda alterna momentos de expansão e retração. Em outubro, ela caiu em razão da qualidade do emprego gerado no país. Com o aumento das vagas na construção civil, setor que historicamente é reconhecido pela baixa remuneração, a renda acabou por diminuir.

Apesar das dúvidas quanto à capacidade de expansão da economia brasileira, analistas estão otimistas com o resultado de 2004. O Ipea não chegou a divulgar previsão para o PIB em razão da expectativa por uma possível revisão na projeção para o ano. Sem adiantar o resultado, Kopschit acrescenta: 'Se houver mudança, será para cima'. A previsão inicial era de um crescimento de 4,6% para o ano.

Metodologia

O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país. É formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB mostra o comportamento de uma economia.

O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Nesse caso, o PIB é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
 

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fredom

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Dezembro 06, 2004, 11:33:03 am »
em julho desde ano eu postei em outro topico que o crecimento seria de 6% aí ninguem acretidou.

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fala pessoal, tudo bom, desculpa nao ter respondido mais rapidamente, mas sobre os dados do crescimento eu consegui eles no site do istituto brasileiro de pesquisa geograficas e estatisticas ibge http://www.ibge.gov.br

bom nao entendo muito de economia mas esses dados sao verdadeiros, mas eu acho mais coerente pegar os dados do crescimento do primeiro trimestre que foi (se nao me engano de 1,2%) como o segundo trimestre (esse em que estamos agora) esta registrando crescimento e exportacoes recordes creio que deva crescer mais de 1,6% - 1,8% e se mantida esse crescimento seria so somar 1,2 + 1,6 + 1,6 + 1,6 = um crescimento de 6% por isso os dados da pesquisa mostrada pelo ibge fazem sentido, eu realmete estou preocupado sobre dois itens muito importantes.


1- energia - como disse nos vivemos uma crise de energia em 2001 e desde daquela epoca o governo retomou investimentos na area energita, principalmente nas termoeletricas e criou uma taxa tambem pra bancar os investimentos, mas sera que eles foram suficientes?

2- a questao da Argentina que agora ficou inventando moda pra atrapalhar o Brasil, restringiu as importacoes e agora nao quer deixar nem mesmo os caminhoneiros brasileiros passarem pelo pais pra levarem mercadorias ao chile.


obs. sobre a questao da colonia portuguesa, creio que o Brasil nao e' um pais melhor por incopetencia (nos primordios) da familia real brasileira e nao por ter sido colonia portuguesa, vide que as primeiras industrias que o pais teve foram construidas pelo barao de Maua que pouco teve o apoio da familia real.


eu sou o nostradamus da economia  :lol: hehehehe pelo menos o crescimento esse ano vai ser bom, eu quero ver é ano que vem já que crescer 6% ante os 0.5% do ano passado é facil o dificil vai ser crescer 4% depois de ter expandido 6%
"A selva nos une a Amazonia nos pertece, SELVA"