Excesso de Oficiais nas Forças Armadas

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Lightning

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« Responder #30 em: Julho 07, 2006, 07:33:37 pm »
Citação de: "emarques"
Não me referia a subsídios de deslocação nas FA (que não sei como funcionam), mas na ideia geral do subsídio, em que duas pessoas supostamente com o mesmo posto teriam o mesmo ordenado base, mas o que tivesse um cargo que exigisse despesas adicionais teria direito a subsídios para compensar. Numa empresa, se duas pessoas têm o mesmo estatuto na hierarquia mas uma delas trabalha na sede enquanto a outra tem que fazer o seu trabalho a horas estranhas e deslocar-se constantemente, a primeira recebe o ordenado base enquanto a segunda pessoa terá direito a subsídios de deslocação, subsídios de turno ou isenção de horário, e coisas semelhantes, que criam uma diferença efectiva de vencimento.


Nesse aspecto parece-me que é idêntico, mas acha mal?

Acho que há é aqui um aspecto que está a ser confundido, há algo que não sei bem o nome mas que é um subsidio para todos os militares que vão em missão para o estrangeiro, daí o pessoal que vai para o Kosovo, Bosnia, Timor, Afeganistão, etc a receber o bem bom, penso que este subsidio também varia com várias coisas, o risco em cada local, se tem que pagar alojamento e alimentação do proprio bolso ou se isso é fornecido por alguma unidade militar local, etc

Outra coisa é o chamado subsidio de voo, que é para os tripulantes, já que muitas missões da FAP são feitas sobre Portugal e por isso não recebem subsidios de  missões internacionais, se não recebessem esse subsidio de risco de voo não haveria diferença entre esses militares que voam e os que não voam, e até havia outra diferença mas que agora acabou que era, devido ao desgaste fisico desses militares tripulantes, por cada ano a voar contava um ano e mais um tempo que desconheço, penso que era por cada 4 anos contavam 5 ou algo assim do género, não sei os valores ao certo mas funcionava dessa maneira, por cada X anos a voar contava X+Y para a reforma, isto fez com que muitos militares, que voaram muitos anos, se reformassem com 40 e tal anos porque ia equivaler aos 50 e tal anos de idade que era preciso ter para se reformarem, isso agora acabou, quem quer voar voa, e recebe o subsidio de risco mas o tempo de voo é igual ao tempo a trabalhar no chão.
 

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Lightning

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« Responder #31 em: Julho 07, 2006, 07:43:53 pm »
Disse que nesse aspecto era idêntico mas li há pressa :shock:

Mas agora já nem se sabe se os militares são militares ou se são funcionários publicos, os direitos ou regalias como há quem diga dos militares vão sendo reduzidos para ficarem idênticos aos funcionários publicos mas as obrigações a que implica serem militares continuam na mesma, nesse aspecto já não são funcionários publicos. :?
 

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ricardonunes

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« Responder #32 em: Fevereiro 20, 2008, 10:02:48 am »
Reforma das Forças Armadas não mexe no número de generais

As Forças Armadas deverão ter 18 605 militares dos quadros permanentes (QP) no activo, menos 1286 do que os 19 891 actualmente autorizados, embora o número de oficiais generais se mantenha inalterado. No plano financeiro, esta redução de pessoal implica uma poupança de 26,3 milhões de euros anuais (menos 6%).

A proposta consta do relatório final sobre as carreiras militares, a cargo do grupo de trabalho (GT) liderado pelo vice-almirante Correia Gonçalves e a que o DN teve acesso na íntegra. O quadro final propõe mais um oficial (para a Armada) do que as necessidades totais apresentadas pelos três ramos (18 604 efectivos) em Junho passado.

A redução de 1286 efectivos, entre o quadro existente e o proposto pelo GT, é de 622 militares na Armada, 664 no Exército e de um na Força Aérea, o que corresponde a uma diminuição de 6,4% do total de efectivos nos três ramos.

Registe-se que os quadros legais de pessoal em vigor não estão preenchidos na totalidade, pelo que a redução efectiva de encargos será inferior aos citados 26,3 milhões de euros anuais. O relatório alerta, também, que os números relativos ao pessoal podem não ser os definitivos, dado haver estudos de reestruturação cujos resultados não eram conhecidos à data da conclusão do documento (Outubro de 2007).

O relatório tipifica os efectivos existentes fora dos ramos e que terão de se somar aos 18 605 propostos para a Armada, Exército e Força Aérea: 640 colocados no Estado-Maior General das Forças Armadas e 903 fora da estrutura militar (462 dos quais podem ser ocupados por militares na reserva) - o que perfaz um total de 20 148 militares ao serviço do Estado, menos 1356 do que os 21 148 agora autorizados.

"Os quadros de pessoal dos QP, que foram calculados, satisfazem as necessidades actualizadas dos ramos, (...) e respeitam os novos modelos de carreira", lê-se na conclusão do capítulo 5 do relatório. Dada a necessidade de garantir a normalidade nos fluxos de carreira, o GT conclui ser necessário incorporar, por ano, 223 oficiais (carreiras de comando, direcção e apoio, técnica) e 453 sargentos. Em relação às praças, só existentes na Armada, não foi feita qualquer proposta.

Por postos, constata-se que o GT deixa inalterado o quadro de 79 oficiais generais e o seu limite de idade de passagem à reserva - reduzido para 57 anos nos restantes postos de oficial - face aos quantitativos em vigor nos três ramos (aprovados em 1993 e reduzidos, em 2006, em quatro postos para o Exército). Ao nível dos oficiais superiores, capitães e subalternos, há uma redução de 551 efectivos entre o quadro vigente e o proposto. Regista-se também um decréscimo de 316 sargentos e de 418 praças - apesar de, nesta categoria, se criar o posto de cabo-mor.

Note-se que, na classe de sargentos do Exército, o número pode subir dos 4013 propostos para os 4398, se não forem preenchidas 385 vagas com os futuros contratados de "longa duração" - que podem estar até 12 anos nas fileiras. Para o GT, a "operacionalização do Regime de Contrato de Longa Duração depende significativamente dos eventuais incentivos que venham a ser considerados para esta forma de prestação de serviço e das eventuais perspectivas profissionais que se coloquem aos militares abrangidos, nas Forças Armadas ou fora dela".

Remunerações

Relativamente aos problemas detectados ao nível salarial, o GT identificou "possíveis hipóteses de medidas tendentes a minimizar ou solucionar" as assimetrias existentes, com os correspondentes impactos financeiros. Contudo, a ausência de "suficiente informação sobre as disponibilidades financeiras para a revisão" do sistema retributivo das Forças Armadas levou a que não fossem "formalizadas propostas concretas" nessa matéria.

Mas as hipóteses consideradas variam entre uma poupança de 16,7 milhões de euros (corrigindo apenas problemas de sobreposição de índices entre postos), um aumento de 89,2 milhões de euros (corrigindo a desvalorização salarial dos últimos 17 anos face às carreiras de referência da Administração Pública, como os médicos, professores universitários, diplomatas ou magistrados).

Quanto ao Suplemento de Condição Militar, o mais importante dos subsídios auferidos pelos militares s que ascendeu a 49 milhões de euros em 2007 (só para o pessoal dos QP no activo), o aumento num ponto percentual da componente variável - 14,5% do salário base de cada militar - implica um acréscimo anual de 3,4 milhões de euros.

DN
Potius mori quam foedari
 

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Xô Valente

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« Responder #33 em: Março 27, 2008, 05:53:15 pm »
Boas!
Apesar de haver este excedentário de oficiais, na minha opinião, os 40 e tal mil militares que temos são poucos, na minha opinião mais uma vez, acho que deveriamos ter umas forças armadas com mais pessoal; maiores (não estou a dizer como os EUA ou a China, mas com um número mais considerável).
Queria saber a vossa opinião.  :G-Ok:
Cumps.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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Areopago

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Oficiais a mais...
« Responder #34 em: Abril 05, 2008, 01:05:28 am »
Senhores


Portugal há muito que deveria de repensar o conceito de forças armadas dada a fraca influência no palco global que é o mundo...deveriamos de ter poucos mas bem pagos e bem treinados mas os filhos deste e daquele não podem ir para determinados postos e por isso não se alteram as candidaturas à Academia Militar...esta é a realidade do provinciano Portugal...
 

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Lusitanus

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« Responder #35 em: Abril 05, 2008, 02:27:07 am »
Sinceramente não entendo como é que ainda gastamos dinheiro nas Forças Armadas,nós já estamos na NATO,Nações Unidas,UE,..pra quê termos um exercito quando ele não é produtivo para o país??

Porque é que não se faz como a suiça (salvo erro)que em vez de ter um exercito,tem policia militarizada e em prol da sociedade,tipo não fazem só trabalho de policia,e todas as despesas vão para essa area,nós aqui temos de gastar para a PSP,GNR,BT,Policia Maritima,Forças Armadas (Marinha,Exercito,Aerea),axo desnecessário haver tanta "policia",o gasto é mto superior visto assim haver mto mais oficiais,sargentos,coroneis,bla bla bla....

Acabava-se com isso tudo e juntava-se criando assim uma só Força Nacional,e todo o nosso dinheiro de contribuinte apenas iria só para essa Força.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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Lince

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« Responder #36 em: Abril 05, 2008, 02:52:00 am »
Citação de: "Lusitanus"
Sinceramente não entendo como é que ainda gastamos dinheiro nas Forças Armadas,nós já estamos na NATO,Nações Unidas,UE,..pra quê termos um exercito quando ele não é produtivo para o país??

Porque é que não se faz como a suiça (salvo erro)que em vez de ter um exercito,tem policia militarizada e em prol da sociedade,tipo não fazem só trabalho de policia,e todas as despesas vão para essa area,nós aqui temos de gastar para a PSP,GNR,BT,Policia Maritima,Forças Armadas (Marinha,Exercito,Aerea),axo desnecessário haver tanta "policia",o gasto é mto superior visto assim haver mto mais oficiais,sargentos,coroneis,bla bla bla....

Acabava-se com isso tudo e juntava-se criando assim uma só Força Nacional,e todo o nosso dinheiro de contribuinte apenas iria só para essa Força.


Está a ser irónico ou enganou-se de fórum? :roll:
Cumprimentos

 

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PereiraMarques

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« Responder #37 em: Abril 05, 2008, 03:04:26 am »
E ainda por cima a Suíça que deve ser dos países mais militarizados da Europa, considerando que todos os homens têm de cumprir serviço militar obrigatório e de fazer exercícios anuais de reservistas até pelo menos aos 34 anos de idade... :shock:

Polícia "Militarizada" não têm, isso é mais no sul da Europa, ex: Portugal-GNR, Espanha-Guardia Civil, França-gendarmerie, Itália-Carabinieri, etc.

Parece que a nossa Armada é um "bocadinho" maior e melhor que a Suíça, mas por pouco c34x .
 

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tyr

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« Responder #38 em: Abril 07, 2008, 05:25:16 pm »
NATO????   como é que conseguimos cumprir os compromissos militares que temos com a NATO sem forças militares para os cumprir.
Portugal tem tirado muitos dividendos politicos (mas mal aproveitados pelos nossos governantes) das participações das nossas forças armadas no estrangeiro sob a egide da ONU (e tem cumprido (mal) as obrigações militares para com a NATO).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Trafaria

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« Responder #39 em: Agosto 16, 2008, 02:49:54 pm »
Esses 460 oficiais a mais são acima de tudo e antes de mais um indicador da má gestão continuada por parte de quem tem estado à frente dessa instituição. Completa negligencia e incompetência por parte de quem tipicamente não tem de se preocupar onde arranjar com que lhes pagar ao fim do mês e se está marimbando para o assunto.
E ainda dizem eles que a instituição militar reflecte e se identifica com o profundo sentir da nação…

Para mim há números ainda bem piores.
Li para ai num lado qualquer (procurei o link para repor aqui mas não encontrei) que no exército em 22 mil elementos apenas 10 mil são praças. Ou seja, por cada soldado/cabo há mais que um graduado em média. Não existirá aqui algo de fundamentalmente errado de alto abaixo da instituição militar?

Portanto, se a desproporção é assim tão radicalmente anormal (na minha opinião) o excesso nalgum lado tem que existir… logo os 460 oficiais são apenas pouco mais que um pormenor de um erro muito maior.

Só dão razão e munições ao que se revelam contra os gastos com as FA.

(Nota: Na PSP, também somos 22 mil. Desses apenas mil são oficiais. Parece-me uma proporção ajustada, 1 para 22.
Subchefes e Chefes (equivalente policial ao sargento) andarão pelos 2 mil. Numa proporção de 1 para 10. Aqui a proporção parece-me algo desajustada, mas por defeito.)
::..Trafaria..::
 

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Trafaria

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« Responder #40 em: Agosto 16, 2008, 02:59:02 pm »
Citar
Parece que a nossa Armada é um "bocadinho" maior e melhor que a Suíça, mas por pouco

 :roll:  :lol:  :lol:  :lol:
::..Trafaria..::
 

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PereiraMarques

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« Responder #41 em: Agosto 16, 2008, 07:17:28 pm »
Citação de: "Trafaria"
Esses 460 oficiais a mais são acima de tudo e antes de mais um indicador da má gestão continuada por parte de quem tem estado à frente dessa instituição. Completa negligencia e incompetência por parte de quem tipicamente não tem de se preocupar onde arranjar com que lhes pagar ao fim do mês e se está marimbando para o assunto.
E ainda dizem eles que a instituição militar reflecte e se identifica com o profundo sentir da nação…

Para mim há números ainda bem piores.
Li para ai num lado qualquer (procurei o link para repor aqui mas não encontrei) que no exército em 22 mil elementos apenas 10 mil são praças. Ou seja, por cada soldado/cabo há mais que um graduado em média. Não existirá aqui algo de fundamentalmente errado de alto abaixo da instituição militar?

Portanto, se a desproporção é assim tão radicalmente anormal (na minha opinião) o excesso nalgum lado tem que existir… logo os 460 oficiais são apenas pouco mais que um pormenor de um erro muito maior.

Só dão razão e munições ao que se revelam contra os gastos com as FA.

(Nota: Na PSP, também somos 22 mil. Desses apenas mil são oficiais. Parece-me uma proporção ajustada, 1 para 22.
Subchefes e Chefes (equivalente policial ao sargento) andarão pelos 2 mil. Numa proporção de 1 para 10. Aqui a proporção parece-me algo desajustada, mas por defeito.)


Situação em 2005:



 

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PedroAbrantes

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Re: Excesso de Oficiais nas Forças Armadas
« Responder #42 em: Agosto 30, 2016, 03:25:33 pm »
Boas. Não me espanta minimamente esta notícia. O que estavam à espera?? É claro que os senhores da guerra têm que ser bonzinhos para eles e os da sua "classe". São muitos sim, mas na maioria dos casos 2 não fazem 1. E isso estende-se para os restantes postos da categoria. O número de militares que disseram existir não está muito mal, deviam era de ser melhor preparados tecnicamente e não deixar entrar qualquer um como hoje em dia. Só falta irem buscar os reclusos para a tropa. Mas é o que temos, os praças no fundo só servem para um único propósito, ajudar na progressão das carreiras dos oficiais. Como se fossem bonequinhos para ali e para lá para ter tudo bonito e o senhor general receber os louros. E nas cerimónias lá vão eles todos cheios de medalhas que nem cabem mais na farda como se fossem grandes heróis portugueses.. Que vergonha. Mais herói foi o meu avô e muitos outros que foram para o ultramar obrigados e deixaram cá quem amavam e muitos não regressaram. E onde está a medalha dele? Ou o louvor? Ou mesmo a cruz de guerra? Nada. Se for preciso o meu avô fica anos em fila de espera num hospital para ter um tratamento qualquer e esses oficiais vão ao hospital militar e têm tudo o que querem na hora. Eles e as esposas que também se sentem superiores.inclusive passam à frente de praças que estão sentados com dores à horas, isto vsto por mim. Mas felizmente com o General Pina Monteiro na frente acredito que isto mude algumas coisas. Parece que ele é um pouco diferente.