Revolução

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Paisano

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Revolução
« em: Abril 13, 2005, 03:59:04 pm »
Revolução à vista*

Fonte: www.tribunadaimprensa.com.br

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BRASÍLIA - Um explosivo projeto proibindo o uso do petróleo e seus derivados em todo o território nacional está pronto para ser votado no plenário da Câmara, já aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. O autor é o não menos explosivo dr. Enéas Carneiro, deputado mais votado no Brasil, com mais de um milhão de votos.

Pela proposta, dentro de cinco anos a partir da promulgação da lei, combustíveis derivados de fontes da biomassa, como óleos vegetais e álcool, substituirão obrigatoriamente os derivados de petróleo em uso em motores de veículos de transporte, em caldeiras e outros equipamentos industriais, na geração de energia elétrica e na fabricação de lubrificantes.

Banco Mundial torpedeou Proalcool

Dá-se, no texto, prazo de dois anos para 40% das substituições ocorrerem. Elas só não serão obrigatórias para aviões de linhas internacionais. As entidades públicas de crédito estarão proibidas de financiar atividades industriais e similares que atuem com os derivados de petróleo. Multas serão cobradas de donos de veículos que insistam na utilização de gasolina, diesel e similares. Para Enéas, deteriorou-se a qualidade de vida nas cidades, por conta da poluição e do desemprego, superando 25% da população economicamente ativa:

"Só com o Plano do Álcool, nos anos setenta, criaram-se 800 mil empregos diretos, reduzindo-se drasticamente a poluição nas grandes cidades. O Proalcool foi, depois, torpedeado pelo Banco Mundial. A energia da biomassa implica a utilização de mão-de-obra em proporção infinitamente superior à da indústria do petróleo. Não há exagero em prever que uma política abrangente abrirá, pelo menos, dez milhões de empregos. Acresce que a capacidade de produção da energia tirada da biomassa é ilimitada e perene, no Brasil. O processo depende de três fatores: solo aproveitável, água e sol. Nenhum outro país detém, como nós, esses elementos".

Só Severino

O projeto acima referido foi apresentado em junho do ano passado, na Câmara. Mereceu do relator, deputado Fernando de Fabinho, parecer favorável, tendo sido aprovado pelos demais integrantes da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. Depois, ficou na gaveta.

Pelas implicações e conseqüências que traria, lá permaneceria até o final do século. Não fosse a presença do deputado Severino Cavalcanti na presidência da Câmara. A ele cabe decidir que projetos integrarão a ordem do dia, e, pelo jeito, não vai demorar.

Sem a emissão de juízos de valor, trata-se de uma verdadeira revolução. Como reagirão a indústria petrolífera nacional e internacional, bem como a indústria automobilística e outras hoje comprometidas com o petróleo e seus derivados?

Primeiro, é claro, entrarão em campo os lobistas, buscando convencer os deputados da inoportunidade da iniciativa, apesar de fascinante. Claro que a mídia também será mobilizada. A pressão chegará ao governo, em especial à equipe econômica, hoje tão integrada no modelo neoliberal que, dizem, é movido a petróleo.

Não há provas de que um programa dessa envergadura possa dar certo. Obstáculos tecnológicos e financeiros certamente aparecerão. Assim como sabotagens explícitas, à maneira do que aconteceu com o Plano do Álcool. Claro que, no reverso da medalha, poderão surgir investidores um pouco mais ousados do que os ortodoxos, imaginando lucrar muito com a produção maciça da biomassa.

Dias atrás Lula anunciou um programa para o setor, mas profundamente tímido. Caso forçado por um projeto desses, se transformado em lei, como reagiria?

(...)

*Carlos Chagas
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Volta Redonda
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Luso

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« Responder #1 em: Abril 13, 2005, 10:20:26 pm »
Eu apostaria num período transitório.
Um ano, talvez?   :mrgreen:
Há que começar por algum lado e reequilibrar as coisas.
Hoje estou muito revolucionário...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #2 em: Abril 13, 2005, 10:47:43 pm »

MEU NOME É ENEAS!

Esse ENEAS é um prato ... :mrgreen:
Ficou conhecido no Brasil, porque na campanha eleitoral o partido dele tinha tão pouco tempo de antena, que ele práticamente só tinha tempo de dizer "Meu nome é Eneas"

Com o novo sistema eleitoral o Eneas tem tantos votos, que carrega com ele vários outros deputados da sua lista.

= = = =

Não sei se concordo com o proalcool.

O proalcool, pôs o Brasil a cultivar comida para carro, em vez de cultivar comida para gente. Há que encontrar outras formas de substituir o petróleo, sem gastar enormes quantidades de terreno, que devería alimentar pessoas.   Acho que a produtividade por metro quadrado, do hectare de soja, é muito superior à do hectare de cana de açucar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Luso

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« Responder #3 em: Abril 13, 2005, 10:59:27 pm »
Citação de: "papatango"
Vote no ENEAS.

Esse ENEAS é um prato ... :mrgreen:

Não sei se concordo com o proalcool.

O proalcool, pôs o Brasil a cultivar comida para carro, em vez de cultivar comida para gente. Há que encontrar outras formas de substituir o petróleo, sem gastar enormes quantidades de terreno, que devería alimentar pessoas.   Acho que a produtividade por metro quadrado, do hectare de soja, é muito superior à do hectare de cana de açucar.

Cumprimentos


Isso. Células de combustível de etanol.
Não sei qual o site mas li algures que foi desenvolvida uma célula de combustível que cabe na mão e é capaz de produzir 1KW recorrendo a etanol não puro que é um recurso renovável, proveniente do milho.

Isto para não falar dos carros a ar. Procurem o "Aircar". Era para ser produzido aqui mas acho que alguns murcões nuns ministérios ou ccdrs (esses piratas) tramaram tudo naqueles joguitos de burocratas.
200 a 300km por €1,5 (alegadamente) dá que pensar...
http://www.theaircar.com/models.html#
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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emarques

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« Responder #4 em: Abril 14, 2005, 12:03:14 am »
Dá para ver que esses tipos são pessoas complicadas. A grande maioria dos postos de combustível já têm sistemas de fornecimento de ar comprimido, mas eles querem andar a distribuir bombas especiais de ar pelas gasolineiras... Uma pessoa só tinha que encostar ao sítio de verificar a pressão dos pneus e encher o tanque de ar. Desde que quem quisesse encher o depósito assim pagasse uns € ao gasolineiro, não me parece que ninguém se chateasse muito. (claro que não faço a mínima ideia se o ar das bombas está simplesmente num contentor e se vai gastando ou se há algum motor a comprimir mais. Se não existir compressor é capaz de não dar).

Mas a ideia é bastante interessante. Desde que a compressão do ar não acabe por poluir mais do que o motor de um carro. ;)

Também vi uma vez uma ideia de energia alternativa bastante interessante. Era um carro eléctrico de energia fornecida por células fotovoltaicas, mas em vez de viradas para o Sol (o que, além do problema de não funcionar de noite também é problemático porque há muita dissipação na atmosfera) as células estavam voltadas para lâmpadas que queimavam metano. Como as lâmpadas estavam cercadas de painéis o carro tinha uma área bastante grande de recolha de luz.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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J.Ricardo

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« Responder #5 em: Abril 14, 2005, 05:58:17 pm »
Citação de: "papatango"
Não sei se concordo com o proalcool.

O proalcool, pôs o Brasil a cultivar comida para carro, em vez de cultivar comida para gente. Há que encontrar outras formas de substituir o petróleo, sem gastar enormes quantidades de terreno, que devería alimentar pessoas.   Acho que a produtividade por metro quadrado, do hectare de soja, é muito superior à do hectare de cana de açucar.

Cumprimentos


Calma Papatango, o Brasil produz comida suficiente para ter uma população de obesos, produzir álcool e ainda garantir saldo positivo na balança comercial com exportações de grãos. A fome no Brasil tem apenas um resposável e chama-se "má distribuição de renda"! Mas isso é assunto para outro tópico, ou melhor, para aqueles imbecis do congresso!!!
 

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Sgt Guerra

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« Responder #6 em: Maio 20, 2005, 01:13:27 pm »
Citação de: "papatango"
MEU NOME É ENEAS!

Esse ENEAS é um prato ... :mrgreen:
Ficou conhecido no Brasil, porque na campanha eleitoral o partido dele tinha tão pouco tempo de antena, que ele práticamente só tinha tempo de dizer "Meu nome é Eneas"

Com o novo sistema eleitoral o Eneas tem tantos votos, que carrega com ele vários outros deputados da sua lista.

= = = =

Não sei se concordo com o proalcool.

O proalcool, pôs o Brasil a cultivar comida para carro, em vez de cultivar comida para gente. Há que encontrar outras formas de substituir o petróleo, sem gastar enormes quantidades de terreno, que devería alimentar pessoas.   Acho que a produtividade por metro quadrado, do hectare de soja, é muito superior à do hectare de cana de açucar.

Cumprimentos

       
   Caro Papatango
    O Eneas é um homem muito inteligente, inclusive foi sargento do Exército Brasileiro, mas politica não é seu forte. O partido dele perdeu 3 dos 5 deputados que elegeu. Quanto a questão da biomassa ele esta certo. O Brasil tem um potencial enorme nessa area. Existem oleos como o babaçu, por exemplo,  que apos serem filtrados podem ser colocados diretamente num motor a diesel sem nenhuma adaptação, e são oleos encontrados na selva, sem necessidade de cultivo.
 

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Sgt Guerra

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« Responder #7 em: Maio 20, 2005, 01:16:22 pm »
Só para complementar...O Eneas esta certo quanto ao potencial brasileiro, o resto é uma viagem sem fim.