Indústria Aeroespacial

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #15 em: Janeiro 21, 2018, 10:35:47 pm »
Multinacional francesa investe 32 milhões de euros em Grândola
(17 de Janeiro de 2018)
Citação de: Jornal Económico, Lusa
A construção das instalações industriais da empresa em Grândola, num projecto de investimento de «32 milhões de euros», aguarda a conclusão de formalidades, como a assinatura do contrato da obra e a obtenção da licença para remoção de terras, explicou hoje à agência Lusa o director-geral da Lauak Portugal, Armando Gomes.

«A primeira fase é a remoção de terras e na segunda fase vamos começar a construir para que em Outubro a construção principal tenha terminado e as máquinas comecem a ser instaladas», adiantou o responsável da empresa, que prevê começar a produzir no início de 2019.

A fábrica de Grândola vai ter três linhas autónomas de produção, sendo a primeira a entrar em funcionamento, no início do próximo ano, destinada a produzir peças destinadas ao avião A320 da Airbus, estando também previsto posteriormente o fornecimento de componentes para o modelo A330 e o Falcon.

O investimento, que inicialmente estava previsto ser de 25 milhões de euros, subiu para os 32 milhões de euros, após negociações com a Airbus para a«produção de outras peças maquinadas».

«Houve uma alteração. Houve uma parte de peças maquinadas, um contrato que estamos a fechar agora com os nossos clientes, que fez aumentar o projecto de investimento em sete milhões de euros, por conta de novas máquinas para produzir essas peças», revelou o responsável da empresa em Portugal.

Armando Gomes explicou haver o compromisso da empresa com a Airbus para assegurar o fornecimento das componentes produzidas em Grândola a partir de 2019.

«Queremos começar a fornecer os elementos desses compósitos em 2019, temos que fornecer, [porque] temos contratos já feitos», afirmou, indicando que há peças que têm de ser fornecidas «a partir de Janeiro».

A Lauak, que já tem uma unidade de produção em Setúbal, vai produzir a partir de Grândola materiais compósitos e portas de bagageira de carga para a Airbus.

A empresa já deu início ao processo de recrutamento para a formação de trabalhadores, que vai decorrer ao longo de 2018, tendo hoje decorrido em Grândola uma sessão pública de apresentação do projecto e de recolha de candidaturas, que lotou o auditório do Cine-teatro Grandolense.

«São formações que vão demorar entre seis meses e um ano», adiantou o mesmo responsável, indicando que o processo de formação em «Tratamento de Metais, Montagem de Estruturas e Compósitos», que atribui uma qualificação de nível IV, vai decorrer em Grândola, Évora e Setúbal.

A fábrica deve iniciar a laboração com «40 a 50 trabalhadores», estando previsto que dois anos depois empregue «200 a 250» pessoas.

A empresa anunciou também hoje a construção de uma creche, destinada a acolher os filhos dos trabalhadores.

[continua]
Fonte: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/multinacional-francesa-investe-32-milhoes-de-euros-em-grandola-257326

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Espaço
« Responder #16 em: Fevereiro 15, 2018, 05:33:39 pm »
Governo vai criar Agência Espacial Portuguesa e apoiar construção de satélites de nova geração

Resolução do Conselho de Ministros desta quinta-feira determina que a proposta para a criação, instalação, financiamento e operação da Agência Espacial Portuguesa seja apresentada até ao final do ano por um grupo de trabalho interministerial a criar para o efeito

Portugal vai criar uma agência espacial que deverá integrar todos os programas nacionais ligados ao espaço. Esta é uma das principais medidas da Estratégia Portugal Espaço 2030, que é aprovada esta quinta-feira num Conselho de Ministros temático dedicado ao conhecimento e à inovação.

A Resolução do Conselho de Ministros sobre a estratégia até 2030, a que o Expresso teve acesso, determina que a proposta para a criação, instalação, financiamento e operação da Agência Espacial Portuguesa (AEP) seja apresentada até ao final do ano por um grupo de trabalho interministerial a criar para o efeito, denominado Portugal Espaço 2030. Este grupo de trabalho irá alargar o âmbito, os objetivos e o impacto do atual Programa do Espaço da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a principal agência pública nacional de apoio à investigação científica.

O documento ressalva que a criação da AEP será feita "sem prejuízo das competências atribuídas ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) no domínio da observação da Terra e da meteorologia, clima e mar, bem como das responsabilidades assumidas no quadro da EUMETSAT", a organização intergovernamental europeia a que Portugal pertence que fornece dados de satélite, imagens e produtos sobre o tempo e o clima 24 horas por dia aos serviços meteorológicos nacionais.

BASE ESPACIAL NOS AÇORES: ATRAIR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

Por outro lado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em colaboração com o Governo Regional dos Açores, vai coordenar a divulgação e promoção do estudo da Universidade do Texas em Austin (UTA) sobre a instalação de uma base espacial no Açores para prestar serviços de lançamento de satélites para o espaço, através da FCT, da Agência Nacional de Inovação, da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e da Agência Espacial Europeia (ESA). O objetivo é atrair investimento direto estrangeiro para o setor espacial português.

Ao mesmo tempo, a Resolução do Conselho de Ministros determina que será lançado até ao fim do ano um concurso público internacional de ideias para "a eventual instalação nos Açores de serviços de lançamento de satélites" com base no estudo da UTA e de estudos em cursos desenvolvidos através da ESA, que devem funcionar através de um modelo que promova a segurança das populações da ilha onde os serviços forem instalados, a proteção ambiental e a cooperação internacional, bem como a capacidade da tecnologia e das empresas portuguesas na área dos sistemas e equipamentos espaciais.

A Estratégia Portugal Espaço 2030 encara o espaço "como um recurso fundamental para as ambições coletivas de Portugal, das suas empresas e instituições científicas e tecnológicas, públicas e privadas, e estimula a democratização contínua do acesso ao espaço" com base em três eixos estruturantes. O primeiro é a exploração de dados e sinais espaciais para promover novos mercados e emprego qualificado na agricultura, pescas e outras atividades marítimas, ambiente, infraestruturas, desenvolvimento urbano, saúde pública, defesa e segurança. O segundo é o desenvolvimento , construção e operação de equipamentos, sistemas, infraestruturas e serviços de produção de dados espaciais, dando prioridade aos satélites de nova geração (mini, micro e nanosatélites) e respectivos lançadores (foguetões). E o terceiro é reforçar as competências nacionais no espaço através da investigação científica, inovação tecnológica, formação e educação.

INVESTIMENTO PÚBLICO NO ESPAÇO VAI AUMENTAR CINCO VEZES

O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas vai, entretanto, adaptar os fundos estruturais europeus e os programas de financiamento público do setor espacial de modo a que o investimento no espaço aumente cinco vezes nos próximos cinco anos.

O Conselho de Ministros aprova também esta quinta-feira uma resolução em que autoriza a FCT a criar ou participar "na constituição de um entidade de direito privado português de tipo associativo" que tenha como objetivo a criação, instalação e funcionamento do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Center) nos Açores. O orçamento até 2023 para tornar operacional o AIR Center é de 5,3 milhões de euros.

O AIR Center, que se vai dedicar ao espaço, oceanos, clima, energia e ciência de dados, foi fundado numa cimeira em Florianópolis, no Brasil, a 21 de novembro de 2017, pelos governos de Portugal, Açores, Brasil, Espanha, Angola, Nigéria, Cabo Verde, Uruguai e São Tomé e Príncipe, tendo nesta fase o Reino Unido, África do Sul, Argentina e Índia como países observadores.

Um dos objetivos da Estratégia Portugal Espaço 2030 é a criação de emprego científico e emprego qualificado. A indústria aeroespacial portuguesa, constituída por mais de 70 empresas, já emprega cerca de 20 mil pessoas, tendo um índice de exportação de 87%.

http://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-02-15-Governo-vai-criarAgencia-Espacial-Portuguesa-e-apoiar-construcao-de-satelites-de-nova-geracao
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #17 em: Fevereiro 15, 2018, 09:04:05 pm »
Estudo dá “luz verde” com reservas para projecto de porto espacial nos Açores

Especialistas da Universidade de Austin, nos EUA, consideram que a criação de uma base de lançamentos para pequenos satélites nos Açores é “tecnicamente viável”. Relatório será usado numa estratégia de captação de investimento privado da indústria espacial para Portugal.

https://www.publico.pt/2018/02/15/ciencia/noticia/estudo-da-luz-verde-com-reservas-para-projecto-de-porto-espacial-nos-acores-1803142
 

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Porto espacial nos Açores
« Responder #18 em: Fevereiro 17, 2018, 02:46:38 pm »
Estudo dá “luz verde” com reservas para projecto de porto espacial nos Açores

Especialistas da Universidade de Austin, nos EUA, consideram que a criação de uma base de lançamentos para pequenos satélites nos Açores é “tecnicamente viável”. Relatório será usado numa estratégia de captação de investimento privado da indústria espacial para Portugal.

ANDREA CUNHA FREITA

Um estudo da Universidade do Texas, em Austin (EUA), que será divulgado esta quinta-feira, dá um parecer favorável à instalação de uma base espacial para lançamento de pequenos satélites nos Açores, apontando para a ilha de Santa Maria (mais precisamente, para o lugar de Malbusca, na freguesia de Espírito Santo), como o melhor lugar para o fazer. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, encara esta “luz verde” sobretudo como uma “alavanca” da estratégia nacional para o espaço que será discutida e aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, e modera as expectativas. O relatório, avisa, vai servir sobretudo para “dinamizar” acções que querem atrair o investimento destas novas indústrias para Portugal.

Foi o Ministério da Ciência que encomendou o estudo ao grupo de especialistas, liderado por Burk Fort, da Universidade do Texas, mas é o próprio ministro que faz questão de sublinhar que este é “apenas” um estudo. “Isto é um estudo de viabilidade e tem de ser considerado nesse âmbito e apenas nesse âmbito”, diz ao PÚBLICO Manuel Heitor. Assim, o ministro resume que o estudo confirma que os Açores têm uma localização estratégica muito relevante para as chamadas “novas indústrias do espaço”, mas o projecto de criação de um porto espacial terá de ser muito discutido até uma decisão final. É, admite o governante, sobretudo “um bom pretexto” para atrair investimento privado desta área para Portugal.

O estudo conclui que a ideia de criar uma base de lançamentos para pequenos satélites, avançada há já quase um ano, é “tecnicamente viável” e expõe algumas das principais “forças, fraquezas, oportunidades e ameaças” do projecto que, adiantam os peritos, poderá custar entre 100 milhões e 200 milhões de euros. Um “luxo”, portanto, que, segundo o ministro (a concretizar-se), só será possível se estiverem garantidas as necessárias parcerias com o sector privado.

Uma das principais dúvidas sobre este plano era a sua localização precisa, tendo como certo que o arquipélago dos Açores possui uma posição geográfica privilegiada no Atlântico. Em Abril de 2017, quando Manuel Heitor lançou o desafio da criação do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre) para unir forças a nível internacional e explorar o Atlântico, através dos oceanos, atmosfera, clima, energias renováveis e espaço, já se falava nesta “peça” virada para o espaço. Apesar de ter sido apresentado como um ambicioso plano, a ideia perdeu fôlego quando, no final da reunião nos Açores, o ministro concluía que, afinal, esta não era uma “peça essencial” do AIR Centre.



Sobre o lugar certo para fazer nascer o projecto, desde o primeiro momento apontou-se na direcção da ilha de Santa Maria. Confirma-se. Burk Fort e a sua equipa analisaram vários locais, atribuindo uma pontuação a vários critérios que estabeleceram. E, dos quatro locais com melhor pontuação – Fajã Lopo Vaz (na ilha das Flores), sítio de Ponta Delgada (na ilha das Flores), Estação Loran da NATO (na freguesia de Santa Bárbara, na ilha de Santa Maria) e lugar da Malbusca (na freguesia de Santo Espírito, também na ilha de Santa Maria) –, ganhou Malbusca. É, concluíram, a localização mais adequada, devido a duas características importantes: a amplitude e orientação do seu “corredor de lançamento” e as condições de segurança. A localização do sítio de Ponta Delgada, na ilha das Flores, ficou em segundo lugar.

No relatório, os especialistas dão um parecer favorável ao projecto – “é tecnicamente viável”, dizem –, mas também deixam alguns avisos e conselhos. Defendem, por exemplo, que é preciso fazer mais estudos, centrados em questões específicas como a viabilidade financeira do projecto, a segurança, o impacto ambiental, entre outras frentes. Manuel Heitor concorda e subscreve esta recomendação. O ministro sublinha que o “estudo diz que estamos longe de poder tomar uma decisão, são precisos mais estudos e mais aprofundados”.

O relatório também ressalva que o eventual sucesso de uma infra-estrutura como esta num mercado espacial com cada vez mais procura mas também mais oferta (há vários países com planos de criação de bases para lançamentos de satélites na Europa) tem de ser especial. Tem, nomeadamente, de garantir clientes (ou seja, empresas lançadoras de satélites como parceiros e que se estabeleçam nos Açores) antes sequer de pensar em avançar. E tem de ter algo único como, sugerem os peritos, uma aposta clara e investimento nos Açores (local, portanto) na formação e treino a nível superior direccionado para a indústria de pequenos satélites.

Portugal na corrida para o espaço

Ilha de Santa Maria a caminho de ter uma base espacial?
Então, o que é que o ministério vai fazer com este relatório? Basicamente, vai usá-lo como isco numa operação mais vasta. “O mais importante, quer venha ou não a existir uma base espacial, que requer sempre a atracção de investimentos privados avultados, é posicionar Portugal nos novos mercados emergentes para o espaço. O que queremos é mostrar que Portugal é um país atraente para o investimento privado no espaço, mesmo que não venha a existir um porto espacial”, refere Manuel Heitor. Assim, adianta, a estratégia para o espaço que será discutida esta quinta-feira no Conselho de Ministros “passa por divulgar Portugal como um novo país na corrida para o espaço e, sobretudo, orientado para as novas tecnologias espaciais de observação da Terra”. “Pode funcionar como uma alavanca para posicionar Portugal nos novos mercados. Estamos a usar isto para um posicionamento estratégico de Portugal nas áreas de maior desenvolvimento científico e tecnológico”, admite. Independentemente de se concretizar.

O ministro adianta ainda que a partir de Maio vai arrancar uma série de eventos em vários países (da Índia aos EUA, passando pela China) para atrair investidores desta área para Portugal. Além da aprovação da estratégia para o espaço até 2030, o Conselho de Ministros deverá também discutir e aprovar esta quinta-feira a Lei do Espaço. O objectivo destes dois instrumentos é o mesmo: colocar Portugal na corrida do mercado internacional das novas indústrias do espaço. Com ou sem porto espacial nos Açores.

https://www.publico.pt/2018/02/15/ciencia/noticia/estudo-da-luz-verde-com-reservas-para-projecto-de-porto-espacial-nos-acores-1803142
« Última modificação: Fevereiro 17, 2018, 07:58:52 pm por HSMW »
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Re: Porto espacial nos Açores
« Responder #19 em: Fevereiro 17, 2018, 09:07:19 pm »

No relatório, os especialistas dão um parecer favorável ao projecto – “é tecnicamente viável”, dizem –, mas também deixam alguns avisos e conselhos. Defendem, por exemplo, que é preciso fazer mais estudos, centrados em questões específicas como a viabilidade financeira do projecto, a segurança, o impacto ambiental

Tem, nomeadamente, de garantir clientes (ou seja, empresas lançadoras de satélites como parceiros e que se estabeleçam nos Açores) antes sequer de pensar em avançar.

Ora cá está o qie realmente interessa! Garantir que queira lançar de lá alguma coisa.
E não vai ser fácil porque pequenos lançadores já existem no mercado.
Desde o Electron lançado da Nova Zelândia, construindo totalmente em fibra de carbono e componentes feitos em impressoras 3D:
http://space.skyrocket.de/doc_lau/electron.htm

O mais pequeno de todos estes. O SS-520 japonês:
http://space.skyrocket.de/doc_lau/ss-520.htm

Futuramente teremos o americano também em carbono e com o 1º estagio a reutilizável, Vector
http://space.skyrocket.de/doc_lau/vector-1.htm 

Os já maiores Epsilon da JAXA:
http://space.skyrocket.de/doc_lau/epsilon.htm

KZ-1A chinês:
http://space.skyrocket.de/doc_lau_det/kuaizhou-1a.htm

E Vega da ESA:
http://space.skyrocket.de/doc_lau/vega_p80.htm

Ou então usar os aviões da SATA para lançar projectos como o Pegasus-XL
http://space.skyrocket.de/doc_lau_det/pegasus-xl.htm

E o LaucherOne da Virgin:
http://space.skyrocket.de/doc_lau/launcherone.htm
 
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #20 em: Fevereiro 22, 2018, 03:35:06 pm »
Projeto "Space Rider" da Agência Espacial Europeia vai aterrar nos Açores



Situação vai "gerar emprego qualificado, quer ao nível dos serviços, quer ao nível dos recursos afetos", disse o presidente do Governo Regional açoriano

A Agência Espacial Europeia (ESA) escolheu os Açores para acolher um local de aterragem do projeto "Space Rider', declarou esta quarta-feira o presidente do Governo Regional açoriano, Vasco Cordeiro.

Falando no plenário Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), na Horta, Vasco Cordeiro valorizou a escolha da ESA, garantindo que vai "gerar emprego qualificado, quer ao nível dos serviços, quer ao nível dos recursos afetos" ao projeto.

O projeto da agência "tem como objetivo proporcionar à Europa um sistema de transporte espacial integrado, acessível, independente e reutilizável para acesso e retorno do Espaço", indica nota do Governo Regional dos Açores.

Os Açores, através do coordenador da estrutura de missão para o Espaço, estão representados neste grupo de trabalho da ESA, sendo que responsáveis deste grupo irão visitar o arquipélago português em abril com o objetivo de analisar os potenciais locais que possam servir para este projeto.

As atividades a desenvolver no local de aterragem que vier a ser escolhido nos Açores "irão envolver a telemetria e telecomando do veículo, a gravação e arquivo de dados, tratamento e distribuição de dados pós-voo, gestão e controle de emergência, controlo na reentrada da atmosfera e aterragem do veículo", indica ainda o executivo açoriano.

https://www.dn.pt/portugal/interior/projeto-space-rider-da-agencia-espacial-europeia-com-local-de-aterragem-nos-acores-9134914.html
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #21 em: Fevereiro 22, 2018, 03:42:48 pm »
Acerca do Space Rider:



Space Rider aims to provide Europe with an affordable, independent, reusable end-to-end integrated space transportation system for routine access and return from low orbit. It will be used to transport payloads for an array of applications, orbit altitudes and inclinations.

Launched atop Vega-C, Space Rider follows ESA’s Intermediate eXperimental Vehicle (IXV) which on 11 February 2015 performed a flawless suborbital flight with atmospheric reentry and sea landing.

Europe has solid knowhow in getting to space and operating in space – but not returning from space. IXV was designed to help fill that gap in knowledge by demonstrating critical technologies in hypersonic flight conditions, fully representative of an atmospheric reentry from low orbit.

Several additional technology developments and flight demonstrations have since taken place in Europe, adding valuable information.

Space Rider will have the potential to allow:

experiments in microgravity;
in-orbit validation of technologies required for several application missions;
educational missions;
enhancement of European industry competitiveness in paving the way to a commercial service.
The operational missions for Space Rider include a wide spectrum of orbital altitudes and inclinations in low orbit, compatible with the performance of the Vega-C launch system and its future evolutions.

The spacecraft will be launched from Europe’s Spaceport in Kourou, French Guiana, stay in orbit as required by its payloads, and then perform a ground landing. Afterwards, it will be refurbished and equipped with new payloads for the next flight.

 The operational mission is based on the following elements:

A small reusable orbital system designed to minimise refurbishment and turn-around life-cycle cost. It builds on the system and technological knowhow acquired through IXV and the European launchers technology and flight experience, implementing design innovations such as a multipurpose cargo bay, and maximising the use of off-the-shelf components.
A small launch system to minimise launch service cost. The reference launch system is the Vega-C. The AVUM+ fourth stage of Vega-C constitutes the service module of the reusable orbital system, providing manoeuvrability for the payloads as well as the reentry braking.
A ground segment to support the in-orbit operations as well as the reentry and landing, and the early processing of the payloads after landing.

Space Rider way forward
The System Requirements Review is planned for 2017. The Preliminary Design Review, to be completed in 2018, will lead to the Detailed Design phase, with the Critical Design Review in 2019.

Current activities include:

Final trade-off and down-selection of the payloads involving the end-users.
Finalisation of mission and system design, benefiting from the IXV development and commonalities with Vega-C.

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #22 em: Fevereiro 22, 2018, 06:59:23 pm »


É como tu dizes Martelo. Existe um tempo antes da SpaceX e outro depois da SpaceX.
Se queremos entrar no mercado espacial temos de concorrer com eles e também reutilizar os meios.
Mas o que acontece a é a ESA a ser subsidiada pelos estados 20 estados membros. Pela ciência não me importo que assim seja mas para o negócio dos satélites os lançamentos têm de ser rentáveis. 

https://www.fct.pt/apoios/cooptrans/esa/

Quanto ao Vega, é basicamente o booster do Ariane-5.C
O Vega-C uma evolução com novos motores, principalmente no 1º estágio passa a utilizar o motor P120C do futuro Ariane-6.

http://space.skyrocket.de/doc_lau/vega_p80.htm


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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #23 em: Fevereiro 22, 2018, 07:16:25 pm »

http://leitor.exameinformatica.pt/#library/exameinformatica/16-02-2018/edicao-52/noticias/portugal-vai-ter-agencia-espacial-e-base-de-lancamentos
O artigo na exame informática.

Entretanto Espanha colocou hoje mais um satélite no espaço.
O Paz de observação da terra por radar.
http://space.skyrocket.de/doc_sdat/paz.htm


E dia 25 segue o hispasat de comunicações comerciais.
http://space.skyrocket.de/doc_sdat/hispasat-1f.htm
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #24 em: Fevereiro 22, 2018, 07:56:31 pm »
É como tu dizes Martelo. Existe um tempo antes da SpaceX e outro depois da SpaceX.
Se queremos entrar no mercado espacial temos de concorrer com eles e também reutilizar os meios.
Mas o que acontece a é a ESA a ser subsidiada pelos estados 20 estados membros. Pela ciência não me importo que assim seja mas para o negócio dos satélites os lançamentos têm de ser rentáveis.

http://leitor.exameinformatica.pt/#library/exameinformatica/16-02-2018/edicao-52/noticias/portugal-vai-ter-agencia-espacial-e-base-de-lancamentos
O artigo na exame informática.

Por falar em satélites, não será a altura de termos um satélite geoestacionário de telecomunicações que substitua o ultrapassado SIRESP?
 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #25 em: Fevereiro 23, 2018, 11:45:59 pm »
Não sei quais os custos associados mas duvido da rentabilidade de ter um satélite e todo a estrutura associada a fazer a cobertura de um território tão pequeno como o nosso.

O SIRESP até é interessante. O problema é que vai ao ar quando a coisa aperta. E pouco se utiliza o VHF/UHF como recurso...
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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #26 em: Abril 02, 2018, 03:00:08 pm »
Empresas portuguesas desenvolvem sonda de cortiça para explorar Marte



Este projeto para a ESA - Agência Espacial Europeia é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP - Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.

Um grupo de empresas portuguesas está a desenvolver um projeto para a Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de explorar Marte.

O projeto é coordenado pela Corticeira Amorim e integra o ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade, PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e a Critical Materials.

A ESA está a desenvolver duas missões que envolvem o envio de sondas para Marte, a Mars Sample Return (em associação com a NASA) e a Phootprint – Phobos Sample Return, que implica o envio de sondas para Marte, com o objetivo de recolher amostras de solo marciano, transportando-as de seguida para o planeta Terra.

“O projeto desenvolvido por este conjunto de entidades portuguesa teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de escudo de proteção técnica e amortecimento de choques na aterragem”, destaca um comunicado do ISQ.

A Corticeira Amorim, líder do projeto, construiu o demonstrador, enquanto a Critical Materials procedeu ao desenvolvimento da engenharia.

O ISQ e o PIEP ficaram encarregues dos testes de desenvolvimento, sendo que o ISQ ficou também responsável pelos testes de validação final do demonstrador, executados nas suas instalações de Castelo Branco.

“Durante a fase de desenvolvimento tecnológico do sistema foram realizados ensaios mecânicos, ensaios de condutividade térmica, de calor específico, de impacto e de caracterização de materiais”, explica o referido comunicado do ISQ.

Segundo esse documento, “este sistema será colocado num veículo que trará amostras de Marte para a Terra”, tendo como propósito “conseguir que essas amostras oriundas de Marte cheguem intactas à Terra”.

O ISQ acrescenta ainda que, na fase de validação final, foi realizado um ensaio de impacto, onde foi simulada a aterragem da sonda.

“O projeto atingiu os objetivos planeados, embora seja um projeto a longo prazo. Estamos perante uma solução de engenharia portuguesa, que exigiu mais de dois anos de trabalho e um investimento de 400 mil euros, com a mais-valia de ser uma solução mais leva, mais simples, 25% abaixo do peso máximo exigido”, conclui a mesma nota.


>>>>>>>>>  http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/empresas-portuguesas-desenvolvem-sonda-de-cortica-para-explorar-marte-287981
 

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #27 em: Setembro 24, 2018, 11:40:33 pm »
Lançado concurso para apresentação de projetos para porto espacial nos Açores


O Governo de Portugal e o Governo dos Açores apresentaram esta segunda-feira um concurso aberto a organizações de "todo o mundo" para a criação de um porto espacial na ilha de Santa Maria que permita o lançamento de microssatélites. O anúncio foi hoje feito em Ponta Delgada pelo secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia do Governo dos Açores, Gui Menezes, que destacou o objetivo de criar nos Açores "uma infraestrutura para o lançamento de microssatélites".

A consulta internacional, que decorre até 31 de outubro, pretende "analisar o interesse deste projeto junto de parceiros internacionais, no sentido de ser instalado na ilha de Santa Maria um porto espacial atlântico", concretizou o governante.

Os Açores, vincou Gui Menezes, têm "alguma vantagem competitiva" face a outros territórios para a instalação de um porto espacial.

"Estamos mais a sul, no meio do Atlântico, temos a possibilidade de a direção dos lançamentos serem muito mais abertas, sem obstáculos, e isso não é replicável em outros sítios da Europa", assinalou.

O concurso é lançado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e tem o apoio técnico da Agência Espacial Europeia (ESA).

Em Ponta Delgada, maior cidade açoriana, reúnem-se esta semana 400 pessoas para o simpósio internacional "25 anos de progresso na Altimetria de Radar", organizado pela Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Francesa.


:arrow: https://sicnoticias.sapo.pt/pais/2018-09-24-Lancado-concurso-para-apresentacao-de-projetos-para-porto-espacial-nos-Acores
 

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Lusitano89

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #28 em: Outubro 02, 2018, 11:17:16 am »
Dos Açores para o espaço. Lançamento de satélites de Santa Maria a partir de 2021


Do lugar de Malabusca, na ilha da Santa Maria, Açores, podem partir para o Espaço pequenos foguetões já a partir de 2021. Governo português vende a localização privilegiada do arquipélago e apresenta concurso internacional na maior feira aeroespacial europeia que decorre em Bremen, cidade espacial alemã e um dos maiores centros europeus.

Dos Açores, mais precisamente da Ilha de Santa Maria, podem partir pequenos satélites para o espaço, com a data prevista para os primeiros lançamentos começarem em 2021.

É esta a mensagem (e desejo) que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, transmitirá esta terça-feira durante o 69º Congresso Internacional de Aeronáutic, evento que está a decorrer em Bremen, na Alemanha.

Nesta apresentação do Porto Espacial dos Açores num congresso que reúne 4 mil especialistas do setor, players internacionais e investidores, Manuel Heitor apresenta formalmente o Programa Internacional do Atlântico de Lançamento de Satélites.

O documento elaborado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia e pela Estrutura da Missão dos Açores para o Espaço (EMA- Space), que tem o apoio do governo português e do governo regional lança um convite internacional a entidades qualificadas para manifestarem o seu interesse até 31 de outubro (a primeira fase de três do programa arrancou a 24 de setembro) em colaborar com empresas portuguesas e centros de investigação e engenharia para conceber, instalar e operar um porto espacial na Ilha de Santa Maria, nos Açores, em associação com o desenvolvimento e operação de uma nova geração de serviços de lançamento de satélites para o espaço, numa iniciativa apoiada pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Malbusca. O lugar eleito para os pequenos foguetões

O Programa Internacional do Atlântico de Lançamento de Satélites arranca com a auscultação do mercado internacional sobre esta corrida ao Espaço e, especificamente, na área dos lançamentos de pequenos satélites (até 500 quilos), procurando atrair investimento direto estrangeiro para apoiar a dinamização do setor espacial em Portugal.

Os interessados devem apresentar propostas até 31 de outubro, sendo que um dos pré-requisitos é que o plano contemple a possibilidade de realização dos primeiros lançamentos já em 2021 na ilha de Santa Maria, nos Açores.

A localização dos Açores, no Atlântico, e a sua centralidade em relação à Europa, Américas e África, são mais-valias para estes lançamentos de pequenos satélites

Malbusca, na freguesia de Espírito Santo, tem sido apontado como um dos melhores locais para acolher este projeto se a proposta for da construção de um porto vertical. Mas o lançamento também pode ser horizontal, através de aviões recorrendo-se ao aeroporto de Santa Maria.

No caderno de encargos entre os direitos e os deveres que os candidatos à corrida ao espaço do lançamento para pequenos satélites constam ainda a obrigatoriedade de colaboração com empresas portuguesas durante todo o processo, estudos de impacto ambiental na ilha, a descrição da solução de lançamento (que pode ser vertical ou horizontal) e a indicação da carga prevista a transportar e o número de lançamentos a executar por ano.

O governo português e regional dá um apoio “logístico” na ordem dos seis milhões de euros, contemplando investimento ao nível de acessibilidades e infraestruturas no aeroporto e porto marítimo na ilha de Santa Maria. O ministério da Ciência criará ainda bolsas de investigação e desenvolvimento nesta área num valor que pode ir até aos 10 milhões de euros por ano, no período entre 2019 e 2023.

Os presidentes da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão, e da Estrutura de Missão para o Espaço dos Açores (EMA - Açores), Luís Santos, Henrique Martins, representante do CEC - Conselho Empresarial do Centro e Rui Santos, Diretor Geral do AED Cluster Portugal, que representa o projeto KnowNow4Aerospace, acompanham o responsável da pasta da Ciência em Bremen, a cidade espacial alemã e um dos centros espaciais lideres a nível europeu, na promoção das empresas portuguesas do setor aeronáutico sector, “nomeadamente as relacionadas com a Indústria 4.0” promovendo “os valores da competitividade e da qualificação dos nossos recursos humanos”, sustenta Rui Santos, diretor deste cluster que arrancou em 2017.

:arrow: https://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/dos-acores-para-o-espaco-lancamento-de-satelites-de-santa-maria-a-partir-de-2021
« Última modificação: Outubro 02, 2018, 07:02:29 pm por Lusitano89 »
 
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Lusitano89

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Re: Indústria Aeroespacial
« Responder #29 em: Dezembro 04, 2018, 05:50:15 pm »
O futuro do setor espacial português vai ser discutido em Coimbra


O Diretor-Geral da Agência Espacial Europeia e o Ministro da Ciência e Tecnologia vão estar no evento de celebração do 4.º aniversário da incubadora espacial portuguesa, organizado pelo Instituto Pedro Nunes. Iniciativa vai mostrar as mais recentes aplicações de tecnologia espacial na Terra, apresentar novas start-ups e discutir o futuro do setor espacial em Portugal.

A incubadora espacial portuguesa da Agência Espacial Europeia (ESA BIC Portugal), coordenada pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), assinala nos dias 20 e 21 de dezembro, em Coimbra, o seu 4.º aniversário com o evento “Portugal Espaço 2030”, organizado em colaboração com a Ciência Viva e o Gabinete do Espaço da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

No dia 20, quinta-feira, seis novas start-ups incubadas na ESA BIC Portugal vão ser apresentadas nesta iniciativa e é inaugurada uma exposição onde se poderão conhecer ao vivo produtos e protótipos funcionais com aplicação terrestre desenvolvidos com tecnologia espacial.

A impressora 3D da BeeVeryCreative, desenhada para a Estação Espacial Internacional – MELT, capaz de imprimir em ambiente de microgravidade vai estar em funcionamento à vista de todos. Com a ajuda do IPN, enquanto Broker de Transferência Tecnologia da ESA, a BeeVeryCreative está a transferir tecnologia desta impressora para desenvolver um novo produto para prototipagem industrial.

Outra empresa que estará presente com um protótipo é a Pavnext. Vencedora de vários prémios, esta startup está a aplicar uma cortiça da Amorim Cork Composites, usada no isolamento de foguetões, no desenvolvimento um pavimento que reduz a velocidade dos carros e gera energia.

Também a ActiveSpace Automation, spin-off da Active Space Technologies, está a incorporar tecnologia espacial em aplicações terrestres e terá para mostrar um veículo teleguiado usado para suporte à logística em ambientes industriais. Este veículo incorpora o know-how que a Active Space Technologies adquiriu no desenvolvimento de um sistema robótico para os testes de locomoção de um rover utilizado na exploração de Marte, na missão europeia ExoMars.

Já a Matereo vai apresentar um rover aquático e um satélite marítimo capazes de recolher, em tempo real, dados bioquímicos de monitorização da qualidade das águas, combinados com dados de Observação da Terra.

O futuro do setor espacial em Portugal

Os trabalhos do segundo dia, 21 de dezembro, sexta-feira, começam às 10 horas com as intervenções de Teresa Mendes, Presidente da Direção do Instituto Pedro Nunes, Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e Gui Menezes, Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores.

Estará também presente o Diretor-Geral da ESA, Jan Wörner, keynote speaker, com uma intervenção sobre as novas oportunidades no Espaço 4.0.

Durante a manhã, tem destaque o tema da plataforma de lançamento de satélites nos Açores – Atlantic International Satellite Launch Programme, numa sessão conduzida por Luís Santos, coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, e que conta com a participação de Chris Larmour, presidente executivo da Orbex, Tiago Rebelo, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, e ainda da PLD Space, que trabalha com foguetões suborbitais.

O projeto Space Rider, que deverá aterrar nos Açores, vai ser outro tema marcante. Pelas suas condições de microgravidade, este projeto pode trazer muitas oportunidades de investigação nas áreas da saúde e farmacêutica como, por exemplo, testar como o sangue circula em microgravidade. A Avio, empresa italiana que opera no setor aeroespacial, tem presença confirmada neste painel.

Empresas como a Spin.Works e a organização EUMETSAT também vão estar presentes para fazer uma análise sobre os futuros mercados terrestres potenciados por dados de Observação da Terra.

A Ciência Viva estará presente num painel dedicado à Educação para o Espaço e Espaço para a Educação, contando ainda com a participação das parcerias internacionais MIT Portugal e UTAustin.

A ESA BIC Portugal é coordenada pelo IPN e tem polos no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e na agência DNA Cascais. É um dos 20 centros de incubação da Agência Espacial Europeia a nível europeu, onde são apoiadas start-ups que transfiram tecnologia espacial para setores terrestres, mas também novas empresas que pretendam entrar no mercado espacial comercial, no chamado New Space.

O Instituto Pedro Nunes é também membro da rede de Brokers de Transferência Tecnologia da ESA, apoiando a comercialização da tecnologia espacial em mercados não espaciais e divulgando as melhores e mais promissoras tecnologias espaciais e competências das empresas e academia espaciais portuguesas.


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