Brasil enviará tropas ao Haiti

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Tiger22

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« Responder #15 em: Maio 25, 2004, 02:07:06 pm »
Isso deve-se ao facto de os espanhóis pensarem que os haitianos só têm paus e catanas. Quando souberem que eles por lá também têm armas que fazem "pum" borrassem todos e mudam logo de ideias  :nice: .
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Guilherme

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« Responder #16 em: Maio 25, 2004, 06:08:59 pm »
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Marinha Carrega Navios para o Haiti

Rodrigo Bendoraytes

Defesanet visitou as instalações da Marinha, em  Mocanguê(RJ), e acompanhou as atividades de preparação da Força Tarefa que compõe o 1º Escalão Marítimo, que zarpa dia 28 de Maio,  com membros  e equipamentos para a Missão das Nações Unidas de Estabilização no Haiti - MINUSTAH.

A atividade de carregamento do Navio de Desembarque-Doca G30 Ceará era intenso na segunda-feira e a maior parte dos veículos já estava nos porões ( caminhões, tratores, Land Rovers, Bandeirantes e contêineres). O G30 Ceará será usado como navio de apoio logístico e não está lotado, mesmo com quase toda a carga já nos porões..

Os veículos blindados incluindo os  EE-11 Urutu do Exército Brasileiro estão embarcados no Navio de Desembarque de Carros de Combate G28 Mattoso Maia, que  atracou no Comando da Divisão Anfíbia, manhã de segunda, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, .foram embarcados 57 veículos militares - caminhões, blindados Urutu e reboques.

Não está confirmado o embarque dos veículos blindados Carro-Lagarta Anfíbio - CLAnf( AAV 7A1), do Corpo de Fuzileiros Navais.
 
A tripulação está confiante e todos estão ansiosos  para zarpar.

Composição da Força Tarefa


-   Fragata F49 Rademaker
-   Navio de Desembarque de carros de Combate G28 Mattoso Maia
-   Navio de Desembarque - Doca G30 Ceará
-   Navio Tanque Almirante G23 Gastão Motta

Levará 108 contêineres e 98 militares do Exército e 63 Fuzileiros Navais
A previsão de vagem é de 18 dias do Rio de Janeiro até Porto Príncipe Haiti


Fragata F49 Rademaker:



Navio Tanque Almirante G23 Gastão Motta:



Navio de Desembarque - Doca G30 Ceará:





Seqüência de embarque de veículos e imagens dos porões do G30 Ceará:

















http://www.defesanet.com.br/haiti/mbhaiti/
 

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Fábio G.

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« Responder #17 em: Maio 25, 2004, 09:06:20 pm »
Parece que vão encontrar mau tempo:

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HAITI
Cheias fazem 151 mortos
As chuvas torrenciais que se abateram no último fim-de-semana no Haiti fizeram 151 mortos, segundo um novo balanço da protecção civil haitiana.  

20:09
25 de Maio 04    
   
 
  O maior número de vítimas foi registado na localidade haitiana de Fonds Vérette, onde 58 pessoas perderam a vida na fúria das águas após as chuvas torrenciais do passado fim-de-semana.

Na localidade agrícola de Thiotte 13 pessoas morreram, enquanto que Mapou Belle Anse regista três dezenas de vítimas mortais. Outras 30 pessoas foram arrastadas pelas águas em Grand Gosier.

Em Bodary, 17 pessoas morreram, enquanto que em Marbial e Port-à-Piment há quatro mortos.
 


E boas fotos Guilherme.
 

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dremanu

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« Responder #18 em: Maio 27, 2004, 11:56:48 pm »
Mais umas fotos das tropas Brasileiras a caminho do Haiti....







"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Fábio G.

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« Responder #19 em: Maio 28, 2004, 12:15:30 am »
Aquela 1ª foto é excelente Dremanu.
 

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Cabral

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« Responder #20 em: Maio 28, 2004, 01:57:06 am »
Bem legal essas fotos, mas a última não é do batlhão do Haiti. Se não me engano é uma foto de soldados brasileiros servindo no Timor.
Abraços,
Cabral.
 

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Guilherme

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« Responder #21 em: Maio 28, 2004, 03:00:11 am »
Veículos blindados EE-11Urutu nos porões do NDCC G28 Mattoso Maia:



F49 Rademaker:



Imagens do NDCC G28 Mattoso Maia:

















 

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Guilherme

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« Responder #22 em: Maio 28, 2004, 04:02:40 pm »
Mapeamento por satélite orienta missão brasileira


Uma das imagens digitais de Porto Príncipe: fotos alertam
para péssimo estado da pista de pouso  


Área de inteligência da Embrapa: serviço permite que tomada do aeroporto
seja feita rapidamente, evitando um dia todo de medições  

Imagens digitais obtidas pela Embrapa permitem visualizações na faixa de 58 centímetros, recurso semelhante ao dos EUA no Iraque

ROBERTO GODOY

O Estado-Maior da Força de Paz que o Brasil começa a enviar hoje ao Haiti, leva no arsenal um poderoso recurso de inteligência militar: um conjunto de precisas imagens digitais de todo o território do país em conflito. O mapeamento foi produzido sigilosamente, pela primeira vez no Brasil, pela Embrapa Monitoramento por Satélite, de Campinas.

As imagens, em relevo e tomadas em angulações que permitem reconhecimento semelhante ao disponível para uso da coalização liderada pelos Estados Unidos no Iraque, tem resolução na faixa de 58 centímetros. Segundo Evaristo de Miranda, coordenador da equipe que trabalhou sem intervalo durante 10 dias para en
tregar o levantamento ao Comando do Exército, "essa capacidade permite a observação na escala de indivíduos vistos isoladamente".

Precursor - A missão das Forças Armadas no Haiti começa formalmente amanhã de manhã, quando parte sem festa para Porto Príncipe o grupo precursor integrado por 42 militares, em quatro grandes cargueiros Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB). A tropa é comandada pelo general Américo Salvador de Oliveira. Nos aviões seguirão também veículos, equipamentos de comunicações, recursos de apoio e de processamento de dados.

O grosso da tropa, que terá 1.247 combatentes e 153 profissionais da área de suporte, deixa o Brasil 72 horas depois da primeira leva, na manhã do dia 31. Segunda- feira, o presidente Luis Inácio Lula da Silva participa da solenidade de despedida, às 10 horas, em Brasília. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Lula pretende visitar os soldados, no Haiti, em 25 de agosto, Dia do Exército.

Hoje sai da base naval de Mocangue o Grupo-Tarefa da Marinha que conduzirá o destacamento avançado de 73 fuzileiros (com outros 171 homens do Exército), caminhões, blindados e suprimentos de grande porte. A travessia vai demorar 17 dias. Um navio-tanque, uma fragata de escolta e dois navios de desembarque vão atracar no terminal marítimo haitiano controlado pela ilhota de Ojupé entre 15 e 16 de junho.

Pista - O primeiro C-130 pousa no aeroporto de Porto Príncipe às 8h30. O comandante do vôo sabe que vai encontrar uma pista de 3.065 metros de extensão e, depois de percorrer 800 metros a partir da cabeceira norte, a mais favorável para operações de aterrissagem, é conveniente manter o enorme cargueiro mais à direita. Há buracos no asfalto. "Essa informação não consta da precária carta aérea fornecida pela força provisória (composta por americanos, canadenses e franceses), mas estão nas fotos da Embrapa", diz o coronel L.O. Almeida, um dos planejadores da operação brasileira. Essa é apenas a mais simples das aplicações do pacote de imagens.

De acordo com Marcelo Guimarães, o segundo coordenador do Projeto Haiti na Embrapa, "uma das primeiras providências do grupo precursor será defender o perímetro do aeroporto. Isso implicaria pelo menos um dia inteiro de medições por meios convencionais. Trabalhando sobre as imagens, isso pode ser feito em segundos". Assim: uma só passagem do cursor sobre a tela do computador - além das imagens em papel - revela que os limites locais medem 9.120 metros ou 258 hectares. No terreno, há três elevações para instalação de pontos de fogo e defesa de área. De posse desses dados, será possível ter todo o controle do local apenas uma hora após a descida do Hércules da FAB.

Patrulha armada - Três técnicos (Cristina Criscuolo, Carlos Paniago e Oswaldo Oshiro) desenvolveram aplicações bem específicas. Uma delas é a montagem de ações de patrulha armada.

As Carta Imagens permitem estabelecer rotas por meio das ruas da área urbanizada de Porto Príncipe e das vielas das imensas favelas que circundam a cidade velha, remanescente do ciclo da dominação francesa. Uma das primeiras conclusões do Comando do Exército após examinar as fotografias digitais é que os veículos blindados requisitados, Urutus de 13 toneladas para transporte de 13 homens equipados, talvez não sejam os mais adequados para os deslocamentos rápidos necessários.

As imagens já disponíveis foram produzidas por meio da combinação de dados obtidos a partir do rastreamento de três diferentes satélites: LandSat, SRTM e QuickBird. A presença de grupos de pessoas no estádio nacional da capital, vista em um dos painéis, pode revelar um ponto de reuniões dos rebeldes do movimento Lavalas - a maior possibilidade de choque armado que a missão vai encontrar no Haiti.


Fonte: O Estado de São Paulo - Via NOTIMP
 

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fgomes

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« Responder #23 em: Maio 28, 2004, 09:59:00 pm »
Não me surpreende que o Brasil use tecnologias como os  sistemas de informação geográfica e teledetecção, pois elas já são comunmente usadas nas áreas de agricultura, silvicultura, ambiente etc.
O Brasil tem algum programa para ter satélites de reconhecimento próprios ? Era uma mais valia não só no campo militar, mas também na área civil.
A Embrapa não é uma empresa da área agrícola ?
 

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Guilherme

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« Responder #24 em: Maio 28, 2004, 11:33:59 pm »
Citação de: "fgomes"
O Brasil tem algum programa para ter satélites de reconhecimento próprios ? Era uma mais valia não só no campo militar, mas também na área civil.

Existe o satélite de recursos terrestres desenvolvido em conjunto com a China, o CBERS (http://www.dgi.inpe.br/html/cbers.htm). O imageador CCD do CBERS tem uma resolução de 20 metros.

Citação de: "fgomes"
A Embrapa não é uma empresa da área agrícola ?


Sim, mas como ela já deve ter uma experiência na utilização de fotos por satélite, realizou esse serviço para o Ministério da Defesa.
 

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FinkenHeinle

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« Responder #25 em: Maio 29, 2004, 12:04:13 am »
Citação de: "Guilherme"
Citação de: "fgomes"
O Brasil tem algum programa para ter satélites de reconhecimento próprios ? Era uma mais valia não só no campo militar, mas também na área civil.

Existe o satélite de recursos terrestres desenvolvido em conjunto com a China, o CBERS (http://www.dgi.inpe.br/html/cbers.htm). O imageador CCD do CBERS tem uma resolução de 20 metros.


Claro, existe também a série de satélites SSR, se sensoriamento remoto... Mas, como todo programa dessa magnitude, No Brasil, deverá atrazar, visto também que eles serão lançados pelo VLS...
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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Guilherme

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« Responder #26 em: Maio 29, 2004, 12:17:05 am »
Características do CBERS-1 e CBERS-2:

http://www.cbers.inpe.br/pt/programas/cbers1-2.htm
 

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papatango

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« Responder #27 em: Junho 02, 2004, 02:13:53 pm »
Estou a ver que os URUTU, continuam ao serviço. Li algures que parte da frota de URUTU foram modernizados (ou estão a ser). Que alterações é que lhes fizeram?

Só motor ?

Tanto quanto sei o motor dos URUTU era fabricado no Brasil pela Mercedes, e era o mesmo motor que equipava os camiões Mercedes, o qual creio que também foi colocado nos M-113-A1 brasileiros, quando foram modernizados, com motor brasileiro (a Diesel) e transmissões etc...

A eventual substituição do URUTU (e do Cacavel, com canhão de 90mm), pelo AMV ou outro carro, será provavelmente o passo seguinte.

Por outro lado é uma pena que o projecto do OSORIO esteja cada vez mais abandonado. Sempre pensei que o Brasil, pensando em revitalizar o que restou da Engesa, pelo menos trabalhasse no sentido de desenvolver uma nova torre, a partir da desenhada para o Osório, para aplicar por exemplo nos M-60 Brasileiros, ou nos Leopard-1. Sería uma forma de continuar a desenvolver a tecnología, sem ter que gastar todos os recursos necessários ao desenvolvimento de um carro de combate a partir do zero.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Guilherme

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« Responder #28 em: Junho 02, 2004, 02:23:19 pm »
Citação de: "papatango"
Estou a ver que os URUTU, continuam ao serviço. Li algures que parte da frota de URUTU foram modernizados (ou estão a ser). Que alterações é que lhes fizeram?

Só motor ?

Este texto explica essa modernização:

http://www.defesanet.com.br/rv/agsp/index.htm

Citação de: "papatango"
Por outro lado é uma pena que o projecto do OSORIO esteja cada vez mais abandonado. Sempre pensei que o Brasil, pensando em revitalizar o que restou da Engesa, pelo menos trabalhasse no sentido de desenvolver uma nova torre, a partir da desenhada para o Osório, para aplicar por exemplo nos M-60 Brasileiros, ou nos Leopard-1. Sería uma forma de continuar a desenvolver a tecnología, sem ter que gastar todos os recursos necessários ao desenvolvimento de um carro de combate a partir do zero.


Infelizmente, tudo indica que o projeto Osório está morto e enterrado.

O Exército Brasileiro tem muito interesse no Leopard 2 (unidades usadas ou fabricação sob licença).