Sky Guardian - o UAV nacional

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Ricardo Nunes

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Sky Guardian - o UAV nacional
« em: Abril 26, 2004, 09:56:39 pm »
Ora aqui está um projecto que muito me orgulha e dignifica Portugal. É espantoso como uma universade, uma escola técnica e uma empresa de materias conseguem desenvolver uma aeronave tão versátil.
O que seria do projecto se se investisse a sério por parte do sector privado... e público ( via MDN e MAI )  :arrow: http://www.skyguardian.pt


SKY GUARDIAN



Cumprimentos
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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dremanu

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« Responder #1 em: Abril 27, 2004, 12:40:41 am »
Estas notícias são boas sim! Parabéns a todo o pessoal do projeto. São com iniciativas deste tipo que gradualmente se consegue desenvolver capacidade técnicas importantes para o nosso país.

Obrigado pela notícia Ricardo!!!!
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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JNSA

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« Responder #2 em: Abril 27, 2004, 05:48:54 pm »
Era muito bom que este projecto fosse em frente - não só pelas potencialidades no campo militar, mas também no campo do combate aos incêndios... E não é algo que seja muito difícil de comercializar...

Poderia ser usado pelo exército e pela FAP para reconhecimento e avaliação de danos. O passo seguinte seria a criação de uma versão maior, para reconhecimento de longo alcance, ou eventualmente um micro-UAV, à semelhança de alguns modelos que têm surgido agora no mercado, e que dão às unidades da linha da frente um enorme incremento em capacidades.

Boa notícia, realmente - esperemos que não lhe "cortem as asas"  :wink:
 

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fgomes

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« Responder #3 em: Abril 27, 2004, 07:01:17 pm »
É um projecto muito interessante, só espero como é habitual neste País com tudo o que é promissor que não lhe cortem as "asas".

Penso que a aquisição de UAV devia ser considerada prioritária, tendo em conta a possibilidade da sua dupla utilização, militar e civil, no caso dos incêndios por exemplo. Para este efeito são necessários sensores na banda dos infravermelhos, GPS, imagens de vídeo em tempo real. Penso que os UAV militares devem ter este tipo de equipamento, pelo que a sua utilização em prevenção e combate a incêndios deve ser uma questão de adaptar o respectivo software, não sendo necessário hardware específico.
O problema  é que para a utilização dos UAV ser eficaz, são necessários sistemas de informação geográfica que incluam modelos tridimensionais do terreno e informação actualizada da composição da vegetação e ainda mais importante recursos humanos qualificados.
 

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Luso

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« Responder #4 em: Abril 27, 2004, 10:00:52 pm »
"O problema é que para a utilização dos UAV ser eficaz, são necessários sistemas de informação geográfica que incluam modelos tridimensionais do terreno e informação actualizada da composição da vegetação e ainda mais importante recursos humanos qualificados."

Fala a minha linguagem, fgomes. Mas como vê a interligação desses sistemas e com que objectivos?
Para determinar zonas de vigilância prioritárias?
Quem poderia operar tal sistema?
As associações de municípios?
As zonas metropolitanas?
Os distritos?

Desejo os melhores sucessos ao projecto!!!!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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fgomes

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« Responder #5 em: Abril 27, 2004, 11:12:58 pm »
Luso, os sistemas de informação geográfica com a informação que descrevi, serviriam em conjugação com com dados meteorológicos, por um lado para determinar zonas prioritárias de vigilância. Por outro lado no caso de já haver incêndio, imagens em tempo real georeferenciadas seriam muito úteis para coordenar o seu combate. Também existe sofware que simula incêndios em função da topografia, da vegetação, dos factores meteorológicos.

Os UAV deveriam ser operados pelas Forças Armadas, por uma questão de rentabilização de meios materiais e humanos. A prevenção e combate a incêndios deveria ser feita por uma estrutura nacional, profissionalizada e ligada à gestão e administração florestal.
 

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emarques

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« Responder #6 em: Abril 28, 2004, 01:13:27 am »
O controlo dos meios de vigilância deveria ser entregue à tal  Agência de Prevenção dos Fogos Florestais que ainda só tem "forma legal" mas não tem "condições materiais e operacionais para o funcionamento". (Se fosse tão fácil executar as coisas como aprovar leis, este país era o mais avançado do mundo)

Esses sistemas de informação do relevo, mapeamento por satélite da vegetação, e essas coisas mais sofisticadas existem em Portugal, só que as estruturas de comando não estão preparadas para usar os dados. Depois dos incêndios do ano passado, quando andava toda a gente a atirar as culpas, mostraram na televisão um sistema de vigilância florestal europeu, de que Portugal faz parte, e que tinha todos esses sistemas de previsão de riscos. Só que não havia ninguém que pegasse nesses dados e os usasse para alguma coisa de útil. A entidade a quem esses dados mais deveria interessar nem sabia da existência do programa, se bem me lembro...

Noutra nota: Parabéns à UBI. Afinal um curso de Engenharia Aeronáutica sempre serve para alguma coisa. :P
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
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Luso

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« Responder #7 em: Abril 28, 2004, 09:00:38 pm »
fgomes e emarques: excelentes informações prestadas!

Eu tinha mais em mente balões (!!!) cativos com sensores IR. Mas haveria sempre zonas de sombra. Dirigíveis robóticos, talvez?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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fgomes

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« Responder #8 em: Abril 28, 2004, 09:20:22 pm »
Luso, acho os balões cativos uma boa ideia, para complementar os postos fixos de vigia. A Rafael tem produtos interessantes nesta área.
De qualquer maneira seria essencial que este sistema de vigilância/combate estivesse todo integrado.

A propósito de UAV sei que no início da década de 90 chegou a formar-se um consórcio entre a Portucel, OGMA e a IAI israelita para produzir um UAV destinado a vigiar áreas florestais, mas como tudo o que é interessante neste País nunca mais se ouviu falar de nada.
 

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Rui Elias

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« Responder #9 em: Abril 29, 2004, 10:45:29 am »
Infelizmente a cooperação enre a indústria nacional e as universidades e institutos públicos ainda é incipiente, e os lobbies internacionais tudo fazem para que Portugal construa o que vem de fora ou já compre feito.

Até as OGMA vão embora, passando para as mãos da Lokheed Martin.

E isso não trará proveitos em termos de equipamentos mais baratos para Portugal.

Tudo se vende.
 

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Spectral

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« Responder #10 em: Abril 29, 2004, 05:54:45 pm »
Citar
Até as OGMA vão embora, passando para as mãos da Lokheed Martin.


Nada mais que boatos ( como o dos C-17).
Aliás, não é política da Lockeed adquirir participações em empresas estrangeiras.
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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FinkenHeinle

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« Responder #11 em: Abril 30, 2004, 04:59:16 pm »
Citação de: "Spectral"
Citar
Até as OGMA vão embora, passando para as mãos da Lokheed Martin.

Nada mais que boatos ( como o dos C-17).
Aliás, não é política da Lockeed adquirir participações em empresas estrangeiras.


E quanto à LMAASA (Lockheed Martin Aircraft Argentina S/A)???

É uma empresa argentina controlada pela Lockheed. É a antiga FMA/FAMA, que projetou e produziu diversos aviões, entre eles o I.A.50 Guaraní, e o I.A.58...
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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Spectral

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« Responder #12 em: Abril 30, 2004, 07:54:41 pm »
Obrigado pela correção André.
Desconhecia tal por completo e parece tratar-se de um caso isolado. Até por exemplo as empresas aeronáuticas turca e coreano que montam F-16 não têm ligações directas à LM.


Cumptos
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FinkenHeinle

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« Responder #13 em: Maio 01, 2004, 02:18:53 am »
Citação de: "Spectral"
Obrigado pela correção André.
Desconhecia tal por completo e parece tratar-se de um caso isolado. Até por exemplo as empresas aeronáuticas turca e coreano que montam F-16 não têm ligações directas à LM.


Cumptos


É, infelizmente para os nossos "hermanos" argentinos, que, em função da venda da FMA/FAMA, perderam sua capacidade de projetar aeronaves próprias, sendo que essa empresa mais se tornou um centro de manutenção e eventualmente fabrica algumas unidades de IA-58 e IA-63...
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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ricardonunes

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« Responder #14 em: Março 21, 2007, 02:00:26 pm »
Um projecto caseiro e particular

Os meus parabéns ao mentor do projecto :wink:
Potius mori quam foedari