Caro Templário,
Quanto ao pormenor dos títulos múltiplos de Filipe II de Espanha, também se poderia invocar a titulatura formal dos reis de Portugal desde D. Manuel... "Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc." Na prática, ninguém cita estes títulos. "Rei de Portugal" é suficiente e totalmente explícito.
Porém, as evidências históricas permanecem:
Em Espanha, a partir de meados do século XVI, existe apenas um monarca soberano (ninguém se dirige a Carlos V ou Filipe II como rei de Aragão), uma moeda (não existem maravedis aragoneses,
reales andaluzes ou ducados catalães), forças militares unificadas (não existe exército catalão ou aragonês, mas sim da Coroa, ou seja, do Estado moderno criado no Renascimento), uma capital (Madrid, fundada por Filipe II no centro geográfico da Península Ibérica).
A centralização e o desenvolvimento do Estado moderno foi justamente uma das principais vertentes e heranças da política de Filipe II. Um governo central forte, mantendo uma vasta confederação de territórios peninsulares e extra-peninsulares: a Monarquia Hispânica
Os termos "Espanha" e "espanhol", tal como já disse em outros "posts", surgem no final de Quinhentos, utilizados tanto por súbditos dos monarcas espanhóis como pelos seus adversários, estão documentados e eram empregues sem qualquer confusão comparável àquela que hoje em dia ainda se mantém avivada por quem não leu documentos coetâneos, nem estudos mais actualizados. Prova disso são as centenas de estudos históricos realizados nas últimas três décadas em que a discussão e entendimento sobre esse conceito já foi mais bem arrumada, não caindo em confusões cronológicas, nem misturando épocas. Nenhum oficial do Exército Espanhol da Flandres, nem qualquer estadista holandês ou inglês, se refere às tropas como do Rei de Castela. Este velho debate é injustificado no que concerne Portugal. Repare-se na invocação oficial do monarca espanhol:
PHILIPPUS II HISPANIARUM ET LUSITANIAE REX (entre muitos outros títulos)...
Algum mal-entendido duradouro entre o designativo geográfico "Hispania", nome com o qual os romanos designavam geograficamente a Península Ibérica, resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, qual delas a mais controversa e anacrónica. Mas isso é outra história, que nada tem a ver com o presente tópico.
Toda a historiografia recente aceita Filipe II de Espanha. É o tipo de discussão que não resolve nada.
Brasão de Portugal nas Ordenações Filipinas, publicadas em Portugal sob D. Filipe II (Filipe III de Espanha)Retrato gravado de Filipe II, com legenda de Rei de EspanhaConcluindo, Portugal manteve sempre a sua identidade sob Filipe II. Não se verifica qualquer assimilação Português/Espanhol indiscriminada sob um hipotético designativo "Hispânico". Co-existiram, sim, Portugueses e Espanhóis sob a mesma Monarquia Hispânica.
O excerto que o Templário cita, do soldado polaco Steblovo, encontra-se também traduzido em Português:
Eugénio do Canto (ed.),
Diário de Erich Lassota de Steblovo, polaco ao serviço de Philippe II, 1580-1584 (Coimbra, Imprensa da Universidade, 1913), extraído da tradução castelhana publicada por Javier Liske,
Viajes de Extranjeros por España y Portugal en los siglos XV, XVI y XVII (Madrid, 1878).
Trata-se de um dos soldados estrangeiros que integraram o exército de invasão espanhol em 1580.
Àparte o relato sucinto dos seus percursos, não há qualquer novidade nisto:
- Alemães e flamengos integraram desde o séc. XV os exércitos de Portugal e Espanha, mas numericamente eram marginais.
- Steblovo, natural da Silésia - um polaco germanizado, portanto -, alistou-se no exército de invasão espanhol onde serviu durante 4 anos entre Portugal continental e os Açores. Não se trata de mercenário, mas sim integrante das tropas regulares da Coroa de Espanha.
-
Tal como indiquei anteriormente, as tropas de Filipe II em Portugal a partir de 1580 eram essencialmente espanholas, excepto nos períodos de grandes mobilizações de 1580-1583 para invasão de Portugal e de 1587-1588 na preparação da Grande Armada contra Inglaterra, onde intervieram várias unidades estrangeiras, provenientes do Exército Espanhol da Flandres. Trata-se, portanto de uma evidência a distinção entre dois teatros de operações: Países Baixos e Portugal. Parece-me que já repeti isto umas 3 vezes aqui.
- Em 1582, o exército da Flandres sob o Duque de Parma contava 60.000 homens, tendo sido mobilizados 2
Tercios espanhóis e um italiano veteranos para as campanhas da conquista de Portugal e da expedição aos Açores. Nos Países Baixos, estas unidades formavam a ponta de lança do avanço espanhol contra os rebeldes holandeses.
Dos estados italianos tinham vindo 9.000 soldados reunidos pelo general Pietro de Medici, divididos em 3 destacamentos de 3.000 homens sob as ordens do coronel Prospero Colonna (florentinos), Carlo Spinelli (napolitanos) e o Prior de Hungria (napolitanos). No total, as tropas reunidas nos arredores de Badajoz contavam 24.000 a 25.000 homens (21.000 a 22.0000 infantes e 3.000 cavaleiros).
Vide Geoffrey Parker,
The Dutch Revolt (2.a ed., Middlesex, 1979), p. 209.
Consulte-se também o estudo imprescindível do mesmo autor:
The Army of Flanders and the Spanish Road, 1567-1659: The Logistics of Spanish Victory and Defeat in the Low Countries' Wars (Cambridge, 1972), que não me canso de indicar.
Pouco depois da vitória de Alcântara e da submissão de Lisboa, o Duque de Alba propôs a desmobilização do exército mantendo apenas 6.000 homens em Portugal. Guarnições maioritariamente espanholas, sendo que algumas (poucas) unidades estrangeiras permaneceram devido à preparação das campanhas de submissão dos Açores, facto imprevisto quando do planeamento da campanha.
Também me parecem necessários esclarecimentos adicionais.
As
forças militares de Filipe II na invasão de Portugal compunham-se da seguinte forma:
- 11
Tercios de infantaria (piqueiros e arcabuzeiros)
- 3000 "gastadores" (sapadores)
- 23 companhias de cavalaria ("hombres de armas"/cavalaria pesada, ginetes/ligeira e arcabuzeiros a cavalo)
- 100 cavaleiros da Casa Real
A infantaria, por seu turno, dividia-se nas seguintes unidades:
-
Tercio de Nápoles (tropas espanholas e italianas veteranas da Guerra dos Países Baixos, comandadas por oficiais espanhóis)
-
Tercio de Lombardia (idem)
-
Tercio de italianos
-
Tercio de alemães
- 7 Tercios de
"bisoños" (noviços recrutados em Espanha)
- Guarda do Rei
(excluindo o trem de artilharia, médicos, etc.)
Total de 24 a 25.000 homens, sob comando supremo do Duque de Alba, Capitão-geral, acompanhado do seu filho bastardo o Prior de San Juan D. Fernando de Toledo, seu lugar-tenente, Sancho de Ávila, Mestre de Campo-geral e D. Francés de Álava y Beamonte, General da artilharia. Todos espanhóis.
Veja-se, não me canso de repetir, toda a documentação fundamental publicada na
Coleccion de Documentos Inéditos para la Historia de España (Madrid, 1842-1895), em particular os tomos XXXI, XXXIII e XXXIV, e retomada por J. Suárez Inclán,
Guerra de Anexión en Portugal Durante el Reinado de D. Felipe II (Madrid, 1897), 2 vols.
Panorâmica legendada da Batalha de Alcântara (1580), anónimo (Biblioteca Nacional de Lisboa)(cópia em alta definição: http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b2/Batalha_de_Alc%C3%A2ntara.jpg/300px-Batalha_de_Alc%C3%A2ntara.jpg&imgrefurl=http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Alc%25C3%25A2ntara&usg=__mq9VJ_X6wWMNxpyh0Kux0ZBGQQM=&h=228&w=300&sz=24&hl=pt-PT&start=9&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=8hU-i2nnlboxwM:&tbnh=88&tbnw=116&prev=/images%3Fq%3D%2522batalha%2Bde%2Balc%25C3%25A2ntara%2522%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1 )A partir de 1580, a máquina militar espanhola instala-se de forma duradoura em Portugal. Estão presentes os três ramos: Armada, Exército e Artilharia, cada uma das quais chefiadas pelo respectivo Capitão-Geral.
Desde logo, Filipe II estabeleceu uma estrutura orgânica paralela à escala do reino recém-conquistado como extensão da administração militar espanhola. E fê-lo de modo particularmente eficaz, "racionalizando" custos e obtendo a pacificação e controle do território, pois estava em jogo o equilíbrio político e militar da Península Ibérica e da Monarquia Hispânica.
Em Portugal, tanto a administração, como as chefias militares eram exclusivamente espanholas.
A partir das pesquisas que realizei sobre este tema, elaborei a seguinte lista dos sucessivos comandantes supremos das forças terrestres em Portugal sob Filipe II de Espanha:
Capitães-gerais da gente de guerra do Reino de Portugal (1580-1599)- Duque de Alba (1580-1582)
- D. Carlos de Borja, Duque de Gandia (1582-1583)
- Marquês de Santa Cruz (1584-1588), cargo acumulado com o de Capitão-Geral do Mar Oceano
- Pedro Enríquez de Acevedo, conde de Fuentes (1588-1593)
- D. Juan de Silva, conde de Portalegre Capitão-geral da gente de guerra do reino de Portugal (1593) e Governador do Reino (1593-1599). (ex-embaixador de Espanha em Portugal sob D. Sebastião, trata-se de um espanhol de mãe portuguesa)
Todos espanhóis...
Tratam-se das autoridades militares que repartiam entre si a coordenação dos sistemas defensivos em Portugal: organização das armadas, recruta e mobilização de tropas (atribuições do Capitão-Geral), o comando da defesa urbana e a superintendência das fortificações (por ex., Governador e Capitão-Geral conde de Portalegre na década de 1590).
Note-se que o pessoal administrativo e efectivos militares espanhóis beneficiavam de uma jurisdição própria (e de privilégios tais como a isenção da fiscalidade vigente no reino) que os colocava ao abrigo da intervenção das instituições e magistrados portugueses.
O cruzamento de dados obtidos na abundante documentação do Arquivo de Simancas e da Torre do Tombo permitiu uma recolha que pensamos ser muito completa. Esta informação, inédita na sua maior parte, foi completada com outras referências obtidas em publicações, desde crónicas e obras contemporâneas até compilações documentais e estudos históricos. Recolhi um total de cerca de 100 nomes, onde se incluem todas as altas patentes (elite militar e administrativa) da máquina militar da Coroa de Espanha em Portugal nas últimas duas décadas do século XVI.
Relativamente ao exército, encontram-se pelo menos 20 nomes, entre Capitães-Gerais (do Exército e da Artilharia), Mestres de Campo-gerais, Mestres de campo e subordinados e de cerca de 35 nomes relativos aos órgãos administrativos (Provedores-gerais e Vedores-gerais) e suas dependências (auditores, contadores, pagadores e mordomos). Como seria de esperar na Monarquia Hispânica, há uma prevalência clara da nobreza nas altas patentes militares ao invés dos cargos administrativos, como se verifica nos títulos de “Don”, condes, duques e marquês.
Todos espanhóis... de Espanha.
Conquista da ilha Terceira (1583). Fresco na Sala das Batalhas do Mosteiro do Escorial (Valladolid)Quanto ao recrutamento das tropas de Filipe II que passaram por Portugal:- As zonas de recrutamento militar em Espanha para a força de desembarque da “Invencível” Armada na Flandres, indicadas pelo Consejo de Guerra a Filipe II em 1587 previam o levantamento de companhias de Castela, de Aragão, da Catalunha, de Valencia e de Navarra. Estas regiões, assim como a Extremadura, foram os principais "berçários" do grosso das tropas espanholas sob Filipe II.
(Veja-se a documentação no Archivo General de Simancas,
G(uerra) A(ntigua),
legajo 196, entre outros, e o estudo de Hugo O'Donnell y Duque de Estrada,
La Fuerza de Desembarco de la Gran Armada contra Inglaterra (1588) (Madrid, 1989), pp. 39-47 e mapa, p. 41).
Em resultado desta constante actividade administrativa em apoio das mobilizações e operações em Portugal quase constantes nas últimas duas décadas de Quinhentos, foram produzidos milhares de documentos, alguns (poucos) sobrevivem na Torre do Tombo e a maioria no Arquivo de Simancas. Esta massa documental dispersa entre Portugal e Espanha contem inúmeras informações sobre aspectos da actividade militar peninsular durante o reinado dos reis espanhóis. Entre estes documentos, na sua maioria inéditos guardam-se os livros de mostras de mais de 60 companhias espanholas entradas em Portugal neste período. As "mostras", ou alardos, consistiam numa revista das tropas com frequência regular, mensal ou quinzenal, com vista a contabilizar e identificar os efectivos disponíveis nas respectivas unidades, registando minuciosamente os pagamentos das mesmas.
Encontramos assim dispersos na secção tão ignorada do
Corpo Cronológico na Torre do Tombo cadernos ("livros de mostra") de pelo menos 64 companhias (infantaria e cavalaria), entradas em Portugal entre 1580 e 1597. (cada Tercio era composto em média por 12 companhias)
Comparando estes dados inéditos com a documentação relativa à enorme mobilização de 1587-1588 reunida em Portugal para a Grande Armada, minuciosamente estudada por Manuel Gracia Rivas,
Los Tercios de la Gran Armada, 1587-1588 (Madrid, 1989), percebe-se e confirma-se a composição das companhias que formavam os Tercios espanhóis em Portugal sob Filipe II.
Na sua vasta maioria...espanhóis...recrutados em Espanha.
Apenas para completar o
panorama que nos é relatado de forma fidedigna pelas fontes de arquivo e publicações coetâneas:
- A questão dos reforços misturando fantasiosos
Tercios de estropiados ou mais histórias de mercenários permanecem no reino da ficção. Em seguida, apresento apenas exemplos entre as muitas centenas que recolhi sobre as forças de socorro entradas em Portugal para reforçar a defesa do território.
Reforços de Lisboa em 1589:
Temos, por exemplo, o Capitão D. Gonzalo Ronquillo: serviu em 1580 com uma companhia de 200 arcabuzeiros,
“con que la villa de Arevalo sirvio a V.M. en aquella ocassion”, em seguida nos Açores
“y ultimamente haviendo ydo a servir Entre Duero y Miño con una compañia de infanteria fue con ella al socorro de la çiudad de Lisboa quando la armada enemiga vino sobre ella”. Pede mercê de 1 companhia de cavalos. Participou no desembarque espanhol na tomada da Terceira, em 1583. Cf. Archivo General de Simancas,
GA,
leg. 364, doc. 36, Consulta do
Consejo de Guerra (Madrid, 6 de Março de 1592) e Gaspar Frutuoso,
Livro Sexto das Saudades da Terra (Ponta Delgada, 1963), Cap. 28.º, p. 204.
Reforços do litoral português em 1595:
Várias companhias de cavalaria e infantaria espanhola provenientes de Espanha alojadas entre Peniche e Cascais:
Arquivo Nacional da Torre do Tombo,
Corpo Cronológico, Parte II, Maço 269, doc. 235 (Lisboa, 22 de Junho de 1595), (cópia) recibo do pagador Aranda pela entrega que lhe fez Juan de Espinosa, pagador das cinco companhias de arcabuzeiros a cavalo vindas de Castela.
Em Peniche e Cascais:
“Alojáronse en Peniche y dos leguas lo más lexos docientos cavallos a cargo de Don Luys de Zúñiga, de su compañía y la de Quirós, agregadas otras veynte lanças, y de las dos compañías ginetes también se pondrá allí la una, y todo lo demás se ha alojado de veras a Cascaes y encargándose a don Fadrique del Aguila; don Sancho Bravo no ha llegado; a ambas partes se embiará la infantería con brevedad a cargo de los mismos. A Peniche podrá yr de aquí a tres o quatro días, y a Cascaes quando llegue la otra tropa (...)”.
Archivo General de Simancas,
GA,
leg. 427, doc. 126, carta de D. Juan de Silva para Filipe II (Lisboa, 20 de Maio de 1595).
Reforços do litoral português em 1596:
“El año de 96 que los ingleses vinieron a Andaluçia, no huvo en Madrid quien creyesse los avisos que de aqui se embiaron de ser cosa çierta que trayan gran fuerça y determinaçion de tentar a Lisboa o a Cadiz y assi se fue dilatando el socorro de Castilla [medidas de prevenção] (…) y que Don Diego Brochero con la parte de armada que aqui tenia y con algunas galeras se opusiesse a impedirles la entrada por la mar (…). Assi estava quando los enemigos se descubrieron en las Verlingas (…)”. Neste mesmo documento, é indicada a chegada do Adelantado de Castela para aprestar armada contra Inglaterra e de D. Francisco de Bobadilla com cavalaria de Castela.
Archivo General de Simancas, GA, leg. 540, doc. 71, carta do conde de Portalegre a Filipe II (Torre de Caparica, 18 de Fevereiro de 1599).
Reforços do litoral português em 1599:
Em Janeiro de 1599, a Coroa de Espanha mobilizou um conjunto de companhias para Portugal, lideradas por D. Antonio de Zúñiga. “A Don Antonio de Zúñiga han hecho Mestre de Campo general del rey (sic) de Portugal, que estaba vaco por muerte de don Gabriel Niño”. “Vino nueva estos dias de La Coruña que la Inglesa (Isabel I) enviaba 8.000 hombres y 600 caballos à Irlanda, lo cual ha hecho advertir acá, para acudir à proveer la costa, y se mandó ayer partir para Portugal al maestre de campo don Antonio de Zúñiga, y asimesmo se han mandado encaminar para allá las compañias de soldados que se han levantado en el reino; aunque la peste de Lisboa no está remediada, y el Adelantado de Castilla está en Sevilla haciendo provision para las galeras, y dando órden como se embarquen los navios que vinieren à la costa de Andalucia, para tener hecha prevencion en la ocasion que se ofreciese”.
Luis Cabrera de Córdoba,
Relaciones de las cosas sucedidas en la Córte de España, desde 1599 hasta 1614 (Madrid, 1857), pp. 12 (notícia de 20 de Janeiro de 1599) e 16 (notícia de 17 de Abril de 1599).
Recordo que estes são apenas alguns exemplos, entre muitas centenas de documentos e dezenas de obras carregadas de informação similar que não sofrem qualquer contestação acerca da origem das tropas de Filipe II em Portugal.
Os reforços de Portugal sob Filipe II são espanhóis...oriundos de Espanha.