MARINHA AO ATAQUE

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Falcão

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MARINHA AO ATAQUE
« em: Maio 03, 2004, 03:03:10 am »
Correio da Manhã 2004/05/03

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Portugal já dispõe de uma força de intervenção de cerca de mil homens e com capacidade de mobilização no espaço de 48 horas, graças à efectivação de um programa em curso na Marinha e que conta também com a colaboração da Força Aérea, em termos de utilização comum dos novos helicópteros EH-101.
 
O objectivo final é fazer o País dispor de uma capacidade própria de intervenção fora do território nacional, com prioridade para as necessidades nacionais, mas capaz também de corresponder aos requisitos da NATO.

As capacidades passam pela intervenção em zonas terrestres através da concretização de operações anfíbias com desembarque em praias, mas igualmente aeronavais, com recurso a navios e helicópteros, para apoio logístico e apoio de fogo, um sistema integrado que pela primeira vez surge nas nossas Forças Armadas.

O elemento base é o Corpo de Fuzileiros, que tem beneficiado desde há três anos de um programa consecutivo de modernização, sem grandes interrupções, iniciado ainda no anterior governo e prosseguido no quadro do actual executivo, sob proposta da Armada.

O programa está avaliado em mais de cinco milhões de contos e os Fuzileiros podem agora levantar uma força de 800 homens no espaço de 48 horas, num total de cerca de 1200 homens que constituem o Corpo, um número conseguido com a redução das estruturas administrativas em favor do empenhamento operacional.

Mas em causa está não apenas o aumento da capacidade operacional, mas também a garantia da motivação das fileiras e traduzir uma imagem de modernidade para o exterior para atrair novos voluntários.

Os 'fuzos' estão a ser dotados de equipamentos individuais de visão nocturna de última geração para instalação nos capacetes e a acrescentar aos novos sistemas de pontaria dos mísseis Milan surgem agora também equipamentos semelhantes para instalar nos lança-rockets Carl Gustav.

A aquisição de 22 blindados está em curso, incluída no programa de blindados de rodas, e prossegue a compra de fatos de protecção NBQ (Nuclear, Bacteriológica e Química).

A autonomia da força anfíbia é das principais preocupações e estão a ser recebidas cozinhas de campanha e materiais de engenharia, elementos essenciais para a execução de missões de longa duração.

ARMADA CONTA COM APOIO DA FORÇA AÉREA

A Armada não está sozinha na criação desta força e estabeleceu um acordo com a Força Aérea para que os novos helicópteros médios EH-101, que começam a chegar a Portugal em Setembro, possam operar a partir do navio polivalente logístico (NPL), cuja aquisição está prevista na Lei de Programação Militar.

Dos 12 helicópteros, quatro estão preparados para enfrentar situações de combate e estão a sofrer alterações, como a dobragem das pás e da cauda, para permitir a entrada no hangar do NPL e a sua operação a partir do navio, para helitransporte de fuzileiros e carga.

A Marinha, por seu turno, dispõe de helicópteros ligeiros Lynx e está prevista a aquisição de mais cinco, alguns deles dotados de metralhadoras e mísseis, para enfrentar ameaças navais e também com alguma capacidade contra alvos terrestres, para apoio às operações anfíbias.  


Boas notícias...
Cumprimentos
 

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FFAP

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Maio 03, 2004, 12:06:35 pm »
Citar
A Marinha, por seu turno, dispõe de helicópteros ligeiros Lynx e está prevista a aquisição de mais cinco, alguns deles dotados de metralhadoras e mísseis, para enfrentar ameaças navais e também com alguma capacidade contra alvos terrestres, para apoio às operações anfíbias.



  Fiquei admirado com a noticia de estar prevista a compra de mais 5 Lynx, pensava que eram só 2... pelo menos foi o que sempre ouvi e li.
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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Fábio G.

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« Responder #2 em: Maio 03, 2004, 12:28:08 pm »
São boas noticias para os fuzileiros que terão uma capacidade de actuar no exterior quase como nunca teve, esta potenciação dos fuzileiros já deveria ter sido feita á mais tempo penso que é uma força muito capaz e muito util a Portugal para as actuais e futuras missões.

Mas não sei é quantos anos ainda vamos esperar para ver esta força de actuação completa porque do LPD ainda nada, os blindados ainda á espera do vencedor do concurso, os EH-101 começarão a chegar aos poucos, isto ainda vai levar um tempo.

O LPD e os hélis serão essenciais para as operações anfibias, mas ainda será necessário as lanchas de desembarquee e se se quiser uma força mais pesada a utilização de blindados anfibios como o AAV-7.
 

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papatango

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(sem assunto)
« Responder #3 em: Maio 03, 2004, 12:57:33 pm »
A noticia relativamente aos Lynx é interessante. No entanto, há que ver aqui uma questão. Nada impede a aquisição de dois helicopteros, destinados a operar a partir das fragatas.

A novidade é que haverá helicopteros Lynx, equipados com meios para apoiar as forças desembarcadas, no desembarque.

Citar
também com alguma capacidade contra alvos terrestres, para apoio às operações anfíbias.


Do meu ponto de vista, esta é uma boa noticia especialmente por isto. Ou seja, racionalização de meios. A Marinha operará os Lynx para operações navais, mas também (eventualmente) como "Gunship" para atacar alvos em terra, numa área de desembarque. Eventualmente serão helicopteros equipados de heli-canhões, ou pouco mais. mas será uma adição de grande valor para qualquer força de desembarque anfibia que ficará assim com uma capacidade própria em termos de ataque aéreo.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Fábio G.

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« Responder #4 em: Maio 03, 2004, 01:21:09 pm »
Sim a novidade dos Lynx é boa, fala da compra de 5 em que 2 destes serão para as fragatas que virão sobram 3 para as operações de apoio ou também os Lynx que operarem as fragatas podem dar esse apoio?
 

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Rui Elias

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« Responder #5 em: Maio 03, 2004, 01:47:46 pm »
A ser verdadeira é uma boa notícia, principalmente a da compra de mais 5 Linx.

Mas com um senão: Para qunado a concretização do NPL? :?:

Outra coisa: em caso de emergência, quantas horas leva a operacionalizar uma fragata Meko que esteja atracada no Alfeite?

Ou seja, abastecê-la de combustível, víveres, munições e tripulação, para uma missão de um mês?
 

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snakeye25

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Lynx
« Responder #6 em: Maio 03, 2004, 02:24:28 pm »
Citação de: "Fábio G."
Sim a novidade dos Lynx é boa, fala da compra de 5 em que 2 destes serão para as fragatas que virão sobram 3 para as operações de apoio ou também os Lynx que operarem as fragatas podem dar esse apoio?


Não esquecer que para as 3 fragatas existentes deveriam existir 8 helis (2 por fragata mais 2 para treino/reserva). Além disso cada uma das "novas" fragatas pode levar 2 Lynx, pelo que os 5 não serão demais (pensando então que atribuem novamente 2 por unidade naval). É claro que nunca teremos as 5 fragatas activas em qualquer momento, ainda mais com 2 helis a bordo, pelo que a situação de existencia de helis para treino, manutenção, apoio, não se coloca.

Os helis das fragatas, desde que equipados para tal, podem dar o apoio necessário. Só é necessário um reparo como o dos HMA.8 ingleses a operar no Golfo, com uma Browning .50 na porta.
Um abraço,

André Carvalho
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #7 em: Maio 03, 2004, 02:45:25 pm »
Muito sinceramente não compreendo a notícia dos 5 Lynx.

Na LPM estão apenas previstos fundos para 2 helis ( no início eram 3 ).

Muito interessante. Vamos esperar mais desenvolvimentos.
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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Rui Elias

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« Responder #8 em: Maio 03, 2004, 02:49:11 pm »
A única explicação para isto é que a LPM permite programar uma série de aquisições a médio e longo prazo, e outras à parte saem directamente do Orçamento de Estado consignado à Defesa, na rubrica de compras.

Será possível isto?
 

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FFAP

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« Responder #9 em: Maio 03, 2004, 03:26:04 pm »
Quanto custa um Lynx??
   Talvez os 70 milhões de euros que se pouparam nos submarinos tenham passado para a compra de mais Lynx...
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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Rui Elias

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« Responder #10 em: Maio 03, 2004, 03:35:51 pm »
FFAP:

Talvez seja isso, mas acho que enquanto não se confirmar essa notícia é melhor não deitar foguetes.

Pessoalmente aquilo que se diz que se poupou nos submarinos deveria ser utilizado para o acelerar da construção dos NPO's.

Opções...
 

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FFAP

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« Responder #11 em: Maio 03, 2004, 03:50:03 pm »
Citação de: "Rui Elias"
FFAP:

Talvez seja isso, mas acho que enquanto não se confirmar essa notícia é melhor não deitar foguetes.

Pessoalmente aquilo que se diz que se poupou nos submarinos deveria ser utilizado para o acelerar da construção dos NPO's.

Opções...




   Caro Rui, eu disse "Talvez", ou seja, não tenho a certeza. Normalmente não deito foguetes, nunca dou nada como certo antes de ter confirmação oficial.
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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Fábio G.

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« Responder #12 em: Maio 03, 2004, 04:00:02 pm »
Ainda ninguém sabe o que foi "recortado" dos subs para essa poupança?
 

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emarques

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« Responder #13 em: Maio 03, 2004, 04:09:26 pm »
Eu continuo com a esperança de que o único corte tenha sido nos submarinos de substituição. Ou seja, aguentamos os Albacora mais uns tempos sem subs emprestados, e não temos que pagar tanto pelos novos.

Mas é provável que tenham cortado mais qualquer coisa.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Rui Elias

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« Responder #14 em: Maio 03, 2004, 04:15:29 pm »
Eu por mim, aguentar os Albacora (ou mesmo um só) durante mais 5 a 7 anos é um suicídio para a sua tripulação.

E um desprestígio para a nossa Armada.

Creio que o que se poupou, para alem disso (dos sub's de substituição), foi nos juros, já que o prazo do leasing foi encurtado.

Mas também não ponho de parte que os novos subs venham "amputados" de um sistema de armas que nos poderia tornar mais temíveis.

É pena que se continue nestas coisas com contas de mercearia.