França: O possível NÃO à Europa

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TOMKAT

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« Responder #15 em: Maio 30, 2005, 10:47:10 pm »
Pelo que tem sido dado a entender, uma das razões do NÃO francês é a perca de poder dentro da instituição UE. Comparativamente à situação actual, a França passaria a ter o mesmo poder na UE que a Polónia por exemplo (nº de população idêntico) e para o tradicional chauvinismo francês isso será difícil de aceitar, ainda por cima agora que parece haver uma invasão de mão de obra polaca em França e com a taxa de desemprego a subir, socialmente é difícil aceitar cedências ainda por cima com o fantasma turco a pairar no horizonte (pela lógica do novo tratado a Turquia com o dobro da população francesa, teria o dobro dos votos).
Talvez assim se compreenda também o SIM espanhol (sobem mais um degrau na escada do poder).
Mas isto é tudo informação dispersa o que pode induzir em erros o que me leva a perguntar porque não abrir um tópico para iniciar desde já a discussão sobre o referendo em Portugal? SIM ou NÃO?

Confesso-me muito mal informado sobre a futura Constituição Europeia.
Tudo o que sei é informação dispersa recolhida através da comunicação social e por princípio voto sempre NÃO numa coisa que não conheço.
Por exemplo pelo que sei Portugal passará a ter apenas uns míseros 2%
na relação de poder entre os países da UE. :(

Alguém melhor informado que abra o tópico.
Setembro está já aí ao virar da esquina.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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emarques

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« Responder #16 em: Maio 31, 2005, 05:20:18 pm »
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por princípio voto sempre NÃO numa coisa que não conheço

Não havia uma publicidade que dizia "Não negue à partida uma ciência que desconhece"? ;) Porque não dar uma vista de olhos ao documento antes de decidir? Também não é assim tão grande.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Dinivan

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« Responder #17 em: Maio 31, 2005, 06:17:22 pm »
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Confesso-me muito mal informado sobre a futura Constituição Europeia.
Tudo o que sei é informação dispersa recolhida através da comunicação social e por princípio voto sempre NÃO numa coisa que não conheço.


Eso tiene fácil remedio en http://europa.eu.int/constitution/index_pt.htm se encuentra el tratado constitucional. Aunque ahora ya no sé si vale la pena leerlo  :roll:

En cuanto a los votos, tu información es erronea, pues es precisamente con el tratado de Niza (que de no aprobarse la Constitución es el que seguirá vigente) aquel en el cual Francia ha perdido más peso, con 29 votos en el Consejo, contra los 27 de Polonia. Y si no recuerdo mal, y esto no se ha modificado (yo leí el proyecto de Constitución cuando aún no estaba formalmente terminado), la Constitución establece un sistema más democrático basado en el peso demográfico, así Alemania pasaba de tener un 9% del total de votos a un 17%, Francia de un 9 a un 12,2% y Polonia del 8,4% al 8%.
 

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papatango

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« Responder #18 em: Maio 31, 2005, 06:57:40 pm »
Com efeito, o tratado constitucional, dá mais força a paises como a França e a Alemanha, a Itália ou o Reino Unido, deixa mais ou menos na mesma países como a Polonia e a Espanha, afecta um ppouco a Holanda, e retira peso a todos os restantes paises.

Quanto à rejeição daquilo que se desconhece, há uma diferença entre não rejeitar o que não se conhece, e aceitar aquilo que não se conhece, sem perguntar.

É apenas uma mera medida de percaução, rejeitar aquilo que não conhecemos.

São as pessoas que nos querem vender o Tratado Contitucional, que têm que nos demonstrar que ele é bom.

Até ao momento, têm feito um trabalho desastroso.

Quando tentamos começar a ler alguma cois, o texto está de tal forma tão mal escrito, com referências aos principios, sem explicar o que eles querem dizer, e referência (comum na lingua advogadesa, o advogadêz) de uns artigos a outros, sem a colocação de um link que abra numa nova página, que eu até tenho a impressõa que os sites da U.E. são feitos pela senhora da limpeza lá do sitio.

No conjunto, o tratado é confuso. Mesmo que não estivesse tremendamente mal explicado, continuaria a ser confuso. Mas acima de tudo, o principal problema é que ele permite no futuro tantas interpretações, que quase parece que estamos a assinar a "constituição" de um futuro país, quiçá de um futuro império, de onde não se pode sair, sem um referendo em que todos os europeus têm que votar para permitir a saída. Afinal, se se estabelece um Estado, baseado na cidadania europeia, é legítimo que no futuro, com uma interpretaçãozinha mais favorável, paga a uns juizes de Bruxelas, tudo possa ser alterado.

Eu cá por mim, de impérios acho que o mundo já tem a sua conta.

A França deu um contributo higiénico à Europa. Não se pode aceitar a construção de uma "coisa" que ninguém sabe para onde vai, nem quem a acabará por controlar.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMKAT

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« Responder #19 em: Maio 31, 2005, 06:59:43 pm »
Citação de: "emarques"
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por princípio voto sempre NÃO numa coisa que não conheço
Não havia uma publicidade que dizia "Não negue à partida uma ciência que desconhece"? ;) Porque não dar uma vista de olhos ao documento antes de decidir? Também não é assim tão grande.


emarques na publicidade dá-se mais importância à apresentação do produto que ao produto em si e um tratado constitucional não é própriamente uma ciência. :G-Ok:
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