Irão

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« Responder #120 em: Março 23, 2007, 04:19:20 pm »
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IRÃO Irão: 15 marinheiros e fuzileiros britânicos retidos por forças iranianas

Londres, 23 Mar (Lusa) - Quinze elementos da marinha britânica que efectuavam a inspecção a um navio mercante em águas territoriais iraquianas foram hoje retidos por navios do Irão, segundo um comunicado do Ministério da Defesa do Reino Unido.

      Os britânicos estavam a participar numa operação de rotina, embarcando em navios mercantes em águas territoriais iraquianas, quando foram retidos por navios da marinha iraniana.

      Os marinheiros e os fuzileiros tinham completado com êxito a inspecção de um navio quando o grupo e os dois navios foram cercados, refere a estação britânica Sky News.

      O Governo britânico exige "o regresso imediato do seu pessoal, são e salvo, e do seu equipamento", refere o texto.

      O documento adianta que foram iniciadas com carácter de "urgência" discussões ao mais alto nível com as autoridades iranianas.

      A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Margaret Beckett, chamou o embaixador iraniano em Londres, segundo o comunicado.

       
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« Responder #121 em: Março 23, 2007, 04:30:18 pm »
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Reino Unido: Militares britânicos foram detidos em águas iraquianas - Oficial

Londres, 23 Mar (Lusa) - As autoridades britânicas e norte- americanas insistem que os 15 marinheiros e fuzileiros britânicos que foram detidos esta manhã por tropas iranianas estavam em águas territoriais iraquianas, pelo que o incidente "só pode ser um erro táctico".

      Os militares estavam a efectuar uma inspecção de rotina a um navio mercante quando, de acordo com relatos da marinha britânica, foram interceptados por um navio militar iraniano, que os deteve e escoltou para a costa do Irão.

      Apesar de ainda não haver qualquer declaração ou explicação oficial por parte do governo iraniano, as tropas aliadas na região garantem ter recebido garantias de que os militares estão bem e que não foi utilizada qualquer violência na operação.

      O comandante do navio HMS Cornualha, de onde saíram as duas embarcações britânicas em que estavam os militares, afirmou já, no entanto, que é "urgente resolver o assunto porque, com toda a certeza, este incidente aconteceu em águas territoriais iraquianas e como tal não tem sentido".

      Nick Lambert, que falou ao correspondente da BBC destacado no próprio navio ao largo do Iraque, disse também esperar "que tudo acabe rapidamente e que o Irão reconheça que houve um mal-entendido".

      "Só pode ser um erro táctico", afirmou Lambert, que reconheceu que os iranianos poderão ter julgado que a posição em que estavam estacionados os barcos ingleses era parte do território do seu país.

      O porta-voz da marinha norte-americana na zona, Kevin Aadah, negou também esta possibilidade, confirmando que "há certeza absoluta que os nossos [aliados] militares estavam no Iraque".

      O comandante fez estas declarações à comunicação social inglesa como forma de tranquilizar os familiares dos soldados detidos.

      "Nós monitorizámos toda a situação e sabemos que não foi utilizada violência, ou seja, eles foram detidos sem tiros nem força. Os militares britânicos podiam ter reagido, mas tiveram o bom senso de não o fazer, respondendo com muita calma à situação", explicou Aadah.

      O embaixador do Irão em Londres, Rasoul Movahedian, já respondeu, entretanto, à chamada da ministra dos Negócios Estrangeiros, Margaret Beckett, comparecendo no ministério para debater o caso com os oficiais britânicos.

      A reunião durou apenas 25 minutos, de qualquer forma, e Movahedian saiu sem prestar quaisquer declarações às dezenas de jornalistas que esperavam para ouvir a posição oficial do Irão.

      Por parte do governo britânico, a única posição oficial assumida até este momento está patente num comunicado, em que se garante que o executivo "está a tratar deste assunto com carácter de urgência com as autoridades iranianas, ao mais alto nível".

      O documento deixa também claro que "as autoridades britânicas exigem a libertação imediata e o regresso seguro dos militares, bem como do respectivo equipamento".

      A identidade dos soldados detidos ainda não foi revelada, mas as Forças Armadas inglesas criaram já uma linha especial de telefone para que todos os familiares de soldados destacados no Iraque possam receber informações sobre o incidente.

      Os dois barcos britânicos apreendidos pelos iranianos estão normalmente na zona para monitorizar o comércio de petróleo, mas neste caso concreto, de acordo com alguns relatos das televisões inglesas, estavam a investigar um possível caso de tráfico de automóveis.

      Este incidente entre tropas do Reino Unido e do Irão já tem precedentes, já que em 2004 um grupo de oito soldados britânicos foi também detido por tropas iranianas na fronteira com o Iraque.

      Os militares estiveram três dias em território iraniano, foram sujeitos a uma simulação de execução e só foram libertados depois de fazerem um pedido de desculpas público, filmado e transmitido na televisão iraniana.
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« Responder #122 em: Março 23, 2007, 09:21:33 pm »
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Reino-Unido: Marinheiros britânicos entraram ilegalmente - Irão

Teerão, 23 Mar (Lusa) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou que os marinheiros britânicos capturados hoje "entraram ilegalmente nas águas territoriais iranianas", noticiou a televisão do Estado.

      "A encarregada de negócios britânica, Kate Smith, foi convocada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para lhe ser transmitido o firme protesto do Irão contra a entrada ilegal de marinheiros britânicos nas águas territoriais iranianas", afirma o Ministério num comunicado.

      "Por diversas vezes os marinheiros britânicos entraram ilegalmente nas águas territoriais iranianas em Arvandroud (Chat al- Arab, rio fronteiriço entre o Irão e o Iraque)", declarou Ebrahim Rahimpor, director do Departamento Europa Ocidental no Ministério, acrescenta o comunicado.

      "Eles foram detidos pelos guardas de fronteira para investigação e exame", acrescentou sem precisar o número de marinheiros detidos hoje.

      O diplomata iraniano pediu "explicações imediatas a Londres a propósito da violação das águas territoriais iranianas e insistiu na necessidade de que isso não volte a acontecer", de acordo com o comunicado.

      Londres exigiu hoje à noite o regresso imediato dos 15 marinheiros britânicos capturados assim como uma "explicação completa" de Teerão sobre este incidente. Segundo o Ministério da Defesa, os marinheiros foram capturados nas águas territoriais iraquianas.

      Em Washington, a Casa Branca disse que seguia "atentamente" a situação e assegurou que os marinheiros britânicos se encontravam em águas territoriais iraquianas.

      "Nós seguimos atentamente a situação", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow.

      "Nesta fase, o que fazemos é continuar em contacto com os britânicos", disse.

      Este incidente ocorre numa altura em que o Conselho de Segurança da ONU trabalha em novas sanções contra o Irão pela sua recusa de suspender o enriquecimento de urânio e num clima de acusações contra as interferências do Irão no vizinho Iraque.

      No clima de crispação entre a República Islâmica e os Estados Unidos, o presidente norte-americano, George W. Bush, acaba de enviar um segundo porta-aviões para aquela zona eminentemente estratégica do Golfo como demonstração de força.

      Ao fim do dia, Teerão anunciou que o presidente Mahmud Ahmadinejad já não irá a Nova Iorque para participar na reunião do Conselho de Segurança sobre o nuclear iraniano por causa do atraso na atribuição de vistos pelos Estados Unidos.
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« Responder #123 em: Março 24, 2007, 12:27:46 pm »
"Marines" britânicos transferidos para Teerão

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Os 15 "marines" britânicos detidos ontem no Golfo Pérsico pelas forças iranianas foram hoje transferidos para Teerão, avançou a agência iraniana Fars.

Os militares foram ontem detidos quando efectuavam uma patrulha de rotina, que, segundo o Reino Unido, decorria em águas territoriais iraquianas. De acordo com a descrição britânica, os militares tinham abandonado a sua fragata e estavam numa operação de busca de contrabando, quando barcos iranianos se aproximaram. Os homens foram levados com armas apontadas.

As águas do Norte do Golfo Pérsico são cruciais para o Iraque e o Irão. O canal Shatt al-Arab é disputado pelos dois países - trata-se de uma passagem estratégica, por onde corre grande parte do petróleo exportado no mundo, e cujo controlo foi dado ao Irão em 1935.

A notícia da detenção dos soldados produziu um forte impacto nos mercados internacionais e fez com que a cotação do petróleo subisse para níveis que não eram alcançados desde Novembro.

O Irão é um país determinante no mercado do petróleo. Para além de deter as segundas maiores reservas do mundo, controla, com o Omã, o estreito de Ormuz, por onde passa um terço do ouro negro do mundo.

Já em 2004, seis marines e dois marinheiros britânicos tinham sido capturados pelo Irão naquele canal. Ingleses e iranianos têm relações diplomáticas, mas este incidente ocorre num momento em que as tensões estão exacerbadas na região: o Conselho de Segurança das Nações Unidas pode votar hoje novas sanções contra o Irão por causa do programa nuclear.

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« Responder #124 em: Março 24, 2007, 07:30:46 pm »
Irão: Britânicos "confessaram" ter violado águas territoriais - fonte iraniana

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Teerão, 24 Mar (Lusa) - Os marinheiros britânicos capturados sexta-feira pelo Irão "confessaram" ter entrado ilegalmente nas suas águas territoriais, afirmou hoje o general iraniano Alireza Afshar, um alto responsável militar, citado pela agência oficiosa Fars.

"Actualmente, estão a ser interrogados e já confessaram ter violado deliberadamente as águas territoriais da República Islâmica", declarou Afshar, responsável das relações públicas do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas.

Entrevistado também pela cadeia de televisão iraniana em língua árabe Al-Alam, acrescentou haver provas de que os britânicos foram detidos em águas territoriais iranianas.

"Temos provas que demonstram que eles foram detidos nas nossas águas territoriais. Eles confessaram e reconheceram ter cometido uma falta", acrescentou.

O general Afshar acusou as forças britânicas de procurarem "criar um clima de perturbação apesar de o Irão pretender um ambiente de calma e estabilidade na região, numa altura em que vai ser votada uma resolução contra o Irão" pelo Conselho de segurança da ONU.

"As nossas forças estão totalmente prontas para defender as nossas fronteiras e temos capacidade suficiente para assegurar a defesa do país", prosseguiu.

"Os interrogatórios dos marinheiros britânicos prosseguem para se conhecer o seu verdadeiro objectivo", precisou.

De acordo com a agência Fars, os militares britânicos foram transferidos já para Teerão.

"O Irão condena firmemente a entrada ilegal das forças britânicas nas suas águas territoriais, porque se trata de uma acção suspeita e contrária às regras internacionais", declarou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Ali Hosseini, citado pela agência Isna.

"Os militares britânicos retidos pelo Irão sabiam muito bem que se encontravam nas nossas águas territoriais, o que de resto é perfeitamente demonstrado pelos seus instrumentos geográficos", afirmou por seu turno um alto responsável citado pela agência oficiosa iraniana Fars.

"Para além das explicações fornecidas pelos marinheiros britânicos, os instrumentos de registo de dados geográficos que existem nos barcos apresados mostram que entraram conscientemente nas águas territoriais iranianas e ali permaneceram", declarou esse responsável, sob anonimato.

"A nossa guarda costeira limitou-se a cumprir o seu dever" detendo-os, acrescentou.

O responsável iraniano pediu às autoridades britânicas para aconselharem os seus militares "a que respeitem as regras internacionais e que prestem maior atenção aos seus instrumentos geográficos".

As autoridades britânicas afirmam que os marinheiros foram capturados por navios iranianos em águas territoriais iraquianas quando se preparavam para inspeccionar um navio comercial, ao abrigo da resolução da ONU que autoriza a presença da Força multinacional no Iraque.

A agência Fars precisa que entre os 15 militares britânicos se encontra uma mulher.

JMS.

Lusa/Fim
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« Responder #125 em: Março 24, 2007, 11:28:25 pm »
Irão: ONU agrava as sanções contra Teerão

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Nações Unidas, Nova Iorque, 24 Mar (Lusa) - O Conselho de segurança da ONU impôs hoje novas sanções económicas e comerciais contra o Irão, face à recusa deste país de suspender as actividades nucleares sensíveis, numa resolução que os dirigentes iranianos tinham antecipadamente rejeitado.

O texto foi adoptado por unanimidade dos 15 membros do Conselho de Segurança, com esperavam os países europeus co-autores do texto.

As novas sanções, contidas na resolução 1747, agravam as já infligidas ao Irão na resolução 1737, de 23 de Dezembro de 2006, por não ter suspenso as suas actividades de enriquecimento e tratamento de urânio, como exigido pela comunidade internacional.

Teerão ignorara já esta resolução, acelerando as suas operações de enriquecimento, conforme constatou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que manifestara o desejo de assistir à votação, renunciou na sexta-feira a essa pretensão, argumentando com um atraso na atribuição de vistos pelos Estados Unidos.

Washington desmentiu estar na origem de qualquer atraso na na passagem de vistos à delegação iraniana.

A nova resolução 1747, sobre a qual os cinco países com direito a veto no Conselho (China, Estados Unidos, França, Grã- Bretanha e Rússia) e a Alemanha estavam já de acordo desde 15 de Março, prevê um embargo sobre as compras de armas ao Irão e restrições voluntárias às vendas de armas ao país.

Contém também restrições financeiras e comerciais, bem como sobre as deslocações de algumas personalidades iranianas ligadas ao programa nuclear.

Inclui em anexo um sumário das propostas económicas e diplomáticas apresentadas a Teerão em Junho pelos europeus, para convencer os líderes iranianos a suspenderem o processo de enriquecimento de urânio.

Tal como a anterior, a resolução 1747 invoca o artigo 41 da Carta da ONU, que autoriza sanções económicas e comerciais, mas exclui o uso da força.

O Irão garante que o seu programa nuclear se destina unicamente a fins civis, mas a comunidade internacional suspeita que Teerão procura dotar-se da arma atómica.

O guia supremo da República islâmica, o ayatollah Ali Khamenei, e o presidente Ahmadinejad repetiram nos últimos dias que a nova resolução e novas sanções não farão vergar o Irão.

Em Washington, os Estados Unidos consideraram que estas novas sanções contra o Irão eram prova da "recusa internacional" da República islâmica e deixariam ainda mais isolado do que já estava.

As sanções "são prova de uma recusa internacional", que "isola o Irão mais que nunca", declarou Nicholas Burns, número três da secretaria de Estado.

RP.

Lusa/Fim
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« Responder #126 em: Março 25, 2007, 09:09:01 pm »
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Exclusive: Iranians Had Showdown With U.S. Forces

By Anna Mulrine

Posted 3/23/07

As the British government demanded the immediate release of 15 of its sailors whose boats were seized by Iranian naval vessels in the Persian Gulf on Friday, U.S. News has learned that this is not the first showdown that coalition forces have had with the Iranian military.

According to a U.S. Army report out of Iraq obtained by U.S. News, American troops, acting as advisers for Iraqi border guards, were recently surrounded and attacked by a larger unit of Iranian soldiers, well within the border of Iraq.

The report highlights the details: A platoon of Iranian soldiers on the Iraqi side of the border fired rocket-propelled grenades and used small arms against a joint patrol of U.S. and Iraqi soldiers east of Balad Ruz. Four Iraqi Army soldiers, one interpreter, and one Iraqi border policeman remain unaccounted for after the September incident in eastern Diyala, 75 miles east of Baghdad.

During a joint border patrol, both American and Iraqi soldiers saw two Iranian soldiers run from Iraq back across the Iranian border as they approached. The patrol then came upon a single Iranian soldier, on the Iraqi side of the border, who did not flee.

While the joint U.S.-Iraqi patrol was speaking with the soldier, according to the report, the patrol was "approached by a platoon-size element of Iranian soldiers." An Iranian border captain then told the U.S. and Iraqi soldiers that "if they tried to leave their location, the Iranians would fire upon them." During this conversation with the Iranian captain, Iranian forces began firing and continued when U.S. troops tried to withdraw.
Iraqi and American forces returned fire "to break contact and left the area to report the incident," the report noted. "The Iranian forces continued to fire indirect fire well into Iraq as Coalition Force soldiers withdrew; for reasons unknown at this time, the Iraqi Army forces remained behind."
No American soldiers were wounded in the incident.

It is possible that Iranians thought they were in Iranian territory, according to U.S. military officials. Such border confusions and disputes happen routinely.

In the British naval incident on Friday, Iran claimed it seized the vessels because they were in its territorial waters. U.S. military officials tell U.S. News that the Iranian forces very likely belong to the Iranian Revolutionary Guards, which tend to be far more aggressive than regular Iranian naval forces, which U.S. military officials routinely describe as "extremely professional."

Iranian and Iraqi forces continue to clash in Iraq. U.S. special operations forces have been tasked with nabbing Iranian members of the Revolutionary Guards' al-Quds Brigade, the foreign operations arm of the Iranian military, which also supports Hezbollah in Lebanon and Hamas in the Palestinian territories.

U.S. forces grabbed six Iranians with alleged ties to the Iranian Revolutionary Guards in the northern Iraqi city of Arbil in January, reportedly using stun bombs, seizing computers, and taking down an Iranian flag from the raided building's roof. Iran said the building was a consulate and the men were diplomats–and continues to demand their release. One of Iraq's most powerful Shiite politicians condemned the raid, calling it an attack on Iraq's sovereignty.

American forces may soon be getting further insight into recent Iranian attacks. Earlier this month, a former Iranian deputy defense minister who once commanded the Revolutionary Guards–and is thought to have considerable knowledge of Iran's national security network–left the country and is said to be cooperating with western intelligence agencies, sharing information on links between Iran and Hezbollah in south Lebanon, for example. Iranian officials said the official, Ali Rez Asgari, was kidnapped by western agents.

Shortly afterward, Iran threatened to retaliate in Europe for the supposed kidnapping, what it claims to be the most recent in a series of abductions in the past three months. According to the British Sunday Times, in the Revolutionary Guards' weekly newspaper this week, a columnist believed to have close ties to Iranian President Mahmoud Ahmadinejad wrote: "We've got the ability to capture a nice bunch of blue-eyed, blond-haired officers and feed them to our fighting cocks. Iran has enough people who can reach the heart of Europe and kidnap Americans and Israelis."


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« Responder #127 em: Março 26, 2007, 10:54:16 am »
Iranianos ameaçam julgar militares britânicos como espiões

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Os 15 militares britânicos capturados na sexta-feira pelas forças iranianas, no canal de Shatt al-Arab, entre o Irão e o Iraque, poderãom vir a ser julgados como espiões, noticiou ontem o semanário Sunday Times.

Esse é o desejo dos estudantes do grupo paramilitar Basij, ligado ao Presidente iraniano, Mahmud Amadinejad, caso venha a ser provado que houve uma entrada ilegal deliberada em território do Irão. O castigo máximo para o crime de espionagem é a pena de morte.

Os oito marinheiros e sete fuzileiros, entre os quais uma mulher, foram presos por elementos dos Guardas da Revolução do Irão, sob a acusação de terem entrado ilegalmente em águas territoriais iranianas.

O Governo britânico negou de imediato as acusações e, ontem, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, David Triesman, disse que o Reino Unido nada sabe sobre o paradeiro dos 15 militares.

O primeiro-ministro britânico considerou, por sua vez, que aquelas detenções foram "injustificadas". Tony Blair, que falava em Berlim, disse que "quanto mais rápido for resolvida a questão [com o Irão] melhor será para toda a gente".

Londres exige explicações, depois de terem surgido informações sobre uma transferência dos militares para Teerão, a capital, no sentido de serem interrogados e de explicarem a sua "acção agressiva".

O objectivo final dos iranianos, adiantou o Al-Sharq Al-Awat, jornal sunita com sede em Londres, será trocar os 15 britânicos pelos cinco Guardas da Revolução que foram capturados, no início do ano, pelas tropas dos EUA, no Iraque.

A juntar a este diferendo estão as críticas do Irão à renovação das sanções impostas pelas Nações Unidas, devido ao enriquecimento de urânio, uma decisão adoptada no sábado à noite, de forma unânime, pelo Conselho de Segurança. *Com agências

DN
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« Responder #128 em: Março 27, 2007, 07:39:11 pm »
Irão: Espionagem militar russa suspeita que EUA estão a preparar guerra

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Moscovo, 27 Mar (Lusa) - As tropas norte-americanas na região do Golfo Pérsico têm vindo a aumentar de actividade nos últimos tempos, escreve hoje a agência RIA-Novosti citando "uma fonte altamente colocada" da Direcção Principal de Reconhecimento (espionagem militar russa).

"Nos últimos tempos, os serviços de reconhecimento militar receberam dados que testemunham o aumento da preparação das forças armadas dos Estados Unidos para a realização de uma operação tanto aérea, como terrestre contra o Irão", declarou a fonte.

"O Pentágono procura o plano mais aceitável para desferir um golpe contra o Irão, que permita aos americanas, com o mínimo de baixas, pôr esse país de joelhos", acrescentou, sublinhando, no entanto, que os Estados Unidos ainda não definiram as datas da operação.

A este propósito, o general na reserva Leonid Ivachov, vice- presidente da Academia de Ciências Geopolíticas da Rússia, lembra "o facto de, em Março, o Congresso dos Estados Unidos ter retirado a sua emenda que proíbe ao presidente atacar o Irão sem a sanção do Congresso como uma prova a favor da preparação de uma acção agressiva contra o Irão".

"Não tenho dúvidas de que terá lugar uma operação, ou, mais precisamente, uma acção agressiva contra o Irão", conclui o general Ivachov.

A RIA-Novosti chama a atenção para o facto de perto da costa do Irão se encontrarem dois porta-aviões: USS Dwight D.Eisenhower e USS Stennis.

A agência noticiosa russa ITAR-TASS, sublinha, por seu lado, que as tropas norte-americanas deram início hoje a manobras militares, acrescentando que "é a primeira vez desde 2003, quando foi lançado o ataque contra o Iraque, que se concentrou na região um grupo de tropas ofensivas tão forte: dois porta-aviões, mais de cem aviões, cruzadores e navios de apoio".

"As manobras têm lugar em águas neutras, mas perto da costa do Irão", escreve ainda a agência russa, acrescentando que contam com a participação de 10 mil militares, que treinam ataques, com o emprego de vasos de guerra e submarinos, contra o presumível adversário".

JM.

Lusa/fim
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« Responder #129 em: Março 28, 2007, 04:11:02 pm »
Londres suspende contactos com Irão

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O Governo britânico decidiu suspender esta quarta-feira todos os contactos diplomáticos com o Irão até serem libertados os 15 marinheiros britânicos detidos em Teerão.
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Margaret Beckett, afirmou que o Reino Unido espera a libertação dos marinheiros e reitera que estes se encontravam em águas territoriais iraquianas. Ainda antes, o ministro da Defesa do governo de Blair tinha divulgado fotografias de satélite, que poderiam demonstrar que aqueles não estavam em águas iranianas.

Por seu turno, as autoridades iranianas defendem que os marinheiros tinham entrado nas suas águas cerca de meio quilómetro. O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano revelou que a militar será libertada ainda esta quarta-feira ou quinta-feira. Esta é a única mulher do grupo.

Tony Blair, primeiro-ministro britânico, tinha anunciado que poderia suspender as negociações.

Correio da Manha
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« Responder #130 em: Março 30, 2007, 10:44:54 pm »
EUA poderão lançar ataque ao Irão em Abril

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As forças armadas norte-americanas terminaram a preparação prática para uma possível operação militar contra o Irão, escreve esta sexta-feira a agência RIA-Novosti, citando fontes dos serviços de segurança russos, noticia a Lusa.

Segundo as fontes, que se baseiam em dados dos serviços militares de reconhecimento russos, «o comando norte- americano estará pronto para lançar o ataque na primeira metade de Abril, embora a decisão sobre o início da operação militar deva ser tomada pela direcção política norte- americana».

Ainda de acordo com a agência, sempre citando as mesmas fontes que não identificam, os Estados Unidos treinaram o plano de operação durante as manobras militares que estão a decorrer na região, tendo definido o rol de objectivos possíveis no território iraniano.

O sítio electrónico Debka, próximo dos serviços de espionagem israelitas, é mais preciso e, citando igualmente «fontes na espionagem russa», diz que o ataque terá lugar a «6 de Abril às quatro horas da manhã (hora local)».

Nome de código: operação «dentada»

Segundo este jornal on-line, a operação terá o nome de código «Dentada» e demorará mais de 12 horas.

Durante esse período, planeia-se desferir ataques em massa de mísseis e bombas a partir do ar contra objectivos nucleares do Irão.

De acordo com o jornal israelita, não está prevista uma invasão terrestre.

O objectivo da operação é «fazer atrasar uns anos o programa nuclear da República Islâmica».

«O mais certo é que não haja invasão terrestre, mas ataques maciços a partir do ar para anular o potencial militar de resistência, destruir os centros de comando administrativo, alvos económicos fundamentais e, possivelmente, a direcção ou parte da direcção do Irão».

Segundo a RIA-Novosti, no Golfo Pérsico, os Estados Unidos concentraram um grupo de porta-aviões sob o comando do porta-aviões «Dwight D. Eisenhower», acompanhado pelo barco de guerra "Anzio".

O segundo grupo de porta-aviões, sob o comando do porta-aviões "Stennis" encontra-se no Norte do Mar Arábico.

Na região do Golfo Pérsico encontram-se também três grupos operativos".

PortugalDiário
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« Responder #131 em: Março 31, 2007, 04:17:06 am »
Ou os russos são estúpidos ou querem fazer-nos estúpidos. Não percebo o sentido destas tentativas de desestabilização sem nexo.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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papatango

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« Responder #132 em: Março 31, 2007, 03:16:56 pm »
Não creio que seja uma tentativa de desestabilizaçõa sem nexo.

Aliás os iranianos acreditam neste tipo de coisas, e é principalmente por acreditarem, que optaram por "caçar" os 15 ingleses que andavam a policiar a região do Chat-Al-Arab.

Faz parte da tradição da região do golfo a utilização de reféns para negociar.

Os guardas revolucionários utilizaram os reféns da embaixada americana, para garantirem que não havia intervenção americana durante mais de uma ano, para assim garantirem o dominio do país.

No líbano os Xiitas do Hezbollah raptam soldados de Israel para fazerem chantagem.

O rapto, é normalmente considerado uma arma de guerra legítima naquela região do globo.

E se é uma arma de guerra preventiva, os iranianos estão a utiliza-la por alguma razão, e a razão é simples:

Medo.

O comportamento dos dirigentes iranianos, faz-me lembrar o ditado popular: "Cão que ladra..."

E é sempre complicado lidar com um regime que tem medo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #133 em: Março 31, 2007, 09:44:54 pm »
Citação de: "Correio da Manhã"
Captura dos militares britânicos foi planeada
(2007-03-31 - 20:07:00)
O Conselho Nacional da resistência iraniana afirmou este sábado que a captura dos 15 marinheiros britânicos, no passado dia 22, foi uma operação planeada pelos Guardas da Revolução islâmica.

De acordo com um comunicado do grupo da oposição ao regime iraniano, esta operação teve como objectivo “obter concessões da comunidade internacional e desviar a atenção do seu programa nuclear”.

O Conselho Nacional da resistência iraniana referiu ainda que a operação foi realizada por uma unidade das forças navais dos Guarda da Revolução, o Exército de elite do regime iraniano, sob a direcção do contra-almirante Rashid Hosseini.

Barroso manifesta solidariedade com Reino Unido

O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, manifestou este sábado “total solidariedade” com o Reino Unido e com os marinheiros detidos pelas autoridades iranianas, exigindo a libertação “sem demora” dos militares.

“A Comissão Europeia apoia fortemente as conclusões da recente reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Presidência da União Europeia, no sentido da libertação imediatas desses militares, detidos em nossa opinião sem demora”, declarou Durão Barroso.

Recorde-se que ontem, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros pediram a Teerão que libertasse de imediato os militares britânicos, considerando a captura dos marinheiros como “uma violação do direito internacional”.

Teerão considera apoio europeu irracional

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou “irracional” o apoio dado pela União Europeia (UE) ao Reino Unido, segundo a agência noticiosa Fars.

Teerão rejeitou a parcialidade manifestada pela União Europeia, apelando aos Estados-membros que se abstenham de atitudes impulsivas e irresponsáveis.

fonte: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=236746&idselect=21&idCanal=21&p=200

Citação de: "Correio da Manhã"
O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, manifestou este sábado “total solidariedade” com o Reino Unido e com os marinheiros detidos pelas autoridades iranianas, exigindo a libertação “sem demora” dos militares.

O Sr. Barroso nem aos norte-americanos conseguiu exigir um novo acordo sobre a utilização das Lajes, e agora vem exigir aos iranianos a libertação dos soldados britânicos? Ui, ui. Tinha-nos dado jeito, que ele tivesse desenvolvido estes tomates quanto estava cá.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Mar Verde

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« Responder #134 em: Abril 01, 2007, 09:30:23 pm »
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Estratégia e tragédia
Os governantes iranianos não devem ter ilusões: uma “guerra de atrito” centrada num bloqueio comercial do Golfo seria suicídio político.

Fernando Gabriel

A detenção de quinze soldados britânicos pela Guarda Revolucionária Iraniana em 23 de Março é um momento de visibilidade da “guerra escondida” em curso no Golfo Pérsico, mas longe de se tratar de uma demonstração de força, os motivos prováveis do rapto e a reacção subsequente constituem uma prova de fragilidade política e diplomática do regime persa.

Na véspera da reunião do Conselho de Segurança da ONU, que aprovou por unanimidade novas sanções económicas a aplicar ao Irão, o governo de Teerão pretendeu por antecipação sinalizar disposição e capacidade para bloquear o estreito de Ormuz, caso a pressão política internacional se intensifique. O estreito tem importância geopolítica vital: dos 2/3 do comércio petrolífero mundial transportado por via marítima, mais de 40% passa pelo estreito de Ormuz.

No entanto a ameaça não é credível. Existem alternativas de transporte e o Irão depende crucialmente do comércio internacional de combustíveis: a capacidade de refinação iraniana satisfaz apenas 60% da procura doméstica. O resto é petróleo exportado em bruto e importado sob a forma de combustível refinado. Claro que as alternativas ao estreito de Ormuz são mais caras e menos eficientes, mas os governantes iranianos não devem ter  ilusões: uma “guerra de atrito” centrada num bloqueio comercial do Golfo seria suicídio político, pelo provável embargo ocidental às importações iranianas de combustíveis.

Outra hipótese é que os soldados britânicos sejam um meio de troca contra a libertação de cinco iranianos capturados pelos americanos no Iraque. Nos últimos dias a hipótese tem sido mencionada em conjunção com o alegado “rapto” em Istambul do ex-ministro da Defesa iraniano, Ali Reza Asghari. Note-se que os iranianos detidos no Curdistão eram portadores de documentos diplomáticos – uma cobertura habitualmente usada pelo Irão para proteger agentes envolvidos em missões “sensíveis”. As indicações disponíveis sugerem também que Ashgari terá desertado e estará a colaborar voluntariamente com as autoridades americanas. O Governo de Teerão está interessado em silenciá-lo, por recear que Ashgari forneça informações vitais sobre a capacidade militar iraniana e sobre as ligações do Irão ao Hezbollah e a grupos jihadistas palestinianos. Pressionado pela Liga Árabe, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano sugeriu que  o sequestro poderia terminar se os britânicos “admitissem” a suposta violação territorial. Trata-se de um recuo evidente e do reconhecimento implícito que o rapto não está a produzir os resultados antecipados.

A sobrevivência do regime islâmico iraniano depende crucialmente da concretização das ambições de projecção imperial, mas ao prosseguir essas intimações geopolíticas poderão apressar a queda do regime. Essa é a natureza da tragédia política persa.

A passagem de exportador a importador líquido de combustíveis do Irão no prazo de uma a duas décadas é a semente do expansionismo: um dos benefícios que Teerão antecipa do caos iraquiano é o controlo dos campos petrolíferos nas províncias de Maysan e Basra, as áreas do Iraque de maior influência xhiita.

À medida que o imperialismo persa se torna mais evidente, até os aliados começam a pensar seriamente em cortar as asas da ambição a Ahmadinejad. A pretexto de atrasos nos pagamentos, Putin provocou a paragem da construção do reactor nuclear de Bushehr e ordenou a retirada imediata dos técnicos russos. Na verdade, a determinação americana em prosseguir com a instalação de um sistema de mísseis anti-balísticos na Europa ocidental foi decisiva. Putin deseja manter a influência política russa sobre a Europa de leste; confrontado com um sistema anti-mísseis que pretende evitar, mas cuja instalação é justificada como defesa contra os mísseis iranianos, não hesitará em sacrificar o apoio a Teerão. Em vez de hipotéticos mestres, os Ayatolahs começam a perceber que têm apenas um valor instrumental no xadrez geopolítico global. Na magistral biografia de Estaline, Simon Sebag-Montefiore descreve a determinação impiedosa com que o ditador soviético confiscou propriedade e produção agrícola  no início dos anos 30. Estima-se que a “campanha de industrialização” estalinista terá  causado a morte à fome de quatro a dez milhões de soviéticos -uma tragédia numa escala sem precedentes. Apesar dos tímidos protestos do Politburo ucraniano, chocados pelos comboios atulhados de cadáveres que chegavam a Kiev, Estaline e os líderes bolcheviques permaneceram indiferentes à tragédia. Estaline explicou a Beria a necessidade da indiferença: os bolchevistas eram uma espécie de ordem militar e religiosa, dispostos a matar e morrer em nome da fé no “progresso inevitável”.

Apesar das analogias frequentemente estabelecidas entre as revoluções bolchevique e islâmica (Sebag-Montefiore atribui a determinação de Estaline a um fanatismo “quasi-islâmico”) parece faltar aos Ayatolahs a capacidade de impor o martírio de que deram provas nos primeiros anos. Ahmadinejad terá sido um dos responsáveis pelo célebre sequestro de reféns na Embaixada americana de Teerão, em Novembro de 1979. Nesse mês, o preço médio do barril atingiu os 38 dólares – o equivalente actual a 100 dólares. Veremos durante quantos dias estarão detidos os soldados britânicos e qual o impacto sobre o preço do petróleo. Serão bons indicadores da determinação e influência persa nos dias de hoje.
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Fernando Gabriel, Doutorando do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica


http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 11720.html