É melhor ter os pés na terra.
O Su-35-xpto é sempre o mesmo avião.
O Su-30 é um Su-27-MLU. O Su-35, é um Su-27-MLU(III).
Os próprios russos têm, ou pelo menos aparentam ter, ideias próprias sobre o futuro, que não passam necessariamente por aí.
A autonomia das aeronaves russas, é importante, sem dúvida, mas outras aeronaves também têm autonomia e capacidades interessantes.
Além do mais, quando aos sistemas e radares russos, é preciso pensar sempre duas vezes, porque eles nem sequer fazem as medições dos alcances da mesma forma. Os números ocidentais são normalmente muito mais conservadores.
Os russos apontam os numeros possíveis que em condições excepcionais podem ser atingidos.
Os ocidentais, por seu lado apresentam sempre os números garantidos e não os números possíveis.
Um dos casos mais conhecidos é o do alcance dos mísseis ESSM.
Se os russos vendessem o sistema afirmariam que o alcance máximo é de 50 a 60km. Já o fabricante norte-americano afirma que o alcance é inferior a 20km.
Isto só para concluir que acho que as aeronaves russas não podem ser colocadas no mesmo campeonato, porque são medidas por uma bitola diferente.
De resto, o Brasil vai ter sempre problemas com autorizações para a utilização de tecnologias mais recentes. Os russos também têm restrições à exportação de tecnologia (vide os casos com os indianos).
Os atrasos e indecições do FX e FX-2 são o resultado do que parece ser uma interminável discussão bizantina dentro da Força Aérea Brasileira, sobre por um lado as vantagens de aeronaves de concepção brasileira ou com tecnologia que o Brasil adquira, contra a opção por adquirir aeronaves que o Brasil não controla completamente, mas que são mais eficientes naquilo que devem, ou seja, na defesa.
As discussões desse tipo, têm sempre a mesma consequência. Entre o óptimo sem o bom e o bom sem o óptimo, acaba por não se escolher nada.
Cumprimentos