Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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Charlie Jaguar

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #60 em: Dezembro 22, 2016, 03:49:22 pm »
Nos anos 90 também aconteceu isso, ai a FAP mexeu quase as esquadras todas, toda a gente saiu de Tancos e com a saida dos alemães da Base de Beja muita gente teve que ir para Beja, nessa época tivemos esquadra 103 (T-33 e T-38) de Monte Real para Beja, esquadra 301 (passou dos Fiats para os Alpha Jet) do Montijo para Beja, esquadra 502 (Aviocar) de Tancos para Sintra, esquadra 552 (Alouette III) de Tancos para Beja e penso que a esquadra 101 (Epsilon) de Sintra para Beja também foi nessa época.

Ainda hoje muitos camaradas que servem em Monte Real prestavam serviço na BA3 - Tancos e tinham a vida organizada por esse zona, agora fazem muitos kms todos os dias de casa para a base, outros devem ter refeito a vida nas unidades onde foram parar.

É claro que não fico contente pelo pessoal que for afectado por essas movimentações, mas faz parte da vida de ser militar.
É que mesmo que isso não acontecesse os militares vão sendo transferidos de unidade de tempos a tempos, ninguém faz a carreira toda na mesma unidade, mas claro que é diferente eu saber que tenho que ir 1 ou 2 anos para Beja mas que depois posso regressar ao Montijo do que ser transferido e a base fechar, impossibilitando-me o regresso. No caso dos P-3 sei que alguns dos seus elementos, passado alguns anos, regressaram ao Montijo, por exemplo integrando agora os C-295, outros devem ter ficado por Beja, mas se a Base fechar, não há regresso.

Esse drama é também devido à perca de poder de compra e maior dificuldade de arranjar emprego para os conjuges, se nos anos 90 não havia grande drama nessas movimentações pois o ordenado do militar era suficiente para a familia enquanto o conjuge arranjava emprego, que na época eventualmente acabaria por arranjar, actualmente não é nada assim, um dos elementos da familia ter que se despedir do emprego (se tiver) é um luxo, e dificilmente volta a ter algo parecido com o que tinha.

Colocaste precisamente a questão no seu ponto fundamental, a vertente económica e a dramática perda de rendimentos e poder de compra que se verifica de há uns anos para cá e que motiva, por exemplo, o que mencionei relativamente ao sucedido na Esq. 601.

A reestruturação dos anos 90 na Força Aérea, pós-fim da Guerra Fria, foi bastante mais vasta e no entanto mais atenuada pela condições completamente diferentes da altura. Sem dúvida que a nossa adesão à moeda única, juntamente com o 11 de Setembro e anos mais tarde a crise do subprime, foram coisas nefastas para o nosso país. Mas isso são outros quinhentos.

Relativamente ao assunto em si, e conhecendo a BA6 como a palma da minha mão, por um lado não consigo perceber porque não poderia ser uma localização com duplo uso militar e civil - exemplos por esse mundo fora é o que não faltam -, mas por outro consigo perceber as razões invocadas pela Força Aérea para não estar de acordo com isso já que, e pelo menos é o que nos é dado a entender nas peças presentes na comunicação social, a prioridade não seria, ou será, dada à parte militar como deveria ser, mas antes à movimentação da aviação comercial.

Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #61 em: Dezembro 22, 2016, 06:23:55 pm »
Relativamente ao assunto em si, e conhecendo a BA6 como a palma da minha mão, por um lado não consigo perceber porque não poderia ser uma localização com duplo uso militar e civil - exemplos por esse mundo fora é o que não faltam -, mas por outro consigo perceber as razões invocadas pela Força Aérea para não estar de acordo com isso já que, e pelo menos é o que nos é dado a entender nas peças presentes na comunicação social, a prioridade não seria, ou será, dada à parte militar como deveria ser, mas antes à movimentação da aviação comercial.

Os casos que eu conheço, todos tem caracteristicas diferentes de um aeroporto civil no Montijo, temos o caso do aeroporto de Beja que quando tinha voos era um por semana, por isso nunca pos em causa os voos militares, temos o caso das Lajes em que mesmo havendo um fluxo de voos civis não incomoda os voos militares, também porque estes funcionam por destacamentos do Montijo, logo é pessoal que faz a maioria dos treinos de voo no Montijo e não nos Açores, um outro caso que tenho conhecimento, nas Canárias é duas pistas (tecnicamente são quatro) paralelas, uma civil e uma militar, aeroporto para a direita, base aérea para a esquerda, ninguém incomoda ninguém, e até numa aflição podem usar a pista do vizinho.


O que me parece que a Força Aérea diz é que, mesmo que fisicamente ficasse com espaço para continuar a ter as suas esquadras de voo no Montijo, a utilização de pista e espaço aéreo por cima da base para treinos ia estar sempre condicionado pelos voos civis, acho que havia ai um artigo que até dizia que nessa situação a FAP ia ter que deslocar as suas aeronaves para outras bases (Beja, Ovar, etc) nem que fosse temporariamente para fazer esses treinos e que isso tinha despesas em combustível, teoricamente parece que a FAP não se importa de ficar no Montijo com piores condições, se receber uma verba que compense essas deslocações para os treinos das tripulações. Será?
« Última modificação: Dezembro 22, 2016, 06:31:00 pm por Lightning »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #62 em: Dezembro 22, 2016, 06:38:37 pm »
Relativamente ao assunto em si, e conhecendo a BA6 como a palma da minha mão, por um lado não consigo perceber porque não poderia ser uma localização com duplo uso militar e civil - exemplos por esse mundo fora é o que não faltam -, mas por outro consigo perceber as razões invocadas pela Força Aérea para não estar de acordo com isso já que, e pelo menos é o que nos é dado a entender nas peças presentes na comunicação social, a prioridade não seria, ou será, dada à parte militar como deveria ser, mas antes à movimentação da aviação comercial.

Os casos que eu conheço, todos tem caracteristicas diferentes de um aeroporto civil no Montijo, temos o caso do aeroporto de Beja que quando tinha voos era um por semana, por isso nunca pos em causa os voos militares, temos o caso das Lajes em que mesmo havendo um fluxo de voos civis não incomoda os voos militares, também porque estes funcionam por destacamentos do Montijo, logo é pessoal que faz a maioria dos treinos de voo no Montijo e não nos Açores, um outro caso que tenho conhecimento, nas Canárias é duas pistas (tecnicamente são quatro) paralelas, uma civil e uma militar, aeroporto para a direita, base aérea para a esquerda, ninguém incomoda ninguém, e até numa aflição podem usar a pista do vizinho.


Qual é o problema de só existir uma pista para receber o trafego civil e os voos militares ???
Será que a BA6 tem actualmente um volume de trafego militar assim tão elevado ??
Treina assim tão intensamente, quantos toca e anda, ou abortagens á descolagem efectua por dia??
Será que o Montijo quando e se estiver a operar voos civis vai ter um número de movimentos/hora assim tão elevado, que não permite a operação de voos Militares ?? 
Se assim for olha,................. então reduzam a pista existente em Lisboa, as instalações de Figo maduro podem ser acrescidas pois há muito espaço na zona civil, nem era necessário construir hangares, o H6 consegue albergar todos os C's, os 295 e os EH101 e ainda sobrava espaço......e que se mudem os militares para lá e fiquem os civis com o Montijo, porque não ?????
As zonas não necessárias, algumas centenas de hectares, podem ser vendidos e assim ressarcir a ANA, a CML, os Políticos etc, etc.

À já me esquecia dos interesses instalados e da corrupção envolvida, $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$, .....................nada a fazer, os militares para as casernas/hangares !!!!!

Abraços e boas festas
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #63 em: Dezembro 22, 2016, 06:42:47 pm »
O que se diz nos jornais não é que haja muitos voos militares, mas sim que vão haver muitos voos civis, mas essa ideia de trocar Portela por Montijo está bem metida ;D.

Anda muito dinheiro envolvido, e toda a gente quer uma fatia do bolo ;).
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #64 em: Dezembro 22, 2016, 07:19:57 pm »
O que se diz nos jornais não é que haja muitos voos militares, mas sim que vão haver muitos voos civis, mas essa ideia de trocar Portela por Montijo está bem metida ;D.

Anda muito dinheiro envolvido, e toda a gente quer uma fatia do bolo ;).

As lowcosts operam cerca de quarenta a cinquenta voos diários em LISBOA, praticamente de 25% a 30% do total de voos diarios.
Basta fazer contas para ver que existe muito espaço temporal para a FAP Operar, e depois, quando se aumentar a capacidade do Montijo, a FAP, que se mude para Lisboa de acfts e bagagens !!!!!
Fica ou não fica o problema resolvido e toda a gente contente ?????
Bem toda, toda não.........os FdP dos corruptos iriam impugnar esta situação ASAP.

De vez em quando ainda vou tendo algumas ideias, a FAP que a aproveite e quem sabe se calhar até pega,  :rir: :rir: :rir: :rir: e ainda nos vamos rir, o que eu gostava de ver a FAP a operar em LISBOA, era mesmo lindo, spotters deviam ser ás dezenas, :banana: :banana: :banana: :banana:

Abraços
« Última modificação: Dezembro 22, 2016, 07:24:32 pm por tenente »
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #65 em: Dezembro 22, 2016, 07:55:42 pm »
o que eu gostava de ver a FAP a operar em LISBOA, era mesmo lindo, spotters deviam ser ás dezenas, :banana: :banana: :banana: :banana:

Era engraçado mas não acredito, acho que há muito interesse imobiliário na zona do aeroporto, no dia que os aviões saíssem de lá, os manda-chuvas da construção civil com amigos na politica caiam logo em cima daquilo, e a tropa não dá lucro.
« Última modificação: Dezembro 22, 2016, 07:58:36 pm por Lightning »
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #66 em: Dezembro 22, 2016, 08:08:23 pm »
o que eu gostava de ver a FAP a operar em LISBOA, era mesmo lindo, spotters deviam ser ás dezenas, :banana: :banana: :banana: :banana:

Era engraçado mas não acredito, acho que há muito interesse imobiliário na zona do aeroporto, no dia que os aviões saíssem de lá, os manda-chuvas da construção civil com amigos na politica caiam logo em cima daquilo, e a tropa não dá lucro.

Não tenho qualquer dúvida quanto a isso !!
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #67 em: Dezembro 22, 2016, 09:30:55 pm »
o que eu gostava de ver a FAP a operar em LISBOA, era mesmo lindo, spotters deviam ser ás dezenas, :banana: :banana: :banana: :banana:

Era engraçado mas não acredito, acho que há muito interesse imobiliário na zona do aeroporto, no dia que os aviões saíssem de lá, os manda-chuvas da construção civil com amigos na politica caiam logo em cima daquilo, e a tropa não dá lucro.

Não tenho qualquer dúvida quanto a isso !!

Recordo-me de há uns valentes anos atrás, quando o NAL ia ser em Alcochete, um antigo membro de Governo ter afirmado em boa e alta voz perto do sítio onde me encontrava que os terrenos da Portela de Sacavém eram (sic) "uma verdadeira mina de ouro que nos ajudaria a sair da crise".

Relativamente ao assunto em si, e conhecendo a BA6 como a palma da minha mão, por um lado não consigo perceber porque não poderia ser uma localização com duplo uso militar e civil - exemplos por esse mundo fora é o que não faltam -, mas por outro consigo perceber as razões invocadas pela Força Aérea para não estar de acordo com isso já que, e pelo menos é o que nos é dado a entender nas peças presentes na comunicação social, a prioridade não seria, ou será, dada à parte militar como deveria ser, mas antes à movimentação da aviação comercial.

Os casos que eu conheço, todos tem caracteristicas diferentes de um aeroporto civil no Montijo, temos o caso do aeroporto de Beja que quando tinha voos era um por semana, por isso nunca pos em causa os voos militares, temos o caso das Lajes em que mesmo havendo um fluxo de voos civis não incomoda os voos militares, também porque estes funcionam por destacamentos do Montijo, logo é pessoal que faz a maioria dos treinos de voo no Montijo e não nos Açores, um outro caso que tenho conhecimento, nas Canárias é duas pistas (tecnicamente são quatro) paralelas, uma civil e uma militar, aeroporto para a direita, base aérea para a esquerda, ninguém incomoda ninguém, e até numa aflição podem usar a pista do vizinho.


O que me parece que a Força Aérea diz é que, mesmo que fisicamente ficasse com espaço para continuar a ter as suas esquadras de voo no Montijo, a utilização de pista e espaço aéreo por cima da base para treinos ia estar sempre condicionado pelos voos civis, acho que havia ai um artigo que até dizia que nessa situação a FAP ia ter que deslocar as suas aeronaves para outras bases (Beja, Ovar, etc) nem que fosse temporariamente para fazer esses treinos e que isso tinha despesas em combustível, teoricamente parece que a FAP não se importa de ficar no Montijo com piores condições, se receber uma verba que compense essas deslocações para os treinos das tripulações. Será?

Técnica e teoricamente, a BA6 também possui quatro pistas: a 08/26 e a 01/19. Podem não ser paralelas como o exemplo que mostraste do aeroporto da Gran Canária/Base Aérea de Gando, mas existem. Pode é a orientação de uma delas não ser a ideal face à pista principal da Portela, e nos tempos do NAL em Alcochete planeava-se desactivar a 08/26, porém o espaço aéreo sobre a Grande Lisboa vai ficar assim tão concorrido e caótico que só as aeronaves civis é que poderão voar dia e noite?  ::)

Um caro amigo e antigo controlador aéreo da FAP na BA6 que hoje trabalha no aeroporto londrino de Stansted, dizia-me há semanas não compreender esta questão toda em torno do espaço aéreo lisboeta e sua disponibilidade; na região de Londres existem 6 aeroportos: o de Heathrow, o de Stansted, o de Luton, o da City, o de Biggin Hill e finalmente o de Southend, juntamente com a base de Northolt, e não há problemas de maior, sabendo de antemão que os corredores aéreos para Londres são dos mais congestionados do mundo. Porque razão haverá aqui então?
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #68 em: Dezembro 23, 2016, 12:05:14 am »
A razão é que serve de motivo para expulsar as forças armadas de Alcochete e assim vender aquilo aos amigos ao preço da chuva.

Conhecendo muito bem a BA6 e muitas pessoas que lá trabalham diariamente, recordo-me por exemplo de uma coisa tão "simples" como foi a transferência da Esquadra 601 "Lobos" para a Base Aérea de Beja em 2008; a taxa de divórcios dentro desta Esquadra atingiu os 70% naquela altura (são dados não oficiais, mas sobejamente conhecidos dentro da Força Aérea), muito porque os familiares e cônjuges de membros desta unidade, trabalhando na área da Grande Lisboa, não estavam para abandonar o seu emprego, tirar os filhos da escola X ou Y, abdicar dos seus planos de vida e se mudar para Beja de armas e bagagens.
Esse drama é também devido à perca de poder de compra e maior dificuldade de arranjar emprego para os conjuges, se nos anos 90 não havia grande drama nessas movimentações pois o ordenado do militar era suficiente para a familia enquanto o conjuge arranjava emprego, que na época eventualmente acabaria por arranjar, actualmente não é nada assim, um dos elementos da familia ter que se despedir do emprego (se tiver) é um luxo, e dificilmente volta a ter algo parecido com o que tinha.
Interessante e então poderá levantar-se aqui outra questão: quantos pilotos é que a FAP poderia vir a perder ao transferir as esquadras de Montijo para Tancos ou Beja? Isto assumindo que poderiam vir alguns pilotos a preferir pagar a indemnização e passar para o civil invés de passar por certas "chatices" com a família.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #69 em: Dezembro 23, 2016, 08:52:45 pm »
Interessante e então poderá levantar-se aqui outra questão: quantos pilotos é que a FAP poderia vir a perder ao transferir as esquadras de Montijo para Tancos ou Beja? Isto assumindo que poderiam vir alguns pilotos a preferir pagar a indemnização e passar para o civil invés de passar por certas "chatices" com a família.

Cumprimentos,

Não trabalho na Direcção de Pessoal, mas acredito que é irrelevante, os pilotos que querem sair, já saiem com as esquadras no Montijo, se forem para outro lado é igual, os que querem fazer carreira na FAP, eles já tem a carreira orientada, e ao contrário da maioria das outras especialidades, eles não passam a carreira toda nas Bases, fazem aquele tempo de Alferes até Capitão/Major nas Bases como pilotos operacionais, os que querem sair é mais ou menos nesta altura que tem o tempo mínimo para o abate ao quadro, os que ficam na FAP começam a largar os aviões por posições de comando, é cadeira no Estado-Maior, é cadeira no Comando Aéreo, é cadeira em posições NATO no estrangeiro, instrutor na USAF (ai não se importam nada de estar longe de Lisboa ;D), depois quando chegam a Coronel tem que ir comandar uma Base Aérea (é condição para os que querem frequentar o curso de promoção a general), Lajes, Beja, Monte Real, etc, finalmente os que forem generais voltam às cadeiras do EMFA, Comando/Direcção disto ou daquilo que é tudo em Lisboa exepto Zona Aérea dos Açores, também há posições fora da FAP por exemplo EMGFA :G-beer2:.

Não quero demonizar os pilotos que saiem da FAP, se cumprirem com o que se comprometeram (de tempo), aquilo não é uma prisão, qualquer pessoa se pode despedir e ir para outro trabalho, e a tropa é igual, simplesmente há pilotos que não estão virados para trabalho de escritório ou numa sala de jogos de guerra, querem é voar, e se receberem muito dinheiro por isso, melhor ainda ;D.
« Última modificação: Dezembro 23, 2016, 09:03:16 pm por Lightning »
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #70 em: Janeiro 18, 2017, 08:41:03 pm »
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Estudos sobre aeroporto admitem coexistência com Campo de Tiro de Alcochete
18 DE JANEIRO DE 2017
14:10

Manuel Carlos Freire

Ministro da Defesa diz que solução da Portela+1 poderá exigir apenas alterações nas estruturas militares em Alcochete.

Os estudos em curso sobre a adaptação da base do Montijo ao tráfego aéreo civil admitem a sua coexistência com o Campo de Tiro de Alcochete, disse esta quarta-feira o ministro da Defesa. Azeredo Lopes falava na comissão parlamentar de Defesa, onde foi questionado sobre a solução que poderá implicar a saída da Força Aérea das infraestruturas no Montijo."Não contesto nem me cabe contestar o interesse nacional" de haver um aeroporto complementar onde está a base aérea do Montijo, mas isso "tem de ser harmonizado" com os interesses da Força Aérea e da Defesa Nacional, sublinhou o ministro aos deputados.

Aos jornalistas, o governante adiantou que esses estudos contemplam alterações na direção da pista de aterragem do Campo de Tiro de Alcochete, a fim de não conflituar com as descolagens e aterragens na que existe no Montijo e será complementar do aeroporto da Portela. O ministro da Defesa assegurou ainda que desconhece quaisquer valores de custos associados ao processo, como os já avançados 400 milhões de euros no caso de a Força Aérea ter de abandonar o Montijo.

A solução Portela+1 é uma alternativa à construção do novo aeroporto de Lisboa, cuja construção de raiz está estimada em mais de três mil milhões de euros e assim fica adiada por várias décadas, segundo fontes parlamentares e governamentais ouvidas pelo DN. Os estudos nesta fase ainda são preliminares e ainda não existe o de impacto ambiental, que se prevê durar mais de um ano, adiantou uma das fontes.

http://www.dn.pt/portugal/interior/estudos-sobre-aeroporto-admitem-coexistencia-com-campo-de-tiro-de-alcochete-5613219.html
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #71 em: Janeiro 19, 2017, 02:39:12 pm »
Governo já tem estudo para avançar para alargamento do aeroporto ao Montijo

O Governo já tem o estudo da ANAC a defender que a melhor solução para o aeroporto de Lisboa é a utilização da Base Aérea N.º 6 como complemento. A decisão deve ser tomada até março

http://observador.pt/2017/01/19/governo-ja-tem-estudo-para-avancar-para-alargamento-do-aeroporto-ao-montijo/
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #72 em: Janeiro 19, 2017, 05:13:46 pm »
Governo já tem estudo para avançar para alargamento do aeroporto ao Montijo

O Governo já tem o estudo da ANAC a defender que a melhor solução para o aeroporto de Lisboa é a utilização da Base Aérea N.º 6 como complemento. A decisão deve ser tomada até março

http://observador.pt/2017/01/19/governo-ja-tem-estudo-para-avancar-para-alargamento-do-aeroporto-ao-montijo/

As Obras deviam começar de imediato !!
Os estudos estão feitos já há muito tempo, o Aeroporto de Lisboa está já no limite máximo das suas capacidades é urgentíssimo que o mais tardar em 2019, seja possivel transferir trafego para o Montijo, com o risco de Lisboa perder operadores devido á má qualidade do serviço prestado se tal não acontecer.

Abraços
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #73 em: Janeiro 19, 2017, 06:57:55 pm »
Governo já tem estudo para avançar para alargamento do aeroporto ao Montijo

O Governo já tem o estudo da ANAC a defender que a melhor solução para o aeroporto de Lisboa é a utilização da Base Aérea N.º 6 como complemento. A decisão deve ser tomada até março

http://observador.pt/2017/01/19/governo-ja-tem-estudo-para-avancar-para-alargamento-do-aeroporto-ao-montijo/

As Obras deviam começar de imediato !!
Os estudos estão feitos já há muito tempo, o Aeroporto de Lisboa está já no limite máximo das suas capacidades é urgentíssimo que o mais tardar em 2019, seja possivel transferir trafego para o Montijo, com o risco de Lisboa perder operadores devido á má qualidade do serviço prestado se tal não acontecer.

Abraços

Não é bem assim. O artigo enfatiza, e muito bem, as fortes restrições à actividade militar daí decorrentes, que não se resolvem apenas com a mudança da Esq. 101 para Beja e dos EH-101 e Super Lynx para Sintra. É muito mais vasta a preocupação da Defesa nesse aspecto, já que ao que tudo indica o estudo de impacte ambiental pouco significará para isto.

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #74 em: Janeiro 19, 2017, 08:49:18 pm »
Governo já tem estudo para avançar para alargamento do aeroporto ao Montijo

O Governo já tem o estudo da ANAC a defender que a melhor solução para o aeroporto de Lisboa é a utilização da Base Aérea N.º 6 como complemento. A decisão deve ser tomada até março

http://observador.pt/2017/01/19/governo-ja-tem-estudo-para-avancar-para-alargamento-do-aeroporto-ao-montijo/

As Obras deviam começar de imediato !!
Os estudos estão feitos já há muito tempo, o Aeroporto de Lisboa está já no limite máximo das suas capacidades é urgentíssimo que o mais tardar em 2019, seja possivel transferir trafego para o Montijo, com o risco de Lisboa perder operadores devido á má qualidade do serviço prestado se tal não acontecer.

Abraços

Não é bem assim. O artigo enfatiza, e muito bem, as fortes restrições à actividade militar daí decorrentes, que não se resolvem apenas com a mudança da Esq. 101 para Beja e dos EH-101 e Super Lynx para Sintra. É muito mais vasta a preocupação da Defesa nesse aspecto, já que ao que tudo indica o estudo de impacte ambiental pouco significará para isto.

O que é que não é bem assim Charlie jaguar??
O que eu escrevi sobre as capacidades/limitações do Aeroporto de Lisboa ?
« Última modificação: Janeiro 19, 2017, 08:53:29 pm por tenente »
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