Carro blindado português

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pedro

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Carro blindado português
« em: Março 02, 2006, 06:43:19 pm »
Caros amigos abri este topico para falar sobre se seria viavel construir e desenvolver um carro blindado em Portugal?
E onde o em que unidade fabril no nosso pais?
Qual seria o tipo?Uma nova versao das chaimites mas para estes tempos?
Que tipo de sistemas deveria esse carro blindado levar?
Cumprimentos e espero as vossas opinioes.
 

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Lightning

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« Responder #1 em: Março 02, 2006, 07:57:15 pm »
Penso que se vamos comprar os Pandur à Austria é porque não possuimos capacidade de construir veículos semelhantes. :shock:
 

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pedro

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« Responder #2 em: Março 02, 2006, 11:02:58 pm »
Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes. :lol:
 

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Marauder

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« Responder #3 em: Março 02, 2006, 11:17:52 pm »
É certo que vontade política também é importante, senão acontesse algo tipo o carro de combate brasileiro Osório.

   Mas mesmo a nível de capacidade, afirmo que não temos.

   Basta só rever ,por exemplo, o fabrico dos UMM. As partes mais importantes eram montadas cá em Portugal, importações. Com um carro de combate seria algo assim parecido. Não se consegue criar uma boa arma de guerra assim do dia para o outro, senão que se estude os problemas que os indianos andam a ter com o Tejan. A não ser que se vá buscar a tecnologia fora do país, a concretização da mesma demoraria uma decada a alcançar. E por aí fora.

  Algo assim deste género nos tempos que correm é ilogico. Desenvolvimento muito caro, custo por unidade muito caro, manuntenção muito caro.

   O que talvez se podia realizar é, com o Pandur tentar captar algum know-how e tecnologia, construir alguns protótipos, versões básicas para a policia portuguesa, corpo de intervenção, GNR, whatever....e depois tentar criar uma versão tropical, com preço competitivo, e tentar vender aos países CPLP, e outros que não tenham muitos recursos. Mesmo esta ideia envolveria uma boa fatia de integração de material importado( motores, canhão, etc)


   Cumprimentos
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #4 em: Março 03, 2006, 12:11:08 am »
Citação de: "pedro"
Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes. :lol:


É mesmo, Pedro?
Agora, se não se importa, vai-me explicar porque acha que temos capacidade. Explique-me, por favor. Eu, infelizmente, não compreendo. Não compreendo onde temos capacidade ou onde sequer temos necessidade (face à comprar so 260 Pandur II e à provável aquisição de blindados ligeiros ao estrangeiro).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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PereiraMarques

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« Responder #5 em: Março 03, 2006, 12:23:32 am »
Ainda que eu não seja advogado de ninguém...ó Pedro Monteiro não se zangue com o Pedro (Camilo), não se esqueça que ele é um jovem de 15 anos e extremamente optimista... :wink:

Fiquem bem 8)
B. Pereira Marques
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #6 em: Março 03, 2006, 10:13:37 am »
Citação de: "PereiraMarques"
Ainda que eu não seja advogado de ninguém...ó Pedro Monteiro não se zangue com o Pedro (Camilo), não se esqueça que ele é um jovem de 15 anos e extremamente optimista... :wink: Gostaria honestamente de ter a resposta já que não percebi o porquê da afirmação do Pedro (seja optimista ou não). Se eu disser algo do tipo que o Pedro disse, não me surpreendo se me perguntarem porquê. Acho que não enriquece o fórum afirmar sem argumentação. E o Pedro até pode ter argumentos para sustentar a sua opinião. Podem estar errados, mas não creio que venha mal ao mundo se o estiverem. Sem os conhecer, é que o debate fica estático e inconsequente.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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Rui Elias

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« Responder #7 em: Março 03, 2006, 10:25:23 am »
Sobre os blindados, Portugal tinha capacidade para produzir blindados 6x6 e 8x8. O modelo era similar ao EE-11 da Engesa. A Bravia acabou, no entanto, por ter dificuldades financeiras e encerrar a sua linha de produção. Creio que há dez-quinze anos poderiam ter sido um bom produto e poderiam hoje ser extremamente válidos no mercado internacional - um dos mais disputados e promissores, diga-se.
O problema da incorporação nacional é relativo porque hoje em dia a maioria dos fabricantes recorre a outros produtos já no mercado. Veja-se o caso dos Pandur II para Portugal ou do MBT Osório.
Seria, em teoria possível, mas como nestas questões seria incrivelmente caro e arriscado - um protótipo é um protótipo. E, no final, a relação custo-benefício é essencial. Sobretudo quando se procura ter um blindado barato para exportação.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro

--> As minhas imensas desculpas ao Rui.  :? Já não será a primeira vez que, por lapso, edito a mensagem original em vez de a editar. Infelizmente, esta continha os comentários originais e argumentos.  :oops:
Haverá maneira de a repetir, Rui?
As minhas desculpas, mais uma vez.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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ferrol

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« Responder #8 em: Março 03, 2006, 12:12:53 pm »
De tódolos xeitos coincido con Pedro (Monteiro) en que, por moitos 15 anos que teña o outro Pedro, debería ser perfectamente capaz de razoa-las súas opinións, senón o mellor sería que calase e non as expresara.
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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Pedro Monteiro

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« Responder #9 em: Março 03, 2006, 01:19:05 pm »
Citar
Você está a falar com um jovem de 15 ou 16 anos que mora fora do páis, e por isso acharia mais elegante da sua parte que fosse mais correcto ao dirigir-se a ele.


Rui Elias,
Não creio que que tenha sido pouco correcto. Fui directo. E não passei ao lado de uma afirmação que considero menos fundamentada. Estamos aqui para aprender. Todos. Creio que se ele afirmou o que afirmou, é útil para o debate perceber se tem algum argumento para isso ou está simplesmente desinformado. Se está desinformado, não percebo qual o mal de trocar argumentos para que ele passe a estar informado. Não creio que venha mal ao mundo que o Pedro ou eu ou qualquer membro se engane. Parece-me francamente pior excluir uma opinião e não trocar argumentos sobre a mesma e deixar o debate incompleto. Afinal, estas questões já foram debatidas várias vezes; assim, o debate só se torna interessante se trouxer à análise um novo ponto de vista ainda não explorado.
As minhas perguntas creio que são justificas face à intervenção do Pedro. Sejamos honestos: tenho tanto direito de pedir um esclarecimento como o referido membro dizer o que disse. E isso não implica que esteja a ser indelicado para o Pedro. Eu não elevo, por norma, as questões do fórum a nível pessoal. Estamos aqui a discutir aspectos técnicos e não pessoas.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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pedro

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« Responder #10 em: Março 03, 2006, 02:00:35 pm »
Caro Pedro Monteiro a sua pergunta e uma boa pergunta.
Caro Pedro os meus argumentos sao os que o Rui elias ja referio,porque a bravia poderia ser activada.
Caro Pereira Marques obrigado por sair em minha defesa,e eu tenho 14 anos nao 15.
Caro Ferrol lamento as suas palavras e acho que se voce tem algo em contra entao CALE-SE.
Cumprimentos a todos :lol:
 

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papatango

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« Responder #11 em: Março 03, 2006, 02:37:41 pm »
Na minha humilde opinião, se me perguntarem se Portugal tem capacidade para construir fragatas eu digo que não.

No entanto, para desenhar, projectar ou adaptar um veículo militar, aí já não sei se não terá.

A questão da vontade política também é interessante de analisar, especialmente quando à vontade política houver que juntar a necessidade politica.

A verdade é que Portugal, nos anos 60, numa conjuntura diferente e com um país boicotado por praticamente todo o mundo, conseguiu adaptar projectos de veículos militares para os fabricar em Portugal.

O Chaimite é um exemplo disso, nomeadamente quando se olha para a traseira (muito mais facil de fabricar) e as modificações/projectos seguintes desse mesmo modelo também são exemplos.

Podemos dizer que a BRAVIA podería até não ter capacidde para produzir um veículo 6x6 ou mesmo 8x8 e que os seus projectos eram apenas demonstrações de intenções, mas o facto de terem sido estudadas varias versões do veículo base mostra que se houver necessidade politica que resulta em vontade politica, acabamos por ser capazes de produzir alguma coisa.

Mas também pergunto:
Se não estivessemos nos anos 60 sob um boicote, tería sido preferivel produzir os chaiumites ou compra-los?
 (foram produzidos para Portugal menos veículos que os 260 que agora se vão comprar à STEYR)

E o grau de incorporação nacional no fabrico do PANDUR-II básico será muito inferior ao grau de incorporação no Chaimite V-200?

A necessidade aguça o engenho. Nós não temos necessidade e não estamos nem em guerra nem sob boicotes internacionais, mas isso não quer dizer que se tivessemos necessidade não tivessemos o engenho necessário para produzir em Portugal um veículo blindado ligeiro do tipo do Pandur-II.

Já um tanque (MBT) é uma história completamente diferente. Não só não faria sentido, como não há objectivamente necessidade de tal veículo.

Cumprimentos.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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pedro

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« Responder #12 em: Março 03, 2006, 05:29:14 pm »
Era isso que eu quando abri este topico estava a pensar sera que nao a projectos da antiga bravia?
Cumprimentos :lol:
 

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dremanu

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« Responder #13 em: Março 03, 2006, 05:31:37 pm »
Citação de: "pedro"
Eu acho que capacidade temos nao temos e vontade politica.
Cumprimentos e espero mais opinioes. :lol:


Pedro, eu concordo contigo, acho que o nosso país tem de facto a capacidade para fábricar um carro blindado. Não sei se valeria a pena o fazer pois, pessoalmente acho que é mais importante apostar no fábrico de navios, aviões, canhões, espingardas, pistolas, e misseís.

Mas claro, tendo em conta o tipo de projecto que é, naturalmente que o factor "vontade política" é determinante para decidir se um projecto destes se concretiza, ou não.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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pedro

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« Responder #14 em: Março 03, 2006, 06:06:51 pm »
pois  sem vontade politica nao se faz nada.
eu gostaria de saber porque que a turquia e a eslovaquia tem carros blindados de fabrico proprio e nos os portugueses nao?
Cumprimentos :lol: