As minhas Forças Armadas

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nelson38899

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #90 em: Março 29, 2015, 11:32:34 pm »
Após tantos anos a seguir esta temática aqui fica a minha lógica de Forças Armadas.

MARINHA


2 classe M
2 Vasco da Gama
3 tridente
5 NPO
10 Stanflex 400 ou 5 stanflex e 5 da classes Centauro
1 reabastecedor

o resto é para vender


Exercito

1 brigada logística (com capacidade NBQ)
1 brigada média ( pandur (secção de transporte, comando, vigilância, anti-carro e anti-aérea))
1 brigada pesada (33 leopard, 20 M109A6, secção anti-aérea e protecção costeira até 12 milhas)

Força Aérea

20 F16 MLU
10 supertucano (COI e protecção fronteiriça)
6 aviões de treino

o restante das unidades da força aérea mantinha-se, excepto o transporte estratégico, unidade protecção passaria para o CEMGFA e a policia aérea terminava.

CEMGFA

Policia Militar ( acabar com a policia do exercito, marinha e da força aérea)
1 brigada reacção rápida (uma unidade de Para-quedistas, uma unidade de comandos, uma unidade de fuzileiros e uma unidade de forças especiais)
Unidade de helicópteros (A FAP ficava responsável pela manutenção dos helis, mas os helis passam a ser do CEMGFA)
Sirocco
secção de transporte estratégico

Juntava-se as diferentes Universidades Militares, numa só.

Os serviços de socorros a náufragos e outras áreas não militares das forças armadas, devem passar para a GNR (passando a GNR a ser uma unidade civil). Tendo Claro o CEMGFA a responsabilidade de apoiar as unidades civis em casos de necessidade.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Crypter

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #91 em: Março 30, 2015, 12:01:59 pm »
Citação de: "nelson38899"
10 supertucano (COI e protecção fronteiriça)

Haja mais alguém a achar que o Supertucano seria extremamente útil para as FA. :G-beer2:
 

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Ramos

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #92 em: Maio 23, 2017, 05:55:51 pm »
Para reavivar o tópico das “divagações”, eis a minha visão do que deveriam ser as FA’s num horizonte a 10 anos:

MARINHA
2 Classe M (modernizadas)
3 F110 (vender as 3 Vasco da Gama enquanto ainda valem alguma coisa, e entrar no projecto de construção das F110 com Espanha, incorporando os 3 navios num horizonte de 9 anos - um  de 3 em 3 anos)
3 Submarinos Tridente (1 a adquirir)
6 NPO (mais dois para além dos 2 em serviço e dos 2 em construção)
2 Navios de utilização geral, baseados nos NPO, primariamente orientados para missões de investigação cientifica, balizagem, combate à poluição e apoio a mergulhadores
1 reabastecedor / navio de suporte logístico (construído de raiz segundo as especificações e necessidades da marinha portuguesa)
4 Classe Tejo (com módulos de missão para desminagem, apoio a mergulhadores, combate à poluição e balizagem, e com uma peça de 30 mm como armamento principal)
3 Destacamentos de Mergulhadores

A Policia Marítima, o ISN e as lanchas das classe Argos e Centauro passariam para as mãos da GNR, que se ocuparia da fiscalização e da busca e salvamento costeira. As classes Albatroz e Rio Minho eram abatidas.
Manter os veleiros para instrução (Sagres, Creoula, Vega e Polar). As corvetas que ainda existem ou eram abatidas ou oferecidas a alguém que as quisesse levar no estado tal como estão.

Fuzileiros:
1 Batalhão com 1 CCS, 3 x CAT (a 4 pelotões cada), 1 CAF a 3 pelotões (12 morteiros de 120mm, 12 lançadores Spike em veículos 4x4), 1 Unidade de Defesa Anti Aérea (8 lançadores Shorad Manpad)
1 DAE
2 Pelotões de Abordagem
1 Companhia de transmissões (com valências de Transmissões, Guerra Electrónica, Ciber Guerra e Vigilância do Campo de Batalha) 
1 Unidade de Meios de Desembarque
Pessoal da Escola e de apoio geral

No total, a marinha teria um efetivo à volta dos 7.500 / 8.000 elementos, dos quais à volta de 1.000 fuzileiros.
 
EXÉRCITO

1 Brigada Mecanizada, com:
3 Batalhões de Infantaria, cada um com 1 CCS, 3 CAT (a 4 pelotões cada), 1 CAF (12 morteiros de 120mm + 12 Spike). 1 dos batalhões equipado com AMPV ou equivalente, os restantes dois com Pandur (ambos em várias versões)
1 GCC, com 50 Leopard 2 (modernizados a nível de blindagem tal como os dos canadianos, dos quais 45 para o GCC e 5 para Instrução e Reserva)
1 Grupo de Artilharia de Campanha, com Phz2000 (20 peças, duas das quais para instrução e reserva), e com uma bateria de lança-foguetes múltiplos de 127 mm (5 unidades, uma das quais para instrução e reserva), e respetivos sistemas radar.
1 Companhia de reconhecimento a 4 pelotões (incorporando valências de vigilância do campo de batalha), com AMPV ou similar em várias versões
Defesa anti aérea (8 x sistemas shorad em viaturas, 4 x sistemas shorad manpad e 4 x canhões antiaéreos tipo Vulcan ou similar, também em viaturas, mais sistemas radar)
1 Companhia de transmissões (com valências de Transmissões, Guerra Electrónica e Ciber Guerra)
1 Companhia de Engenharia de Combate Pesada (com valências de abertura de itinerários e  movimentação de terras, desminagem, pontes, reconhecimento e descontaminação NBQ e inativação de explosivos
1 Batalhão de Apoio e Serviços a 3 Companhias
1 Comando de Brigada (equivalente a 1 companhia)
No total, seriam cerca de 4.500 efectivos

1 Brigada Ligeira, com:
1 Comando de Brigada (equivalente a 1 companhia)
2 Batalhões de Infantaria Paraquedista, cada um com 1 CCS, 3 x CAT a 3 pelotões (cada), 1 CAF (12 morteiros de 81mm + 12 Javelin), 1 pelotão Sniper
1 Batalhão de Apoio e Serviços a 3 Companhias
1 Companhia de Percursores
1 Batalhão de Comandos com CCS, 3 x CAT a 3 pelotões (cada)
1 Batalhão de Operações Especiais com CCS, 2 Companhias de Operações Especiais, a 3 pelotões (cada)
1 Grupo de Artilharia de Campanha com 21 peças de 105mm (18 + 3 de instrução e reserva), e 1 bateria de 155 mm rebocada (tipo M777, com 6+1 peças) 
1 Grupo de Reconhecimento / Exploração, a 3 companhias, com um esquadrão mais “musculado”, com viaturas tipo Centauro, e o resto com viaturas M1117, equipadas com uma panóplia de sistemas (reconhecimento do campo de batalha, anticarro, posto de comando, porta morteiro, etc.)
1 Companhia de Engenharia de Combate, com viaturas de rodas de abertura de itinerários, desminagem, interferência electrónica, reconhecimento e descontaminação NBQ e meios para a transposição de cursos de água)
Defesa anti aérea (4 x sistemas shorad em viaturas, 8 x sistemas shorad manpad e 4 x canhões antiaéreos tipo Vulcan ou similar, em viaturas 4 x 4, mais sistemas radar)
1 Companhia de transmissões (com valências de Transmissões, Guerra Electrónica e Ciber Guerra)
Blindados 4 x 4 a utilizar pela brigada: L-ATV ou Iveco LMV, e M1117
No total, seriam também cerca de 4.500 efectivos

1 Brigada Logística, de Apoio Geral, e de Defesa Territorial, com:
1 Depósito de Material
1 Oficinas Gerais de Material
1 Batalhão de Transportes
1 Batalhão se Serviços Gerais
1 Batalhão de emergências (apoio geral)
1 Batalhão de Transmissões
1 Batalhão de Engenharia
1 Batalhão de Guarnição da Madeira com CCS, 2 x CAT a 4 pelotões (cada), 1 X CAF (4 morteiros de 120 mm, 4 morteiros de 81 mm, 8 Javelin), 1 BAA com 4 x Shorad em viaturas, 4 x Shorad Manpad e 4 x canhões Anti Aéreos rebocados, 1 Pelotão de Engenharia, 1 Pelotão de Policia Militar, 1 Pelotão de Transmissões, 1 Pelotão de Transportes e 1 Companhia de Serviços Gerais
1 Batalhão de Guarnição dos Açores, com CCS, 4 x CAT a 4 pelotões (cada), 1 X CAF (12 morteiros de 120 mm, 8 morteiros de 81 mm, 16 Javelin), 2 BAA com 8 x Shorad em viaturas, 8 x Shorad Manpad e 8 x canhões Anti Aéreos rebocados, 1 Pelotão de Engenharia, 1 Pelotão de Policia Militar, 2 Pelotões de Transmissões, 1 Pelotão de Transportes e 1 Companhia de Serviços Gerais
Total: cerca de 5.000 efectivos

No total, com as outras unidades os efectivos do Exército situar-se-iam à volta dos 17.000 elementos

FORÇA AÉREA
28 F16 MLU (actualizados para a versão Viper)
6 C-130J
5 P-3P
12 C-295
3 ERJ-145 (transporte VIP, transporte, calibragem, transporte de órgãos, evacuação médica de emergência)
3 CL-415 (combate a incêndios)
10 Super Tucano (instrução)
6 T-50 (instrução avançada)
4 MQ-9 (ISR)
1 Companhia com UPF, FAC
1 bateria THAAD

Aproveitavam-se 6 Epsilon e 4 planadores para a Academia da Força Aérea, que seria incorporada numa Universidade Militar conjunta

Total: cerca de 4.500 elementos

EMGFA
Regimento de Policia Militar (comum a todos os ramos)
Regimento de Saúde (1 hospital militar central, unidades de saúde locais, laboratório militar, 1 batalhão sanitário)
1 bateria THAAD
Regimento de Helicópteros com:
12 Merlin
7 Linx (os 5 que existem modernizados, complementados por mais 2 a adquirir em 2ª. mão ao Reino Unido)
9 EC-135
8 Eurocopter Tiger
Ensino militar (todos os estabelecimentos de ensino militar, Altos Estudos, e as academias fundidas numa universidades comum)
Total: cerca de 4.000 elementos

No geral, seriam umas Forças Armadas com cerca de 34.000 efectivos.
 

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Crypter

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #93 em: Maio 23, 2017, 07:04:33 pm »
Bem.. eu já só pedia uniformes novos ( e em quantidade..) para as FA. Este de 1960 já cansa a vista  :snipersmile:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #94 em: Maio 23, 2017, 07:06:40 pm »
Bem.. eu já só pedia uniformes novos ( e em quantidade..) para as FA. Este de 1960 já cansa a vista  :snipersmile:

1960?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Crypter

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #95 em: Maio 24, 2017, 10:12:19 am »
Bem.. eu já só pedia uniformes novos ( e em quantidade..) para as FA. Este de 1960 já cansa a vista  :snipersmile:

1960?

Sarcasmo?  ;)
 

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Cabeça de Martelo

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #96 em: Maio 24, 2017, 10:31:06 am »
As minhas Forças Armadas:

Vagas suficientes para manter as unidades com um grau de operacionalidade decente;
Orçamento suficientes para manter as unidades com um grau de operacionalidade decente;
Possibilidade de entrar para o quadro nas três categorias;
Contractos com o mínimo de duração inicial de 3 anos e o máximo de 10 anos de contractos.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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perdadetempo

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #97 em: Maio 24, 2017, 03:13:19 pm »
Embora goste muito de orbats/tabelas de organização e material eu propunha que se começasse a casa pelos alicerces começando pelas seguintes alterações.

Regime de contratos e acesso às escolas superiores militares.

Soldados/marinheiros:  contracto inicial de 3 anos, com suporte para acesso a escolas profissionais terminarem o 11/12º ano, acesso exclusivo à escola da Polícia, GNR, Policia Marítima e opcionalmente ao ISN, Defesa Civil. Possibilidade de renovação de contracto por 3 anos múltiplas vezes até um limite de 35 anos soldados, 45 anos cabos/furriéis. O 3ºano de cada poderá ser o ano da especialidade para os cabos/furriéis/marinheiros, principalmente no caso da Força Aérea e da Marinha devido a serem áreas mais técnicas.

Escolas de Sargentos: Só acedem quem esteja pelo menos no terceiro ano de contracto 11º/12º ano e tenha chegado à posição de cabo/cabo especialista ou furriel. curso de 2 anos seguido de mais cinco anos de contracto com hipótese de renovação até o limite de idade de passagem à reserva.

Academias Militares : Só acedem às academias os cidadãos nas seguintes condições:
1-Individuos licenciados (licenciatura Bolonha)ou com mestrado  que irão fazer o curso de 2 anos na especialidade (mestrado) seguidos de 7 anos de contracto. A licenciatura deverá ser compatível com a especialidade que se pretende seguir. Cursos com pouca ou nenhuma matemática estarão mais vocacionadas para a Infantaria ou Cavalaria.
2-Individuos que tenham cumprido os 3 anos de contracto como militares e que tenham o 12º ano cumprido, fazendo 4/5 anos para o mestrado seguidos de 5 anos de contracto.
3-Individuos com pelos menos 3 anos efectivos na classe de sargentos, fazendo 3 anos de curso para o mestrado seguidos de cinco anos de contracto.

Após estes períodos de contrato inicial todos os oficiais em questão terão a hipótese de renovação de contracto plurianual e concorrer aos cursos de promoção a oficiais generais etc...

Talvez assim passemos a ter mais capitães como o que aparece neste tópico http://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=5068.3435 em Responder #3449 em: Maio 23, 2017, 11:46:06 pm

Ou até como acontece noutros exércitos ex capitães que fizeram istoNot a valid youtube URL
Em vez de como no meu tempo em que se cantava isto
O que se diz acima é válido para os meninos e para as meninas.

Cumprimentos,
 

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Ramos

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #98 em: Maio 24, 2017, 04:24:27 pm »
Caro Crypter, como compreendo o seu sarcasmo….
Mas este é um tópico de divagação… e como seguidor atento do fórum, achei que seria boa ideia vir aqui divagar um bocadinho  ;)
Tal não quer dizer que não ache que muito do que escrevi não passa de pura utopia. Uma coisa é o que entendo que deveriam ser as nossas Forças Armadas num horizonte a 10 anos. Outra bem diferente é aquilo que seguramente serão….
Do que escrevi, dou de barato que os helicópteros Tiger, os MQ-9, o 3º. Tridente, a bateria de M777, a bateria de lança-foguetes de 127 mm e os THAAD entram claramente no capitulo da utopia (e a propósito, é só uma bateria, atribuída à Força Aérea – entusiasmei-me de tal forma com a minha divagação que já estava a pedir duas, uma para a FAP e outra para o EMGFA)   ;D
Já tudo o resto me parece que, se não é tido como tal, deveria pelo menos ser ponderado com algo dentro do razoável.   

Também acho que antes de se avançar em qualquer outra área, o mais urgente é dotar todos os ramos com o mais básico dos básicos, seja a nível de uniformes e equipamentos de protecção individual, seja a nível de uma nova arma.
Com tanto dinheiro esbanjado em tanta porcaria, será de mais pedir 80 a 100 milhões de euros para, ao longo de 8 / 10 anos, renovar o armamento ligeiro das Forças Armadas? É que a uma média de 2.500 € por arma, 100 milhões devem dar para umas 40.000. Dá para muita HK 416 / 417, MG4 / 5, MP 5 / 7, Pistolas Glock, Caçadeiras, armas de precisão para Snipers e, com jeitinho, ainda deve dar para uns lotes menores de G-36, M-4, SCAR ou outras que façam o gosto e jeito de unidades específicas.
São 10 milhões ao ano, em 10 anos. É utopia ou razoabilidade?

Não incluo nas minhas divagações o que entendo que deve ser a sustentação de munições. Isso acho que é do mais básico, e subentende-se. E no que respeita à “artilharia pesada”, e uma vez mais, com uns 10 ou 15 milhões ao ano, ao fim de dez anos estou seguro de que aumentaríamos substancialmente os stocks de  AIM-120 (e, já agora, iniciaríamos o de AIM-9X), torpedos, Sub-Harpoon, ESSM, Kits JDAM… e ainda poderíamos passar a dispor de umas quantas munições Excalibur de 155 mm. Estou a ser assim tão utópico quando falo de 15 milhões ao ano para aquisição de mais armamento de precisão?

Caros Cabeça de Martelo e perda de tempo: têm toda a razão quando põem o ponto no problema que existe com o pessoal. Não é fundamental, é imperativo que a curto / médio prazo se garanta que existe pessoal em quantidade e qualidade para, pelo menos, assegurar que as unidades que existem funcionam a 90 ou 95 % da sua capacidade em termos de efectivos, e não a 60 ou 70 %.
Seguramente, tal passa primariamente pela revisão de salários e de vínculos contratuais. Mas ou se faz alguma coisa muito rapidamente, ou arriscamo-nos a ter, a médio prazo, umas Forças Armadas compostas por 90 % de oficiais e sargentos do quadro, e 10 % de praças.

E uma vez cumprido o básico, venham de lá as chamadas “necessidades primárias”:

Exército:
Novo blindado 4 x 4
Novos misseis anticarro
Novos sistemas Shorad
Camiões pesados de transporte e logística (Transporte de blindados em TT com zorras, reabastecimento de combustível, abastecimento de água, recuperação, logística, transporte de munições), parte deles com protecção contra IED (com tanta oferta no mercado – MAN, IVECO, MERCEDES, OSHKOCH, SCANIA, para citar só alguns, é surreal que continuem a ser utilizadas viaturas com 30 ou mais anos - acho que dificil é escolher).
Veículos de engenharia (Reconhecimento NBQ, limpeza de campos de minas, lança-pontes, abertura de itinerários, JAM, terraplanagem)
Compra de mais uns 20 Pandur (anticarro, porta-morteiro)
Compra de 10 AMPV ano
Upgrade da blindagem dos Leo 2 existentes

Marinha:
Contracto de construção de 2 novos NPO’s
Contracto de construção de 2 novos navios de investigação cientifica / suporte geral, baseados nos NPO
Compra de 2 Super Linx em 2ª. Mão ao Reino Unido
Construção de um Navio de Suporte Logístico / AOR
Compra dos módulos de missão e das peças de 30mm para os Tejo
Modernização dos Linx da Marinha
Modernização profunda das fragatas M

Força Aérea:
Modernização dos 28 F-16
Compra de 12 Super Tucanos e 6 T-50
Compra de 9 EC-135
Compra de 3 ERJ-145
Compra de 5 / 6 C-130J

Numas contas de merceeiro (e salvo algum lapso ou erro de pesquisa), o que listo acima representaria um investimento da ordem dos 350 milhões anuais, num horizonte a 10 anos. É assim uma utopia tão grande?
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: perdadetempo

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perdadetempo

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #99 em: Maio 25, 2017, 12:36:18 am »
Garanto-lhe que mesmo que tivesse proposto a aquisição de dois destroyers Arleigh Burke e dois esquadrões de F-35 num total de 30 aparelhos, a sua proposta tinha mais pernas para andar do que as ideias que eu apresentei e quem nem sequer são originais como se pode ver aqui:

https://www.revistamilitar.pt/artigo/4

Em relação aos efectivos uma achega:
Em termos de efectivos militares o DL241/2015 aprovou para o ano de 2016 os seguintes efectivos: 6671 oficiais, 11879 sargentos/equivalentes 15589 praças num total de 34409 militares o que fica muito próximo do seu numero.

Mas na estrutura ôrganica  dos três ramos das forças armadas temos:
Exército: 2460 oficiais(381 RC) - 3843 sargentos/furrieis(670 RC) - 9082 praças (todos RC)
Força Aérea: 1597 oficiais (271 RC) - 2373 sargentos/furrieis( 20 RC)- 1680 praças (todos RC)
Marinha: 1390 oficiais (156 RC) - 2413 sargentos (11 RC) - 2907 cabos mor/1º marinheiros - 1121 praças
Os restantes estão nas estruturas do EMGFA ou fora da estrutura orgânica. nota: RC=regime contrato/voluntário

Não garanto certeza absoluta nos números visto tê-los passado manualmente para um folha de EXCEL e não sei os resultados para o ano de 2017 mas a haver reduções de pessoal não é difícil  calcular onde elas aconteceram.

cada pessoa tem a sua ideia de quais as forças armadas ideais, mas tendo em conta a estrutura apresentada parece-me que um batalhão de operações especiais, que teoricamente serão os melhores de entre os melhores, será pedir demais ao exército. Em termos práticos nunca se deverá conseguir pedir de Lamego mais do que uma companhia.

350M € é mais cerca de 100M € do que está aprovado na LPM (para 2017 são 250M) o que em termos do orçamento do estado não é nada de extraordinário, embora possa pôr alguns ministros e deputados a dizer coisas ordinárias.

Se calhar também se devia criar um novo tópico sobre "aquilo que eu adquiria para as forças armadas com 20M €" ;D, Era capaz de ter pernas para andar

Cumprimentos,

ps: o link para o video do youtube do ex-capitão britânico https://www.youtube.com/watch?v=oofSnsGkops que parece ter falhado no outro post.
 

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Ramos

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #100 em: Maio 25, 2017, 04:09:50 pm »
Caro perdadetempo: parto do princípio que terá um conhecimento muito mais próximo da realidade e mentalidade reinante dentro das FA’s do que eu, que não sou militar. Mas espero sinceramente que quando diz que provavelmente haveria mais receptividade a investimentos como a aquisição de 2 Arleight Burke ou 30 F35, do que a implementar um sistema de recrutamento como o que muito bem detalha, tal seja um desabafo e não uma expressão da mentalidade reinante dentro das Forças Armadas. Porque se é, então a minha conclusão é a de que batemos mesmo no fundo, e não vale a pena discutir nada do que por aqui se discute. Como diz e muito bem, só nos resta criar um só tópico denominado “Vamos às compras com 20 milhões”, e começarmos todos a discutir se vamos comprar feijão frade ou manteiga.
Quero sinceramente acreditar que ainda há por aí muita gente válida e com os pés bem assentes na terra, como os militares da Força Aérea que elaboraram o estudo em que se propõem modernizar a frota de F-16 para o padrão V e aguentar a mesma até meados da década de 30, em vez de começar a ter sonhos húmidos com a compra de F-35 na década de 20 (coisa que, evidentemente, não temos para já dinheiro para pagar).
 

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perdadetempo

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #101 em: Maio 25, 2017, 10:06:52 pm »
Estou a ver que tenho de mudar a minha maneira de escrever e deixar--me de hipérboles. Não ligue demasiado ao que escrevo no fim de contas por alguma razão o autor identifica-se como perdadetempo ;D

Deixe-me só esclarecer que eu sou do mais civil que há, e em relação ao que se passa na prática dentro das forças armadas o meu conhecimento é nulo. O meu conhecimento da "coisa militar resume-se a pertencer às geração/ões do tempo do SMO e isso apenas faz de mim (cada vez mais) velho. Por outro lado aqui pelo fórum se calhar pertenço ao clube daqueles que vêem o copo meio vazio

Opinião
O que eu posso verificar é os textos que se escrevem até por parte dos próprios por exemplo na revista militar, ou nos trabalhos de mestrado que às vezes se apanham na INTERNET. O interessante não é tanto às vezes o que se escreve mas a maneira como se escreve, que permite ter uma ideia da organização. No fim de contas se fosse a uma entrevista de emprego para técnico de contas numa empresa não ia começar por dizer de que o que a organização precisa é de mandar o CEO e restante entourage dar uma volta e reorganizar a empresa com as técnicas vigentes no Sec XXI mesmo que seja a mais pura das verdades.

Todas as burocracias são avessas às mudanças e quanto mais hierarquizadas pior costuma ser o problema. Normalmente as mudanças são provocadas de cima por indivíduos/grupos de indivíduos que conseguiram as rédeas da organização ou devido à necessidade sentida de lutar pela sobrevivência na sociedade onde está inserida. As Forças Armadas portuguesas ainda não chegaram a esse estado e as hierarquias  parece que continuam  esperançosas na hipótese de regresso ao serviço obrigatório para não terem que mudar nada que não lhes dê jeito.

Factos/Exemplos
O ultimo grande conflito em que estivemos envolvidos acabou em 1974, quando as nossas chefias militares actuais eram quando muito adolescentes, mas continuamos a ter oficiais generais suficientes para provavelmente comandar dois teatros de operações em simultâneo.

Quando da escolha da chefia da defesa civil pelo actual governo, o grande óbice apresentado pelas chefias militares não foi o facto de se a pessoa em questão era ou não competente para a função mas sim o facto de ele ser um mero coronel, e ia parecer mal quando aparecesse nas reuniões onde estivessem generais ser ele estar a dar as instruções :o

Mais depressa sabemos o que se passa sobre o estado das Forças Armadas Portuguesas num artigo da Jane´s ou consultando fontes externas na INTERNET que se passarmos o tempo nos sites das nossas FA ou do MDN. Sem contar que é mais fácil saber o que se passa nas Forças Armadas dos EUA, R. Unido,ou França do que em Portugal.

A muita pouca transparência (na minha opinião pessoal) nos gastos realizados ao abrigo da LPM, e outros gastos. A titulo de exemplo o ano passado a Marinha nem se dignou apresentar o seu relatório de actividades, ao contrário da FAP ou do Exército, e até 2022 será a mais beneficiada pela LPM.

Nada disso é óbice a que a Força Aérea voe, ou os navios da marinha patrulhem, ou que até mandemos uma ou duas companhias para umas missões no estrangeiro, mas isso deve-se ao profissionalismo do pessoal directamente envolvido. Como em qualquer instituição/empresa que se preze enquanto os trabalhadores realizarem as suas tarefas os decisores têm espaço de manobra para escolher a melhor estratégia. Se a opção for não ter estratégia nenhuma é que estamos mal ;D

Como estamos em Portugal nada impede que subitamente as coisas mudem muito depressa, afinal de contas temos aquela famosa expressão ou oito ou oitenta.

Cumprimentos,
« Última modificação: Maio 26, 2017, 05:46:35 am por perdadetempo »
 

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Ramos

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #102 em: Maio 26, 2017, 12:27:02 pm »
Não há nada de errado com as suas hipérboles. É aliás saudável e refrescante ver que ainda há quem escreva muito bem em português. Eu é que passei uma ideia errada pela forma como escrevi – relendo, salta à vista que fiquei momentaneamente focado na árvore e me esqueci que estava a tentar falar da floresta.  ;)
Para esclarecer: também sou do mais civil que há, também sou do tempo do SMO, e também tenho tendência a ver a realidade das Forças Armadas mais na perspectiva do copo meio vazio (embora dê de barato que o exercício que fiz atrás com a ORBAT possa indicar o contrário).
Dito isto, também acredito que embora possa por vezes ser extremamente difícil fazer mais, é quase sempre possível tentar fazer melhor. Muito embora ninguém de bom senso vá a uma entrevista de emprego sugerir que o CEO é um incompetente que devia ser posto a andar, tal não impede ninguém de, uma vez dentro, tentar melhorar a realidade da organização.
É fácil? Não, não é. É habitualmente desgastante e cansativo, provoca o embranquecimento precoce do couro cabeludo, e acaba muitas vezes com indivíduos derrotados pela entropia, postos no olho da rua ou com carreiras congeladas. Acredito porém que vale sempre a pena lutar – não tanto no sentido de reivindicar, mas sim e sobretudo no sentido de melhorar.
A realidade do mundo em que vivemos obriga qualquer organização a estar constantemente a adaptar-se  e a mudar, em maior ou menor grau, para conseguir sobreviver e prosperar. No caso concreto das Forças Armadas, parto do principio de que as hierarquias têm consciência da realidade do mundo em que vivem. Mas num certo sentido, também acredito (e pegando naquilo que escreve), que continuam esperançosas no regresso do SMO. E como acho altamente improvável que uma decisão dessas, a acontecer no futuro, fosse motivado por uma escolha racional, a alternativa seria a de que teria sido a opção possível para lidar com um cenário que provavelmente ninguém deseja.
Entretanto, os anos vão passando, e a situação das Forças Armadas vai-se degradando.
Duas notas a propósito de pontos prévios:
Quando falo de Batalhões, o meu conceito é um bocadinho plástico – para mim, um Batalhão de Operações Especiais a duas companhias de atiradores, com uma CCS (que não é de todo necessariamente composta por pessoal das OE’s), imagino algo em torno das 350 pessoas, das quais umas 250 são efetivamente militares de OE’s. Mas concordo que actualmente deve ser extremamente difícil manter sequer um efectivo permanente dessa ordem de grandeza nesta especialidade. Veja-se o caso dos Comandos, que têm 3 CAT, com efectivos que, no conjunto, mal devem dar para assegurar duas CAT completas. Já quando falo de Batalhões de Infantaria mecanizada com tudo aquilo a que têm direito lá dentro, falo de unidades que, provavelmente, andarão à volta dos 750 a 800 homens.
A propósito do capitão Blunt, e para quem não conhece o episódio:
http://www.independent.co.uk/news/people/news/how-james-blunt-saved-us-from-world-war-3-2134203.html
Cumprimentos,


 
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Stalker79

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #103 em: Maio 30, 2017, 11:03:49 pm »
Bem já agora , permitam-me por a minha listinha!

Marinha:

3 - Iver Huitfeld
+1 209PN
1 - AOR/ apoio logistico
1 - LHD MDR-150
3 a 5 -Corvetas tipo Damen 8313/DCNS Gowind 2500
8 - NH90 + 5 NH90 NFH

Exercito:

Leopard 2A6 - 100 + trainer e recover´s
Pandur 2 + 70 unidades
Sistemas NASAMS 2 - 4/6 (a minha preferencia até é o sistema Pantsir S2 russo, mas enfim)
240 - Blindados 4x4
50 - MRAP + 12 MRAP Buffalo
12 -  M270 MLRS (A noruega tem 12 sistemas guardados em reserva)
Camiões e equipamento de logistica novos assim como maquinas para engenharia.
Sistemas AVENGER - ?
Sistemas Patriot - 2/4
Aquisição de mais 18 M109 e actualizar todos para versão Paladin.
O raio da espingarda nova!  - H&K 433 - 50.000/100.000
Misseis anti-carro novos - Spike/Javelin/Milan
Missil ALAC para substituir o M72 LAW - ?
RPG Airtronic (PSRL) - ?
Baterias de defesa costeira curto/medio alcance - Marte/Exocet - ?
Drones MQ-9 Reaper - 4/8

Força aerea:

Actualizar os F16 para a versão V
30/40 F35 lá para perto de 2030
6/8 Super Tucano/ Textron scorpion/L-159 ALCA
6 - KC390
+4 C295
2 AN70
12 trainers - M346/FA-50/Boeing TX
8/12 - AW139
6 - AW 009
Misseis de cruzeiro - Som/Jassm/Taurus 350K/Popeye Turbo - 40/50


Para agora não me lembro de mais nada, mas penso que seria mais do que suficiente tanto para poder aumentar a capacidade de defesa interna, dissuadir alguem que tivesse "ideias" e melhorar a nossa partiçipação nas missões internacionais. :G-beer2:





« Última modificação: Junho 02, 2017, 02:58:50 pm por Stalker79 »
 

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Re: As minhas Forças Armadas
« Responder #104 em: Maio 31, 2017, 10:38:04 am »
Não faz muito sentido ter sistemas redundantes.
Se tens submarinos não precisas de sistemas de defesa costeira.
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."