Programa de substituição do C-130

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1395 em: Abril 06, 2019, 02:15:48 pm »
Pelo facto do 390 como reabastecedor não servir para os nossos F's, para mim só esta limitação seria condição que afastaria logo, a escolha desta aeronave !

Abraços

Aliás, os únicos aviões que a FAP têm que não usam este sistema são os F16.

 ;)
 

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Victor Fukushima

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1396 em: Abril 06, 2019, 02:26:56 pm »
O portfólio de defesa da Embraer e empresas afiliadas na LAAD 2019.

 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1397 em: Abril 06, 2019, 11:32:56 pm »
Pelo facto do 390 como reabastecedor não servir para os nossos F's, para mim só esta limitação seria condição que afastaria logo, a escolha desta aeronave !

Abraços

Aliás, os únicos aviões que a FAP têm que não usam este sistema são os F16.

 ;)

Aliás, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade para serem abastecidos no ar são... os F-16.  :)
« Última modificação: Abril 07, 2019, 03:28:46 am por NVF »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1398 em: Abril 07, 2019, 11:30:59 am »


Um exemplo de aeronave no qual foi adoptada a solução raked wingtip em vez dos "tradicionais" winglets, foi o P-8 Poseidon. Que curiosamente a versão civil de onde deriva possui os winglets.

E curioso também é o facto de ser a Boeing que usa quase exclusivamente este método (excepção feita ao segmento E2 da Embraer), do 747-8 ao P-8, passando pelo 767, 777 e 787.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1399 em: Abril 07, 2019, 01:23:19 pm »
Pelo facto do 390 como reabastecedor não servir para os nossos F's, para mim só esta limitação seria condição que afastaria logo, a escolha desta aeronave !

Abraços

Aliás, os únicos aviões que a FAP têm que não usam este sistema são os F16.

 ;)

Aliás, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade para serem abastecidos no ar são... os F-16.  :)

OS EH-101, também (pelo menos têm o material para isso, agora não o usam porque não têm como). Os C-295 também levam lança (os nossos não trouxeram nada).
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1400 em: Abril 07, 2019, 02:59:40 pm »
Pelo facto do 390 como reabastecedor não servir para os nossos F's, para mim só esta limitação seria condição que afastaria logo, a escolha desta aeronave !

Abraços

Aliás, os únicos aviões que a FAP têm que não usam este sistema são os F16.

 ;)

Aliás, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade para serem abastecidos no ar são... os F-16.  :)

OS EH-101, também (pelo menos têm o material para isso, agora não o usam porque não têm como). Os C-295 também levam lança (os nossos não trouxeram nada).

Não esquecer o C-130 que pode ser equipado para receber combustível por ambos os métodos. No entanto, o facto de outros operadores possuirem determinado tipo de aeronave, com determinada capacidade, não impede que a FAP não possa operar essas aeronaves sem essa capacidade. Mais uma vez, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade (instalada e certificada) para serem abastecidos no ar são os F-16.
« Última modificação: Abril 07, 2019, 03:00:01 pm por NVF »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1401 em: Abril 07, 2019, 03:51:37 pm »

A Embraer revela novidades sobre o Programa KC390 na LAAD 2019
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1402 em: Abril 07, 2019, 03:54:37 pm »
Pelo facto do 390 como reabastecedor não servir para os nossos F's, para mim só esta limitação seria condição que afastaria logo, a escolha desta aeronave !

Abraços

Aliás, os únicos aviões que a FAP têm que não usam este sistema são os F16.

 ;)

Aliás, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade para serem abastecidos no ar são... os F-16.  :)

OS EH-101, também (pelo menos têm o material para isso, agora não o usam porque não têm como). Os C-295 também levam lança (os nossos não trouxeram nada).

Não esquecer o C-130 que pode ser equipado para receber combustível por ambos os métodos. No entanto, o facto de outros operadores possuirem determinado tipo de aeronave, com determinada capacidade, não impede que a FAP não possa operar essas aeronaves sem essa capacidade. Mais uma vez, os únicos aviões que a FAP tem actualmente com capacidade (instalada e certificada) para serem abastecidos no ar são os F-16.

Tal como disse o NVF, e bem, existem 3 aeronaves diferentes no inventário da FAP com capacidade de ser reabastecidas em voo, porém apenas uma o pode de facto tendo os outros dois sistemas de armas "provisões" para tal (jargão militar para poderia mas não faz/tem):

- Lockheed Martin F-16AM/BM  :arrow: Flying boom


- Airbus C-295M (provisões para AAR)  :arrow: Probe & Drogue


- Leonardo EH-101 (provisões para AAR) :arrow: Probe & Drogue



O C-130 também poderia ser (dependendo da versão pode utilizar um ou outro método de reabastecimento), no entanto cá a única hipótese disso seria se se optasse pelo C-130J.  Num futuro próximo, com F-16V, F-35A ou F-15X imperará sempre o sistema "flying boom"; pelo contrário, se a escolha recair no Gripen, Eurofighter ou Rafale, o método a utilizar será o "probe & drogue". Eventualmente com o F-16V Viper poderíamos adquirir o sistema CARTS (Conformal Air Refuelling Tanker System) de modo a que o caça pudesse hipoteticamente vir a ser reabastecido pelo KC-390 ou KC-130J.

Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1403 em: Abril 07, 2019, 06:47:33 pm »
CJ penso que é a estes F16 que te referes

The F-16 gets a Conformal Aerial Refueling Tank System (CARTS)

August 2, 2010 (by Lieven Dewitte) - Although the F-16 has been exported worldwide for 35 years now it can only be refueled in air by the handful of air forces that fly boom-equipped tankers.



F-16s Conformal Aerial Refueling Tank System (CARTS) introduced at Farnborough in 2010. [Photo by David Drais]

Now that hose and drogue refueling is mandatory for India's Medium Multi-Role Combat Aircraft contest, four companies teamed up to develop the Conformal Air Refueling Tanker/System (CARTS). The CARTS development, led by the Lockheed Martin Skunk Works, has been in the works since July 2007.

Lockheed Martin is responsible for overall system engineering, integration, aircraft modification, and project leadership; Hindustan Aeronautics Limited (India) is responsible for CARTS tank design and probe integration; Flight Refueling Limited (UK) is responsible for the telescoping fuel probe design and integration; and Israeli Aerospace Industries Limited (Israel) is responsible for technical consulting associated with the tank design.

CARTS is an F-16 refueling probe which telescopically extends and retracts from a purpose-built right-side forward Conformal Fuel Tank. The right aft section and complete left-side conformal fuel tanks require no change. The mechanically driven probe quickly extends the nozzle to its fully extended position just in front of the front pilot’s eye position.

The probe’s prototype has been demonstrated and showcased at the Farnborough Air Show and it can be used on Block 50/52 and block 60 variants.

The production model will be available in 2012 and HAL is expected to sell the product to other vendors even if the F-16 is not chosen for the MMRCA.

A similar concept (ART/S®) has been developed before by Sargent Fletcher. They modified a 370-Gallon wing tank to accept a retractable probe that permitted an F-16 aircraft to receive fuel from a Probe/Drogue-equipped tanker.

Tests were conducted with the ART/S® installed on the specially configured F-16 Variable Stability In-flight Simulator Test Aircraft (VISTA). These test flights confirmed that the ART/S® was compatible with various aircraft computer programs.





http://www.f-16.net/f-16-news-article4163.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/General_Dynamics_F-16

FAP e o Peace Atlantis II

Em 1996 foi efectuado um pedido adicional de 21 F-16A e 4 F-16B. Este segundo lote de F-16 em segunda mão, destinavam-se à substituição directa do A-7P na função de ataque ao solo e seriam capacitados para ataque diurno e nocturno pela actualização MLU. A 20 de Novembro de 1997 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anuncia a disponibilidade de 25 F-16A/B Block 15 usados a custo zero, sendo Portugal responsável pelo seu transporte. A carta de intenções é assinada a 30 de Novembro de 1998 e inclui as 25 aeronaves usadas a custo zero, novos motores F100-PW-220E, transporte, apoio logístico e vinte kits de modernização MLU, pelo valor de 268 milhões de dólares (preços de 1998) pagos em prestações até ao ano de 2004. A este programa foi dado o nome código Peace Atlantis II.

Todas as aeronaves operam na Base Aérea nº5 em Monte Real, divididas por duas Esquadras:
•   Esquadra 201 - Falcões - constituída pelos aviões fornecidos pelo programa Peace Atlantis I.
•   Esquadra 301 - Jaguares - constituída pelos aviões fornecidos pelo programa Peace Atlantis II.

Actualização MLU
com a vinda do segundo lote de F-16, foram adquiridos também 20 Kits MLU para a respectiva actualização (cinco das aeronaves foram armazenadas para peças de substituição), mais tarde foram adquiridos mais 18 Kits, elevando para 38 as unidades actualizadas ou em fase de actualização, ou seja a totalidade dos F-16 operacionais. Os Kits comprados inicialmente eram modelo 2, entretanto estão já actualizados ao nível do F-16C/D Block 50/52, equiparando-os aos dos restantes parceiros Europeus da NATO. Se os prazos forem cumpridos todo o programa de actualização estará cumprido no final de 2011, ao ritmo de um avião por cada dois meses. Os aviões já actualizados são oficialmente designados F-16AM/BM.

Pelo que li, os nossos F16, quando promovidos a ViperZões, podem ser equipados com o sistema CARTS.


Abraços
« Última modificação: Abril 07, 2019, 07:02:29 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1404 em: Abril 08, 2019, 11:53:10 am »
Alguém me sabe dizer quantas toneladas foram transportadas para Moçambique pelos C-130?
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1405 em: Abril 08, 2019, 01:21:37 pm »
Alguém me sabe dizer quantas toneladas foram transportadas para Moçambique pelos C-130?

Mais de 18 toneladas (fora pessoal), dados da própria Esq. 501:

Citar
Esquadra 501 - Bisontes
26 de março às 22:34

Com a situação a estabilizar, apesar de ainda muito complicada. A Esquadra 501 sai com o sentimento de ter feito justiça ao seu Lema: “Onde Necessário, Quando Necessário.” Em duas saídas completámos 76H20M de voo em 4 dias. 2 aeronaves. Empenhamento de dezenas de militares da 501 e de toda a Força Aérea em coordenação com meios de todo o Ministério da Defesa Nacional. É um orgulho poder cumprir o nosso dever, ajudar os nossos compatriotas além fronteiras e um país amigo e o seu povo.

Transportadas mais de 18 toneladas de carga, a equipa de fuzileiros da FRI com estado maior, equipa de saúde militar, engenharia, comunicações e todo o apoio logístico necessário. Permitiu colocar no terreno uma equipa multidisciplinar que inclui a Proteção Civil, bombeiros, médicos e GNR. Sentimos que fizeram a diferença nos primeiros momentos da crise. Continuamos sempre aqui prontos a responder a qualquer solicitação.
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1406 em: Abril 08, 2019, 01:26:28 pm »
CJ penso que é a estes F16 que te referes

The F-16 gets a Conformal Aerial Refueling Tank System (CARTS)

August 2, 2010 (by Lieven Dewitte) - Although the F-16 has been exported worldwide for 35 years now it can only be refueled in air by the handful of air forces that fly boom-equipped tankers.



F-16s Conformal Aerial Refueling Tank System (CARTS) introduced at Farnborough in 2010. [Photo by David Drais]

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CARTS is an F-16 refueling probe which telescopically extends and retracts from a purpose-built right-side forward Conformal Fuel Tank. The right aft section and complete left-side conformal fuel tanks require no change. The mechanically driven probe quickly extends the nozzle to its fully extended position just in front of the front pilot’s eye position.

The probe’s prototype has been demonstrated and showcased at the Farnborough Air Show and it can be used on Block 50/52 and block 60 variants.

The production model will be available in 2012 and HAL is expected to sell the product to other vendors even if the F-16 is not chosen for the MMRCA.

A similar concept (ART/S®) has been developed before by Sargent Fletcher. They modified a 370-Gallon wing tank to accept a retractable probe that permitted an F-16 aircraft to receive fuel from a Probe/Drogue-equipped tanker.

Tests were conducted with the ART/S® installed on the specially configured F-16 Variable Stability In-flight Simulator Test Aircraft (VISTA). These test flights confirmed that the ART/S® was compatible with various aircraft computer programs.





http://www.f-16.net/f-16-news-article4163.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/General_Dynamics_F-16


É esse mesmo tenente, ressuscitado agora para o F-21 indiano (ex-F-16IN Block 70/72 Super Viper), e que será igualmente opção para o Viper.
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1407 em: Abril 08, 2019, 04:44:52 pm »
Alguém me sabe dizer quantas toneladas foram transportadas para Moçambique pelos C-130?

Mais de 18 toneladas (fora pessoal), dados da própria Esq. 501:
 
[/quote]

Obrigado. Queria calcular o tempo que ambas as aeronaves demorariam a chegar com a carga transportada mas falta-me algumas variáveis que sem isso não é possivel (alcance do C-130 com 10Tn de carga..)!

Se alguém souber agradecia a partilha, senão fica para uma próxima  ::)
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1408 em: Abril 08, 2019, 11:14:08 pm »
« Última modificação: Abril 08, 2019, 11:18:06 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #1409 em: Abril 10, 2019, 06:50:22 pm »
Portugal mais próximo de avançar para os aviões KC-390, depois de reunião com a Boeing
Ministro João Gomes Cravinho recebeu representantes da Boeing e ouviu garantias de que setor da construção aeronáutica em Évora vai sair reforçado com a compra dos aviões de transporte tático

A Boeing pediu a reunião, o ministro da Defesa acedeu a receber a fabricante americana e, no final do encontro, saía reforçada a ideia de que a compra de cinco novos aviões de carga KC-390 à sua parceira brasileira Embraer (com mais um de opção) está alinhada e pronta a passar para o papel. Só falta desbloquear os muitos milhões necessários para o negócio.

O encontro entre o ministro João Gomes Cravinho e representantes da fabricante aconteceu esta terça-feira no Ministério da Defesa Nacional. Ao ministro, a Boeing levou garantias de que a recente parceria estratégica com a Embraer não terá qualquer impacto na operação militar da fabricante brasileira.

Essa era uma das questões em aberto depois de, no ano passado, ter sido anunciado um acordo entre as duas empresas que, por um lado, dá à Boeing um fatia de 80% da atividade comercial e de serviços da Embraer. Por outro lado (no que respeita aos aviões militares), divide a meio a participação no acordo para promover as vendas do KC-390 (a brasileira fica com uma participação 51% do negócio). Num comunicado divulgado em agosto de 2018, as empresas anunciavam a assinatura de um memorando para a construção de aviões comerciais no valor de 4 mil milhões de euros.

Apesar das garantias dadas na altura pelo presidente da Embraer, assegurando que, “para as equipas dedicadas à defesa e segurança, aviação executiva, aviação agrícola, serviços e suporte, nada muda”, o negócio gerou reservas junto dos países interessados na compra dos aparelhos de transporte tático militar.

A missão da Boeing passava por "tranquilizar" o responsável da pasta militar português. A VISÃO sabe que João Gomes Cravinho ouviu dos representantes da fabricante dos EUA a garantia de que “a joint venture não prejudica a Embraer” e a mensagem de que a compra dos KC-390 terá um “impacto positivo” nas fábricas da empresa brasileira em Évora, parte de um cluster aeronáutico português que, com a parceria entre as duas fabricantes, vão passar para o controlo da Boeing.

Aquilo que se prevê – e que a Boeing trazia como mensagem para Gomes Cravinho – é que o negócio das aeronaves contribua para a expansão da subprodução neste setor em Portugal e que daí resulte um “efeito de contágio” a outras empresas estabelecidas em Portugal. Uma nota que pode agradar aos partidos da esquerda parlamentar, que têm manifestado preocupação com o futuro dos trabalhadores deste setor.

O encontro desta terça-feira está a ser encarado como “mais um passo para a aquisição” das cinco aeronaves de transporte tático que vão equipar a Força Aérea Portuguesa, num negócio de quase 830 milhões de euros. É um absoluto virar da página depois de, nos últimos meses, as negociações entre Portugal e a Embraer terem tremido. Sobretudo quando a fabricante brasileira começou a revelar a intenção de subir o preço da fatura dos aviões que vão substituir os atuais C-130. Gomes Cravinho chegou mesmo a dizer que o valor já avançado (827 milhões de euros) era uma “condicionante absoluta” do negócio, Portanto, nem mais um cêntimo.

Nessa mesma linha, ainda em janeiro deste ano, o general Manuel Rolo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, disse no Parlamento, no momento em que se discutia na especialidade a Lei de Programação Militar para os próximos 12 anos, que “o Estado não quer ver ultrapassado" o valor já estabelecido com o fabricante. “Estamos numa negociação férrea e começa a prevalecer a opinião de que, se a Embraer não vier para este valor, o Estado português terá de ir para outras opções", afirmou o general. “Esse é também o sentimento do ministro da Defesa Nacional”, o de fazer "sentir à Embraer que podem ser pensadas outras opções, se eles não quiserem entrar neste nível de negociação para este patamar financeiro”, acrescentava ainda.

Bluff negocial ou não, a verdade é que o discurso da Embraer mudou e a empresa voltou discutir o valor já consensualizado com o Estado português para a concretização do negócio. Do lado português, um dos argumentos mais fortes na negociação é o de que a concretização do negócio abre a empresa a um mercado em que até agora não tem tido participação: é que Portugal é, para todos os efeitos, um parceiro NATO, e a utilização de aparelhos da Embraer com certificação neste contexto militar representa um aumento considerável do número de potenciais clientes.

Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2019-04-10-Portugal-mais-proximo-de-avancar-para-os-avioes-KC-390-depois-de-reuniao-com-a-Boeing
« Última modificação: Abril 10, 2019, 06:51:50 pm por PMFM »