Desembarque Anfibio em Portugal

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JNSA

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« Responder #15 em: Abril 30, 2004, 07:02:44 pm »
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João, essa informação não é correcta. De momento o pelotão de atiradores especiais dos "Rangers" já conta com 14 membros.


Obrigado Ricardo. Com mais dois binómios, podemos proteger mais dois cruzamentos das hordas espanholas... As nossas forças crescem a olhos vistos  :lol:   :wink:
 

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dremanu

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« Responder #16 em: Abril 30, 2004, 07:22:19 pm »
Nos estamos a falar do que se poderia fazer, e não do que se pode fazer hoje. Vc não acha que Portugal de um momento para o outro poderia mudar as nossas capacidades militares? Mobilizarmos a população Portuguêsa, e a nossa capacidade nacional para a defesa do país? Basta as pessoas quererem manter a independência do país, que todos os meios nacionais são re-direcionados a esse fim.

Se ouvesse uma ameaça clara, ou se se advinha uma ameaça de futuro bem clara, não tenho dúvidas que começariamos a comprar rapidamente os meios necessários para nos defendermos.

Hoje se não temos, é porque não existe uma ameaça imediata, ergo não existe necessidade, nem vontade, de agir com rapidez para comprar os meios que se requerem.

E os meios militares que se requerem são dependentes das condições militares que se vão encontrar pela frente, e da estratégica militar a ser empregue. Sendo assim não dúvido que rapidamente comprariamos artilharia, minas, armas para snipers, etc, etc...

Sim existe GPS e tudo o mais, e depois? E as tropas americanas que se perderam no meio do deserto Iraquiano, e foram emboscadas e mortas pelos guerrelheiros? Acho que eles tb tinham GPS, e serviu de alguma coisa.

E p'ra quê facilitar sejá o que for às tropas invasoras? Vc deve complicar e dificultar o avanço das tropas invasoras por todos os meios possíveis. Quanto mais se consegue reduzir o ímpeto do ataque do invasor, mais vc prolonga a guerra, e consegue dominar ou impor o ritmo que mais lhe convêm como defensor. É difícil manter um ritmo elevado de movimento continuo, durante longos periodos de tempo, especialmente ao ataque, porque eventualmente as tropas tem que descansar. O material tem que receber manutenção, etc, etc...

Eu não sou nenhum expert em questões de artilharia, mas mesmo assim aqui vai a minha opinião:

Vc tá muito preocupado com o uso de helis, qual seria a nossa vantagem ao fazer isso? 40kms chega e sobra, acredito que se poderia encontrar um posicionamento estratégico para várias peças de artilharia que abrissem fogo em barragem continua contra tropas de ataque, sem precisar de estarmos a usar helis. O nosso país têm muitas serras e locaís de díficil acesso, e se hojé é mais fácil, é porque temos as estradas novas, e mesmo assim ainda é dificultoso.

Por algum lado os tanques e a infantaria teriam que avançar, e esse avanço teria que ser feito pelas vias de acesso que são conhecidas pelo inimigo, e sendo que muitas das nossas estradas passam pelo meio de serras, ofereceriam vários locais propícios a emboscadas e ataques diretos sem precisar de estar muito preocupado em fazer bombardeamentos de longa-distância.

E que tipo de veículos poderiam ser usado como postos de observação, motas a todo-o-terreno que rapidamente podem se mover de um lado para o outro, e que com certeza são mais difíceis de identificar que um carro militar de um exército convencional.

As armas anti-tanque a usar é tal qual as que usam os Iraquianos, aqueles RPG que funcionam às mil maravilhas. Então no nosso terreno montanhoso, provavelmente fariam rázias, sendo que ao disparar de cima para baixo aumenta a força kinética do projétil.

E a preocupação da desminagem é irrelevante, o primeiro objectivo é sobreviver e conter o ataque do inimigo, depois ganhar a guerra, e por fim limpar os resultados da mesma.

Quero lá saber dos palestinianos para alguma coisa, eles que se lixem. O problema da sobrevivência deles, é deles e não meu. Se os Espanhoís atacassem Portugal, nós temos é que lutar pela nossa sobrevivência e mais nada. E a questão dos palestinianos é diferente, porque eles fazem ataques à população, e não estam dispostos a aceitar um compromisso para a situação deles, que é compartilhar o país com os Israelitas. Neste caso seria um poder estrangeiro a tentar invadir e dominar o nosso país, algo completamente diferente da situação dos palestinianos.

E não creio que os Espanhoís nos conseguissem dominar completamente no ar, logo de imediato, porque temos aviões suficientes para lutar contra eles, acho o mais perigoso o uso de mísseis de longo-alcance, para ataques contra as bases Portuguêsas. Teriamos que ter meios anti-áereos para nos defendermos, talvéz esses são os mais importantes...

Bom, basta, chega de escrever, o meu ponto é que, estratégias de defesa não nos falta, e os Espanhoís até podiam conseguir invadir Portugal, mas teriam que dar o litro para o conseguir, e teriam que estar dispostos a pagar um preço bem caro. E claro nós tb, teriamos que pagar um preço bem caro para manter o nosso país.

O que não se admite é ter atitudes derrotistas, senão se acredita na capacidade das nossas FA, e no nosso país, para que a existência tanto de um, quanto do outro.

Abraços....
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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JNSA

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« Responder #17 em: Abril 30, 2004, 07:43:45 pm »
Dremanu, eu concordo consigo quando diz que é preciso criar obstáculos às forças inimigas. Isso nem se discute.

Mas este tópico é sobre a situação actual. Veja o primeiro post:

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Que outros locais seriam os escolhidos pelos invasores e qual seria a resposta de Portugal com os meios que possuem actualmente as Forças Armadas ( 12 Abril 2004) ?

 :D

Abraços
JNSA
 

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Spectral

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« Responder #18 em: Abril 30, 2004, 07:47:34 pm »
JNSA,

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Os Milan sozinhos não chegam para dar conta de uma força blindada por três razões muito simples:
- não os temos em quantidade suficiente
- não são da versão mais recente
- os nossos soldados raramente podem disparar um, logo o seu treino é no mínimo insuficiente...

Mas mesmo que reunissemos estas condições continuavam a faltar:
- meios de deslocação para colocar as forças em posição de emboscada (quer hélis, quer blindados ligeiros)
- meios de informação para saber a posição do inimigo
- meios de contra-mobilidade (engenharia) para guiar as forças mecanizadas para campos de fogo previamente preparados (os chamados "killing alleys"
- meios aéreos para garantir, pelo menos, a paridade, sob pena de ser destruído pelas forças de CAS mesmo antes de entrar em combate com os CC's...


estamos a falar de 30 T-72, um tanque dos anos 70 cheios de deficências fatais ( o auto-carregador, os pontos fracos da torre).

Suponho que por esta altura a BAI já tenha em maioria os MILAN II , mas mesmo os MILAN I são capazes de lidar com os T-72. Além de que os cerca de 30 lançadores ( alguém tem números)

A BAI é supostamente uma força de infantaria ligeira, que possui armamento anti-carro razoável ( dá para este cenário). Actuando na DEFENSIVA ( aqui é que é importante), a BAI tem obrigação de parar um grupo de 30 T-72 ( mesmo que que acompanhados por um batalhãozeco de infantaria em BMP ou BTR). A palavra chave é defesa: uma força de infantaria ligeira ( equipada propriamente) consegue defender uma área de uma força semelhante mecanizada ( além da velha máxima dos 3 para 1 sempre que se ataca), mas não consegue atacar território contra uma força mecanizado, enquanto que esta consegue realizar as 2 opções.

E se a BAI está realmente mal treinada ( relativamente) e faltam-lhe "force multipliers", os marroquinos tb não devem estar muito melhores...

Ah e contra a Espanha sim, o melhor era logo passar-se à fase da guerra de guerrilhas.  :wink:

cumptos
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JNSA

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« Responder #19 em: Abril 30, 2004, 09:44:49 pm »
Spectral, eu não estava a falar do cenário contra as forças marroquinas, mas sim contra as espanholas, ou seja, uma invasão de larga escala protagonizada pelos Leopard 2. Claro que contra 30 T-72 podemos nós...  :lol:  )

Abraços
JNSA
 

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Spectral

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« Responder #20 em: Abril 30, 2004, 10:05:33 pm »
Ahhh, eu desde o início apenas me referia à situação contra os marroquinos  :P

Realemente, há por aí uns upgrades bastante razoáveis do T-72 ( o T-90 é baseado no T-72 p. ex. ) mas continuo a achar que o auto-loader em carrocel é uma armadilha perfeita na torre.

re: MILAN vs LEO : (apenas teoricamente é claro:) ) eu diria que o Milan 2 é capaz de penetrar a lateral de um LEO2A4 com um pouco de sorte. Não diria o mesmo do LEO2A5/A6..

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Jorge Pereira

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Dúvidas
« Responder #21 em: Abril 30, 2004, 10:55:51 pm »
Citação de: "JNSA"
Os Milan sozinhos não chegam para dar conta de uma força blindada por três razões muito simples:
- não os temos em quantidade suficiente
- não são da versão mais recente
- os nossos soldados raramente podem disparar um, logo o seu treino é no mínimo insuficiente...

Citação de: "Spectral"
Suponho que por esta altura a BAI já tenha em maioria os MILAN II , mas mesmo os MILAN I são capazes de lidar com os T-72. Além de que os cerca de 30 lançadores ( alguém tem números)



O número de lançadores MILAN na Companhia Anti-Carro da BAI é de 21.
A versão do míssil utilizada é a 2T que substituiu a cabeça explosiva simples por uma dupla em tandem, o que confere a BAI a capacidade para destruir qualquer carro de combate (incluindo os de última geração) a uma distância compreendida entre 25 e 2000 metros.
No que diz respeito ao treino a BAI possui 2 simuladores DX 143 que estão dotados com uma câmara CCV de televisão. Alem de que, todos os anos são programados 8 lançamentos reais de mísseis, cifra esta muito superior aos de outros exércitos. (as companhias francesas, só a titulo de exemplo, disparam só 2 ou 3 por ano), para já não falar dos 8 grandes exercícios anuais (um deles feito no exterior).
Nem tudo é tão mau como parece, agora o que eu acho uma lacuna inacreditável na nossa defesa é a quase total ausência de uma digna defesa antiaérea. Ate quando? Ao que tudo indica já começaram alguns movimentos nesse sentido para colmatar essa brecha e penso que dentro de pouco tempo teremos surpresas 8)… vamos esperar para ver :jaja: .
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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FFAP

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« Responder #22 em: Abril 30, 2004, 11:09:40 pm »
Bem, como se falou dos meios do Exército, aqui vai uma lista de 1997:

  -Carros de Combate: 92 M 60A3 TT
  -Blindados de reconhecimento: 15 V-150 Cadillac Commando  com canhão de 90mm, 18 Panhard ULTRAV  M-11.
  -Blindados de transporte: 300M-113 (alguns não operacionais)(hoje penso que são perto de 500), 65 V-200 Bravia Chaimite.
 
  Artilharia

  - Rebocada: 105mm  - 54 M-101, 24 M-56(em depósito)
                     140mm  - alguns 5-5 polegadas(não operacionais)
                     155mm  - 40 M-114A1(muitos em depósito)

  -Autopropulsada: 155 - 6 M-109A2(em 2002 havia 20) a modernizar para a versão A5,
                         
    -Morteiros:  107mm  - 62 M-30(incluindo 16 autopropulsados)
                      120mm  - 82 Tampella(alguns em reserva)
                        81mm  - mais de 40 incluindo alguns autopropulsionados em V-200
                        60mm  - incluindo "long range"(QUE É ISTO???) algumas dezenas

   -Canhões sem recuo: 85mm  - 54 Carl Gustav(BAI)
                                   90mm  - 112
                                   106mm  - 128 M-40 (muitos em depósito)

  -Misseis Anti-Tanque(lançadores): 50 TOW-1, incluindo 42 M-113 e 4 M-901 autoproporcionados
                                                   51 Milan

  Artilharia Anti-aérea(não operacional em 1997 por critérios tácticos):

   -Alguns M-163 Vulcan(NUNCA OS VI)
   -Gh-22 bitubo de 20mm
   -L-60 de 40mm


   Misseis Antiaéreos:

- 5 sistemas quádruplos de curto alcance MIM M48A1 Chaparral(24 misseis com mais 24 previstos)
- 40 Stinger previstos(alguns - 15 - em depósito, mas sem "pod"(plataforma portátil) de lançamento em quantidades relevantes)



   Tal como disse no inicio, são dados de 1997, logo hoje devem estar um pouco desactualizados...
  Info retirada do livro "Guerra em Paz"
Um abraço

EX MERO MOTU
 

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JNSA

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« Responder #23 em: Abril 30, 2004, 11:12:29 pm »
Citar
No que diz respeito ao treino a BAI possui 2 simuladores DX 143 que estão dotados com uma câmara CCV de televisão. Alem de que, todos os anos são programados 8 lançamentos reais de mísseis, cifra esta muito superior aos de outros exércitos. (as companhias francesas, só a titulo de exemplo, disparam só 2 ou 3 por ano), para já não falar dos 8 grandes exercícios anuais (um deles feito no exterior).


Isto é novidade para mim, Jorge. Creio que ainda no ano passado saiu numa revista (tenho quase a certeza que foi na Visão, mas não posso garantir) um artigo que salientava exactamente a falta de treino que existia em relação aos mísseis anti-carro, pelo número muito baixo de disparos que eram realizados por ano. Se for verdade o que diz, e acredito em si, como é óbvio, então é muito bom sinal  :?  :cry:  Se isto era assim com uma munição não guiada, então não vejo que a situação possa ser muito melhor com os mísseis anti-carro...

Abraços
JNSA
 

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papatango

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« Responder #24 em: Abril 30, 2004, 11:31:30 pm »
Naturalmente não refiro as questões da Espanha, dado estarmos a falar de um desembarque. A Espanha é o unico país á face da terra que não necessita de desembarques anfibios para nos atacar.

Lembrei-me naturalmente da questão de Marrocos, no caso de alguma movimentação de fanáticos muçulmanos.

Marrocos tem um LST, capaz de desembarcar 29 tanques.

Marrocos tem mais de 70 unidades do T-72B.
Peso: 44.5 Ton
Tripulação: 3
Potência: 840Hp
Vel. Máxima: 60Km/H
Peça principal: canhão de 125mm estabilisado (carregador automático, com 22 munições prontas mais 23 guardadas no casco), perfurante e alto explosivo.
Peça secundária: 7.62mm (2000 munições)
Equipamento de visão nocturna, para comandante e condutor. (O condutor tem ainda acesso a sistema de visão de infra-vermelhos)
Computador de tiro e telemetro a Laser
Sistema anti-incêndio automático.
A blindagem do O T-72B pode resistir a disparos frontais de peças de até 122mm.
Está equipado nas laterais da parte da frente com placas de blindagem reactiva (incluidas pela Bielorussia)

Se em condições, não é lá muito viável acabar com este tipo de equipamento.

= = = = =

Se eu fosse marroquino, utilizaria o principal LST  e as outras quatro lanchas que têm (um pouco maiores que a nossa ultima lancha, a Bombarda).

Utilizaria as primeiras três, para desembarcar directamente nas praias, (as lanchas podem desembarcar uns 40 veículos).

Desembarcaria utilizando uns oito AMX anfibios, depois de ter efectuado desembarques com os Chinook, desembarcando assim sobre o aeroporto de Faro com cerca de 300 homens. Utilizaria vinte PUMA, portanto 20x20=400 homens para desembarcar em Olhão (não se pode confiar nos olhanenses)

Com a zona de Faro tomada, desembarcaria com o LST, colocaria no terreno mais 340 homens, 25 tanques T-72B, uma bataria de 5 M110 (canhões de 203mm).

Antes de clarear o dia teria no Algarve:
25 x Tanques T72B
5 x peças de artilharia de 203mm
Munições para as peças de 203mm
8 x tanques anfibios (8x8 – peça de 105mm – 110 Km/H) AMX-30

400 + 400 + 400 + 300 homens de infantaria (1500 homens no total), mais o que conseguisse transportar numa ponte aérea de Hercules, duas viagens para cada um, 80 militares cada, 80 x 10 x 2 = 1600 homens
Total aproximado de 4000 homens
5 x Camiões cisterna
12 x Veiculos de combate de infantaria RATEL
5 x M163 VULCAN (sistemas Anti-aéreos)
4 x viaturas de engenharia
2 x ambulancias
3 x veiculos de comando

Enviaria quatro tanques sobre rodas e uns RATEL contra a base de Beja, para a inutilizar.
O resto enviava-os para norte, com o objectivo de tomar Sines (de passagem. Deixava lá uma companhia para por aquilo na ordem).
Depois o objectivo principal seria tomar O nó rodoviário de Coina. Com esta posição está feita a invasão.

Está tudo feito com uma brigada ...  :wink:  ou a zona do Montijo (Al-Munthaj) :Bajular:  :Bajular:  :Bajular:  :Bajular:  :Cavaleria1:
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Spectral

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« Responder #25 em: Abril 30, 2004, 11:48:36 pm »
Inch Allah , Papatango, Inch Allah

Jorge Pereira e FFAP, muito obrigado pelos números.

Afinal as notícias sobre a BAI não são tão más. Além do treino, os MILAN 2T são como o Jorge Pereira referiu, mísseis de carga dupla, o que lhes dá uma excelente capacidade contra as blindagens reactivas dos T-72 ( além de terem uma boa capacidade de penetrarem o sector frontal). Ainda são mísseis actuais, utilizados por exemplo pelo Reino Unido ( mas daqui a uns 2 anos vão começar a ser substituídos pelos Javelin).

Mas parece-me que o número de lançadores deverá ainda ser superior, porque além da companhia anti-carro ( que na minha opinião devia ser desmenbrada e distríbuida pelos batalhões), vi referida a existência de 6 lançadores por batalhão ( alguém confirma?) .

Os T-72B de Marrocos também não são assim muito superiores aos nossos M60s ( como têm o TTS os nossos devem ter melhores visores/electrónica), tanto mais que como já dissse, estaríamos numa situação defensiva...

Já agora, os AMX-30 são tanques de combate. A sua capacidade anfíbia deve ser algo reduzida ( cruzar rios e semelhante).
Além de que os M110 são peças grandes, pesadas e lentas. Não são exactamente o mais apropriado para uma operação anfíbia...

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papatango

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« Responder #26 em: Maio 01, 2004, 12:23:30 am »
Eh Eh Eh
Os AMX-30 podem facilmente ser desembarcados de lanchas. As peças de 203mm e os tanques são desembarcados do LST, que é, como o nome indica um navio para desembarcar tanques. Só precisa de um molhe (convenientemente tomado antes).

Citar
Os T-72B de Marrocos também não são assim muito superiores aos nossos M60s
São bastante superiores. Marrocos também tem M60A3 e no entanto adquiriu os T-72B. Estes são mais rápidos, com igual ou superior perfil balistico, têm blindagem adicional (Do T-72B nasceu o T-80) e naturalmente, uma peça de 125mm contra os 105mm.

De qualquer forma, num ataque surpresa não haveria grande possibilidade de responder a uma força destas. A questão, claro está, reside na impossibilidade de preparar as forças sem que ninguém saiba.

Nestas condições (segredo absoluto) caso já tivessemos os carros 8x8, até nós chegávamos a Madrid em cinco horas sem ninguém dar por isso.

O problema principal é o secretismo.

No entanto, não nos podemos esquecer que Marrocos poderia lançar esta mesmissima força sobre a Madeira e o Porto Santo e aí a coisa já sería muito diferente.

No entanto nesse caso, não tendo o objectivo de neutralizar a Marinha, a propria subsistência da força atacante estaría em causa, porque atacar a Madeira é possível, mas mante-la, sería impossível.

Já atacando o continente, e chegando ao sul do Tejo, a coisa muda de figura.

A questão tería que se resolver em 24 a 48 horas. E claro está, se eu fosse arabe, atacava na Sexta-Feira á noite. Apanhava toda a gente de férias e com sorte ainda apanhava metade do Estado-Maior a chegar á casa de Fim-de-semana no Algarve.


:D :D

Cumprimentos
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« Responder #27 em: Maio 01, 2004, 01:12:50 am »
É óbvio que os T-72B são superiores no geral aos M60A3TTS, mas como já disse, a diferença não é tão grande como à 1ª vista parece.

Como já referi, existe uma grande diferença entre os equipamentos electrónicos de um e do outro, e quanto à capacidade de fogo, isso depende muito da qualidade das munições dos dois lados ( até pode ser igual a capacidade de penetração).

Quanto à protecção e mobilidade, aí o T72 ganha em toda a linha ( tirando as tais falhas inerentes).

O que eu queria dizer era que numa batalha defensiva, como a que se iria travar, muitas dessas vantagens poderiam ser anuladas.

Quanto às peças de 203 eles não terão nada de mais leve de calibre155/152 ? Volto a repetir que as peças de 203 são lentas, pesadas, necessitam de muita gente e de uma grande cadeia logística e demoram mais tempo a entrar em tiro.

Já agora,um pormenor: o T-80 não evoluiu do T-72B. Tanto o T-72 como o T-80 evoluíram separadamente do T-64 ( o T-72 era uma versão simplificada e o T-80 uma versão posterior mais avançada). Aliás o T-80 surgiu antes do T-72B.

Citar
A questão tería que se resolver em 24 a 48 horas. E claro está, se eu fosse arabe, atacava na Sexta-Feira á noite. Apanhava toda a gente de férias e com sorte ainda apanhava metade do Estado-Maior a chegar á casa de Fim-de-semana no Algarve.


eu só não atacava era no Verão que senão nem havia espaço para passar os tanques com tanta gente :nice:

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emarques

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« Responder #28 em: Maio 01, 2004, 02:37:45 am »
Atenção, ideia estúpida! :)

Vi um ex-sargento de cavalaria americano a dizer que a peça de 105mm do AC-130 seria provavelmente capaz de penetrar a blindagem superior da torre do Abrams com alguma facilidade. Dizia que talvez até as peças de 40mm (Bofors L/60) o conseguissem, e que com certeza seriam capazes de penetrar a blindagem superior da torre de um M60 ou de um T72.

Qual seria a possibilidade de montar algumas das 40mm L/60 da marinha em aviões? Se a FAP conseguisse abrir o espaço aéreo a esses "gunships" improvisados podia-se destruir as forças blindadas invasoras.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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JQT

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Invasão!
« Responder #29 em: Maio 01, 2004, 03:21:44 am »
Não esquecer que Marrocos também tem três BATRAL:



O grande problema deles é que temos submarinos...

O meu plano de invasão marroquina, através de um ataque surpresa, apanhando Portugal totalmente desprevino, seria :

Posicionar forças anfíbias ao largo do Algarve: o LST e os 3 LSM com tropas e Bell 212 a bordo, escoltados pela corveta e pelas duas Floréal. Nessas condições lançaria um ataque aéreo em massa com todos os F-5 e Mirage, reabastecidos pelos KC-130 sobre Monte Real, Beja e o Alfeite tentando abater o máximo de aviões no solo e destruir os navios na base, sobretudo os submarinos. Por essa altura, forças especiais inseridas pelas lanchas de patrulha tomariam o aeroporto de Faro, sendo reforçadas por mais uns pelotões largados por helicópteros desde os navios anfíbios e das Floréal. Uma vez tomado o aeroporto, essas forças seriam reforçadas por tropas aerotransportadas vindas em Chinook. Por essa altura já o grosso da FAP teria sido destruído no solo, e a maior parte dos navios no Alfeite, já havendo condições seguras para o reforço se fazer em C-130s e aviões civis, usando o aeroporto de Faro. Se tivesse escapado algum submarino, a corveta Errhamani seria mandada para norte para lhe dar caça, confiando em Alá. Simultâneo com o ataque ao continente, 2 companhias de infantaria transportadas nos 5 patrulhas OPV64 desembarcariam no Porto Santo, tomando a ilha, que passaria a ser usada pela Força Aérea Marroquina como base avançada. Os navios anfíbios desembarcariam tropas na costa do Algarve, colocando em terra T-72 para fazer a segurança da área de desembarque e umas dezenas de Panhard AMX-10RC que avançariam para Norte pela autoestrada, para montarem posições de emboscada contra forças portuguesas que vissem de Norte. A partir do momento que se desse o zero aéreo português, os Alphajet marroquinos seriam destacados para Faro, de onde actuariam contra o Exército Português por todo o território, acompanhados pelos Gazelle de ataque especialmente destinados a massacrar a BMI. Por essa altura já teria sido estabelecido um perímetro marroquino no Sul. Com a chegada rápida de milhares de soldados por ar, as tropas avançariam para Norte em camiões e autocarros capturados, com os tanques à frente. Com os seus meios pesados destruídos, as forças portuguesas apenas fariam ataques do tipo «toca e foge» com armas anti-tanque ao longo da autoestrada, e entrincheiravam-se nos arredores de Setúbal, e na margem Sul do Tejo. O Exército Marroquino, reforçado com uma leva de M113 e VABs (são blindados com capacidade anfíbia para rios), efectuaria uma manobra de flanco atravessando o Tejo próximo de Vila Franca (onde a ponte já teria sido dinamitada pelos portugueses) e as suas tropas de infantaria mecanizada fariam uma incursão na cidade, onde hasteariam a bandeira marroquina. As imagens da bandeira e de blindados seriam transmitidas pelas televisões internacionais para enfraquecer o moral português, e a população dizer: «Eles já estão em Vila Franca!». Após isso, essas forças atravessariam de novo o rio. Com uma vaga de ataques aéreos sobre Lisboa e bombardeamentos de artilharia sobre a Margem Sul, Marrocos exigiria a rendição portuguesa para evitar mais derramamento de sangue. Quando as forças marroquinas atingissem o triplo das portuguesas, seria lançado o ataque contras as cidades. Perante a desproporção de números, a nossa derrota seria uma questão de tempo, e teríamos de partir para a guerrilha urbana. Mas nessa altura já a bandeira marroquina flutuaria na Torre de Belém...

...É claro, isto tudo partindo do princípio que nenhum submarino português tivesse escapado à corveta Errhamani. Porque se isso acontecesse, não ficaría nenhum navio marroquino e flutuar, e seria Marrocos que tería de enfrentar um bloqueio naval perante a mera a ameaça de um único submarino. As forças marroquinas entretanto desembarcadas ficariam limitadas ao apoio e reforço por via aérea, e as tropas teriam de se abastecer pilhando supermercados e estações de serviço. Ficariam dependentes da infantaria e do material que conseguissem trazer por C-130 e Chinook. E não sei se assim poderiam fazer frente a um contra-ataque português.

Inch Allah!

JQT