Quatro militares angolanos detidos em voo interno nos EUA
Quatro militares angolanos foram sábado detidos por algum tempo no aeroporto internacional norte- americano de Newark por terem «actuado de forma suspeita» na óptica dos polícias que seguiam no voo doméstico, revelou hoje a imprensa norte-americana.
Um quinto passageiro, de nacionalidade israelita, que viajou também entre Dallas, no Estado do Texas e Newark, perto de Nova Iorque, foi também detido na altura.
O incidente deu-se depois de agentes de segurança a bordo do avião terem considerado suspeito o facto dos cinco passageiros estarem a falar «numa língua estrangeira, a trocar de lugar frequentemente e a lerem manuais de voo».
Um porta-voz da polícia federal FBI disse que o comportamento dos angolanos e do israelita tinha também causado «algumas suspeitas» entre a tripulação do avião.
Os homens foram libertados depois das autoridades em Newark terem confirmado que todos tinham terminado um curso de pilotagem de helicópteros no Texas.
Passageiros entrevistados pelo jornal New York Times rejeitaram as acusações de que os angolanos e o israelita tinham actuado de forma suspeita, afirmando que os homens se tinham comportado «como um grupo de pessoas a viajar em conjunto que não tinham conseguido lugares ao lado uns dos outros».
Geri Iness, uma antiga comissária de bordo que viajava como passageira, disse que os angolanos e o israelita foram detidos «sem qualquer razão».
Madelyn Connoly, que estava sentada ao lado de um dos angolanos, disse que este falou várias vezes com um amigo «do outro lado do corredor», mas que nenhum tinha actuado de forma suspeita.
«Ninguém poderia pensar isso,» disse Iness.
Segundo os relatos na imprensa norte-americana, um número não especificado de agentes de protecção da aviação civil encontravam-se a bordo do avião com 121 passageiros e cinco tripulantes.
A bordo encontrava-se ainda um agente do Departamento de Combate às Drogas.
Depois de aterrar em Newark, o avião foi levado para uma zona remota do aeroporto e cercado por «veículos de emergência». Foram usados cães para tentar encontrar eventuais explosivos que existissem a bordo.
Os quatro angolanos e o israelita foram algemados, revistados e interrogados pelo FBI e posteriormente libertados. Os passageiros disseram que todos manifestaram surpresa, mas não reagiram à prisão.
«Todos pareciam chocados,» disse Iness, que descreveu ainda o ar de surpresa total dos angolanos e isrealita.
Um agente não identificado citado pelo New York Times disse que os angolanos apanharam posteriormente «um voo de ligação para Angola».
As autoridades não revelaram o nome dos angolanos nem do israelita.
Desde os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, agentes armadas viajam em muitos dos voos internos nos Estados Unidos.
Desde então registaram-se já outros incidentes semelhantes.
Num caso ocorrido há alguns meses um homem com problemas mentais foi abatido a tiro em frente a um avião e numa outra situação agentes apontaram armas a um grupo de passageiros durante um voo por os considerarem suspeitos.
Um porta voz do FBI disse não considerar que os agentes que consideraram os angolanos e israelita como suspeitos tivesse actuado de forma errada.
Diário Digital / Lusa
07-05-2006 21:20:00
de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=226652Afinal a piada que eu ouvi no stand-up comedy....sempre era verdade.....sempre mataram o rapaz que tinha problemas mentais...
A sério, depois de ver Bowling for Columbine e de ver notícias como esta...na minha opinião, em termos de medo, os EUA estão em 1º lugar (somente países democráticos, senão Coreias e etc...).
Será que a língua estrangeira era o português ou algum dialecto? Com notícias como esta, lá vai a malta comprar mais umas armas..para proteger a familia e tal..e ainda dizem que os big brothers tem efeitos nocivos....os media americanos parece que batem isso..mas isto já são especulações minhas...
Cumprimentos
